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19/03 - Progressão continuada prejudica a qualidade da educação no Brasil?
Especialistas comentam resultados do sistema, considerado exitoso no combate à evasão escolar, mas criticado por muitos pais. Eles explicam também como funciona o método em outros países A progressão continuada foi pensada para ter avaliações constantes. Getty Images As duas filhas do consultor Fábio Olmos, de 7 e 9 anos, estudam na escola municipal na Vila Matilde, na Zona Leste de São Paulo, que o pai considera de ótima qualidade: tem bons professores, bom diálogo com os pais, boa estrutura e é referência no bairro. Sua filha mais nova, no entanto, ainda não adquiriu as habilidades de leitura e escrita esperadas para sua idade, e Olmos gostaria que ela repetisse o segundo ano do ensino fundamental por causa disso. 👉🏾 Mas, como a rede pública da cidade usa a chamada progressão continuada — em que os alunos recebem aulas de reforço mas não repetem o ano — não existe essa possibilidade. Ao fim do primeiro ciclo, que termina na 3ª série, ela está fazendo aulas de reforço para conseguir acompanhar o ciclo seguinte. Fábio não gosta desse sistema. “É minha única reclamação. Não adianta ela passar de ano e ter dificuldade de escrever. Ela pode não conseguir se recuperar", diz ele. Como ela vai avançar e estudar, por exemplo, inglês, se ainda tem dificuldade em escrever no próprio idioma? Fábio acha que as aulas de reforço da sua filha, que começa a estudar mais cedo duas vezes por semana para isso, não são suficientes. “Sei que ao repetir ele pode ficar frustrada, porque os amiguinhos foram para outra sala. Mas é um problema menor diante da possibilidade de ela avançar sem ter aprendido”, afirma. Ele não está sozinho no descontentamento: muitos pais reclamam da progressão continuada, e há críticas até mesmo entre professores. A diferença é que, em vez de um aluno poder repetir todos os anos caso não atinja as notas esperadas, a repetição só é possível ao final de cada ciclo, que costuma ser de três anos. 📊 A progressão continuada foi adotada no Brasil a partir da criação da Lei de Diretrizes e Bases (LBD) para a educação, em 1996. A legislação criou a possibilidade de uso desse novo sistema de progressão escolar, mas não o tornou obrigatório. Cada Estado e município decide se adota e quais são as regras, e nem mesmo o Ministério da Educação (MEC) diz saber quantos Estados usam a progressão. São Paulo foi o primeiro Estado a implementar o modelo em toda a rede pública estadual, em 1998. Aos menos outros nove Estados adotaram a progressão continuada ou um sistema equivalente desde então, segundo um levantamento da BBC News Brasil. Seis Estados informaram que não usam a progressão, e 11 não responderam à consulta da reportagem. Anna Helena Altenfelder, do Centro de Estudos e Pesquisa em Educação (Cenpec), organização sem fins lucrativos voltada para a promoção da qualidade do ensino público nacional, explica que a progressão continuada foi criada para combater a evasão escolar e atingir a meta de universalizar a educação brasileira, ou seja, garantir o acesso de todos a um ensino de qualidade e que continuem na escola. A pesquisadora diz que a estratégia funcionou: a evasão caiu. Mas o método é muito questionado porque criou um novo problema. Um aluno pode chegar ao fim do ensino fundamental sem ter conhecimentos básicos — há casos em que o estudante passa para o ensino médio sem compreender um texto básico. Resultados do sistema de avaliação de rendimento escolar do Estado de São Paulo, que foi pioneiro no uso da progressão, mostram que, em 2019, a última prova aplicada antes da pandemia, 69% dos alunos do 9º ano do ensino fundamental tinham conhecimentos abaixo do considerado adequado em português. Em matemática, 80% dos alunos do 9º ano tiveram desempenho abaixo do ideal. Foram feitos outros estudos desde então, mas, segundo os especialistas, a pandemia de covid-19 gerou dificuldades que afetaram os dados, tornando-os ruins para esse tipo de análise. Educadores ouvidos pela BBC News Brasil apontam, no entanto, que o problema não está na progressão continuada em si, mas em como ela é aplicada, especialmente quando isso significa uma aprovação automática. Além disso, Estados que não usam o sistema têm resultados semelhantes aos que usam — o que indica que os problemas de aprendizagem no ensino público brasileiro têm uma causa mais profunda, apontam os especialistas. “Se você perguntar para dez pessoas, mais da metade vão dizer que têm preocupação com a progressão continuada. Vão dizer que os alunos saem da escola sem saber português, matemática”, diz Altenfelder. “De fato, as avaliações mostram que há insuficiências de maneira evidente. O equívoco está em achar que o sistema anterior era melhor.” O que estudos dizem sobre a repetição de série A repetição de séries na educação é tema de inúmeros estudos no Brasil e no exterior. Uma análise da Unesco, braço das Nações Unidas para educação, mostra que, embora existam estudos que apontem alguns benefícios do uso de repetição a cada série, a maioria dos indícios é de que, em países em desenvolvimento, isso gera mais danos do que vantagens. "Na América Latina, estudantes que repetiram pelo menos uma vez obtém resultados mais baixos em todos os exames, sobretudo em matemática e leitura", explica Rebeca Otero, coordenadora de educação da Unesco no Brasil. "Ou seja, o estudante repete para que ele melhore seu desempenho acadêmico, mas isso muitas vezes não acontece." A análise da Unesco aponta ainda que a repetição de ano está associada a um maior risco de abandono da escola, a um maior índice de atraso de dois anos ou mais dos alunos em relação à série que deveria estar de acordo com sua idade, a chamada defasagem idade-série, e a impactos negativos na autoestima e motivação dos repetentes. Os dados mostram também que os resultados escolares gerais onde a repetência é aplicada são muito parecidos com os de onde a progressão continuada foi adotada. Por exemplo, no Paraná, onde não há progressão, o sistema de avaliação de rendimento escolar de 2019 mostrou que 68% dos alunos do 9º ano do ensino fundamental estavam abaixo do esperado em português, muito próximo dos 69% de São Paulo. Otero explica que a Unesco não faz uma recomendação específica sobre o assunto, porque qualquer orientação requer aprovação de todos os países membros e não há consenso. Ela defende que a repetição de série "deve ser o último recurso para remediar a situação de atraso dos estudantes na aprendizagem". Altenfelder argumenta que a repetência não é uma boa ferramenta pedagógica, porque, em geral, um estudante não adquire as habilidades que não conseguiu desenvolver antes ao cursar de novo um mesmo ano letivo. “Tanto que os alunos que repetem, repetem uma, duas, três vezes. Claro que sempre vai ter alguém que conhece um aluno que repetiu e depois progrediu, passou a aprender, mas isso é a exceção”, diz a pesquisadora. "Os alunos que repetem de ano o fazem várias vezes e acabam largando a escola. E o aluno estar fora da escola é o pior cenário." A visão é compartilhada por Ivan Gontijo, gerente de políticas educacionais da organização sem fins lucrativos Todos pela Educação. “Se o aluno repetiu, o que faz você acreditar que fazendo tudo exatamente da mesma forma, tendo as mesmas aulas, os mesmos problemas na rede, ele vai aprender?", diz Gontijo, que já foi professor de ensino fundamental. "Não vai funcionar, é preciso ter um comprometimento diferente com esse estudante.” As evidências de que a repetição de série está ligada a uma maior evasão escolar são motivo de preocupação para gestores públicos, diz Gontijo, porque o Estado deve garantir que todas as crianças e adolescentes estejam estudando. Estrutura escolar, como bibliotecas acessíveis, é essencial para o funcionamento do modelo. BBC Por que a progressão continuada foi adotada? Quando a progressão começou a ser adotada no Brasil, os altos índices de reprovação, defasagem idade-série e evasão escolar eram os grandes desafios da educação pública, explica a pedagoga Cleidilene Ramos Magalhães. “O Brasil é um país que universalizou a educação muito tardiamente, somente no final do século passado”, afirma Magalhães, que é professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). “Mas a ideia de progressão continuada e esse entendimento de que a repetência não é uma boa prática são algo que existe desde os anos 1920.” O sistema de ciclos e progressão continuada de fato ajudaram a reduzir o abandono da escola, afirma a pesquisadora Claudia Costin, presidente do Instituto Singularidades, que se dedica a melhorias na formação de profissionais da educação. Em 2007, o índice era de quase 5% no ensino fundamental e caiu progressivamente até atingir 2,2% em 2020, antes de voltar a subir em meio à pandemia de covid-19), segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério da Educação (MEC). No ensino médio, a evasão era de 13,2% em 2007 e passou para 6,9% em 2020. O Brasil não eliminou totalmente a reprovação com muitos pensam, diz Costin, e ainda se reprova muito, tanto onde existe essa possibilidade ao final de um ciclo quanto onde não se aplica a progressão continuada. O Brasil é, na verdade, um dos que mais reprovam entre os 38 países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne as maiores economias do mundo. “A reprovação é maior no sexto ano do ensino fundamental e no início do ensino médio, e está diretamente ligada à desmotivação e ao abandono escolar”, diz Costin. Um estudo do economista especializado em educação Reynaldo Fernandes, da Universidade de São Paulo (USP), mostra que o problema da evasão afeta principalmente jovens de baixa renda, negros, da periferia ou de áreas rurais. Isso mostra que existe fatores socioeconômicos têm grande influência sobre os índices de reprovação e abandono escolar, diz Gontijo, do Todos pela Educação. “Tem a ver com as condições financeiras da família, com o índice de escolaridade da mãe, com a vulnerabilidade de moradia, etc”, diz ele. “Por isso, a reprovação é uma grande preocupação na rede pública, que atende os alunos em maior situação de vulnerabilidade." Desafio LED: match, 'carona', doação de material escolar, mentoria e mais; conheça projetos premiados Progressão continuada x aprovação automática A socióloga Maria Valéria Barbosa, que pesquisa sobre educação, diz que a progressão continuada foi pensada para que o sistema de ensino seja mais inclusivo ao dar um tempo maior para o aluno aprender. Mas ela diz que isso não deve ser sinônimo de uma garantia de aprovação ou aprovação automática. “A progressão continuada não é ausência de avaliação, muito pelo contrário", diz Barbosa, que é professora da Universidade Federal de São Paulo. "Para que funcione, é necessária uma avaliação constante e não só no final da série ou de um ciclo, para identificar as dificuldades dos alunos que precisam ser trabalhadas, para que ele avance para o próximo ciclo sem atrasos.” Ou seja, em um cenário ideal, a cada ano, os alunos fazem provas, atividades e trabalhos para que a escola avalie o quanto foi retido das habilidades e conhecimentos necessários. A escola deve oferecer reforços para superar eventuais deficiências, desde aulas e atividades extras até trabalho em conjunto com outras instituições. No entanto, diz Barbosa, "muitas vezes, não é isso que acontece”. “Quando a progressão continuada foi implantada, foi para diminuir a evasão, mas também com o desejo de aumentar a eficiência na educação e reduzir gastos — porque um aluno que repete gera um custo financeiro”, diz Barbosa. “Nessa lógica de eficiência, não foram feitos os investimentos necessários para a progressão continuada dar certo.” Claudia Costin, do Singularidades, aponta que há Estados que implementaram a progressão continuada sem montar estratégias eficientes para corrigir falhas na aprendizagem, que vão se acumulando conforme as crianças avançam nos ciclos. O combate à repetência e evasão não deveria vir a custo da qualidade da aprendizagem do aluno, diz Costin. Professores ouvidos pela BBC News Brasil apontam no mesmo sentido. Eles afirmam que os resultados insatisfatórios na educação não são resultado da progressão continuada em si, mas da falta de condições para aplicar o modelo da forma como ele foi idealizado. “Em São Paulo, não existe progressão continuada, existe aprovação automática”, diz a deputada estadual Maria Izabel Noronha, presidente da Associação dos Professores da Rede Pública Estadual de São Paulo (Apeoesp). “É muito difícil para mim, que sou progressista e acredito em modernizar a pedagogia, ver a progressão continuada não dando certo por causa de uma implementação inadequada.” O professor de história Juliano Godoi, que dá aula há mais de dez anos na rede municipal de São Paulo, concorda. “A progressão continuada exige uma atenção para o desenvolvimento individual de cada aluno, para as dificuldades de aprendizado de cada um”, afirma. 73% dos jovens sem educação básica completa querem voltar a estudar, aponta levantamento “Mas como o professor vai fazer isso em uma classe de 35 alunos?” Godoi destaca ainda as demissões recentes de centenas de professores temporários da rede estadual paulista que haviam sido contratados entre 2018 e 2020. "Como um professor vai conseguir dar o reforço adequado, pensar no plano pedagógico, se está preocupado se vai ter como pagar as contas no fim do ano?” A Secretaria de Educação de São Paulo disse à BBC News Brasil que a prorrogação de contratos foi uma prioridade da atual gestão e estendeu o contrato de 61 mil professores temporários contratados entre 2021 e 2023 em dezembro passado. Diminuir o tamanho das salas, afirmou o governo, é um desafio maior. “Cada turma custa R$ 45 mil por ano. Para ter 20 alunos por sala, precisaria dobrar o tamanho da idade. Seriam necessários bilhões de reais”, diz Vinicius Neiva, secretário executivo de educação de São Paulo. Melhores condições de trabalho para professores são essenciais para o modelo funcionar Getty Images via BBC O que pode ser melhorado A professora Anne Telma Mieri, que tem 27 anos de magistério e hoje dá aula no ensino fundamental em Jundiaí, no interior de São Paulo, está entre os professores que avaliam positivamente a progressão continuada. “Com a progressão continuada, a gente dá chance para todos os alunos", diz ela. O aluno de uma escola de periferia tem uma realidade totalmente diferente daquele em uma escola central, que tem mais renda e acesso à informação. Quando o aluno tem uma família que o acompanha, que está interessada, isso faz toda a diferença. Mas, para o modelo funcionar, é preciso uma equipe pedagógica unida, uma diretoria que entenda o modelo e um investimento para acelerar o aprendizado das crianças que não atingem os níveis de habilidades desejados ao final de cada ciclo. “No final de um ciclo, eu faço um relatório detalhado, aluno por aluno, das habilidades que eles aprenderam e também dos que não aprenderam, e isso tem que ser resolvido já no início do ciclo seguinte. Mas nem sempre acontece”, afirma. Para Ivan Gontijo, do Todos para a Educação, muitos professores têm resistência à progressão porque acreditam que a possibilidade de reprovação é uma forma de controle disciplinar. “A ordem é importante, não dá para aprender no caos. E é claro que com classes maiores, com mais gente na escola, você tem mais indisciplina, mas é preciso formar os professores para encontrar outras estratégias", diz Gontijo. Ele argumenta ainda que, em muitos casos, alunos tumultuam a sala de aula porque estão com o aprendizado defasado. “Tem professor que diz que os alunos não estão interessados, por exemplo. Mas, se eles não estão interessados, não é a ameaça de reprovação que vai gerar disciplina.” Camilo Santana diz ser 'fundamental' aprovação do Novo Ensino Médio no 1º semestre Para Cleidilene Ramos Magalhães, da UFCSPA, essa questão da disciplina também está relacionada ao tipo de apoio e formação que os professores precisam receber para aplicar a progressão continuada da maneira ideal. “Quando a gente fala em condições de trabalho, não é só salário e carga horária", diz ela. "É ter, por exemplo, um psicólogo na escola, porque muitos problemas de indisciplina podem vir de questões emocionais, de dificuldades externas dos alunos”, diz ela. A falta de formação continuada dos professores e de núcleos que pensem o projeto pedagógico também são fatores que dificultam a implementação adequada do modelo de progressão, afirma. “Cerca de 70% dos professores de rede pública no Brasil são formados por EAD [educação à distância], sem experiência em sala de aula.” Gontijo diz que o professor precisa se conectar com os alunos, entender suas histórias de vida, crie uma relação mais próxima, de tutoria. “Isso é impossível quando grande parte dos professores são temporários, têm que rodar a cidade porque dão aulas em escolas diferentes. O professor precisa ter tempo de qualidade com os alunos”, afirma. Mesmo com as dificuldades que atrapalham a aplicação ideal da progressão continuada, voltar ao sistema anterior seria um equívoco, diz Gontijo. “Adotar novamente a repetição em cada série sem resolver os outros problemas não melhoraria nada, só aumentaria o número de crianças fora da escola”, afirma. Nesse sentido, os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil concordam que a prioridade da rede pública deveria ser melhorar o sistema de reforço para alunos com dificuldades e as condições de trabalho para os professores antes de rediscutir a progressão. “Para tudo isso é necessário um enorme investimento”, diz Claudia Costin. “Educação de qualidade custa caro.” As escolas particulares adotam a progressão? A BBC News Brasil não encontrou um levantamento sobre o uso de progressão continuada em escolas particulares. Instituições como o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieeesp) não têm esse tipo de dado. Mas especialistas explicam que embora o uso de repetição seja muito comum, também há várias escolas que usam métodos de progressão continuada, embora não com esse nome, mas as práticas são equivalentes. Diferentemente do ensino público, no entanto, as escolas particulares que não usam a repetição tendem a ter mais recursos para investir no apoio necessário que os alunos não tenham atrasos, apontam analistas. Além disso, o setor não precisa se preocupar com evasão, dizem especialistas, porque não tem a responsabilidade de atender a totalidade da população. A perda de alunos pode significar um prejuízo financeiro para a escola, mas a responsabilidade de atender os alunos em situação de vulnerabilidade e mantê-los na escola é do Estado, ressalta Claudia Costin. Isso não significa que não haja evasão nas escolas particulares em casos de alunos que repetem muitas vezes de ano, diz ela. "O que acontece quando um aluno repete muito é que os pais mudam os alunos de escola, ou os colocam no sistema público de ensino", afirma. Como funciona em outros países A Unesco não tem um levantamento de quais países usam ou não repetição ano a ano - até porque, em muitos casos, como no Brasil, existe um sistema misto em que o modelo é usado em algumas regiões e em outras não. Mas existem estudos sobre experiências internacionais com a progressão continuada e sistemas semelhantes. Em geral, segundo a Unesco, a adoção de repetição de série é mais comum em países pobres. Foram alguns países europeus que começaram a eliminar a reprovação no sistema público nos anos 1980, explica Gontijo. “Foi justamente em uma época em que perceberam que mais alunos imigrantes estavam entrando no sistema”, diz. "Eram crianças com dificuldades com a língua, com a adaptação e em uma situação socioeconômica mais desfavorecida. Eles perceberam que ficar repetindo de ano não ia levar ao aprendizado, só ia afastar as crianças das escolas." Na França, em 1989, por exemplo, a retenção de alunos passou a ser possível apenas ao final de ciclos. “A reprovação aconteceria em último caso, e não seria vista como uma reprova e sim como um prolongamento de ciclo”, diz um estudo da pedagoga Flávia de Carvalho Spada publicado em 2007. Segundo ela, algumas escolas dos Estados Unidos que não usam reprovação tiram as crianças que estão atrasadas em certas disciplinas da sala para fazerem aulas diferentes, específicas para suas dificuldades. Ou então agrupam os alunos de uma mesma sala por nível de aprendizado e trabalham para compensar o que está faltando. “É bom para ela estar com crianças da mesma idade e não ser estigmatizada como repetente", diz Spada. "Mas ela tem que ter momentos em que as insuficiências de aprendizagem são sanadas.” 🗺️ Finlândia, Noruega, Suécia, Dinamarca e Japão estão entre os países que eliminaram ou reduziram o uso da repetição no ensino público. Em países em desenvolvimento, o Chile é um exemplo onde políticas de apoio aos estudantes com dificuldades foram substituindo a repetição como método pedagógico e tiveram um resultado positivo, diz Rebeca Otero, da Unesco. Camarões conseguiu reduzir pela metade as taxas de evasão nas escolas desde a aplicação da progressão continuada no ensino fundamental, em 2006. No entanto, uma pesquisa da Unesco nas regiões de língua inglesa do país mostrou que, embora a progressão tenha sido aplicada, em muitos casos as políticas de apoio e reforço não foram implementadas. Com isso, a maioria dos professores que responderam à pesquisa nessas regiões se opõe ao uso da progressão continuada. Já na Índia, uma lei de 2009 que proibia a repetição em qualquer série foi revogada após preocupações com o desempenho dos alunos, explica Otero. O país passou a permitir repetição no final dos ciclos do ensino fundamental e médio, mas continua tendo problemas como infraestrutura inadequada e falta de professores.
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18/03 - Enem 2023: 'espelhos' da redação estão disponíveis para vista pedagógica
Inep libera, em todas as edições, a versão digitalizada do texto entregue pelo candidato. Folha de rascunho da Redação do Enem. g1 Candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023 já podem consultar, a partir desta segunda-feira (18), os "espelhos" da redação — ou seja, as versões digitalizadas dos textos que eles entregaram no dia da prova. É necessário entrar na Página do Participante, neste endereço. A divulgação dos espelhos foi relatada por candidatos nas redes sociais e verificada também diretamente pela equipe de reportagem no perfil de inscritos. O g1 entrou em contato com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) , mas o órgão não deu detalhes sobre a divulgação dos espelhos. LEIA EXEMPLOS DE REDAÇÕES NOTA MIL NO ENEM 2022 Essa etapa é chamada de "vista pedagógica", porque permite que os estudantes entendam os critérios de correção e as notas que receberam em cada uma das cinco competências avaliadas no Enem (mais abaixo, veja quais são elas). LEIA TAMBÉM Trecho de espelho da redação de uma candidata do Enem 2022 Reprodução Competências avaliadas na redação A redação do Enem vale 1.000 pontos. Cada uma das competências explicadas abaixo, portanto, representa 200 pontos. Competência 1 - Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa. Competência 2 - Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa. Competência 3 - Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista. Competência 4 - Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação. Competência 5 - Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos. Vídeos
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18/03 - Unicamp 2025: veja quando será o vestibular, data das inscrições e como pedir isenção de taxa
Comissão responsável pelo processo seletivo divulgou calendário nesta segunda. Primeira fase acontece em 20 de outubro e a segunda nos dias 1º e 2 de dezembro. Inscrições serão de 1º a 30 de agosto. Alunos concentrados durante o vestibular da Unicamp 2024 Leandro Ferreira/g1 A Unicamp divulgou, nesta segunda-feira (18), o calendário com as principais data do vestibular 2025 da instituição. De acordo com a comissão responsável pelo processo seletivo, um dos principais e mais concorridos do país, a primeira fase acontece em 20 de outubro, entre o primeiro e o segundo turno das eleições municipais no Brasil. A segunda fase será nos dias 1º e 2 de dezembro. 🔔 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp Ainda segundo a Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest), o período de inscrições será entre 1º e 30 de agosto. A universidade tem 69 cursos nos campi de Campinas (SP), Limeira (SP) e Piracicaba (SP). Veja abaixo detalhes do calendário. 📆 Antes da primeira fase, haverá, em setembro, as provas de habilidades específicas para os cursos de Música. Já as demais faculdades que também exigem o conhecimento segmentado (Arquitetura e Urbanismo, Artes Cênicas, Artes Visuais e Dança) terão o vestibular em dezembro, após a segunda fase. A primeira lista de aprovados está prevista para 24 de janeiro de 2025. LEIA MAIS: Fuvest divulga datas do vestibular 2025 Como pedir isenção da taxa de inscrição? 💰 Os candidatos que atendem os requisitos para pedir a isenção da taxa de inscrição do vestibular, que vale tanto para a modalidade tradicional para as vagas via Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), podem fazer a solicitação a partir de 13 de maio. Os pedidos e o envio de documentos, que vão constar no edital divulgado "em breve", segundo a comissão, devem ser feitos até 7 de junho exclusivamente pela internet, na página da Comvest. A lista de beneficiados sai no dia 30 de julho. De acordo com a Convest, o calendário foi definido em reunião com as outras universidades públicas de São Paulo para que as datas não coincidam. Calendário da Unicamp 2025 📆 💰 Inscrições e pagamento da Taxa de Inscrição - 1/8 a 31/8/2024 🎻 Prova de Habilidades Específicas de Música - Setembro ✏️ 1ª fase - 20/10/2024 ✏️ 2ª fase - 1 e 2/12/2024 🔨 Provas de Habilidades Específicas: Dez/2024 ✅ Divulgação dos aprovados em primeira chamada: 24/01/2025 VÍDEOS: saiba tudo sobre Campinas e Região Veja mais notícias da região no g1 Campinas
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18/03 - Fuvest divulga datas do vestibular 2025
Provas da 1ª e 2ª fase acontecem no segundo semestre deste ano, nos meses de novembro e dezembro. Fuvest 2024 em Ribeirão Preto Érico Andrade/g1 A Fuvest divulgou nesta segunda-feira (18) o calendário de provas do vestibular 2025, que será realizado no segundo semestre deste ano. Serão mais de 8 mil vagas disponíveis para ingresso via processo seletivo. 📆 1ª fase: 17 de novembro 📆 2ª fase: 15 e 16 de dezembro O calendário completo ainda será disponibilizado pela Fuvest. Leituras obrigatórias 📚 "Marília de Dirceu" - Tomás Antônio Gonzaga "Quincas Borba" - Machado de Assis "Os ratos" - Dyonélio Machado "Alguma Poesia" - Carlos Drummond de Andrade "A Ilustre Casa de Ramires" - Eça de Queirós "Nós matamos o cão tinhoso!" - Luís Bernardo Honwana "Água Funda" - Ruth Guimarães "Romanceiro da Inconfidência" - Cecília Meireles "Dois irmãos" - Milton Hatoum
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18/03 - 'A era dos matemáticos chegou': por que universidades e empresas disputam profissionais no Brasil
Carreira tem crescimento previsto de 30% na próxima década nos EUA; indústria de tecnologia é responsável por boa parte da demanda. Ao receber convite com vantagens para ingressar em universidade, a jovem Paula Eduarda de Lima achou que 'era golpe' Arquivo pessoal/via BBC Quatro anos depois se formar em matemática aplicada, Fernanda Scovino ainda frequenta a faculdade onde estudou, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mas não como aluna — ela vai agora em busca de novos talentos para suas equipes. Ela lidera aos 25 anos uma equipe de seis analistas de dados na Prefeitura do Rio de Janeiro, e tem uma ONG, a Base de Dados, que reúne e facilita o acesso a uma série de informações. “A disputa pelos matemáticos é muito grande", diz Fernanda. "Quando eu estudava, as empresas promoviam visitas aos seus escritórios, éramos muito abordados por bancos, consultorias, startups e empresas de tecnologia", ela acrescenta. A professora Maria Soledad Aronna diz que esse tipo de movimento é bem comum. Ela dá aulas no curso de Ciências de Dados e Inteligência Artificial da FGV desde 2012 e conta que já viu vários ex-alunos voltarem alguns anos depois em cargos de chefia e atrás de estagiários. A professora conta que as empresas chegam a recrutar estudantes até mesmo do segundo ano, quando eles nem sabem o básico da profissão. "O índice de empregabilidade dos alunos é 100%, e o crescimento na carreira tem sido aceleradíssimo", diz Aronna. O mercado está mesmo aquecido para quem domina matemática e em áreas afins — como estatística, ciência de dados, computação e algoritmos. Essas pessoas são valorizadas porque têm habilidades que vão muito além de fazer cálculos e contas difíceis. Elas desenvolvem também uma capacidade de pensar problemas de forma abstrata e sair em busca de soluções. Mas o número de pessoas que formam nestas áreas no Brasil não parece estar dando conta da demanda. A Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, um setor onde vão trabalhar muitos destes profissionais, calcula, por exemplo, que são criadas quase 160 mil novas vagas por ano. Mas só se formam a cada ano 53 mil com as habilidades que as empresas buscam, pelas contas da associação — ou seja, há em torno de três vagas para cada novo profissional. O salário gira na casa de R$ 6 mil por mês, quase quatro vezes a média nacional, de R$ 1,6 mil. Mas há empregos no mercado que pagam o dobro, triplo ou mais para profissionais mais experientes e qualificados. "A era dos matemáticos chegou", cravou Keith McNulty, diretor global de ciências, tecnologia e digital da consultoria McKinsey & Company, em um post na rede social LinkedIn em outubro do ano passado. McNulty explica à BBC News Brasil que a procura começou a aumentar nos últimos dez anos graças a popularização de novas tecnologias. “Multiplicaram-se as oportunidades para matemáticos”, diz McNulty. “Muitas empresas e organizações passaram a trabalhar com grandes quantidades de dados, sendo que antes costumavam se restringir a pequenas planilhas." Menos faltas e mais foco: o que diz quem passa pelo teste da semana de 4 dias no Brasil ‘Achei que era golpe’ Essa alta demanda por profissionais da matemática e áreas correlatas produz um efeito em cascata em que as universidades saem à caça de jovens promissores nas salas de aula das escolas. "Quando recebi o e-mail, não acreditei. Achei que era golpe", diz Paula Eduarda de Lima, de 18 anos, que recebeu um convite da FGV para participar de uma preparação para o vestibular. Caso fosse aprovada, ela tinha a garantia de que receberia uma ajuda financeira para se mudar de Jaboti, no interior do Paraná, para estudar sobre ciência de dados e inteligência artificial no Rio. Ela não foi o único caso. A FGV tem oferecido uma série de benefícios a estudantes de todo o Brasil que sejam medalhistas da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Indústrias tecnológicas têm puxado a demanda por profissionais ligados à matemática Getty Images/ via BBC Paula Eduarda havia chamado a atenção ao ganhar a prata em 2021. Por dois anos seguidos, ela também foi ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA). Filha de pequenos agricultores, Paula Eduarda aceitou o convite. Hoje, está no segundo ano do curso. "Moro com os outros bolsistas em um hotel e recebo R$ 2,4 mil por mês de apoio", conta a estudante, que vê na matemática uma forma de "crescer na vida". No futuro, ela diz se vê trabalhando com análise de dados em uma grande empresa ou como pesquisadora em uma universidade. Chefe na Argentina viraliza ao receber pedido de reembolso de funcionário por gastos com viagem de férias Como a matemática movimenta a economia Os rendimentos de empregos ligados à Matemática compõem 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, segundo um estudo do instituto Itaú Social feito em parceria com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa). De acordo com o estudo, homem e pessoas brancas ocupam a maioria dos empregos intensivos em matemática, com participação de 69% e 62%, respectivamente, embora sejam minoria na população em geral, com uma representação de 48,5% e 43,5% entre os brasileiros como um todo. Divulgado no final do ano passado, esse foi o primeiro levantamento feito para estimar como estas profissões movimentam a economia do país. Em outros países essa participação é ainda maior, diz Marcelo Viana, presidente do Impa. Na Inglaterra, 15% do PIB é representado pela matemática e suas aplicações, aponta Viana. Na França, são 18%. “Algoritmos, a ciência de dados e campos relacionados progridem rapidamente por serem cada vez mais presentes no dia a dia, nos produtos e softwares que usamos, com grande peso na economia", explica Viana. Nos Estados Unidos, o governo estima que o número de vagas para matemáticos e estatísticos no mercado vai crescer 30% entre 2022 e 2032. A média salarial está hoje na faixa dos US$ 100 mil por ano (quase R$ 500 mil) — aproximadamente o dobro do ganho médio de um americano. Um profissional da área tem, em geral, mestrado em matemática ou estatística, segundo o levantamento do governo americano, mas algumas vagas aceitam apenas diploma em graduação. É uma realidade bem diferente do que a que Keith McNulty, diretor da McKinsey, encontrou no passado. "Quando me formei no doutorado, há 25 anos, saí perdido porque, naquela época, a única opção para matemáticos parecia ser ir para o meio acadêmico, algo que eu não achava gratificante", comenta McNulty. Quem são os 'manobristas' de navios que podem ganhar até R$ 300 mil Quanto ganha um matemático no Brasil? Na área, são os professores de ensino fundamental que têm a menor média salarial Getty Images/via BBC O levantamento do Itaú Social e do Impa apontou que, no Brasil, os salários mais baixos são justamente os de professores de matemática do ensino fundamental, em torno de R$ 2,5 mil. Já as vagas nas áreas de pesquisa e engenharia giram em torno de R$ 8,3 mil por mês. Os executivos em empresas públicas, categoria com o maior salário médio do estudo, recebem cerca de R$ 14,4 mil reais. Os salários no mercado privado podem ir ainda mais além. Uma empresa de inteligência artificial de São Paulo, por exemplo, paga entre R$ 15 mil e R$ 20 mil para profissionais mais experientes, com doutorado e alguma experiência corporativa, segundo apurou a reportagem. Mas, de acordo com um executivo da empresa, esses valores ainda assim ficam “abaixo da média” do setor, e é preciso sinalizar que isso será compensado por futuros bônus e opções de ações para conseguir recrutar os melhores. Isso ajuda a entender porque a grande maioria dos colegas de Fernanda Escovino que também estudaram matemática trabalham na área de dados de grandes empresas e do mercado financeiro. “São pouquíssimos os que viram professores e pesquisadores", diz ela. Ela conta que, antes de entrar na faculdade, pensava cursar engenharia "justamente pelo preconceito que se tem de achar que a única opção para matemáticos é se tornar professor". Mas Fernanda diz que se apaixonou pela matemática depois de assistir a uma aula na faculdade. "O ponto de vista da matemática ensina sobre um tipo de raciocínio lógico que é importante em muitas carreiras, ainda mais nos dias atuais, com a popularidade da ciência de dados", diz Fernanda, que é diretora de dados e inovação. "As pessoas ao redor estranham, mas os cargos nos quais estão os matemáticos têm títulos que para alguns não lembram a nossa disciplina." 5 países com melhor equilíbrio entre vida pessoal e trabalho Os gargalos para o Brasil se tornar potência da Matemática Carências do Brasil na educação em matemática colocam em questão o ritmo com o qual país conseguirá atender a demanda por profissionais Getty Images/via BBC Se por um lado as novas profissões viraram um chamariz para a matemática, isso virou um problema para a formação de novos professores. Os baixos salários pagos para quem dá expediente na sala de aula faz com que menos matemáticos procurem a licenciatura, diz Marcelo Viana, do Impa. Isso cria um gargalo importante no Brasil e em outros países. Em 2022, o matemático Christophe Besse, presidente do Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS, na sigla em francês), apontou para uma tendência paralela. "Há uma diminuição no número de professores e pesquisadores e, assim, uma menor capacidade de ensino", alertou Besse. Outro problema, diz Viana, é que o Brasil "não tem acompanhado a demanda" na formação dos estudantes. Uma evidência disso, aponta o presidente do Impa, são os resultados do Pisa, a principal avaliação de educação básica no mundo. Enquanto os 38 países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), apelidada de "clube dos ricos", tem em média 31% dos alunos com baixo desempenho em matemática, o índice é de 73% no Brasil. Isso quer dizer que sete em cada dez jovens do país não conseguem fazer os cálculos mais simples. "Se considerar aqueles que alcançaram um nível mínimo de conhecimento para ambicionar ingressar em profissões que exigem o domínio da Matemática, aí a porcentagem é ínfima, de 4%", diz Viana. "O Brasil tem uma carência enorme, por consequência de problemas estruturais de nosso ensino, que inclusive faz com que a matemática seja vista como um bicho-papão pelos estudantes.” A bióloga Cristina Caldas, diretora de ciência do Instituto Serrapilheira, dedicado à valorização do conhecimento científico, defende ser preciso mais estímulo público e privado para ampliar a formação na área. "Iniciativas que mostrem como modelos matemáticos, algoritmos e afins estão por trás de grandes avanços que atendem demandas atuais, como o combate a epidemias e o progresso da computação", diz Caldas. O Brasil pode com isso se tornar “um país rico em ideias que possam solucionar problemas urgentes da sociedade atual", defende a bióloga. O Serrapilheira está com agora em sua 7ª Chamada Pública de Apoio à Ciência, destinada ao financiamento de pesquisadores nas áreas de ciências naturais, computação e matemática em início de carreira interessados em resolver grandes questões nos campos em que atuam. Desde 2018, 24 projetos foram aprovados na área da matemática, com um total de investimentos na casa de R$ 7,5 milhões. Em ciências da computação, foram outros 15 projetos, com investimento de R$ 3,1 milhões. Keith McNulty, da McKinsey, ressalta, para quem quer ganhar a vida com a Matemática, que o mercado mudou bastante nos últimos 25 anos. “A diferença agora está na grande quantidade de dados com a qual temos de trabalhar e na complexidade dos problemas matemáticos enfrentados", diz o executivo. McNulty ressalta, no entanto, que no contexto atual de alta procura pela indústria da tecnologia, não basta ter formação na área. Por isso, ele aconselha: "Torne-se competente em linguagem de programação, caso queira tirar o melhor de suas habilidades matemáticas em sua futura carreira”. A perigosa moda de funcionários gravarem demissão para postar no TikTok Veja também: O que diz quem passa pelo teste da semana de 4 dias no Brasil
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17/03 - Os desafios e benefícios de criar um filho bilíngue (e o que fazer quando se fala apenas um idioma)
Isabelle Gerretsen, que cresceu falando holandês e inglês, pesquisa o que há de mais moderno em ciência sobre como ajudar as crianças a dominar dois ou mais idiomas, incluindo conselhos para pais que falam um idioma, mas desejam que seus filhos sejam multilíngues. GETTY IMAGES via BBC Quando eu tinha sete anos fui pela primeira vez a um acampamento escolar. Enquanto estávamos lá, todos fomos incentivados a escrever cartas para casa. Escrevi uma carta detalhada em inglês para minha mãe, contando-lhe todas as atividades que vínhamos realizando. Em seguida, traduzi palavra por palavra para o holandês para meu pai, um falante nativo de holandês. Essa anedota ainda faz meu pai, que fala holandês e inglês fluentemente, rir. Meus pais criaram minhas irmãs e eu de forma bilíngue desde o nascimento. Eles pediram conselhos e foram orientados a falar conosco apenas nas suas respectivas línguas. Eles aderiram a isso tão estritamente que, durante um tempo embaraçosamente longo, não percebemos que ambos eram fluentes em holandês e inglês. Hoje em dia, em casa falamos uma mistura de holandês e inglês, muitas vezes trocando de idioma no meio da frase. No entanto, ainda existe uma ideia comum de que o modelo seguido pelos meus pais é a melhor garantia para criar filhos verdadeiramente bilingues: desde o nascimento, e cada progenitor adere estritamente à sua língua materna. Entre os especialistas em idiomas, ela é conhecida como estratégia OPOL, abreviação em inglês de “um pai, um idioma”. Mas será essa realmente a única forma de alcançar o bilinguismo? E você precisa já ter dois idiomas em sua vida quando inicia o processo, ou pode criar um filho bilíngue mesmo que você e outras pessoas ao seu redor falem apenas um idioma? Na realidade, existem muitas maneiras diferentes de expor seu filho a dois idiomas, e nenhuma abordagem foi considerada a melhor, diz Viorica Marian, autora de Power of Language e professora de ciências e distúrbios da comunicação na Universidade Northwestern, em Illinois (Estados Unidos). A abordagem que os meus pais adotaram (de falar conosco apenas nas respectivas línguas) pode funcionar bem para pais que falam línguas diferentes, diz Marian. Outros pais podem optar por falar apenas uma língua em casa, muitas vezes uma língua minoritária, porque sabem que os seus filhos serão expostos a outra língua na escola. ("Minoria" neste contexto significa simplesmente que é menos falado ou está menos oficialmente estabelecido do que a outra língua, em qualquer sociedade ou sistema educacional: nos EUA e no Reino Unido, por exemplo, o espanhol seria uma língua minoritária, e o inglês , o idioma majoritário). Com o tempo, as famílias poderão ter de fazer um esforço especial para manter a língua minoritária em uso: geralmente corre maior risco de desaparecer da vida das crianças à medida que as suas interacções fora de casa aumentam e a língua maioritária se torna mais dominante. “Uma estratégia diferente pode ser falar com o seu filho numa língua diferente em cada dia da semana”, diz Marian. Isso às vezes é conhecido como estratégia de “tempo e lugar”, entre pesquisadores e famílias bilíngues. Para aplicá-lo, cada idioma está associado a um horário ou local específico: toda a família pode falar um idioma nos finais de semana ou durante as refeições compartilhadas, por exemplo, e outro idioma durante a semana ou fora de casa. As estratégias mais eficazes são aquelas que podem ser incorporadas de forma consistente e a longo prazo. “Em última análise, a estratégia que terá sucesso é aquela que funciona para a sua família em particular e torna a experiência agradável e não uma tarefa árdua”, diz ele. A apresentadora de rádio do Serviço Mundial da BBC, Krupa Padhy, está criando seus dois filhos, de sete e nove anos, de forma bilíngue. Padhy cresceu em uma família de língua guzerate no Reino Unido, enquanto seu marido fala hindi. Eles decidiram falar inglês e hindi em casa. “O hindi é mais útil para eles porque é compreendido por todo o subcontinente asiático”, diz ele. “Não temos uma estratégia coerente”, diz Padhy. Seu principal objetivo é ensinar hindi conversacional aos filhos para que eles possam se apresentar, dizer às pessoas quantos anos têm e quantos irmãos têm. Padhy observa que aprender estruturas de frases de cor e repetição tem sido uma grande ajuda. A família visita a Índia a cada 18 meses e Padhy diz que é “muito enriquecedor para os meus filhos terem acesso a essa cultura de uma forma autêntica”. “É muito bom que eles possam participar e entender o que está acontecendo ao seu redor”, acrescenta. Aprender Hindi também permite que a família desfrute da cultura indiana em casa. “Todo sábado à noite é noite de cinema em hindi”, diz Padhy. "As crianças adoram assistir filmes em hindi. Isso realmente ajuda." LEIA TAMBÉM: Livro digital ou impresso: o que é melhor para o planeta? Estudantes do interior de SP criam dispositivo que detecta quedas em banheiros: 'pensei na minha avó', diz aluno 'Fui escoltada, como se fosse criminosa': estudantes brasileiros contam como foram barrados em aeroporto e impedidos de entrar na Argentina O ambiente desempenha um papel importante e a exposição constante aos dois idiomas é fundamental BBC / GETTY IMAGES Há uma idade perfeita para aprender um segundo idioma? As pesquisas apontam que é uma boa ideia introduzir a segunda língua o mais cedo possível, uma vez que as crianças aprendem o som e o ritmo da sua língua nativa, conhecida como a sua fonologia, desde muito cedo. De acordo com um estudo de 2013, os bebês começam a aprender a linguagem antes mesmo de nascerem. O estudo descobriu que nas últimas 10 semanas de gravidez, os fetos ouvem as mães falar e podem demonstrar o que ouviram quando nasceram. Quarenta crianças americanas e suecas, com cerca de 30 horas de idade, foram expostas a sons vocálicos da sua língua nativa e de uma língua estrangeira. A resposta deles foi medida pelo tempo que eles chuparam uma chupeta conectada a um computador. Tanto os bebês americanos como os suecos amamentaram durante mais tempo na língua estrangeira do que na sua língua nativa. Os pesquisadores indicaram que a sucção mais prolongada de sons desconhecidos era uma evidência de aprendizagem e mostra que os bebês são capazes de diferenciar as línguas ao nascer. Isso não significa que seja tarde demais para adicionar uma segunda língua: as crianças mais velhas e até os adultos ainda podem aprender outras línguas, e pode haver outros benefícios, como a alegria de se conectar com a sua herança. Mas as crianças mais novas podem ter mais facilidade em aprender um sotaque nativo, dizem os especialistas. “Quanto mais cedo você começar, melhor”, diz Sirada Rochanavibhata, professora assistente do departamento de desenvolvimento infantil e adolescente da Universidade Estadual de São Francisco, na Califórnia. "Uma vantagem de aprender um idioma desde cedo é que é mais fácil alcançar a proficiência nativa." “Durante os primeiros seis meses, os bebês conseguem discriminar os sons da fala de todas as línguas”, diz Rochanavibhata. Depois disso, as crianças perdem a capacidade de distinguir sons que não são utilizados na sua língua nativa ou nas línguas a que são expostas. "Em inglês, os sons 'r' e 'l' são distintos e podem alterar o significado de uma palavra (por exemplo, 'ler' e 'conduzir'), enquanto em japonês, os sons 'r' e 'l' são combinados em uma única categoria (o 'r' japonês). “Os falantes de japonês que aprendem inglês podem ter dificuldade em distinguir entre ‘r’ e ‘l’ em inglês”, explica Rochanavibhata. Este processo é conhecido como estreitamento perceptivo. Afirma que, portanto, a idade em que uma criança adquire uma segunda língua pode afectar a sua capacidade de ouvir e produzir sons da fala nessa língua. Porém, se você ou sua família perderam essa oportunidade, ainda existem outras. “Os adultos ainda conseguem dominar outras línguas, mas o processo pode exigir mais esforço e abordagens diferentes”, acrescenta Rochanavibhata. BBC / GETTY IMAGES A importância de motivar as crianças mais velhas Segundo os pesquisadores, também pode haver vantagens práticas em estabelecer uma base bilíngue sólida nos primeiros anos. Começar cedo permite que as crianças “fiquem completamente imersas” em ambas as línguas, diz Antonella Sorace, professora de linguística do desenvolvimento e fundadora do programa Bilingualism Matters, um centro de pesquisa e informação da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido. promove o bilinguismo e a aprendizagem de línguas. No entanto, não é apenas começar cedo que pode fazer uma diferença positiva. O outro desafio é manter a segunda língua, especialmente quando as crianças se tornam mais independentes. Sorace diz que para conseguir isso é importante motivar e incentivar as crianças a falar vários idiomas. “Isto nem sempre é fácil porque as crianças não gostam de se sentir diferentes. Muitas crianças imigrantes dizem-nos que já não querem falar a sua língua materna, porque é isso que as diferencia das outras”. Ele observa que uma forma de encorajar as crianças é criar uma “minicomunidade” onde elas possam interagir regularmente com colegas que falam a sua língua. “Isso pode ser incrivelmente motivador”, observa ele. Marian diz que é importante que as crianças ouçam os dois idiomas com frequência e que sejam falados por vários falantes nativos. “Ter interações regulares com muitos falantes diferentes das duas línguas pode ajudar a melhorar a proficiência bilíngue, já que as crianças ficam expostas a uma maior diversidade”, afirma. O ambiente desempenha um papel importante e a exposição constante a ambas as línguas é fundamental, concorda Elisabet García González, investigadora do Centro para o Multilinguismo na Sociedade ao Longo da Vida da Universidade de Oslo, na Noruega. Ela observa que se uma criança nascida em uma família bilíngue parar de usar uma de suas línguas aos oito anos de idade, isso terá um impacto significativo no seu bilinguismo. “A linguagem é algo que muda ao longo da vida”, diz ele. BBC / GETTY IMAGES Pais monolíngues com filhos bilíngues? Mesmo que os pais não sejam totalmente multilíngues, eles ainda podem incentivar uma mistura de idiomas em casa, diz Sorace. Indica que, por exemplo, um pai pode começar a aprender uma segunda língua e depois, ocasionalmente, utilizar essa língua com o seu filho. Isso expõe a criança a palavras ou frases em outro idioma e traz benefícios mesmo que o falante não seja perfeitamente fluente. “A perfeição não existe nas línguas”, diz Sorace. Na opinião de Sorace, a confiança dos pais em falar uma combinação linguística em casa é mais importante do que a sua capacidade linguística. “Se estiverem confiantes, a criança ouvirá o suficiente dessa língua e aprenderá”, diz ele. Descobrir e utilizar novas línguas torna-se então um projeto familiar em que todos se beneficiam, inclusive os pais. “Dizemos aos pais que aproveitem esta oportunidade maravilhosa [de desfrutar de outro idioma com seus filhos]”, diz ele. “O objetivo não é você ser perfeito no idioma, mas sim aprender mais e conseguir se comunicar com seu filho”, completa. Padhy diz que seu hindi melhorou desde que começou a falar com os filhos. “Estou aprendendo muito”, diz Padhy. “Estou falando hindi melhor do que nunca porque estou ensinando-os.” Segundo os investigadores, também pode haver outras oportunidades para os pais monolingues encorajarem o bilinguismo na família. Marian sugere uma variedade de opções, como escolher uma babá ou creche bilíngue ou matricular seus filhos em aulas de idiomas em um centro comunitário ou clube extracurricular onde eles ouvem vários idiomas. “À medida que a criança cresce, fazer com que ela participe de programas de intercâmbio e de estudos no exterior, faça cursos de línguas estrangeiras e viaje para países onde a outra língua é falada apoiará e avançará ainda mais o aprendizado do idioma”, afirma. Os cérebros das pessoas bilíngues são diferentes? Para aqueles que se esforçam para adquirir um segundo idioma, seja quando crianças ou mais tarde, como adultos e pais, o processo pode trazer benefícios estimulantes para o cérebro, independentemente do nível de fluência alcançado. Aprender vários idiomas leva a um aumento no volume de massa cinzenta no córtex pré-frontal, a parte frontal do cérebro que é importante para o pensamento de alto nível, como a tomada de decisões e a resolução de problemas, diz Ashley Chung-Fat-Yim , professor assistente pesquisador em bilinguismo e psicolinguística na Universidade Northwestern, em Illinois. “Também vemos melhorias na matéria branca nas mesmas regiões do cérebro”, acrescenta. Embora a matéria cinzenta seja onde informações importantes são processadas, a matéria branca transporta mensagens entre regiões do cérebro, explica Chung-Fat-Yim. "Pense na massa cinzenta como estações de metrô e na matéria branca como túneis de metrô que conectam diferentes estações de metrô entre si. O multilinguismo ajuda a manter intacta a estrutura dos 'túneis de metrô' para uma transmissão de sinal mais rápida e eficiente. Em outras palavras, a comunicação entre regiões do cérebro pode ser realizada de uma forma mais otimizada", acrescenta o especialista. Falar mais de um idioma e o exercício mental que isso implica também podem aumentar a resiliência do cérebro e ajudar a retardar o aparecimento dos sintomas de Alzheimer, sugerem pesquisas. De acordo com uma revisão de 2020 de mais de 20 estudos existentes, ser bilíngue pode atrasar os sintomas de Alzheimer em até cinco anos. Os pesquisadores concluíram que o bilinguismo não previne o aparecimento do Alzheimer, mas ajuda a evitar os sintomas por mais tempo. Eles descreveram o bilinguismo como uma forma de reserva cognitiva que fortalece e reorganiza os circuitos cerebrais. “Assim como o exercício fortalece os músculos, o multilinguismo fortalece o cérebro para manter o funcionamento cognitivo”, diz Chung-Fat-Yim. A pesquisa sugere que os benefícios cognitivos também podem ser obtidos mais cedo na vida. De acordo com um estudo, crianças bilíngues podem, por exemplo, alternar melhor as tarefas do que falantes monolíngues. Mais de 100 crianças foram chamadas para classificar imagens de cores ou animais em um computador. Os pesquisadores concluíram que as crianças que falavam uma segunda língua (francês, espanhol ou chinês) alternavam melhor entre as duas categorias, indicando a sua capacidade de realizar multitarefas. “Aprender outro idioma é sempre bom”, diz Sorace. "Isso enriquece o seu mundo do ponto de vista cultural e beneficia o cérebro." LEIA TAMBÉM: The New York Times processa empresa criadora de ChatGPT e Microsoft por violação de direitos autorais O homem que só consegue dizer 'sim' e 'não' Como estudante resolveu problema de 2.500 anos do sânscrito VÍDEO: Nasa seleciona cientistas brasileiros para projeto com Telescópio James Webb NASA seleciona cientistas brasileiros para projeto com Telescópio James Webb
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16/03 - Desafio LED: match, 'carona', doação de material escolar, mentoria e mais; conheça projetos premiados
Além do prêmio em dinheiro, que totaliza R$ 300 mil, ex-participantes destacam a diversidade entre os colegas e a chance de conhecer outras pessoas motivadas como ganhos da iniciativa. Weverton Alves na apresentação final do Desafio LED 2022. Thaty Aguiar/Globo O Desafio LED já premiou diversos projetos que buscam inspirar, ajudar e conectar estudantes, resolvendo problemas do cenário educacional do país. Mas, segundo os vencedores das duas primeiras edições da iniciativa, o prêmio vai além do valor financeiro. "Poder participar de uma iniciativa como essa e ter a chance de conhecer mentores e colegas que também se mobilizam pela melhora da educação do país é algo único", diz Maria Eduarda de Carvalho, premiada na edição de 2023. 💡 O "Desafio LED" é uma ação do Movimento LED - Luz na Educação, iniciativa da Globo e da Fundação Roberto Marinho em parceria com a escola Mastertech, que premia em, no total, R$ 300 mil iniciativas de estudantes que indiquem a solução para um problema educacional. 👉🏾 A iniciativa busca dar espaço e ajudar jovens com boas ideias e com disposição para entrar em ação a montar projetos que possam fazer a diferença no cenário educacional do país. 🗓️ A edição de 2024 está com as inscrições abertas e quem ainda não se inscreveu tem até às 23h59 de 31 de março para preencher o formulário. Para participar, é preciso ter 18 anos ou mais e estar matriculado em um curso com pelo menos 100 horas de carga horária. (Veja outros detalhes mais abaixo.) Desafio LED: veja como criar proposta para problemas da educação e concorra a até R$85 mil Benefícios do Desafio LED Apesar do prêmio em dinheiro, que varia de R$ 30 mil a R$ 85 mil, para os cinco melhores projetos, os vencedores das edições anteriores do Desafio LED acreditam que o maior prêmio veio da experiência como um todo. Entre os principais benefícios listados pelos ex-participantes, estão: Reconhecimento de capacidades e orientação para o pleno desenvolvimento das ideias; Disponibilização de conhecimentos e ferramentas para definir e buscar os objetivos dos projetos; Oportunidade de colocar a mão na massa; Oportunidade de conhecer e interagir com outros jovens atuantes; Chance de superar desafios e ampliar os horizontes. "Só por ter tido a minha ideia validada, apoiada e desenvolvida no Desafio, valeu minha participação", diz Weverton Alves, um dos vencedores da edição de 2022. O Desafio LED é uma oportunidade aberta a qualquer estudante do país, o que é outro aspecto positivo apontado pelos participantes. Na minha edição, além de mim, do Ceará, tiveram participantes de outros estados do Nordeste, mas também teve gente do Rio [de Janeiro], São Paulo, Amazonas, Minas [Gerais]. É uma oportunidade única de ampliar a rede de contato com pessoas que também não querem ficar parados e põem a mão na massa. Apresentação final do Desafio LED 2023. Divulgação/Globo Abaixo, conheça alguns projetos já premiados e os estudantes que estão por trás das iniciativas: MADUC - o app que conecta alunos de ensino médio à universitários Participar do Desafio LED mudou a vida da cearense Gabriela Leite. Ela cursa engenharia de materiais na Universidade Federal do Cariri (UFCA), no Ceará, mas diz que, no fundo, sempre quis ser programadora. E foi esse desejo do passado que a impulsionou a participar da primeira edição do Desafio LED, em 2022. Ela conta que soube da oportunidade há poucas horas para o encerramento do período de inscrições, mas a proposta do projeto chamou sua atenção. Atraída pela frase motivadora da edição (Conte qual o maior problema que você enfrentou ou enfrenta na sua trajetória educacional e dê uma ideia para resolvê-lo), Gabriela decidiu que não deixaria aquela chance passar. Fiquei sabendo do Desafio umas oito da noite e as inscrições iam até 23h59 daquele dia. Escrevi um texto e submeti minha inscrição, mas juro que eu não imaginava que eu seria selecionada. Foi assim uma das surpresas mais felizes da minha vida. A ideia proposta por Gabriela era simples: uma plataforma de matching entre estudantes de ensino médio e de ensino superior, que viabilizasse aos jovens da educação básica conhecerem mais dos cursos superiores. A inspiração veio de sua vivência pessoal de ingressar em um curso, mas querer atuar em outra área. “Eu entrei no curso por um impulso, mas não tinha tido a experiência universitária, não sabia o que era estar nesse ambiente, e não tive, durante meu ensino médio, alguém com esse conhecimento para me orientar, lembra. Graças ao "match da educação", ou Maduc, que foi aprimorado durante as oficinas oferecidas durante a iniciativa, Gabriela chegou à final da primeira edição e ficou em 1º lugar na classificação geral. O Desafio LED foi transformador para mim. Eu aprendi muito, desenvolvi capacidades que achei que eu não tinha. A capacitação e apoio que recebemos foram incríveis. Hoje, Gabriela conta com apoio de uma equipe de designers e programadores que a ajuda desenvolver o aplicativo e a identidade visual do Maduc. Agora, a grande expectativa é para o lançamento do aplicativo, que pode acontecer ainda em 2024, após definição de alguns detalhes técnicos. Uma vez no ar, o app pensado por Gabriela vai ajudar estudantes de ensino médio a se aproximarem de alunos universitários para conversarem sobre as perspectivas para a próxima etapa educacional. MENTORIA NA PERIFA - projeto que oferece orientações gratuitas a jovens de baixa renda que querem melhores oportunidades Registr de como funciona a mentoria oferecida no projeto Mentoria na Periva, vencedor do Desafio LED 2022. Weverton Alves/Arquivo pessoal O paulistano Weverton Alves, morador do Grajaú, na Zona Sul da capital paulista, também foi premiado na primeira edição do Desafio LED. Ele é idealizador do Mentoria na Perifa, um projeto estruturado para orientar jovens de baixa renda que querem conhecer, se aproximar ou repensar possibilidades profissionais e acadêmicas para seus futuros. Vindo da escola pública e graduado em Comunicação Social graças ao Prouni, Weverton conta que teve quase nenhum direcionamento sobre as possibilidades para seu futuro e notou que muitos dos seus colegas tiveram experiências parecidas. Como sempre gostei de compartilhar meu conhecimento com as pessoas, sentia a necessidade de fazer algum movimento para fazer com que os jovens enxergassem que, por mais que venha de uma realidade desafiadora, ele tem, sim, potencial de transformar a nossa comunidade, transformar o nosso país, quem sabe o mundo. Durante sua participação no Desafio LED, Weverton desenvolveu o que viria a ser a Mentoria na Perifa, que hoje funciona da seguinte maneira: Jovens de baixa renda, principalmente de 18 a 30 anos, procuram mentoria para entender melhor quais oportunidades eles podem buscar para seguir determinadas carreiras ou menos para acessar o ensino superior. Para isso, cada mentorado tem o perfil traçado para que ele seja direcionado a um mentor que possa ajudá-lo a entender melhor seus objetivos. As mentorias são individuais e os encontros virtuais de uma hora acontecem uma vez por semana. Os mentores são voluntários que querem, assim como Weverton, compartilhar seus conhecimentos e ampliar a rede de troca entre quem quer buscar conhecimento e quem tem conhecimento a oferecer. Nós temos uma trilha que trabalhamos durante as mentorias. Nessas trilhas, abordamos temas para desenvolver os projetos de vida profissional dos mentorados, como autoconhecimento, identificação de oportunidades reais, capacidades de comunicação, gerenciamento de tempo, coisas assim. A partir dessas orientações, os mentores ajudam a criar projetos de vida profissional que leve em conta o que o jovem quer estudar, com o que ele quer trabalhar, ou, caso ele já saiba, ajudam a criar meios para gerar oportunidades educacionais ou de emprego. Apesar de ver os frutos de seu trabalho e se orgulhar de ter ajudado muitos jovens a definirem melhor seus objetivos de vida, Weverton já planeja os próximos passos. “Estamos pensando em tentar também mentorias coletivas e, quem sabe, desenvolver um aplicativo mais para a frente. Vamos ver se isso dá certo”. ENTRE PONTOS - a plataforma que conecta jovens estudantes a fim de reduzir a vulnerabilidade nas ruas Outra ideia premiada pelo Desafio LED, mas na edição de 2023, foi a da estudante de engenharia de controle e automação na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maria Eduarda de Carvalho. Ela desenvolveu um protótipo para uma plataforma que permite a estudantes encontrarem colegas que fazem percursos semelhantes para irem juntos à escola, a fim de reduzir a vulnerabilidade nas ruas. Moradora de Niterói, a idealizadora da ideia saía cedo de casa para ir até a cidade do Rio de Janeiro, onde cursava o ensino médio. Nesse percurso, Maria Eduarda se sentia exposta e temia por sua integridade física. Primeiro, me surgiu a ideia de desenvolver um aplicativo de caronas, mas já existe uma ideia parecida. Então decidi migrar do transporte privado, da carona, para o transporte público, que é onde estava minha dor. A jovem acredita que a plataforma será útil especialmente para mulheres, que tendem a se sentir mais vulneráveis quando estão sozinhas nas ruas e nos transportes públicos. Mas ela entende que a ideia também pode beneficiar qualquer pessoa que habite locais de grande insegurança pública, por exemplo. O objetivo de Maria Eduarda é fazer de sua ideia um elemento de segurança, liberdade e conexão entre pessoas que já dividem o mesmo percurso, para fazerem isso com maior confiança. “Hoje, a Entre Pontos ainda é um protótipo, mas minha ideia é que, quando finalizada, a plataforma tenha duas funções principais. Uma de matching de percursos e horários, e outra de pontos de encontro, para que as pessoas se sintam mais seguras em fazer os trajetos mais cotidianos", finaliza. COMPARTILHAÍ - app para facilitar a doação, venda e aluguel de materiais de graduação entre os estudantes das faculdades públicas A mineira Lorena Trigueiro estava de férias da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde cursa odontologia, quando viu uma chamada comercial para o Desafio LED 2023. Provocada pela frase motivadora da edição (Qual parte do teu mundo educacional precisa de mais conexão? Lembre-se que ela pode ser digital ou não), já no momento de inscrição, ela teve a ideia para seu projeto: um aplicativo que viabilizasse a doação, troca ou compra e venda de materiais de graduação entre os estudantes. Desde o início do curso, eu passo por esse problema que é a dificuldade de ter acesso a materiais de graduação de uma forma mais fácil. Só na primeira lista de materiais, para o terceiro semestre do curso, gastei R$ 6 mil. Então, tive que ir atrás de material emprestado ou de alugar de algum aluno. Depois de ouvir relatos parecidos dos colegas, a jovem entendeu que, se tantos estudantes passavam por dificuldades que prejudicavam sua participação e permanência no ensino superior, havia um problema que precisava de solução. Hoje, prestes a se graduar e após ter ficado em 5º lugar no Desafio LED, a jovem quer lançar ainda em 2024 uma primeira versão do site voltado apenas para alunos matriculados em universidades públicas. Mas ela não quer parar por aí, e pensa que, em um futuro não muito distante, a ferramenta pode ser disponibilizada também para ex-alunos e para estudantes de instituições privadas. Cronograma e detalhamento das etapas do Desafio LED 🙋🏾‍♀️ Quem pode participar? Estudantes com mais de 18 anos. É preciso morar no Brasil e estar com matrícula ativa no primeiro semestre de 2024. São válidas matrículas em cursos livres, técnicos, de graduação ou de extensão, nacionais ou internacionais, formais ou não formais, com grade curricular mínima de 100 horas/aula. 🏆 5 ideias serão premiadas com um valor total de R$ 300 mil: 1º e 2º lugar: R$ 85 mil cada; 3º: R$ 60 mil; 4º: R$ 40 mil; 5º: R$ 30 mil. 📑 Confira em detalhes as CINCO ETAPAS do Desafio LED + g1: Pergunta motivadora do Desafio LED 2024. Reprodução Inscrição: de 1º de fevereiro a 31 de março. Nesta etapa, os candidatos preenchem o formulário de inscrição (https://bit.ly/DESAFIO-LED-2024) e respondem à pergunta “Partindo da sua experiência pessoal, qual solução você desenvolveria para melhorar a utilização da tecnologia na educação?”. Seleção das histórias: A princípio, são escolhidas 80 participantes para a primeira oficina de inovação. Após a oficina, os candidatos fazem uma nova submissão da ideia e os 40 melhores projetos avançam para a próxima etapa. Seleção dos projetos: é realizada uma nova oficina de inovação, com o objetivo de idealizar os protótipos dos 40 projetos. Após a oficina, os candidatos fazem uma nova submissão da ideia e os 20 melhores projetos avançam para a próxima etapa. Seleção dos protótipos: acontece a terceira oficina de inovação, com foco em storytelling, para os candidatos adequem a apresentação dos protótipos ao evento final. Após a oficina, os candidatos fazem uma nova submissão da ideia e os 10 melhores projetos avançam para a próxima etapa. Fase final: é feita uma mentoria individual para os 10 candidatos finais e uma apresentação para a banca, que seleciona os 5 finalistas. Os escolhidos participarão presencialmente do encerramento do Desafio LED no Rio de Janeiro, onde receberão as respectivas premiações. VÍDEOS DE EDUCAÇÃO
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15/03 - Estudantes do interior de SP criam dispositivo que detecta quedas em banheiros: 'pensei na minha avó', diz aluno
Com o intuito de ajudar idosos a manter sua privacidade durante o banho, o grupo de alunos desenvolveu o projeto, que emite um alerta sonoro quando detecta uma queda dentro do box do banheiro. Estudantes do interior de SP criam dispositivo que detecta quedas em banheiros Cuidados com a saúde e bem-estar de idosos é uma preocupação constante dos familiares. O mesmo acontece com um estudante do interior de São Paulo, que se inspirou na própria avó para um projeto do curso técnico em eletroeletrônica, e criou um dispositivo para detectar quedas em banheiros. Diogo Correia, que se formou na Escola Técnica Estadual (Etec) Trajano Camargo, em Limeira (SP), desenvolveu o projeto com intuito de preservar a privacidade da avó, mas pensando no bem-estar dela. O aparelho criado é capaz de identificar quando uma pessoa cai dentro do box do banheiro e emite um som para que outra pessoa possa ajudar. Junto com os colegas de sala Davi Bugyi Sarmento e Gabriel Zaros Muterle, e a orientação do coordenador e professor Carlos Alberto Serpeloni, o projeto passou a ser desenvolvido no início de 2023 como o trabalho final de conclusão do curso. 📲 Receba no WhatsApp notícias da região de Piracicaba O aparelho funciona de maneira simples: São sensores que ficam nas paredes do box e detectam quando a pessoa cai e permanece no chão do banheiro por mais de 30 segundos, emitindo um alerta sonoro alto para que alguém possa entrar e ajudar - assista o vídeo do protótipo acima. 👆 O g1 entrevistou os responsáveis pelo projeto para entender mais sobre o funcionamento e processo. Confira, abaixo.👇 Dispositivo criado por alunos de uma Etec em Limeira ajuda a detectar quedas em banheiros Beatriz Bisan/g1 Piracicaba Motivação por trás do projeto Diogo explica que, na época em que começou a desenvolver o projeto, sua avó passava por uma fase que precisava de cuidados constantes, como ajuda para tomar banho. Mas isso causava incômodo na idosa, fazendo com que ela sentisse que sua privacidade estivesse sendo invadida ao ter alguém com ela dentro do banheiro. "Eu estava pensando em uma forma de poder detectar a queda dela no banho, só que sem alguém precisar estar lá dentro junto com ela, ou sem precisar de uma câmera de segurança. Tinha muito caso dela cair no banho", conta Diogo. Com a ideia definida e a motivação em mente, o rapaz passou a unir a vontade do projeto com a necessidade de desenvolver um trabalho para concluir o curso. Ele inicialmente pensou em fazer o protótipo com sensores de luz, e a partir dai a ideia passou a ser elaborada. Davi, professor Carlos e Diogo explicam sobre o funcionamento do dispositivo detector de quedas criado na ETEC de Limeira Beatriz Bisan/g1 Piracicaba Desenvolvimento do protótipo Depois de definir que o alvo do projeto seriam idosos que precisam de cuidados mas ainda querem manter sua privacidade, os garotos passaram a trabalhar junto ao professor durante as aulas para desenvolver da melhor forma possível um protótipo que atendesse às expectativas. "O aluno vêm e traz um problema, e a gente ajuda a resolver esse problema através do método do curso. A maneira que solucionamos foi dessa forma, criando um dispositivo eletrônico que vai detectar quando a pessoa cai no box do banheiro e emitir um aviso sonoro", explica o professor Carlos sobre como surge a ideia de um trabalho. Os garotos contam que o material bruto usado para formar o protótipo foi básico: algumas placas de acrílico, um boneco de crochê para simular os idosos feitos pela tia de Diogo, uma placa de fenolite e alguns sensores. "Nós juntamos nosso conhecimento de três anos de curso e usando os materiais da escola mesmo a gente conseguiu desenvolver esse projeto", ressalta Diogo. Protótipo desenvolvido pelos alunos em Limeira foi para o projeto de conclusão do curso na Etec Beatriz Bisan/g1 Piracicaba No total, para todo o processo de trabalho, foram menos de 12 meses entre a idealização do projeto, seu desenvolvimento e por fim, a finalização e exposição do protótipo. Diferencial no mercado Ao falar sobre o que difere o projeto que desenvolveu dos demais que já existem, Diogo pontua sobre a falta de produtos que não dependam da colaboração do idoso para funcionar. Ele conta que pesquisando, encontrou diversos dispositivos usados para detecção de quedas, mas que não são instalados no banheiro, se tratam de acessórios como cordões e relógios. Por serem itens de fácil manuseios, os detectores já existentes podem ser retirados pelos idosos, que podem optar por não usar os dispositivos. Há também a questão da bateria, que nesses acessórios podem acabar e precisam ser sempre recarregadas. Diogo explica esses pontos e destaca como o projeto de seu grupo pode ser mais efetivo, não precisando do uso do idoso, nem bateria, não podendo ser facilmente retirado ou desligado, já que o dispositivo ficaria instalado diretamente dentro do banheiro, tornando-o mais confiável. Destaque ao projeto Após o desenvolvimento do protótipo ter sido bem sucedido, era hora de deixar o projeto brilhar e expandir os caminhos. O grupo e seu detector foram selecionados como finalistas da 11ª Mostra de Ciências e Tecnologia do Instituto 3M, uma feira que reúne anualmente 100 trabalhos que tiveram destaque durante o ano. Grupo responsável pelo desenvolvimento do detector de quedas em Limeira foi selecionado para feira de destaques na ciência e tecnologia Divulgação "Primeiro é feita uma pré-pesquisa, para avaliar se o produto é viável. Se for, ai participamos da nossa feira interna da escola e os melhores projetos acabamos inscrevendo nas feiras da região. Ai o aluno se inscreve e se for chamado, participa", detalhou o professor Carlos. Os alunos comentam que a participação na feira foi importante para que eles mesmos pudessem entender mais sobre o projeto, analisar suas qualidades, defeitos e saber o que poderia ser aprimorado e melhor elaborado. Rumo ao mercado Diogo define o principal e maior objetivo no momento: patentear o projeto e evitar algum problema jurídico em relação a ele. Em seguida, ele pontua sobre o desenvolvimento em tamanho real do detector, em banheiros, já que até o momento trabalharam com o protótipo em tamanho reduzido. Trabalhar o protótipo em tamanho real é um passo importante, pois o grupo tem a intenção de em um futuro não muito distante, fazer a comercialização do produto. Segundo eles, o objetivo é que seja vendido de forma acessível e barata para que possa ajudar e facilitar a vida dos idosos que precisarem. ***Sob supervisão de Caroline Giantomaso VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba
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14/03 - Entenda por que o Dia do Pi é comemorado em 14 de março e qual é a relação da data com... tortas
Pi é a constante matemática encontrada quando a circunferência de um círculo é dividida por seu diâmetro. O resultado sempre será igual a 3.14159265358... e é representado pela letra grega "π". Torta feita pela Universidade Técnica de Delft no 'Dia do Pi' Wikimedia Commons O dia 14 de março pode parecer só mais um dia normal para muitas pessoas, mas, para fãs e entusiastas da matemática, a data é até celebrada em alguns países do mundo: é o "Dia do Pi". 🔢 Dia do Pi? Pi é uma constante matemática (ou seja, um valor que nunca muda) encontrada quando a circunferência de um círculo é dividida por seu diâmetro. O resultado sempre será igual a 3.14159265358... e é representado pela letra grega "π". 🗓️ Por que 14 de março? Tudo faz mais sentido quando a data é vista no formato americano, quando o mês vem à frente do dia: 3/14. 🥧 Dia da torta? Em alguns países falantes do inglês, como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, a data é celebrada com tortas. Isso acontece porque, no idioma, a pronúncia de Pi (pi) e de torta (pie) são iguais (a pronúncia é equivalente a "pai" em português). Feliz Dia do Pi! Professor de matemática explica a importância do famosos número 3,14159.. Outras curiosidades sobre o "Dia do Pi" 14 de março já era uma data lembrada por marcar o aniversário do físico Albert Einstein e de Frank Borman, astronauta norte-americano que comandou a missão Apolo 8 (responsável pela primeira missão dos EUA que deu a volta à Lua, em dezembro de 1968). A data tornou-se ainda mais marcante em 2018, quando o físico e pesquisador britânico Stephen William Hawking faleceu neste mesmo dia. O número de Pi foi descoberto pelos egípcios por volta de 1650 a.C. Até hoje, o número ainda não foi completamente revelado, mesmo com a utilização de supercomputadores para realizar o cálculo. O valor poderia ter trilhões de dígitos. 3.141592653589793238462643383279502884197169399375105820974944592307816406286208998628034825342117067982148086513282306647093844609550582231725359408128481117450284102701938521105559644622948954930381964428810975665933446128475648233786783165271201909145648566923460348610... Por causa disso, todo ano, o dia do Pi é comemorado em 14 de março. Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text ?
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13/03 - 'Fui escoltada, como se fosse criminosa': estudantes brasileiros contam como foram barrados em aeroporto e impedidos de entrar na Argentina
Jovens explicaram que estudariam em universidades argentinas, mas foram classificados como ‘falsos turistas’ pelas autoridades migratórias. Entenda a polêmica envolvendo a interpretação de um acordo bilateral entre os dois países. Estudantes brasileiros são barrados em aeroporto na Argentina “Eram cinco pessoas me escoltando no aeroporto, como se eu tivesse cometido um crime. Me senti humilhada.” É assim que a brasileira Maria* resume o problema que enfrentou no fim de janeiro, em um dos aeroportos argentinos, quando foi barrada pelas autoridades migratórias do país e mandada de volta para o Brasil como “falsa turista”. Maria conta que não mentiu a ninguém: afirmou, no setor de imigração, que estava viajando para fazer faculdade e que não tinha passagem aérea de volta, porque a data de retorno dependeria do calendário de aulas. Mostrou toda a documentação da instituição de ensino e explicou que, uma vez em Buenos Aires, solicitaria o direito à residência no país estrangeiro. ✈️Mais de 30 estudantes brasileiros — atraídos pela ausência do vestibular nas faculdades argentinas e pelos baixos valores de mensalidades — também foram impedidos de entrar no país vizinho nos dois primeiros meses de 2024, mesmo após seguirem todos os protocolos que eram tradicionalmente aceitos desde 2009: chegar à Argentina como turista, mostrando só o RG; e solicitar o visto de estudante ou a residência permanente já em solo argentino (entenda mais abaixo). ❌Desde o início do ano, no entanto, sem aviso prévio, as autoridades migratórias passaram a cobrar que os alunos já chegassem a Buenos Aires com toda essa documentação pronta – caso contrário, poderiam ser barrados. Advogados e professores de relações internacionais ouvidos pelo g1 apontam para uma resistência maior da gestão do novo presidente, Javier Milei, na recepção de estrangeiros. Já o governo argentino afirma que “nada mudou” [entenda mais abaixo]. “O moço [da imigração] foi pedindo meus documentos, e eu entreguei tudo. Fiquei umas três horas e meia esperando uma resposta. Até que ele disse que eu não preenchia os requisitos e que não poderia entrar na Argentina”, conta. “Perguntei quais eram esses requisitos, mas ele não respondeu. Tentei explicar que o Brasil e a Argentina têm um acordo e que eu poderia, sim, dar entrada na documentação só depois. Ele respondeu: já tomei a decisão e nada vai mudar isso”. Minutos depois, Maria foi colocada em um avião para voltar a São Paulo. Mas qual é esse acordo entre Brasil e Argentina? Maria menciona o acordo bilateral entre Brasil e Argentina, válido desde 2009, que prega o seguinte: brasileiros que estejam na Argentina e argentinos que estejam no Brasil podem transformar vistos temporários ou de turista em vistos permanentes, desde que apresentem a documentação correta e paguem as taxas migratórias. Essa decisão representa até hoje uma facilidade em relação aos outros membros do Mercosul, que só conseguem pleitear um visto permanente no Brasil e na Argentina depois de dois anos do documento provisório. “O que sempre aconteceu foi que os brasileiros ingressavam como turistas na Argentina e pediam só depois o direito à residência. Tinham 90 dias para isso. Quando todo o trâmite terminava, eles passavam a ter os mesmos direitos e obrigações que os cidadãos argentinos”, explica Liziana Andrea Amaran, advogada nos dois países. “É um termo de irmandade, para fortalecer os laços diplomáticos.” Por que, então, houve alunos barrados, se apenas mantiveram o “ritual” que sempre foi aceito? Passageiros no saguão do Aeroparque, em Buenos Aires, em imagem de 2016 Reuters Arthur Murta, professor de relações internacionais da PUC-SP, explica que há uma “brecha” no acordo. “O texto só fala que, uma vez em solo argentino, o brasileiro pode pedir a residência. Mas não diz nada específico sobre a admissão no país [ou seja: se a pessoa entrará com visto de turista ou não]. Milei está se valendo disso para barrar os estudantes estrangeiros: passou a exigir passagem de volta ou visto de estudante”, afirma. “O que ele [presidente argentino] está fazendo é ilegal? Não. Todo país tem direito de não deixar alguém entrar em seu território, desde que o indivíduo esteja descumprindo algum requisito migratório ou for visto como ameaça.” No entanto, para o professor, no caso dos brasileiros barrados, houve uma “criminalização da migração”, porque eles não foram comunicados previamente sobre qualquer mudança nos critérios de admissão no país. “O que Milei faz segue o padrão da extrema-direita internacional. Brasil e Argentina sempre tiveram uma relação diplomática muito bem consolidada, até em momentos antagônicos politicamente.” Natalia Fingerman, professora de relações internacionais do Ibmec-SP, também reforça que, antes do governo Milei, pedir o direito à residência só depois de chegar à Argentina nunca foi tratado como problema. “Mudar isso foi uma medida autoritária e unilateral para reduzir o fluxo de estudantes estrangeiros. É algo fora do jogo diplomático, sem avisar o Ministério das Relações Exteriores”, diz. Ao g1, o Itamaraty afirmou que o acordo bilateral Brasil-Argentina continua em vigor, sem alterações, mas que “a percepção das autoridades migratórias argentinas agora é de uma aplicação mais estrita da regra [de imigração]”. A assessoria do setor de migração do governo da Argentina também diz que nada mudou, mas não admite qualquer rigidez maior no controle de imigração atual. “Não houve nem haverá nenhuma mudança na legislação migratória argentina. De janeiro a fevereiro, 30 brasileiros foram impedidos de entrar no país. Isso é menos de 0,5% do total de brasileiros que chegaram neste período. São números muito parecidos com os de 2023”, diz a representante do órgão ao g1. “Para entrar como turista, precisam ter os requisitos de turista, como passagem de volta. Não dá para ser metade turista, metade estudante. Sempre foi assim.” A advogada Amaran, que assessorou gratuitamente parte dos alunos barrados, confronta a versão oficial do governo argentino. “Vamos supor que eles estejam certos e que sempre tenha sido obrigatório ter visto de estudante antes da viagem. Fizeram vista grossa desde 2009, então? Ninguém pedia o visto no aeroporto antes”, diz. “Custava terem emitido um comunicado para evitar que as pessoas passassem por isso? O que me deixa mal é que sonhos e vidas foram destruídos. Tenho clientes que não vão conseguir voltar. Era a chance deles. Não têm mais dinheiro para pagar outra passagem.” 'Gastei todo o meu dinheiro' Maria, mencionada no início da reportagem, diz que está “perdida”. “Já chorei muito e estou com ansiedade. Meus planos atrasaram pelo menos um semestre. Eu saí da faculdade no Brasil para ir para lá, não estou mais trabalhando, não estou fazendo bico. Todos os meus planos, A, B, C e D, envolviam estar estudando na Argentina. Gastei todo meu dinheiro no preparo. Mas não vou desistir”, diz. João*, que também foi barrado no aeroporto, passou por situação semelhante: falou às autoridades migratórias que estava indo estudar medicina e que, por isso, não tinha passagem aérea de volta. “Não me deixaram nem argumentar. Fui mandado de volta, depois de ser escoltado”, diz. Com isso, ele perdeu R$ 6 mil pagos em um aluguel de hospedagem. “Depois, no Brasil, resolvi tentar de novo, mas por terra dessa vez. Fui de ônibus e levei mais de 27 horas para chegar. Na fronteira, ninguém me pediu visto", diz. "Consegui chegar à Argentina e ir para a faculdade, mas as coisas estão muito difíceis. Não tenho mais dinheiro, não tenho de onde tirar. Minha alimentação está bem restrita, com pão, arroz e feijão. O aluguel é uma fortuna. Não sei se vou ter condições psicológicas de continuar.” Por que brasileiros querem estudar na Argentina? Segundo o Itamaraty, cerca de 20 mil brasileiros estudam na Argentina. Em geral, eles optam por esse destino porque: As universidades de lá não exigem vestibular. Basta entregar a documentação para se matricular em qualquer curso. A “peneira” acontece durante a graduação: depois de passar pelo Ciclo Básico Comum (CBC), uma série de disciplinas gerais e iguais para todos os alunos, os estudantes devem atingir uma pontuação mínima nas provas internas. Quem conseguir pode continuar na faculdade (há algumas chances, como recuperações, para quem não “passar de primeira”). “A gente tem matérias básicas no CBC, como biologia, química, matemática, história e lógica. Muita gente reclama que é difícil. Mas eu ainda prefiro em relação ao vestibular brasileiro”, diz Beatriz Kraus, de 27 anos, que saiu de Florianópolis para estudar medicina na Universidade de Buenos Aires (UBA). Caso o aluno opte por uma instituição privada, em vez de pública, as mensalidades são bem mais baratas. “Cheguei a procurar faculdades particulares de medicina no Brasil, com a minha nota do Enem, mas mesmo com desconto, a mais barata era R$ 6 mil. Na Argentina, varia de R$ 1 mil a R$ 2 mil”, conta João. O que fazer agora para estudar na Argentina? O Itamaraty recomenda que os brasileiros tirem o visto de estudante antes da viagem. Para isso, é preciso: juntar a documentação solicitada pela embaixada ou pelo consulado argentino (como comprovante de renda, formulário de solicitação, antecedentes criminais etc.); marcar uma visita presencial ao consulado do estado onde a pessoa reside (depende da agenda do local); aguardar cerca de 7 dias para a emissão do documento, caso esteja tudo certo. Os vistos de estudante são gratuitos para cidadãos do Mercosul, mas não permitem que a pessoa trabalhe na Argentina. Se houver a intenção de ter um emprego no país vizinho, o recomendado é pedir o visto de residência, que custa cerca de 550 dólares (cerca de R$ 2.700). Os consulados, por telefone, explicam que, “antigamente”, “até dava para entrar como turista e se mudar depois. Mas, agora, precisa ter visto”. Lucas*, o terceiro aluno barrado com quem o g1 conversou, não conseguiu tirar o visto de estudante, porque, segundo as autoridades consulares, a renda familiar do jovem era muito baixa para que ele se sustentasse na Argentina sem trabalhar. Por isso, ele passou a requisitar o direito à residência. “Tive de pagar as taxas todas, esperar, mas agora deu certo. Vou embarcar em março. Dá um frio na barriga, mas acho que não vão me barrar dessa vez.” * Os nomes reais dos entrevistados foram trocados por fictícios a pedido deles. Estudante desmaia durante discurso de Milei em escola na Argentina
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13/03 - Livro digital ou impresso: o que é melhor para o planeta?
E-books poupam florestas, mas criam lixo tóxico e demandam alto uso de energia. Os livros de papel, por sua vez, advêm de fontes renováveis, embora milhões de cópias produzam pegadas de carbono significativas. Livro digital ou impresso: o que é melhor para o planeta? Michelangelo Oprandi/CHROMORANGE/picture alliance Os leitores de livros impressos e digitais e os ouvintes dos audiolivros gastarão quase 174 bilhões de dólares (R$ 862 bilhões) até 2030. Com cerca de 4 milhões de títulos lançados a cada ano, eles têm uma liberdade de escolha privilegiada. 📚 Mas, quais os impactos de toda essa leitura sobre o meio ambiente e o clima? Devemos fazer a transição do livro impresso para o digital pelo bem das florestas e para evitar o aquecimento global? Os dois formatos possuem suas vantagens e desvantagens. Prós e contras do livro impresso Desde que Johannes Gutenberg inventou a imprensa na Alemanha, há quase 600 anos, a produção de livros explodiu globalmente. Em torno de 130 milhões de exemplares foram publicados entre a invenção da imprensa, em 1440, e 2010, segundo um estudo encomendado pela Google. Todo esse conhecimento e narrativas de histórias resultaram em avanços para a humanidade. Por outro lado, a produção dos livros também ceifou inúmeras árvores de florestas que dão suporte à vida selvagem, produzem oxigênio e ajudam a armazenar o carbono que, quando liberado, induz as mudanças climáticas. A editora Penguin Random House UK, que imprime anualmente cerca de 15 mil títulos, garante que passou a usar papel sustentável nos tomos lançados em nome da empresa. Courtney Ward-Hunting, gerente de sustentabilidade da Penguin, diz que 100% do papel utilizado nos livros é certificado pela ONG ambientalista Forest Stewardship Council (FSC), que trabalha no gerenciamento de coleta de madeira sustentável ou regenerativa que "preservam as florestas para as futuras gerações". 👉 Contudo, o trabalho da FSC em termos de proteção de florestas vem sendo criticado, com a entidade sendo acusada por organizações como o Greenpeace de promover a chamada "lavagem verde". Ward-Hunting reconhece que mais de 70% do impacto climático gerado pela Penguin vem das gráficas e usinas de celulose. Ela diz que os livros da editora geram em média 330 gramas de dióxido de carbono cada, o que inclui gases causadores do efeito estufa. Essa quantidade seria a mesma gerada por uma xícara de café. Esses dados equivalem a todo o ciclo de produção de uma unidade, incluindo a eficiência do maquinário, o uso de energias renováveis, tipos de tinta e o transporte das gráficas até os armazéns e aos consumidores. Em média, os livros de bolso ou brochuras comuns possuem impacto climático três vezes maior ou equivalem a cerca de um quilo de CO2. Isso é o mesmo que a recarga de 122 smartphones, ou dois cafés com leite. Ao mesmo tempo em que as inovações de fabricação diminuíram as pegadas de carbono dos livros impressos, o impacto no clima é significativo se levarmos em conta os aproximadamente 2,2 bilhões de livros físicos que são vendidos anualmente em todo o mundo, afirmam os analistas de dados da WordsRated. Mesmo se presumirmos que cada livro gera 0,33 quilos de CO2, como na Penguin Random House, isso corresponderia a 762.000 toneladas de CO2 – o que equivale ao fornecimento anual de energia a 141.261 residências, ou às emissões de 161.500 automóveis. Prós e contras dos livros digitais O benefício ambiental imediato dos equipamentos de leitura de livros eletrônicos é a capacidade de armazenamento de milhares de livros, sem a utilização de papel. Isso não apenas poupa as florestas – somente nos Estados Unidos são derrubadas anualmente 32 milhões de árvores para a impressão de livros – como também evita enormes gastos de energia no processamento da madeira para a fabricação de papel. A chamada polpação da madeira representou 6% do consumo total da energia industrial global em 2017, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE). Outra vantagem é o fato de os livros digitais não precisarem ser enviados através de encomendas, uma vez que podem ser diretamente baixados nos equipamentos de leitura. O principal leitor de livros digitais no mercado é o Kindle da Amazon. Mais de 487 milhões de ebooks são vendidos anualmente através desse equipamento, segundo a WordsRated. A Amazon calcula que em torno de 5 milhões de pessoas em todo o mundo leem através do Kindle ou de aplicativos todos os meses. A popularidade dos livros digitais aumentou nos últimos anos principalmente devido aos jovens das gerações Y e Z. O número de consumidores globais de ebooks deve chegar a um bilhão até 2027, segundo cálculos da plataforma alemã de dados Statisa. Mas, a transição de leitores dos livros impressos para os digitais resultaria de fato em benefícios ao clima e ao meio ambiente? 🚨 Os equipamentos eletrônicos de leituras também possuem seu lado ruim. Sua produção é um processo de alto consumo de água e energia. A bateria pode exigir a extração de metais e minerais raros, como cobre, lítio e cobalto. Os aparelhos também são compostos por plástico, que é um material produzido a partir de combustíveis fósseis. Assim como ocorre com os livros impressos, a fase de produção dos ebooks é a que mais gera impactos no clima. Além disso, os leitores utilizam a eletricidade para recarregar os aparelhos, vez após vez, durante a vida útil dos mesmos. O armazenamento do arquivo dos dados dos livros digitais depende de centros de infraestrutura. Isso não ocorre com os livros impressos, que não utilizam energia e não precisam de recarga. As cópias impressas podem durar décadas e serem compartilhadas por inúmeros leitores. Já os leitores digitais costumam durar entre três e cinco anos. Os livros impressos também não são tão complicados de serem descartados ou reciclados no final de suas vidas. Por outro lado, algumas empresas como a Amazon possuem programas de reciclagem para os aparelhos, de modo a evitar o acúmulo de lixo eletrônico. O que é melhor para o planeta? Os livros impressos tradicionais continuam tendo popularidade muito maior do que os digitais, com aproximadamente o dobro da penetração de mercado de seus concorrentes eletrônicos, segundo registros de 2021 nos EUA. ❗ Para Eri Amasawa, professora da Universidade de Tóquio, o impacto ambiental de ambos é significativo. Em um estudo de 2017, a pesquisadora comparou as emissões de gases causadores do efeito estufa da leitura de livros tradicionais e eletrônicos. Ela concluiu que os últimos são mais favoráveis ao clima contanto que ao menos 15 ou mais livros (ou 25 no caso dos iPads) sejam lidos durante o ciclo de vida de três anos dos leitores digitais. Ao mesmo tempo, a leitura de um ou dois livros por ano em um Kindle não seria suficiente para poupar emissões. Mas, e se os leitores consumirem livros nos dois formatos? "Muitas pessoas ainda desejam ler livros impressos, mesmo que elas também leiam ebooks", disse Amasawa. Em torno de 33% dos leitores americanos se encaixam nessa categoria. Mas, mesmo que os aparelhos digitais façam sentido em termos ambientais, a pesquisadora recomenda aos aficionados em livros impressos que "comprem os livros que de fato desejem ler, e depois os reciclem quando terminarem a leitura". Material didático digital x livros físicos: 5 pontos para serem considerados
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12/03 - Governo anuncia 100 novos campi de institutos federais de educação; veja distribuição no mapa
Segundo MEC, investimento permitirá a criação de 140 mil novas vagas para alunos. Institutos oferecem cursos técnicos e de graduação e pós-graduação. Governo anuncia ampliação da rede de Institutos Federais O governo federal anunciou nesta terça-feira (12) a criação de 100 novos campi de institutos federais (IFs) de educação, ciência e tecnologia. O Nordeste é a região que receberá o maior número de novas unidades, segundo o Ministério da Educação (MEC). Veja os números abaixo: Norte: 12 campi Nordeste: 38 campi Centro-Oeste: 10 campi Sudeste: 27 campi Sul: 13 campi O ministro da Educação, Camilo Santana, informou que a expansão das unidades criará 140 mil novas vagas para alunos no país, a maioria em cursos técnicos integrados ao ensino médio. O anúncio ocorreu no Palácio do Planalto, em cerimônia com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Investimento em educação As instituições de educação profissional e tecnológica (EPT) oferecem cursos gratuitos de qualificação profissional, técnicos e de graduação e pós-graduação. O aumento do número de campi e de matrículas nos institutos federais é defendido por Lula desde o começo do terceiro mandato. O investimento nas novas unidades faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo o MEC, serão investidos R$ 3,9 bilhões nos próximos anos: R$ 2,5 bilhões para as novas unidades e R$ 1,4 bilhão para melhorias nos demais institutos. Os institutos integram a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, criada em 2008 a partir das antigas escolas técnicas. Atualmente, a rede é composta por: 38 institutos federais; dois centros federais de educação tecnológica (Cefets); 22 escolas técnicas vinculadas às universidades; o Colégio Pedro II; e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Mil gols Presidente Lula em cerimônia de anúncio de 100 novos campi de institutos federais Ricardo Stuckert/Presidência da República Na cerimônia de lançamento, Lula relembrou jogadores de futebol como Pelé e Romário, que marcaram mais de mil gols, e afirmou no discurso que definiu a meta de chegar a mil campi de institutos federais – serão 702 com os anunciados nesta terça. "Temos uma meta, marcar mil gols. Nossos mil gols vai ser construir mil institutos federais neste país", disse o presidente. Segundo o presidente, é importante investir para que jovens tenham profissões e, por meio da educação, se tornem "cidadãos de primeira classe". Lula voltou a criticar quem chama de "gasto" os recursos aplicados na educação. É proibido no meu governo falar que dinheiro de educação é gasto. Dinheiro de educação é o mais importante investimento que um país pode fazer. O que é gasto é dinheiro em cadeia, gastar fortuna para combater droga, contrabando, o crime organizado. Isso é gasto. O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que faz oposição ao governo e foi eleito presidente da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, também esteve no evento. Sem atuação na área, a eleição dele para o comando do colegiado preocupa a Frente Parlamentar de Educação.
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12/03 - Fies abre inscrições; veja as regras e quem têm direito às vagas do Fies Social
Programa vai oferecer financiamento estudantil para alunos de baixa renda com condições especiais de pagamento. Alunos podem se inscrever até o dia 15 de março. Nova modalidade do Fies quer facilitar o acesso de estudantes de baixa renda ao programa Reprodução/RBS TV Começam nesta terça-feira (12) as inscrições para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), programa do governo federal possibilita o financiamento de cursos superiores em faculdades particulares. Pela primeira vez, o programa vai contar também com o Fies Social, categoria que oferece condições especiais de financiamento para alunos de baixa renda financiarem o curso em até 100%. 🗓️ As inscrições podem ser feitas pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, no site do governo federal, até a sexta-feira (15). O resultado vai ser divulgado no dia 21 de março. Segundo o Ministério da Educação (MEC), este ano o Fies vai oferecer 112 mil vagas em várias áreas do conhecimento no país. Metade delas vão ser destinadas à versão social do programa. (Veja mais abaixo a diferença entre as duas categorias.) Quem pode participar do Fies Social? O programa foi anunciado pelo governo no início deste ano como uma forma de atender os alunos de baixa renda com financiamento para cursos de graduação em universidades particulares. Podem participar do programa alunos que: estejam inscritos no Cadastro Único (CadÚnico); e que tenham renda familiar per capita de até meio salário mínimo (R$ 706). Fies Social garantirá mais acesso para pessoas de baixa renda Qual a diferença entre o Fies e o Fies social? A principal mudança é que, nesta modalidade, o governo pode financiar até 100% do curso. ➡️Como era antes? Desde 2016, o programa havia deixado de fornecer empréstimos que cobriam integralmente os encargos educacionais. Quanto menor o salário médio da família, maior era a fatia da mensalidade que poderia ser paga só depois da formatura — mas era impossível alcançar os 100% de financiamento. Exemplo: na mesma faculdade, que custava R$ 10 mil por mês, um estudante com renda familiar per capita de 1,5 salário mínimo poderia conseguir cerca de 85% de financiamento (e não 100%). Com 3 salários mínimos (o máximo permitido para o programa), seriam só 58% financiados. Diante disso, alunos diziam que estava insustentável continuar na universidade: pagar a parte não financiada tornava-se cada mais difícil, ainda mais para quem estudava em cursos integrais e não poderia trabalhar. 🔔Mas, atenção: Apesar da mudança com o financiamento de 100% do curso, os "tetos" do Fies continuam valendo para a versão social. Isso significa que o programa não vai financiar mais do que R$ 42,9 mil por semestre (no caso de medicina, o limite é de R$ 60 mil). O valor que exceder essa quantia deverá ser pago a cada mês pelo estudante. Outra mudança foi a possibilidade de se inscrever em cursos de várias áreas do conhecimento. ➡️Como era antes? Se o aluno escolhesse entre uma das opções o curso de engenharia, que é das exatas, todas as demais opções deveriam ser também nesta área do conhecimento. Ele não poderia escolher direito ou letras, que são de humanas. Agora, o aluno pode se inscrever em cursos de várias áreas, o que permite mais possibilidades de aprovação. VÍDEOS: notícias de Educação p
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11/03 - 73% dos jovens sem educação básica completa querem voltar a estudar, aponta levantamento
'Não seremos uma nação justa e economicamente forte se permitirmos que dois em cada dez jovens cheguem à vida adulta sem ao menos o ensino médio', alerta Rosalina Soares, especialista da Fundação Roberto Marinho. 7 milhões de jovens de 15 a 29 anos têm vontade de voltar a estudar, segundo pesquisa. Divulgação Dos mais de 9 milhões de jovens fora da escola que não concluíram a educação básica, cerca de 7 milhões ainda têm a intenção de retomar os estudos, o que equivale a 73% do total. É o que mostra a pesquisa Juventudes fora da escola, da Fundação Roberto Marinho e do Itaú Educação e Trabalho divulgada nesta segunda-feira (11). O desejo é maior entre as mulheres (78%), mas também é alto entre os homens (69%). Para a maioria, a vontade é de retornar para o ensino médio técnico, que permite combinar a educação básica com um curso de tecnólogo. “O fato de termos mais de 9 milhões de jovens entre 15 e 29 anos que não frequentam a escola e não concluíram a educação básica revela uma preocupante 'tolerância' da sociedade brasileira em relação à exclusão educacional dos mais vulneráveis", afirma Rosalina Soares, a assessora de pesquisa e avaliação da Fundação Roberto Marinho. Segundo ela, a maioria desses jovens vem de famílias com renda per capita de até 1 salário-mínimo, sendo que sete em cada 10 são negros. "É alarmante constatar que 86% deles já ultrapassaram a faixa etária adequada para frequentar o ensino regular. Enquanto para os jovens das camadas mais privilegiadas é praticamente uma formalidade concluir o ensino médio, para as juventudes mais vulneráveis, a violação do direito à educação não tem recebido o devido cuidado", completa Rosalina. Entre as principais razões apontadas por aqueles que ainda pretendem terminar o ensino médio estão: a perspectiva de melhora da condição profissional, seja para ter um emprego melhor (37%) ou arrumar um emprego (15%), seguido pelo desejo de cursar uma faculdade (28%). "Não seremos uma nação justa e economicamente forte se permitirmos que dois em cada dez jovens cheguem à vida adulta sem ao menos o ensino médio", conclui a especialista da Fundação Roberto Marinho. Ainda de acordo com o levantamento, 77% dos jovens que saíram da escola e pretendem concluir o ensino médio têm intenção de cursar o ensino técnico. Na visão dos pesquisadores, é uma sinalização da importância do preparo para o mundo do trabalho na escola para que os que estão fora retornem à sala de aula. Para Ana Inoue, superintendente do Itaú Educação e Trabalho, a pesquisa reforça a urgência de políticas públicas e iniciativas intersetoriais para garantir educação de qualidade e preparo para o mundo do trabalho para as juventudes. Ana afirma que os dados revelam a questão do mundo do trabalho como central na decisão desses jovens que estão fora da escola, seja na tomada de decisão para interromper os estudos, seja para retomá-los. "Temos o compromisso constitucional de, na escola, formarmos profissionalmente os jovens, para que eles tenham condições de garantir inserção produtiva digna e dar sequência na carreira que desejarem optar. Fortalecer a Educação Profissional e Tecnológica é fundamental nesse sentido, para que os jovens tenham formação adequada e alinhada às tendências do mundo do trabalho, assim como é urgente criarmos condições para que essa parcela da população estude e tenha oportunidades profissionais”, avalia Ana Inoue. Sem vontade de retomar os estudos Apesar de termos 73% do grupo interessado em voltar para a escola, outros 27% dos jovens de 15 a 29 anos sem a etapa de ensino completa (cerca de 2,5 milhões) não têm vontade de voltar a estudar. Os motivos variam entre homens e mulheres, mas os principais são a necessidade de trabalhar (para 40% deles) e a necessidade de cuidar da família (para 35% delas). Outras respostas como falta de vontade ou de tempo e vergonha da própria idade também apareceram como motivos para os jovens não voltarem a estudar (confira na imagem abaixo). Motivos dos jovens para não quererem voltar a estudar. Pesquisa Juventudes fora da escola sem a educação básica, 2024. A pesquisa ouviu mais de 1,6 mil jovens de todo o país, realizou entrevistas em profundidade e contou com grupos de discussões de jovens para chegar aos resultados. A margem de erro é de 3 pontos percentuais. Outros destaques da pesquisa O levantamento, lançado oficialmente nesta terça-feira (12), também traçou um perfil de quem é o jovem de 15 a 29 anos que está fora da escola. Os homens (58%) e negros (70%) são maioria. Ente eles, 43% não chegou nem a concluir o ensino fundamental e 84% trabalham e 69% ocupam algum cargo informal (sem carteira assinada ou vínculo empregatício). Os que têm filhos também são maioria. Entre os homens, 6 a cada 10 são pais. Entre as mulheres, 8 a cada 10 são mães. E quase 8 a cada 10 desses jovens sem educação básica completa possuem renda per capita de até um salário-mínimo por pessoa. Perfil dos jovens fora da escola. Pesquisa Juventudes fora da escola sem a educação básica, 2024 VÍDEOS DE EDUCAÇÃO
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10/03 - 'Como reitora, passei por situações nas quais eu tive que colocar o homem no lugar dele', diz Márcia Abrahão da UnB
Primeira reitora da UnB e atual presidente da Andifes, Márcia Abrahão conta que enfrentou situações de machismo e assédio durante trajetória profissional e que, por suas reações, foi chamada de autoritária. Reitora da Universidade de Brasília, Márcia Abrahão Beto Monteiro / Secom UnB Na semana em que se comemorou o Dia Internacional da Mulher, o g1 conversou com duas mulheres que ocupam cargos de destaque no Distrito Federal para falar sobre um tema polêmico: poder e assédio. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 DF no WhatsApp. No sábado (9), a entrevistada foi a vice-governadora do Distrito Federal Celina Leão (PP) . Neste domingo (10), a primeira reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão, conta sua experiência. "Como reitora, passei por situações que eu tive que colocar o homem no lugar dele. E aí a gente é chamada de autoritária. [...]. Se o homem faz isso, ele é firme. Se a mulher faz, ela é autoritária, ela é grosseira", diz a reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão. Por ter ingressado na área de geologia, em 1982 – um curso majoritariamente masculino na época – e ter traçado uma carreira que a levou a ser a primeira reitora da UnB, Márcia Abrahão conta que durante toda a sua trajetória acadêmica e profissional enfrentou o machismo. Atual presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), ela diz que precisou lidar com "microagressões de gênero" incansavelmente. “Tive que lutar por cada detalhe. Por exemplo, na UnB, na Reitoria, a placa da frente da da sala é reitor. Foi um custo para eu conseguir mudar para reitora." Leia abaixo a entrevista com Márcia Abrahão. Poder x assédio g1: A relação entre poder e assédio é muito presente em diversos âmbitos da sociedade. Como a senhora percebe esse contexto? Ao longo da sua vida, passou por situações em que se sentiu assediada? Se estiver confortável, pode nos contar como foi? Márcia Abrahão: Eu já passei por essa situação em vários momentos, em várias fases da minha vida: como estudante, com um professor que não aceitava a mulher ainda mais geóloga, como profissional, por exemplo, na Petrobras, quando estávamos em campo e era uma equipe sísmica, que eu era geofísica da Petrobras no interior da Bahia, e era um acampamento só de homens. Nós chegamos três mulheres, três mulheres geólogas, as três formadas na UnB, com o "espírito da UnB" que não aceita preconceito, e tivemos que nos rebelar dentro da equipe sísmica, conversar com o chefe por causa da atitude dos homens que andavam de toalha no meio do acampamento. Na vida profissional ouvi homens que falavam "Ah, não, deixa que eu dirijo" ou "Você, não precisa dirigir, deixa que eu vou para andar num lugar mais difícil". Então, há esse tipo de coisa na vida de uma geóloga. Mas também tive pessoas incríveis, como o meu orientador. Por exemplo, eu estava morrendo de medo de falar que eu estava grávida da minha filha, já estava terminando o mestrado. Aí ele falou "Poxa, que bom. Parabéns!". Então, há homens que têm um outro olhar. Como reitora, passei por situações que eu tive que colocar o homem no lugar dele. E aí a gente é chamada de autoritária. Quando a gente fala "Olha aqui, pode deixar que eu sei o que eu tô fazendo" – se o homem faz isso, ele é firme. Se a mulher faz, ela é autoritária, ela é grosseira. E eu já passei por isso como reitora e até como presidente da Andifes. Já passei por situação de machismo de tentar inverter o que a gente está fazendo para trazer uma imagem, que não é uma imagem verdadeira. Mas é porque no fundo ele não aceita que uma mulher esteja no comando. g1: Como ser mãe durante o mestrado e o doutorado influenciaram na sua carreira e na sua visão de gestora? Márcia Abrahão: Ser mãe e para mim, hoje como gestora, é muito importante eu ter passado pelo que eu passei, até pra ver o que as pessoas sentem e o que as mulheres passam. Então, por exemplo, quando eu fui fazer minha prova de mestrado, eu tinha acabado de ter o exame de gravidez do meu filho. Tinha entrevista e eu morria de medo, porque a geologia é um curso muito de homens, até hoje tem muita resistência em várias áreas, não em todas, mas em outras têm. Uma amiga minha falou "Não fale que está grávida. Se você falar que está grávida na entrevista, você não vai passar". E eu fiz uma péssima entrevista e eu não falei que estava grávida. Também não me perguntaram, né? "Você está grávida?’" [risos]. Mas foi difícil. Assim que eu comecei o mestrado, tinham disciplinas que eu tinha que fazer trabalho de campo e eu não pude ir. Depois, isso acabou prejudicando. [...] No doutorado, a minha filha tinha acabado de nascer e eu tinha que ir para o campo, que era no norte de Mato Grosso – uma área que tinha muita malária na época – e eu amamentava. [...] Então, eu só pude ir para o campo no ano seguinte, em julho do ano seguinte. Acabou atrasando o meu campo e quando eu fui, eu amamentava ainda porque ela não queria parar de mamar. E eu fui daqui de Brasília de carro até Mato Grosso, tirando leite no caminho para ir desmamando. Foi assim que eu desmamei ela, nesse período, nesse caminho. Então, tem várias situações. Por exemplo, tanto no mestrado, quanto no doutorado e depois, com os filhos pequenos. Eu estava no laboratório, fazendo uma análise e eu tinha que parar de repente, porque a escola ligava falando que criança tinha passado mal. Já como professora, eu dava aulas às quartas, durante a tarde, e eles faziam as oficinas infantis que tinham lá na UnB, no CO [Centro Olímpico]. Na hora do intervalo da minha aula, eu levava eles, ia dar aula, depois buscava no intervalo, deixava em casa correndo e voltava para dar aula. Não tinha tempo nem de beber água. Era uma logística danada, sorte que eu morava ali perto, na 205 Norte. Então, tem muitas situações que as mulheres passam. E aí você escuta o colega com piadinha, como se a gente tivesse de corpo mole e esse tipo de coisa. g1: Então a senhora enfrentou o machismo durante todo percurso, de estudante, pós-graduanda, mestre, doutora, no mercado de trabalho, como reitora e como presidente da Andifes? Márcia Abrahão: Durante todo o percurso. Na verdade, nós temos que estar o tempo inteiro atentas, porque todo dia tem um homem que não aceita uma mulher num cargo de destaque, seja como gestora, seja como profissional, como colega. Uma colega que se sobressai, têm homens que não aceitam. Ainda bem que têm homens que aceitam e que ensinam isso para outros homens. Hoje em dia, as mulheres estão mais atentas. Quando a mulher não está atenta, ela tem uma amiga, ela tem uma prima, ela tem uma irmã que faz ela abrir os olhos. E isso é muito importante. Mas acho que, infelizmente, a nossa sociedade brasileira ainda é muito machista. Ainda é uma sociedade que tem muitos homens que não aceitam mulheres que estudam, mulheres que têm cargos, e isso a gente tem que combater no dia a dia. Mas o que eu vejo hoje é que as mulheres estão mais atentas e mais donas das suas vidas. g1: Conte um pouco de sua trajetória na universidade e na comunidade acadêmica. Ao longo desse tempo, como foram as suas experiências, em um ambiente que, por muito anos, foi dominado por homens. Márcia Abrahão: Tive que lutar por cada detalhe. Por exemplo, na UnB, na Reitoria, a placa da frente da da sala é reitor. Foi um custo para eu conseguir mudar para reitora. Há pouco tempo, eu consegui mudar uma outra placa para gabinete da reitora, mas somente no segundo mandato. As assinaturas no Sei, que é o nosso sistema de assinaturas online, todas no masculino. Lutei para conseguir mudar, para colocar pelo menos o "azinho" [ª]. Hoje em dia, por exemplo nessa trajetória toda – e até por eu ter uma profissão que eu tive que me impor também profissionalmente como geóloga – eu vejo que as pessoas me respeitam. Mas vejo também que muitas pessoas usam o fato de eu ser mulher, de eu falar mais firme, para dizer que "Tá vendo, é autoritária", ou "Tá vendo, tem que ser do jeito dela", e eu faço gestões super democráticas, tanto na UnB como na Andifes. Mas o que a gente percebe é que ainda tem muitos homens que tentam usar qualquer detalhe para desqualificar a mulher, no fundo, o que eles querem é desqualificar. [...] A gente ainda tem homens, e eu vivo isso ainda hoje como presidente da Andifes, já vivi com reitores homens, por exemplo, deles me interromperem o tempo inteiro quando estou falando. Então, eu passei por isso, e olha que eu sou presidente há menos de um ano, passei por isso como reitora na UnB com diretor de faculdade me interrompendo o tempo inteiro e interrompendo outras mulheres, e passei por isso na Andifes com reitores que também não aceitam. Muitas vezes são homens que tentam passar uma imagem de homens que são modernos, que respeitam a mulher. Mas eles escorregam porque eles não são. Responsabilidade A reitora Márcia Abrahão em cerimônia de posse Wilson Dias/Agência Brasil g1: Como a senhora se sente hoje, sendo uma mulher na posição em que ocupa como reitora da Universidade de Brasília e presidente da Andifes? Márcia Abrahão: Eu já passei da fase de ficar muito feliz e orgulhosa. Hoje, eu vejo isso com uma imensa responsabilidade, então é uma imensa responsabilidade para outras mulheres. Recentemente eu recebi umas pessoas para uma reunião, para tratar do Conselho de Saúde do Brasil, da Conferência Nacional de Saúde, e eu escuto de outras mulheres "Olha, é muito bom te conhecer, muito bom falar com você, você tem sido um exemplo, eu fico feliz que você está aí". Então eu vejo a proporção da minha responsabilidade. E agora eu tenho uma responsabilidade muito maior, porque eu sou avó. Então eu vejo como que eu tenho que ser um exemplo para a minha neta, sou avó de uma mulher. g1: Que conselho a senhora daria para mulheres que querem cargos de liderança no meio acadêmico? Márcia Abrahão: Primeiro é acreditar no seu próprio potencial. Não escutar as pessoas que dizem que você não tem condições, que você não vai conseguir, que você vai ser mãe. A pessoa fala "Você tem filho, você não consegue fazer isso porque você tem que cuidar do seu filho". Sim, nós temos que cuidar dos nossos filhos, mas podemos também optar por não ter filhos. Essa tem que ser uma opção da mulher, não pode ser uma imposição da sociedade. E a outra coisa que eu acho fundamental é a gente sempre ter mulheres aliadas. As pessoas costumam dizer que a mulher não é aliada de mulher, mas mulher é muito aliada de mulher. É muito importante nós termos as nossas redes de amigas, continuarmos com as nossas amigas, saindo com as nossas amigas, conversando com as nossas amigas. Não deixarmos que os homens impeçam a gente de ter amizades. Esse é um primeiro sinal de violência. É naquele relacionamento de mulher e homem em que o homem não permite que ela tenha amigas e que não estude e que não trabalhe. Então, é ficar atenta a todos os sinais, confiar nas mães e confiar em outras mulheres e persistir, isso é fundamental. Quem é Márcia Abrahão Márcia Abrahão, reitora da UnB, fala sobre quem é e como quer ser lembrada no cargo que ocupa Márcia Abrahão nasceu no Rio de Janeiro, em 1964, mas cresceu em Brasília. Em 1982, passou no vestibular da UnB para o curso de Geologia e, após finalizar a graduação, passou no concurso da Petrobras, em 1987. Pediu demissão após um ano e meio e, quando se casou, voltou para Brasília. Em 1988, passou no mestrado na área de Geologia na UnB. Seu primeiro filho, Tomás, nasceu depois de um ano. Márcia Abrahão passou no concurso do Banco Central durante o período da pós-graduação e, no início do doutorado, a filha Renata nasceu. Depois de pedir demissão do Banco Central, ela passou, em março de 1995, para ser professora substituta da UnB, e em julho entrou como professora permanente. "Estou lá [na UnB] até hoje, e assim comecei a minha história", diz Márcia Abrahão. Graduada, mestra e doutora em Geologia pela UnB, é docente do Instituto de Geociências (IG) desde 1995. Entre 2008 e 2011, foi decana de Ensino de Graduação e coordenou o Reuni – Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais. Em 2016, tornou-se a primeira mulher eleita reitora da UnB e, em 2020, foi reconduzida ao cargo por mais quatro anos. Em 2023, foi eleita presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Casada pela segunda vez – com o mesmo marido, Antônio – atualmente diz que um dos seus títulos preferidos é "ser avó da Olívia". LEIA TAMBÉM: ENTREVISTA VICE-GOVERNADORA: 'Firmeza e postura me ajudaram a combater assédio', diz Celina Leão, vice-governadora do DF HISTÓRIAS ENTRELAÇADAS DE MULHERES: a arte ancestral do crochê que tece o presente e desenha o futuro Leia mais notícias da região no g1 DF.
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09/03 - Em Piracicaba, 66% das escolas municipais não têm bibliotecas; lei prevê obrigatoriedade
Em 2010, Governo Federal determinou acervo mínimo de um livro para cada aluno matriculado. Rede municipal, conforme o número de matrículas, deveria ter 36.704 títulos disponíveis aos alunos, segundo dados do Censo Escolar. Estante de livros no Sebo do Formiga, em Piracicaba Caroline Giantomaso/g1 A rede municipal de ensino de Piracicaba (SP) contava com 66% das escolas sem biblioteca ou sala de leitura, segundo o Censo Escolar divulgado pelo Ministério da Educação (MEC). O dado é referente ao ano de 2023, o último analisado pelo levantamento nacional. Por lei, todas as escolas do país devem ter uma biblioteca com acervo mínimo de um título para cada aluno matriculado e um bibliotecário por colégio. A universalização das bibliotecas foi estabelecida pela Lei 12.244 em 2010. O texto previa um prazo máximo de dez anos para a instalação dos acervos nas escolas, porém, de acordo com a Câmara dos Deputados, o prazo foi adiado para 2022 por conta da pandemia de Covid-19. 📲Receba no WhatsApp notícias da região de Piracicaba Conforme o Censo Escolar, considerando o número de matrículas em toda a Educação Básica municipal, que se divide entre Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, a rede de ensino deveria contar com pelo menos 36.704 livros disponibilizados para os alunos em 2023 em Piracicaba. Confira, abaixo, o acervo mínimo para cada faixa de ensino: 📖 Ensino Infantil: 18.276 livros distribuídos em 92 escolas da rede municipal 📖 Ensino Fundamental: 17.878 livros distribuídos em 48 escolas da rede municipal para os alunos dos anos iniciais, que compreende do 1º ao 5º ano 📖 Ensino Médio: 185 livros disponíveis na única escola da rede municipal de Piracicaba Em Piracicaba, não há escolas municipais voltada aos anos finais do Ensino Fundamental. A rede pública desta faixa de ensino é composta exclusivamente de instituições estaduais, onde o percentual de escolas com bibliotecas ou salas de leitura é de 74,6% — mais do que o dobro da cobertura municipal (34,1%), mas ainda aquém da meta estabelecida pelo Governo Federal. Confira os dados completos abaixo. O que diz a prefeitura? O g1 pediu um posicionamento para a Prefeitura de Piracicaba, que informou, em nota, que dispunha de salas de leitura em 46 das 48 escolas do Ensino Fundamental em 2023, último ano base dos dados disponibilizados pelo Censo Escolar. Além disso, a administração municipal informou também que a rede municipal contava com cerca de 17 mil alunos no Ensino Fundamental e um acervo de, pelo menos, 50 mil títulos de livros destinados ao uso nas escolas desta faixa de ensino -- isso resulta em cerca de três livros disponíveis para cada aluno. Livros, livraria, prateleira, biblioteca, bienal, literatura (imagem ilustrativa) Jessica Ruscello / Unsplash 📚 Planos para 2024 Segundo a Secretaria de Educação de Piracicaba, está em andamento a compra de 21.348 exemplares de livros de literatura em 2024, resultando em um investimento superior a R$ 1 milhão. Além dos livros adquiridos, as escolas também recebem títulos a partir do Programa Nacional do Livro e do Material Didático, que disponibiliza obras didáticas, pedagógicas, literárias e outros materiais de apoio à prática educativa. A administração municipal também prevê, ao menos, duas novas salas de leitura que serão instaladas na escola de Ensino Fundamental que será construída no bairro Nova Iguaçu e na escola de Educação Infantil e Ensino Fundamental do bairro Santana. Por fim, a Secretaria também informou que o incentivo à leitura ocorre desde o berçário, por meio de projetos de leitura e também com a disponibilização de livros infantis para manuseio das crianças em escolas de Educação Infantil da rede municipal. VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias da região no g1 Piracicaba
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08/03 - 'O Avesso da Pele': livro que debate racismo é censurado em escolas de 3 estados por reação equivocada ao conteúdo, alertam especialistas
Estudiosos afirmam que trechos que abordam relações sexuais e a sexualização dos personagens podem ser o principal motivo da censura. Estados alegam que a obra apresenta 'expressões impróprias' para menores de 18 anos. Publicado em 2020, "O Avesso da Pele", de Jeferson Tenório, conta a história de um jovem que teve o pai morto em uma abordagem policial Carlos Macedo/Feira do Livro e Reprodução/Redes Sociais Especialistas ouvidas pelo g1 afirmam que a justificativa apresentada pelos governos do Mato Grosso do Sul, de Goiás e do Paraná para recolher os exemplares do livro “O Avesso da Pele” das escolas públicas é falha, fraca e escorada no racismo, repetindo procedimento de censura típico dos anos da Ditadura Militar. As secretarias de educação afirmam que a obra apresenta “expressões impróprias” para menores de 18 anos, e que, por este motivo, precisaria ser reavaliada ou retirada das bibliotecas das instituições. Entretanto, os especialistas ouvidos pelo g1 argumentam que há, entre outros pontos, confusão entre o interesse privado e o público na ação desses governos estaduais, já que a obra é premiada e foi selecionada para distribuição escolar pelo Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), do Ministério da Educação (MEC). A obra consta ainda na lista de livros obrigatórios do vestibular do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), considerado um dos mais concorridos de todo o país. No Rio Grande do Sul, a diretora de uma escola chegou a pedir a retirada do título da instituição, mas o governo estadual o manteve na sua lista de obras. (Veja mais abaixo.) “Me parece uma decisão baseada em um gosto pessoal, de alguém que não gostou da obra e automaticamente acha que as outras pessoas nem deveriam ter acesso a ela”, afirma a professora Carla Risso, da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e integrante do Observatório de Comunicação, Liberdade de Expressão e Censura (Obcom) da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). O livro, que foi publicado em 2020 e venceu o Prêmio Jabuti (prêmio mais importante do setor) no ano seguinte, narra a história de Pedro, que teve o pai assassinado em uma abordagem policial. A obra apresenta questões raciais que vão desde o racismo estrutural à violência policial, e trata ainda da fetichização e sexualização de corpos negros. Instituição que promove Prêmio Jabuti repudia recolhimento de livro: 'Inaceitável ataque à liberdade de expressão' Espanto com a censura Jeferson Tenório, autor do livro, ficou surpreso com a reação contra a obra. "Me causa espanto porque nós já temos tão poucos leitores no Brasil e deveríamos estar preocupados em formar leitores, e não censurar livros", declarou em entrevista ao programa Ao Ponto, da Globonews. Em Ponto entrevista: Jeferson Tenório, autor de "O avesso da pele" Em suas redes sociais, o escritor classificou ainda a medida como "uma violência e uma atitude inconstitucional". Segundo Tenório, "não se pode decidir o que os alunos devem ou não ler com uma canetada". “O mais curioso é que as palavras de 'baixo calão' e os atos sexuais do livro causam mais incômodo do que o racismo, a violência policial e a morte de pessoas negras. Não vamos aceitar qualquer tipo de censura ou movimentos autoritários que prejudiquem estudantes a ler e refletir sobre a sociedade em que vivemos”, escreveu Tenório. Um abaixo assinado online contra a censura reuniu mais de 6,4 mil pessoas, incluindo personalidades como Chico Buarque e Drauzio Varela. De acordo com a professora e comunicóloga Luiza Andrade, os trechos que abordam relações sexuais e a sexualização dos personagens podem ser um dos principais argumentos para a censura da obra, mas essa justificativa é falha. Políticos de direita chegaram a afirmar que o livro possui "linguagem pornográfica". Sim, os trechos são detalhados, mas não diferem em conteúdo de livros de literatura infantojuvenil facilmente encontrados nessas mesmas bibliotecas escolares. Há uma diferença, no entanto, na linguagem usada para descrever as cenas, com palavras que muitos consideram chulas ou vulgares, o que pode, talvez, fazer com que a obra seja entendida por alguns como inadequada para o ambiente escolar. Outra diferença apontada pela especialista é o foco claro na crítica imposta pela reflexão diante da cultura de fetichização de determinados corpos. Luiza reforça que não concorda com essa linha de raciocínio, mas acredita que seria um argumento facilmente aceito entre “os defensores das morais e dos bons costumes que buscam cercear debates sobre os direitos das minorias e a repressão sofrida pela população negra”. “Não se trata apenas sobre como o livro é escrito, mas sobre a mensagem que ele quer passar, sobre o que aquele material ensina aos alunos, que tipo de questionamento estimula e a quais conclusões os estudantes vão chegar ao consumir aquela obra”, defende Luiza. 'Retirar livros é ato censório' Daniela Osvald, coordenadora do Observatório de Comunicação, Liberdade de Expressão e Censura (Obcom) da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), defende que a mesma tática foi utilizada no país durante a ditadura militar entre as décadas de 60 e 80. Ela acredita que a decisão das secretarias de educação pode, sim, ser considerada censura. O livro integra um programa do governo federal e já havia passado por uma avaliação realizada por uma banca especializada. Não é uma obra desconhecida e havia um motivo para ela integrar a coleção das bibliotecas das escolas. Essa é quase uma censura institucional porque está sendo institucionalizada por um governo. O que diz a editora A Companhia das Letras, editora responsável pela distribuição do livro em todo Brasil, também manifestou indignação com a decisão das secretarias de ensino. Para ela, “a retirada de exemplares de um livro, baseada em uma interpretação distorcida e descontextualizada de trechos isolados, é um ato que viola os princípios fundamentais da educação e da democracia, empobrece o debate cultural e mina a capacidade dos estudantes de desenvolverem pensamento crítico e reflexivo”. Alvo de ataques O livro vem sendo alvo de ataques desde 2022, quando Tenório sofreu ameaças de morte ao anunciar que faria uma palestra em uma escola de Salvador. Na época, o escritor revelou que recebeu mensagens anônimas que diziam que caso fosse ao local, ele teria o "CPF cancelado", ou "teria de fugir do país" para não ser metralhado. Mais recentemente, na semana passada, a diretora de uma escola de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, pediu a retirada do título das instituições de ensino da cidade através de um vídeo na internet. Após a publicação, a 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), ligada à Seduc-RS, chegou a orientar a retirada dos exemplares da biblioteca da escola até que o MEC se manifestasse. Dias depois, porém, a secretaria estadual emitiu nota afirmando que "não orientou para que a obra (...) fosse retirada de bibliotecas da rede estadual de ensino" e que "a 6ª Coordenadoria Regional de Educação vai seguir a orientação da secretaria e providenciar que as escolas da região usem adequadamente os livros literários". Livro faz parte de programa do governo federal "O Avesso da Pele" chegou às bibliotecas escolares por meio do Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), sistema do Ministério da Educação (MEC) que seleciona e distribui gratuitamente livros didáticos para as escolas públicas brasileiras. O programa foi estabelecido no formato atual por um decreto de 2017. Em resumo, ele funciona da seguinte forma: O MEC publica editais com as características obrigatórias dos livros que serão adotados pelas escolas (número de páginas, conteúdo, formato etc.). As editoras, então, começam a produzir obras que sigam esses critérios. Depois, podem inscrevê-las no programa. O ministério, por meio da Secretaria de Educação Básica, avalia quais livros podem ser aprovados, quais estão "eliminados" e quais só precisam de pequenos ajustes. Depois da análise de comissões técnicas pedagógicas, é formado um "cardápio de materiais" com todos os que passaram pelo crivo dos especialistas. As escolas recebem o tal "cardápio" e escolhem quais livros adotarão. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do governo federal, negocia os preços com as editoras e compra as obras, para que sejam direcionadas gratuitamente às redes de ensino. Por último, os correios distribuem os livros para cada colégio. Veja o infográfico abaixo: Como funciona o PNLD? Arte/G1 Escritor Jeferson Tenório fala sobre 'O avesso da pele'; obra é alvo de polêmica no RS
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07/03 - Pé-de-meia: MEC divulga calendário de pagamento de bônus de matrícula a alunos do ensino médio; veja datas
Valor faz parte do programa de incentivo à permanência de jovens no ensino médio. Além deste bônus, os estudantes elegíveis também receberão R$ 1.800 em nove parcelas ao longo do ano. Governo anuncia valores de programa que cria bolsa contra evasão escolar no ensino médio O Ministério da Educação (MEC) divulgou na quarta-feira (6) o cronograma de pagamento do bônus de matrícula, no valor de R$ 200, a alunos elegíveis em qualquer ano do ensino médio. O valor faz parte programa "Pé-de-meia", que irá fornecer incentivo financeiro para estudantes da etapa de ensino. O bônus será pago em parcela única entre 26 de março e 3 de abril. A data de pagamento depende do mês de aniversário do aluno. Esse valor não é descontado do incentivo de frequência de R$ 1.800, que será pago em nove parcelas ao longo do ano. (Veja mais abaixo o detalhamento dos pagamentos do programa.) Calendário de pagamento do bônus de matrícula por mês de aniversário do estudante: Janeiro e fevereiro: 26 de março Março e abril: 27 de março Maio e junho: 28 de março Julho e agosto: 1º de abril Setembro e outubro: 2 de abril Novembro e dezembro: 3 de abril Entre os objetivos do programa estão combater a evasão escolar no ensino médio e diminuir a desigualdade no acesso à universidade e ao mercado de trabalho. Pelo programa, o governo irá pagar até R$ 9,2 mil para os estudantes que concluírem os estudos. Segundo o MEC, a expectativa é a de que o programa atenda cerca de 2,5 milhões de alunos. Abaixo, confira: Quem pode participar do 'Pé-de-meia' Como se inscrever no programa Quais valores serão pagos Quais são as regras do programa Como será o calendário de pagamento 🧑‍🎓 Quem pode participar do 'Pé-de-meia' De acordo com a portaria, podem participar do programa os estudantes matriculados em escolas públicas e que estejam cursando o ensino médio ou o programa para Educação de Jovens e Adultos (EJA). Além disso, é necessário: ter entre 14 e 24 anos; fazer parte de família inscrita no Cadastro Único (CadÚnico). Segundo MEC, terão prioridade para receber o benefício os estudantes que integrem famílias que recebem o Bolsa Família. Por outro lado, alunos cadastrados como família unipessoal no Bolsa Família não têm direito ao programa. 🗒️ Como se inscrever no programa O MEC informou que será responsável por definir quais alunos terão direito a receber o programa. Para isso, as escolas deverão enviar os dados dos estudantes para o governo. Após o recebimento dos dados, o MEC fará o cruzamento de informações com o Cadastro Único e abrirá as contas bancárias para os alunos. O governo informou que é necessário que os estudantes tenham CPF e estejam inscritos no CadÚnico. Para este ano, segundo a portaria do MEC, o governo irá analisar as informações contidas no CadÚnico no dia 10 de fevereiro de 2024. Além disso, estarão aptas as matrículas de estudantes no ensino médio transmitidas pelas instituições de ensino até 8 de março de 2024. ▶️ EMISSÃO DO CPF Para emitir o CPF, basta preencher um formulário da Receita Federal. Veja a seguir como fazer: Para cidadão brasileiro residente no país, clique aqui. Para cidadão brasileiro residente no exterior, clique aqui. Para cidadão estrangeiro, clique aqui. ⚠️ O cartão físico do CPF – aquele de plástico azul – não é mais emitido. Os comprovantes de inscrição impressos e o CPF Digital têm o mesmo valor jurídico. Leia aqui outras orientações para emissão do CPF. ▶️ INSCRIÇÃO NO CADÚNICO Para se inscrever no CadÚnico, um membro da família do estudante, com 16 anos ou mais, deve ir diretamente até o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da cidade onde mora ou posto de atendimento munido dos documentos. Clique aqui para mais informações sobre o CadÚnico. No momento da inscrição, o representante deve apresentar pelo menos um documento da lista a seguir para cada pessoa da família: Certidão de Nascimento; Certidão de Casamento; CPF; Carteira de Identidade – RG; Carteira de Trabalho; Título de Eleitor; Registro Administrativo de Nascimento Indígena (RANI) – somente se a pessoa for indígena. 💰 Quais valores serão pagos O MEC informou que o benefício será pago por etapas, da seguinte forma: incentivo para matrícula, no valor anual de R$ 200; incentivo de frequência, no valor anual de R$ 1.800; incentivo para conclusão do ano, no valor anual de R$ 1.000; incentivo para o Enem, em parcela única de R$ 200. No caso do incentivo de frequência, o valor total de R$ 1.800 será pago em nove parcelas ao longo do ano. A exceção será para este ano, quando o benefício será pago em oito parcelas, totalizando R$ 1.600. ✅ Quais são as regras do programa O MEC informou que vai exigir uma série de dados sobre a vida escolar do estudante para que o benefício seja pago regularmente. Confira a seguir: Incentivo de matrícula: é necessária que a inscrição no ano escolar seja feita até dois meses após o início do ano letivo. Incentivo de frequência: o aluno terá de ter frequência de pelo menos 80% das horas letivas. Caberá às instituições de ensino comunicar ao governo, todos os meses, a frequência escolar dos estudantes. Incentivo de conclusão: o estudante deverá passar de ano para receber o valor anual. Além disso, se for o caso, o aluno terá de ter a participação comprovada em exames de avaliação, como o do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Incentivo do Enem: o valor só será pago aos alunos que concluírem o ensino médio e estiverem presentes nos dois dias de provas. Em caso de retorno após abandono ou reprovação, o governo informou que só pagará o benefício uma única vez para cada série do ensino médio. ❌ Serão desligados do programa os alunos que: optarem por abandonar o "Pé-de-meia" voluntariamente; que não estiverem mais dentro dos critérios de elegibilidade, como idade e inscrição no CadÚnico; que reprovarem de ano duas vezes consecutivas; que abandonarem os estudos por mais de dois anos; que cometerem qualquer tipo de fraude ou irregularidade. 🗓️ Como será o calendário de pagamento O bônus de matrícula, no valor de R$ 200, será pago entre os dias 26 de março e 7 de abril. Caso algum aluno não receba o benefício por alguma atualização nos dados do governo, o pagamento será feito até 1º de julho. Para o incentivo de frequência, no valor de R$ 1.600, o pagamento será feito em oito parcelas. Veja os prazos na tabela a seguir: Pagamento do incentivo de frequência Já em relação ao incentivo de conclusão, no valor de R$ 1.000, o depósito na poupança estudantil será feito entre 24 de fevereiro de 2025 e 3 de março de 2025. Caso algum aluno não receba o benefício por alguma atualização nos dados do governo, o pagamento será feito até 5 de maio de 2025. Por fim, o incentivo para o Enem, de R$ 200, será depositado entre 23 de dezembro de 2024 e 3 de janeiro de 2025. VÍDEOS: notícias de Educação
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07/03 - Nova lei de cotas, erro em algoritmo e falta de tempo para testar sistema: reitora da UFSCar explica anulação da 2ª chamada
Ana Beatriz de Oliveira diz que decisão do MEC resultou em erros na classificação de candidatos às vagas de ampla concorrência, que foram destinadas a cotistas, e no cancelamento inédito dos convocados. Reitora da UFSCar fala sobre erro e anulação da lista de 2ª chamada Nesta semana, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) anulou a lista de segunda chamada para os interessados em ingressar em seus cursos de graduação, após reclamações de candidatos que tiveram notas melhores do que os convocados e se sentiram prejudicados. Uma nova lista para matrícula deverá sair na segunda-feira (11). 📲 Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp Foi a primeira vez na história do vestibular da UFSCar que uma lista de convocados para matrícula foi cancelada. ATUALIZAÇÃO: uma nova lista corrigida foi divulgada no dia 12 de março. Leia a reportagem. De acordo com a reitora da UFSCar, Ana Beatriz Oliveira, uma cadeia de eventos desencadeou erros na classificação das vagas de ampla concorrência, que foram destinadas a cotistas, causando transtornos a centenas de candidatos que já haviam apresentado os documentos para a matrícula e se consideravam alunos da universidade. Em entrevista ao g1, Ana Beatriz explicou como aconteceram as falhas e também falou sobre os alunos prejudicados. Nesta reportagem você vai ver: Nova lei de cotas Tempo curto de implantação das mudanças e erro no algoritmo Falta de testes de sistema Cinco dias para identificação de erro Formas de reparação aos candidatos prejudicados "A gente tem primeiro uma decisão do Ministério da Educação (MEC) para aplicar a lei de cotas. Isso gerou um tempo muito curto para todas as universidades se adequarem ao processo. Nós fizemos adaptações necessárias aqui e depois de publicada a lista da segunda chamada, recebemos reclamações de candidatos que ficaram de fora do requerimento de matrícula. Foi identificado um erro na geração dessas listas, o que nos levou à decisão de suspender tanto a segunda chamada para matrícula como a lista de manifestação de interesse porque havia nela também um vício de origem que invalidava o processo." Reitoria da UFSCar em São Carlos Gabrielle Chagas/g1/Arquivo Dos 66 cursos oferecidos para a UFSCar, houve lista errada em 61. Ana Beatriz diz que o mesmo problema ocorreu em outras universidades. "Foi uma cadeia de eventos que levou a esse erro na UFSCar e em outras universidades que passam pelo mesma situação. Todo o sistema, nesse momento, monitora as listas, sabendo que há grande risco de erro em função dessa nova maneira de preencher as vagas", disse. O g1 procurou o MEC para saber dos problemas ocorridos na UFSCar e em outras universidades que tiveram as listas de interesse de vaga e convocação para as segundas chamadas canceladas. O Ministério disse que o problema ocorreu na UFSCar , mas negou que houvesse em outras unidades (leia mais abaixo). LEIA MAIS: RECLAMAÇÕES: Candidatos perdem vaga em 2ª chamada e questionam resultado ANULAÇÃO DE LISTA: UFSCar admite erro e anula 2ª chamada de aprovados DANO MORAL: Candidatos desconvocados podem processar instituição; entenda 1 - Nova lei de cotas Segundo a reitora, a nova lei de cotas insere uma série de novos procedimentos para gerar as listas, já que antes a ampla concorrência e as cotas eram trabalhadas em blocos separados e os candidatos competiam dentro das suas categorias de descrição. "Os candidatos à ampla concorrência disputavam 50% das vagas, os cotistas os outros 50% divididos em até oito grupos. Agora, os grupos se movimentam e o que a gente tem que fazer é preencher todas as vagas da ampla concorrência com todos os candidatos com maiores notas, independentes se eles são de ampla concorrência ou de cotas", explicou Ana Beatriz. LEIA MAIS: Entenda a nova lei de cotas Ana Beatriz Oliveira, reitora da UFSCar Reitoria da UFSCar/Divulgação Voltar ao início 2 - Tempo curto de implantação das mudanças e erro no algoritmo A nova política de cotas foi aprovada no final de outubro e sancionada pelo presidente Lula em novembro. Mas, de acordo com a reitora, a universidade foi comunicada que o MEC iria implantar a nova lei no Sisu de 2024, apenas um dia antes da publicação do edital da UFSCar de adesão ao Sisu, o que não deu tempo para a universidade ter pleno entendimento da lei, ao mesmo tempo em que se comprometeu a cumpri-la. "A decisão do MEC que a lei de cotas seria aplicada chegou 24 horas antes de a gente publicar nosso edital. Além disso, os problemas que aconteceram na primeira chamada atrasaram que os dados chegassem aqui para que a gente trabalhasse", afirmou Ana Beatriz. A universidade alega teve menos de dois meses para fazer as adaptações necessárias no sistema que gera as listas de candidatos para as manifestações de interesse e convocação para matrícula. “A operacionalização da lei de cotas foi uma decisão tomada pelo MEC, sem a participação das universidades com um período de tempo curto para que a mudança necessária do algoritmo fosse realizada com segurança. Então, nós vimos na primeira lista que foi divulgada pelo MEC uma série de revogações consecutivas. É o que está acontecendo aqui, nós que geramos a segunda lista e enfrentamos as mesmas dificuldades, não teve em nenhum momento uma orientação do MEC de como fazer essa operacionalização.” RELEMBRE PROBLEMAS NO SISU: Após falha no site do Sisu, aprovados 'perdem' vaga no dia seguinte: 'Já tinha comemorado nas redes', diz aluna Após candidatos perderem vaga no Sisu, MEC admite 'divulgação indevida de resultados provisórios' por 25 minutos Sisu: MEC divulgou lista errada de aprovados porque não havia terminado de analisar todas as categorias de cotas Estudantes da UFSCar participam de trotes universitários Ana Marin/g1 Voltar ao início 3 - Falta de testes de sistema Ainda segundo a reitora, o tempo curto não deu possibilidade à universidade de testar como deveria o sistema que havia sido adaptado às novas regras. "Ele foi testado, mas quando você desenha um programa de computador, precisa colocar todas as situações possíveis e isso não foi possível fazer, o que ocasionou esse erro quando nós processamos a segunda chamada. Vale lembrar que é um processamento grande, o número de candidatos que competem e disputam as vagas é alto e foi diferente do que a gente pôde conseguir simular nos testes realizados. Nos testes a gente não conseguiu simular a situação real . Os testes são eficientes quando são realizados exaustivamente e o tempo curto não possibilitou", admitiu. Voltar ao início 4 - Cinco dias para identificação de erro Entre o início das denúncias de erros da lista de convocação e a anulação da segunda chamada, passaram-se cinco dias. No início, a UFSCar chegou a validar a lista, mas voltou atrás e anunciou uma auditoria. "Nós divulgamos a segunda chamada do vestibular da UFSCar na semana passada e a partir da divulgação começamos a receber queixas de candidatos com um bom desempenho que não tinham sido convocados. Nós fizemos uma auditoria mais geral e não conseguimos identificar os problemas em função disso. Aprofundamos a análise que foi concluída na manhã de segunda e, nesse processo, identificamos um erro no algoritmo que gerava as listas tanto de manifestação de interesse quanto de convocação para o requerimento de matrícula, o que nos fez cancelar a segunda chamada e refazer esse processo", informou Ana Beatriz. A demora para o cancelamento da lista, segundo a reitora, foi para que a avaliação fosse feita com cuidado. "Foi muita cautela porque não poderia haver um segundo equívoco, então todas as decisões foram tomadas com assessoria jurídica da nossa procuradoria federal. Nós também dialogamos com o próprio MEC e com o Ministério Público Federal dando ciência de tudo que foi feito e conduzido para que o processo fosse feito com lisura com cautela e com a seriedade que ele merece". Campus da UFSCar em São Carlos 2020 Gabrielle Chagas/G1 Voltar ao início 5 - Formas de reparação aos candidatos prejudicados A universidade diz que não tem como mensurar quantas pessoas foram prejudicadas pela confusão das listas. De acordo com a reitora, somente após a manifestação dos interessados da quarta e última lista, que termina em 14 de abril, será possível saber quantos alunos convocados na segunda chamada, não conseguiram vaga na UFSCar. A reitora explica que não há como garantir vaga para todos os convocados erroneamente na segunda chamada. "Desde o início, nós trabalhamos com a possibilidade de absorver todas essas pessoas no processo, o que não se mostrou possível dado o número de candidatos convocados equivocadamente. Então, nós estamos trabalhando na reformulação do processo. Esperamos que as próximas chamadas - de segunda a quarta - possam absorver todas essas pessoas ou maior número possível", afirmou. A universidade irá dar prioridade aos alunos prejudicados no oferecimento de vagas remanescentes, o que deve ocorrer a partir de maio, mesmo que elas não sejam no curso de primeira opção pelo candidato. "Consecutivamente tem sobrado vagas na universidade em vários cursos, eu sei que isso pode não atender as pessoas que estão focadas em um curso específico, mas pode ser que tenham outras pessoas que avaliam a possibilidade de fazer o curso superior ou entrar na universidade por essa porta e tentar depois uma transferência. Se se candidatarem ao edital de vaga remanescente e tiverem participado desse processo seletivo, elas vão ter prioridade. Isso é o que ei posso afirmar e garantir porque é livre para universidade estabelecer os critérios para preenchimento das vagas remanescentes". A reitora disse também que há o estudo de uma nova chamada do ProUni, já que houve pessoas que desistiram da bolsa em uma faculdade particular pelo programa, por acharem que haviam passado na universidade pública. "Porque o problema não foi só na UFSCar. O problema aconteceu nas semanas anteriores em outras universidades. Os candidatos que porventura desistiram do seu processo no ProUni teriam uma nova chance. Apesar desse problema ter iniciado no MEC, eu sinto no MEC, na Secretaria de Educação Superior uma sensibilidade para nos apoiar e para também minimizar as consequências para os estudantes que foram prejudicados". Voltar ao início Problemas em outras universidades O g1 procurou o MEC para saber do tempo dado as universidades para a absorvição dos novos parâmetros e a existência dos mesmos problemas da UFSCar em outras universidades. O ministério disse que "as Instituições de Ensino Superior que ofertam vagas pelo Sisu não utilizam o sistema, que é gerido exclusivamente pelo MEC e recebem relatórios do MEC, com a listagem e o ranqueamento dos candidatos, obedecendo aos critérios previstos na Lei de Cotas. Elas então utilizam essas informações para fazer as convocações, tanto para a Chamada Regular quanto para a Lista de Espera". Disse ainda que "os relatórios encaminhados para a UFSCar não continham erros. A instituição teve problemas em seu sistema interno de convocação, após inserir e processar os relatórios". O MEC disse que não foram registradas ocorrências similares em outras Instituições de Ensino Superior, porém o g1 apurou que houve adiamento, anulação e cancelamento de listas de espera em pelo menos cinco universidades: UFPB - Universidade Federal da Paraíba UFBA - Universidade Federal da Bahia UFMA - Universidade Federal do Maranhão UFSM - Universidade Federal de Santa Maria UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais LEIA TAMBEM: UFMA adia resultado da lista de espera do SISU 2024 Sisu: candidatos reclamam que, mesmo com nota suficiente para a primeira opção de curso, são alocados na segunda Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara
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07/03 - Dá para determinar se uma pessoa é parda por chamada de vídeo? USP usa método para avaliar alunos aprovados por cota racial
Especialista aponta que universidade não leva em consideração que câmeras tendem a seguir uma escala de cores claras, o que acaba embranquecendo pessoas pardas e acinzentando pessoas negras. USP diz que 'toma todo o cuidado para que a visualização das características fenotípicas'. O jovem de Cerqueira César (SP) foi aprovado pelo Provão Paulista no curso de medicina da USP, mas perdeu a matrícula Alison Rodrigues/Arquivo pessoal Nas últimas semanas, alunos que prestaram o Provão Paulista e foram aprovados na Universidade de São Paulo(USP) pela modalidade de cota, entraram na Justiça contra a universidade após perderem a vaga por não serem considerados pardos. As entrevistas dos alunos aprovados via Provão Paulista foram realizadas por chamada de vídeo. Para especialista: Tecnologias fotográficas não possuem como referência uma escala de cores escuras e tanto em câmeras digitais, analógicas, de celulares ou notebooks, pessoas de pele negra retinta tendem a ficar acinzentadas e pessoas pardas tendem a ficar com a pele mais clara Especialista ainda reforça que a iluminação do ambiente também muda a forma como a pessoa é vista pela câmera. O que diz a USP? Questionada anteriormente pelo g1 sobre o motivo de não fazer entrevistas de forma presencial, a universidade informou que tal medida "demandaria um calendário de bancas de heteroidentificação incompatível com o calendário dos vestibulares do Enem, das universidades paulistas e do Provão Paulista". Universidade informou ainda que teriam "muitos candidatos viajando para São Paulo sem matrícula efetivada e sem uma resposta definitiva das bancas de heteroidentificação, o que acarretaria prejuízo para os candidatos", completou a Universidade. Mas por chamada de vídeo, é possível identificar as características que a banca entende que define uma pessoa como parda? Quem é pardo para os comitês que decidem quais alunos podem entrar nas universidades por cotas raciais? Entenda quais foram os significados de 'pardo' nos últimos 80 anos e como isso dificultou a identificação racial do Brasil Justiça dá prazo para USP explicar motivo de não reconhecer candidato pardo Câmeras embranquecem Para José Vitor, advogado especialista em direitos digitais e antidiscriminatórios e integrante do Aqualtune Lab, as câmeras foram feitas com tecnologias que tendem a reconhecer melhor escalas de cores brancas e, consequentemente, pessoas de peles brancas. A AqualtuneLab é uma organização especializada em estudos na relação entre direito, tecnologia e raça. "Os manuais das bancas de heteroidentificação não recomendam entrevista em vídeo, é sempre recomendado que seja presencial, justamente sabendo dessas questões tecnológicas. As câmeras - principalmente no celular - não simulam de forma equivalente a cor da realidade. Ela funciona como uma simulação do olho humano, mas não tem a mesma perfeição, então isso gera uma alteração em cores", afirma. "Essa alteração de cor, sempre vai valer a partir do momento que você interpõe na câmera a forma da luz do ambiente, o local que está vindo a iluminação e também gerar uma distração de cor", completa. Para Vitor, a questão das câmeras é um racismo tecnológico, já que as tecnologias foram pensadas e geradas a partir da ótica de um homem branco. "Se levarmos em consideração a câmera de um celular, eles tendem a conseguir reconhecer melhor uma pele branca. Uma pessoa negra retinta tira uma selfie e fica com uma cor cinzenta, por exemplo. Mesmo em câmeras analógicas, a escala de cor foi feita com uma referência europeia, de modo que você tirava fotos de pessoas negras e elas ficavam apagadas porque a iluminação não compreendia a escala de cores de peles negras. Isso foi se perpetuando na era digital por causa dos filtros", afirma. Ainda segundo o advogado, mesmo que a pessoa não use filtros, existem modelos de celulares que possuem na sua configuração padrão da câmera, ou seja, que não pode ser alterado, uma lógica de embelezamento. Só, que segundo ele, esse embelezamento é feito com uma 'negação de cor' e deixa mais clara a pessoa que está sendo mostrada. "É muito delicado você fazer a avaliação por videoconferência ou pedir que a pessoa grave um vídeo. Gravado ou ao vivo a câmera utilizada é exatamente a mesma e essa distração de cor existe. A tecnologia ela segue uma escala branca, ela não tem uma ótica de uma escala de cores que segue pessoas negras ou outras etnias, ela favorece a escala branca", afirma. Patrícia Peck, advogada especialista em Direito Digital, também reforça que as videochamadas podem não ser a melhor forma de avaliação. "Por videochamada também acho que pode ter viés, ser até duvidoso. Podemos, por exemplo, ter casos de pessoas que passaram maquiagem para ficar com a pele negra, tentar fraudar. Então, é necessário existir um método de análise equânime que, e nenhuma hipótese possa ser algo prejudicial ao candidato, no sentido que dificulte sua participação". E se não for um celular de última geração? Vitor reforça ainda que o tipo de avaliação da banca feita por chamada de vídeo ou por gravações não considera que o estudante não necessariamente tenha uma câmera ou um celular de última geração, que deixaria a imagem mais próxima da realidade. "O mais fácil de se aproximar da realidade é mexer na iluminação do local, mas não é todo mundo que tem condições de transformar a casa em um estúdio. Além disso, precisa entender exatamente onde posicionar essa iluminação, então já é uma série de aspectos que vão além da tecnologia em si. Mesmo na mídia impresa, no cinema, existe uma dificuldade em ter um fotógrafo que saiba gravar pessoas negras, com correção de cor, imagina um estudante", afirma. Como foi feita a avaliação da USP? A USP informou que a comissão foi criada para coibir fraudes e garantir a integridade da autodeclaração das pessoas convocadas para a matrícula nas vagas reservadas para política de ações afirmativas para pessoas negras, de cor preta ou parda nos cursos de graduação. Alguns dos alunos que prestaram USP pelo Provão Paulista pelo regime de cotas pretos, pardos e indígenas (PPI) foram avaliados pela banca Os candidatos que se autodeclaram Pretos, Pardos e Indígenas (PPI) passam por uma análise fotografia por duas bancas de cinco pessoas, baseada somente em fatores fenotípicos. Se a foto não for aprovada por nenhuma banca, o candidato é chamado presencialmente em casos de alunos ingressos pela Fuvest , mas no caso do Enem e do Provão Paulista, essa entrevista é realizada virtualmente. A USP avalia cor da pele, cabelos, forma da boca e do nariz. A universidade justificou que as entrevistas foram feitas virtualmente porque muito dos candidatos moram longe. Segundo a USP, em 2024, até o momento, 1.606 candidatos foram analisados nas fases da heteroidentificação. Desses, 187 foram considerados não aderentes à política afirmativa. O que diz a USP? O g1 pediu para conversar com um membro da banca sobre a avaliação por videochamada, no entanto, a universidade apenas informou que "nas versões virtuais, a banca de heteroidentificação toma todo o cuidado para que a visualização das características fenotípicas seja feita de maneira adequada, pedindo, por exemplo, para que os candidatos mudem a posição do corpo e procurem lugares com melhor iluminação. Tudo para garantir a isonomia da oitiva". Disse ainda que, "o processo foi desenhado a partir de um estudo do funcionamento das bancas em outras universidades, mas sempre pode ser aprimorado. A USP entende que tomou todas as medidas para garantir uma boa verificação das características fenotípicas, independentemente do suporte de visualização". Estudantes entraram na Justiça Nessa semana, dois jovens de São Paulo que tinham sido aprovados na USP, mas perderam a vaga por não serem considerados pardos, entraram na Justiça para conseguir a matrícula. O primeiro foi um adolescente de 17 anos, morador de Bauru (SP). Ele foi aprovado no curso de direito por meio da nota Provão Paulista e conseguiu a vaga pela política de cotas, já que se autodeclara pardo, mas na hora da banca fazer a avaliação, eles cancelaram a pré-matrícula do jovem, alegando que ele não seria pardo. A avaliação foi feita por meio de uma foto e uma vídeo chamada. Glauco Dalilio do Livramento conseguiu uma liminar da 14ª Vara da Fazenda de São Paulo determinando que a universidade reserve uma vaga para o estudante. Em sua decisão, publicada na segunda-feira (4), o juiz Randolfo Ferraz de Campos aceitou o pedido da defesa do estudante e afirmou que a verificação feita por meio de uma foto e uma videochamada "ofende a isonomia". Alison dos Santos Rodrigues, de 18 anos, também entrou na Justiça após ter tido a matrícula recusada por considerarem que ele não era pardo. Ele também foi avaliado pela banca por videochamada. A Justiça deu cinco dias para que USP explique por que negou vaga. O caso corre pela 2ª Vara Cível de Cerqueira César. A multa diária é de R$ 500 e limitada ao teto de R$ 20 mil.
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06/03 - Quem é pardo para os comitês que decidem quais alunos podem entrar nas universidades por cotas raciais?
Aluno autodeclarado pardo foi impedido de estudar por cota na Universidade de São Paulo (USP), após julgamento de comissão interna. Entenda quais os critérios usados pelas instituições de ensino nas tentativas de evitar fraudes em processos seletivos. Jovem de Cerqueira César (SP) foi aprovado por cotas pelo Provão Paulista, no curso de medicina da USP, mas perdeu a matrícula ao não ser considerado pardo Alison Rodrigues/Arquivo pessoal Quando um candidato se inscreve no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) ou em algum vestibular de universidade pública, deve escolher se quer concorrer a uma vaga por ampla concorrência ou por cotas. Vamos supor que um jovem de baixa renda se autodeclare pardo e seja aprovado para uma vaga reservada para as cotas. Como provar que ele realmente se encaixa nos critérios raciais da política pública? Basta a palavra do aluno ou alguém precisa confirmar que, de fato, ele tem direito ao benefício? As universidades são livres para decidir como agir no processo de verificação. Elas podem: aceitar apenas a autodeclaração, ou implementar os chamados comitês de heteroidentificação. 🧑🏽‍🏫 Os comitês são bancas formadas, em geral, por cinco pessoas, que analisam a aparência física do candidato para decidir se ele é socialmente lido como negro (entenda mais abaixo). Foi nessa etapa que um estudante de 18 anos (na foto acima), autodeclarado pardo, foi impedido de se matricular na Universidade de São Paulo (USP) no fim de fevereiro. Mesmo entre os defensores das cotas, não há consenso: de um lado, especialistas defendem a necessidade desses comitês, para evitar fraudes e garantir que as vagas sejam direcionadas ao público correto. Do outro, há estudiosos contrários à dinâmica, pelo risco de expor candidatos negros a uma situação constrangedora – a de ter suas características físicas analisadas por uma banca. Abaixo, veja como funcionam esses comitês e quais os critérios usados para definir quem é negro e quem não é. Como funcionam os comitês? ➡️APARÊNCIA FÍSICA É O ÚNICO CRITÉRIO Os comitês de heteroidentificação estabelecem que a análise dos candidatos deve ser fenotípica, ou seja, baseada nas características físicas, e não na ancestralidade. O que isso significa? Que não importa se a pessoa é filha de uma mulher negra ou neta de um homem pardo: a universidade quer avaliar como aquele aluno é "lido" pela sociedade no dia a dia. "Precisamos ver se o indivíduo está sujeito a sofrer discriminação por sua aparência. Os comitês fazem uma avaliação do conjunto. Você não vai ticar marcadores em uma lista e chegar a uma conclusão exata", afirma Douglas Leite, professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador de escravidão e relações raciais. "Pode ser uma pessoa com nariz negroide, mas cabelo liso, por exemplo. O que o comitê acha? Ela está sujeita a ouvir um insulto? Isso é o que deve ser levado em conta", diz. Para Rodrigo Ednilson de Jesus, professor da Faculdade de Educação e presidente da comissão afirmativa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é preciso analisar com cautela os casos dos autodeclarados pardos. Um erro comum nas ações afirmativas, segundo o especialista, é pensar neles como resultado de "misturas". "Se fosse assim [por ancestralidade], 90% da população brasileira teria direito a cotas. Qualquer pessoa pode ter um pai, mãe ou tataravô negro. Devemos nos ater às características fenotípicas, sem levar em conta a ascendência. Eu não vou ser considerado suspeito por um segurança em função de quem são meus familiares, e sim em função do meu corpo. O que está em jogo é como a sociedade me vê", explica Jesus, que também é autor do livro "Quem quer (pode) ser negro no Brasil?" (2021). Entenda quais foram os significados de 'pardo' nos últimos 80 anos e como isso dificultou a identificação racial do Brasil ➡️QUEM FAZ PARTE DAS BANCAS? Veja as principais características dos comitês de heteroidentificação: Em geral, há 5 membros, de perfis diferentes (homens, mulheres, brancos, negros, professores, técnicos etc.), escolhidos pela universidade em ato administrativo. É importante que seja uma banca diversa, para representar os diferentes perfis da sociedade. Todos os participantes devem ter contato com debates raciais e passar por um curso de formação previamente (de 8 a 20 horas). Os membros do comitê NÃO devem debater entre si (para não interferirem na opinião dos colegas) nem fazer perguntas violentas ou constrangedoras. A avaliação deve ser feita prioritariamente de forma presencial, e não por foto. O ambiente costuma ser filmado. “A comissão é feita para que pessoas comuns, com a devida formação, olhem para o candidato e pensem: seria uma pessoa que sofreria discriminação? A banca não está ali para julgar se houve má-fé. Ninguém vai dizer que o aluno está mentindo. É preciso explicar que os avaliadores estão analisando a destinação de uma política pública”, afirma Jesus. Alguém pode dizer se outra pessoa é ou não negra? ❗Atenção: há uma diferença entre heteroidentificação (a forma como os outros veem um indivíduo) e identidade (o jeito que a pessoa se vê). Mesmo em casos de candidatos bem-intencionados, que não estejam agindo por má-fé, pode haver divergência nesses dois critérios. Suponha que um garoto de pele clara, cabelo liso e lábios mais grossos tenha profunda relação com a cultura africana e more com familiares negros. Com base no contexto social em que vive, ele sempre se enxergou como uma pessoa parda. Mas, para o comitê, que analisa somente as características físicas, o aluno é considerado não negro. Ele perde, a princípio, o direito à vaga de cotista. “O que está em jogo é como a pessoa é lida socialmente. A banca não vai definir a identidade de ninguém”, afirma Jesus. Ou seja: mesmo depois dessa recusa, o candidato deve continuar se definindo como pardo, porque essa é a percepção dele a respeito de suas origens e de sua história. Ninguém tem o direito de dizer como ele deve se enxergar. A função dos avaliadores é apenas selecionar quem se encaixa em uma política pública, com base na aparência física. Caso o candidato discorde da decisão da banca e queira recorrer, poderá entrar com um recurso dentro da universidade e ser avaliado por uma segunda banca, com outros cinco avaliadores. Se eles também concluírem que, pelo fenótipo, a pessoa não é “vista” como negra, ela não poderá se matricular (a não ser que tente entrar na Justiça e consiga um mandado de segurança). ⚖️O que a Justiça deve considerar se o aluno recorrer? O ideal, segundo os especialistas entrevistados pelo g1, é que o Judiciário avalie a impessoalidade (alguém da banca conhecia previamente o aluno?), a proporcionalidade (foi mesmo a maioria que votou para recusar a cota?) e a transparência do processo. A ideia não é que o juiz anule a percepção de dez pessoas dos comitês e faça sua própria avaliação racial a partir de uma foto, segundo especialistas ouvidos pelo g1. Nem tudo é óbvio quando se fala de aparência física Morador de Bauru, Glauco passou em direito na USP, mas universidade não o considerou pardo Arquivo Pessoal O problema é que, especialmente no Brasil, existem casos que ficam em uma “zona" de difícil classificação. Douglas Leite explica que, havendo um impasse, é a autodeclaração do candidato que deve ser validada. Jesus, da UFMG, cita pessoas de cabelo claro e cabelo crespo como exemplo. “É uma discussão que pode variar até de acordo com o território [alguém que seja lido como pardo em São Paulo talvez seja considerado branco na Bahia]. Por isso que a banca produz o que tenho chamado de consenso intersubjetivo: significa que não elimino a subjetividade da avaliação, mas produzo um consenso na medida da repetição. São 10 pessoas avaliando”, explica. Esse tipo de comitê foi considerado legítimo pelo Supremo Tribunal Federal, no debate sobre a legalidade das cotas em 2012. Além disso, a portaria normativa nº 4, publicada em 2018 e atualizada em 2023 pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, define que, nos concursos públicos, "a comissão de heteroidentificação utilizará exclusivamente o critério fenotípico para aferição da condição declarada pela pessoa". LEIA TAMBÉM: Cotas em mestrado e doutorado dobram em 3 anos, mas bolsas congeladas e provas de idiomas são desafios para candidatos Impor que o candidato passe pelos comitês não é humilhante? Ponto de vista 1:❌Não é justo fazer com que os alunos passem por isso. Paulo Ramos, sociólogo e pesquisador do Afro-Cebrap (núcleo de pesquisas raciais), avalia que as cotas são a principal política pública dos últimos 20 anos. No entanto, segundo ele, o modo atual de evitar fraudes está penalizando justamente os alunos que deveriam ser beneficiados pelas ações afirmativas. “As comissões colocam sob suspeita o sujeito que já passou por um processo longo e dolorido de reconhecimento e de autopercepção. Ele ainda precisa se submeter a uma banca avaliando sua aparência física, a partir de critérios que ninguém consegue exatamente apontar?”, questiona. Moisés Carrasco da Silva teve a matrícula cancelada após passar por comissão de heteroidentificação da USP Arquivo Pessoal Ramos afirma que casos de má-fé realmente provocam revolta pública e chamam atenção, mas, do ponto de vista geral, não atrapalham a inclusão dos estudantes legítimos. “Implementar os comitês de heteroidentificação faz com que caiamos na sociobiologia. Vamos jogar fora tudo o que se acumulou após as guerras mundiais, todos os estudos culturais da antropologia, para voltar a considerar raízes biológicas?”, diz. Ele sugere que, para evitar fraudes, sejam implementados mecanismos adicionais de inclusão social envolvendo os cotistas, como programas de permanência estudantil, ações comunitárias e formação de núcleos de pesquisa. Os alunos fraudadores, na opinião de Ramos, ficariam envergonhados de entrar em um grupo de estudos afro-brasileiros, por exemplo. Seria uma forma de constranger quem está errado, e não quem tem direito às cotas. Ponto de vista 2: ✅É preciso minimizar o constrangimento, mas os comitês são essenciais no combate à fraude. Entre os que são a favor dos comitês, enfatiza-se que a avaliação não deve se basear em critérios de medição (como de largura do nariz) nem em listas com itens a serem checados (características da boca, do cabelo, da pele). Não há uma “pontuação”, explicam, que dê um peso maior a lábios mais grossos do que a cabelo crespo, por exemplo, no julgamento de quem é negro. O que é avaliado é o conjunto. Eles rechaçam a expressão “tribunal racial”, usada, em geral, pelos críticos a cotas. “O que a banca faz é identificar um público-alvo de direitos, e não transformar pessoas em mercadorias”, diz o pesquisador Jesus. Mas é justo expor as pessoas a uma situação potencialmente embaraçosa? “Há um resíduo de constrangimento que é inescapável, mas que também depende do modo como as coisas são feitas”, diz Leite. Na UFMG, por exemplo, os alunos que vão passar pelos comitês são recebidos previamente em “salas de acolhimento”, onde assistem a um vídeo que explica como será o procedimento. A intenção é diminuir a ansiedade e deixar claro que os avaliadores não julgarão a identidade de ninguém. Para Wallace Corbo, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o prejuízo de expor um aluno ao comitê é muito pequeno em relação ao risco de outra pessoa ser injustamente beneficiada pela cota. “É importante que o candidato enfrente esse momento, mesmo que se sinta desconfortável. O fato de ir lá e se afirmar como negro, não tem jeito, é algo que a vida adulta impõe e que precisa ser encarado. O que devemos fazer é evitar perguntas violentas, para diminuir ao máximo o sofrimento do candidato no momento de ansiedade, e sempre garantir que o comitê seja plural. Mas erros sempre poderão acontecer.” Vídeos Veja uma reportagem sobre o estudante que não foi considerado pardo pela USP: Estudante de Cerqueira César processa USP após perder vaga por não ser considerado pardo Abaixo, entenda como a categoria "pardo" mudou ao longo dos últimos 80 anos: Entenda como a categoria 'pardo' mudou nos últimos 80 anos
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06/03 - 33 homens para cada mulher: por que urologia é especialidade tão masculina?
Mulheres caminham para ser maioria no exercício da Medicina no Brasil, mas na área que cuida dos órgãos do sistema urinário e reprodutivo elas ainda são ampla minoria. Urulogia abrange um espectro mais amplo de cuidados, incluindo o trato urinário e problemas relacionados, tanto em homens quanto em mulheres. Getty Images/via BBC Em 1990, a médica Karin Anzolch, tornou-se a primeira mulher a conquistar o primeiro lugar na prova de título de especialista em urologia, área que cuida dos órgãos do sistema urinário e reprodutivo. Foram 12 anos de formação: cinco anos de faculdade de Medicina, mais três anos de residência em cirurgia - já que a urologia exige a especialização por englobar procedimentos cirúrgicos - e finalmente mais 3 anos de residência em urologia. Apesar de um currículo bastante completo em mãos, sua busca pelo primeiro emprego só resultava em negativas. "Passei meses procurando uma colocação, sem entender porque ninguém me aceitava", diz Karin. "Depois de mais de um ano de procura, escutei de uma mulher responsável por contratar médicos para uma clínica: 'Seu currículo é ótimo, mas ninguém quer uma mulher urologista atendendo seus executivos. Você ainda é jovem, deveria considerar outra especialidade'." Brasil tem 545,4 mil médicos; mais da metade está concentrada somente nas capitais Karin Anzolch, de 60 anos, é urologista e atua em Porto Alegre (RS) Arquivo Pessoal/via BBC Assim como em outras áreas profissionais que historicamente foram consideradas ‘masculinas’, a medicina e a cirurgia enfrentaram uma evolução gradual para incluir mais mulheres. A especialidade da urologia, situada dentro dessas disciplinas, ainda reflete resquícios dessa concepção, reforçados pela ideia limitada de que urologistas tratam apenas do aparelho genital masculino, quando na verdade abrange um espectro mais amplo de cuidados, incluindo o trato urinário e problemas relacionados, tanto em homens quanto em mulheres. Segundo a Demografia Médica de 2023, é a especialidade médica com menos profissionais do gênero feminino. 👩‍⚕️ São 171 mulheres e 5.649 homens — ou seja, há 33 homens para cada mulher na área. O levantamento foi feito pela AMB (Associação Médica Brasileira) e pelo Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), e se baseia no registro profissional de médicos e em outros estudos e levantamentos sobre os profissionais. 🩺 A urologia se destaca com a maior disparidade de gênero. Em seguida, a ortopedia e traumatologia apresentam uma relação de 12,5 homens para cada especialista mulher, enquanto na neurocirurgia, essa proporção é de 9,6 homens para cada mulher. A professora que doou US$ 1 bi para quitar todas as mensalidades de alunos de medicina em faculdade dos EUA Especialidades onde a equiparação já aconteceu ou está muito próxima incluem a oncologia clínica, nutrologia e gastroenterologia. Já a pediatria, dermatologia e genética médica são campos onde as especialistas são majoritariamente mulheres. Percentual de homens na especialidade urologia Arte BBC News Brasil Karin diz que a resistência que recebeu como urologista recém-formada por parte dos empregadores, às vezes, se estendia aos próprios pacientes. "Alguns ficavam surpresos ao me ver no consultório, relutavam em ser atendidos por uma mulher, e uma minoria fazia comentários desrespeitosos." Mais de 30 anos depois, o mesmo acontecia com Fernanda Orellana, médica urologista que se tornou especialista em 2020. 🏥 "Era mais comum durante a residência, no SUS [Sistema Único de Saúde], quando os pacientes não podiam escolher o médico e não esperavam encontrar uma mulher", conta Fernanda. "Mas, em geral, com empatia e paciência, conseguia contornar a situação. Depois de uma primeira consulta, já era comum que o paciente procurasse por mim." Ouvindo suas colegas médicas, Karin diz perceber avanços significativos, mas que ainda hoje tem dificuldade para conseguir credibilidade. "As decisões são questionadas e, por vezes, a liderança de uma mulher não é bem aceita. Trabalhamos para ter a credibilidade necessária, enquanto os homens muitas vezes obtêm só por serem homens", afirma. "Atender pacientes que me procuram pelo meu trabalho, independentemente do gênero, facilita muito as coisas." Fernanda Orellana, de 35, é medica urologista em São Paulo (SP) Arquivo Pessoal/via BBC News Brasil Por que a urologia é tão masculina? A presença das mulheres na profissão médica aumentou bem gradualmente no Brasil, como aponta um artigo científico a respeito dos desafios e barreiras que médicas enfrentam em áreas dominadas por homens. Foi só em 2009, após mais de 200 anos de existência do curso no Brasil, que o número de novas médicas superou o de novos médicos, aponta a pesquisa, apresentada em um congresso da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) - e essa tendência continua. ⚕️A Demografia Médica estima que mulheres serão maioria, quando somadas todas as especialidades, a partir de 2024. Ainda assim, em algumas áreas, como a urologia, a diferença ainda é muito grande. Um dos motivos está na formação exigida para se especializar neste campo. Estudo aponta desproporção entre população e número de médicos pelo país 🥼 O primeiro passo, após se graduar em medicina, é completar uma residência de cirurgia-geral, na qual as mulheres são a minoria (23,4%) dos profissionais. "Durante toda a graduação, sempre quis me tornar cirurgiã, e, nos anos 1980, a ideia era ainda mais desafiadora", diz Karin Anzolch, que hoje tem mais de quatro décadas de carreira como urologista. "Fui desaconselhada por colegas e familiares, porque era considerada uma especialidade difícil demais." O estudo da Unicamp descreve que "acredita-se, ainda hoje, que os homens são mais aptos a exercer as áreas cirúrgicas que demandam mais concentração, tempo de dedicação dos profissionais e força física". Outro fator desestimulante, aponta o documento, é a "dupla jornada [que] também está presente na realidade da maioria das médicas, já que, além de se dedicar à carreira, a maioria ainda tem que atuar no cuidado e educação dos filhos e no cuidado da casa". "Existem estudos que mostram que as mulheres, para serem consideradas equivalentes aos homens em termos de trabalho e competência, muitas vezes precisam ter uma titulação duas vezes maior", diz a urologista Fernanda Orellana. "Isso varia, mas às vezes, realmente precisamos fazer mais para alcançar o mesmo reconhecimento." Há ainda outra barreira: a ideia de que a urologia trata exclusivamente de questões relacionadas ao sistema reprodutivo masculino. A especialidade trata de condições que afetam tanto homens quanto mulheres, como problemas nos rins, bexiga, uretra, incluindo distúrbios urinários, pedras nos rins, infecções do trato urinário, câncer urológico e incontinência urinária — tanto em homens quanto em mulheres. "Algumas mulheres, inclusive, preferem ser atendidas por médicas, o que nos proporciona uma vantagem", diz Karin. "Muitas urologistas acabam se dedicando à urologia funcional e feminina para atender a essa demanda específica." Grupo de apoio Para apoiarem umas às outras nesta área onde são minoria, as mulheres urologistas criaram um grupo carinhosamente chamado de "As Orquídeas". Segundo Karin, o nome do grupo começou como uma brincadeira, mas hoje carrega um significado importante. "A orquídea, apesar de ter esse aspecto de delicadeza, é uma das mais resistentes na natureza", diz. "Os locais onde cresce e se desenvolve, muitas vezes com muito poucos nutrientes, representa cada uma de nós, em sua diversidade, resiliência e singularidades." O grupo se reúne em congressos de Urologia e tem um canal no Whatsapp para troca de ideias, discussão de casos, dúvidas e experiências. Com a desconstrução gradual do estigma de 'especialidade masculina', a médica observa um aumento no interesse de médicas e cirurgiãs recém-formadas pela urologia. "É uma comunidade que oferece apoio médico, aconselhamento e até mesmo indicações de profissionais", diz Fernanda Orellana. "Pode ser útil para médicas em formação ou residentes que têm dúvidas sobre a escolha de subáreas dentro da urologia, por exemplo." Hoje, há 144 profissionais registradas no Orquídeas, entre médicas formadas e residentes. "No WhatsApp, esse número é maior, somos 276", diz Fernanda. O levantamento também aponta que o Sul tem o maior número de profissionais, e o Norte, o menor. Acre, Amapá, Rondônia e Tocantins são Estados onde não há nenhuma urologista mulher como integrante do grupo. A maior concentração está em São Paulo (35), Rio Grande do Sul (21), Rio de Janeiro e Minas Gerais (ambos com 14 urologistas registradas). Onde estão as urologistas mulheres Arte BBC As áreas mais comuns de atuação de participantes do grupo são urologia geral, urolitíase (que trata pedras nos rins) e disfunções miccionais (que trata alterações no ato de urinar). A presença de médicas mulheres é menor na estética masculina e na uroginecologia (que foca problemas relacionados ao útero, reto, intestino e bexiga nas mulheres). Às estudantes e novas médicas que podem se interessar pela Urologia, Karin Anzolch deixa uma mensagem encorajadora. "No início, era como navegar por uma floresta escura. Hoje, as mulheres na urologia já conquistaram muito espaço", diz "Se você se encantar pela urologia, ela também é para você. Quanto mais mulheres se destacarem e contribuírem para a especialidade, melhores serão as oportunidades para todas." Levantamento comprova a distribuição desigual de médicos nas cinco regiões do Brasil
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05/03 - Após erro em lista da UFSCar, candidatos desconvocados podem processar instituição; entenda
Universidade alegou que erro em algoritmo causou o problema. Revogação da lista foi anunciada na segunda-feira (4), depois de uma auditoria. Advogado explica o que pode ser feito após erro na lista da UFSCar Um erro no resultado do processo para ingresso nos cursos de graduação na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) anulou a segunda chamada de aprovados em 2024 divulgada pela instituição, em 27 de fevereiro. ATUALIZAÇÃO: uma nova lista corrigida foi divulgada no dia 12 de março. Leia a reportagem. A revogação da chamada foi anunciada na segunda-feira (4), depois de uma auditoria. A lista anulada foi retirada do site e, em seu lugar, foi divulgada uma nova lista para manifestação de interesse por vaga. Os interessados têm até quarta-feira (6) para se candidatarem e a nova lista de aprovados para matrícula será divulgada em 11 de março. Centenas de estudantes se sentiram prejudicados com a decisão, já que estavam organizando uma nova vida nas cidades com campi e, alguns deles, abriram mão de vagas em outras universidades públicas como a Unesp e a Unicamp, e também de bolsas do ProUni. 📲 Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp Diante do problema, a EPTV, afiliada da TV Globo, conversou com o advogado Daniel Cardoso para entender o que pode ser feito por quem se sentiu prejudicado. Você vai ver abaixo: A UFSCar acertou em anular a segunda chamada e iniciar novamente o processo? Os candidatos que foram convocados e depois 'desconvocados', podem processar a UFSCar para garantir a vaga? Em quais aspectos os candidatos que se sentiram prejudicados podem processar a UFSCar? Campus da UFSCar em São Carlos 2020 Gabrielle Chagas/G1 1 - A UFSCar acertou em anular a segunda chamada e iniciar novamente o processo? De acordo com o advogado Daniel Cardoso, a universidade tinha o poder e o dever de corrigir o erro, conforme dispõe a Lei 9.784/99. Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. "Então, nesse ponto, houve um acerto da universidade por ter corrigido o erro", disse. 2 - Os candidatos que foram convocados e depois 'desconvocados', podem processar a UFSCar para garantir a vaga? De acordo com o advogado, como a segunda chamada não estava de acordo com a legalidade, ela não gera o direito de garantir vagas para aqueles que foram 'desconvocados'. "Tem uma súmula no Superior Tribunal Federal (STF) que diz que quando o ato da administração pública é anulado por vício de legalidade, ele não gera um direito. Desse modo, é arriscado entrar com um mandado de segurança pra tentar garantir a vaga", explicou. 3 - Em quais aspectos os candidatos que se sentiram prejudicados podem processar a UFSCar? A orientação do advogado Daniel Cardoso é que o candidato que se sentiu prejudicado procure o auxílio de um profissional que irá estudar o caso e verificar se houve dano moral e/ou material. Para ele, o dano moral nesse caso já presumido. "Porque teve um abalo, um aborrecimento que foge do normal. Ver o nome em uma lista de convocados e depois essa lista ser anulada traz transtornos da ordem psicológica, vários abalos e isso pode ser pleiteado na Justiça", declarou. Com relação aos danos materiais, caso seja comprovado que esse candidato teve gastos após a convocação da chamada que foi anulada, ele também pode processar a UFSCar. LEIA TAMBÉM: Candidatos temem perder vaga na UFSCar após anulação de lista por erro; jovens desistiram de vaga na Unicamp e de bolsa no Prouni UFSCar admite erro, anula 2ª chamada de aprovados e divulga nova lista para manifestação de interesse por vaga Com melhores notas, candidatos perdem vaga em 2ª chamada e questionam resultado Erro de algoritmo UFSCar anula segunda chamada de alunos após erro em lista Após diversos questionamentos, a UFSCar admitiu, na segunda-feira (4), que houve um erro de algoritmo e anulou a lista de segunda chamada do ingresso para os cursos de graduação em 2024, que havia sido divulgada em 27 de fevereiro. Um edital retificado foi publicado no site da universidade. Confira aqui o edital retificado na íntegra O edital explica que, "em função da mencionada parametrização inadequada do algoritmo, houve, em alguns casos, erro na convocação de segunda chamada, de forma que alguns candidatos que deveriam ser convocados não o foram, enquanto outros candidatos foram chamados para as mesmas vagas". Em nota, a universidade lamentou "incondicionalmente as ocorrências". A lista anulada foi retirada do site e, em seu lugar, foi divulgada uma nova lista para manifestação de interesse por vaga. Os interessados têm até quarta-feira (6) para se candidatarem e a nova lista de aprovados para matrícula será divulgada em 11 de março. Campus da UFSCar em São Carlos 2020 Gabrielle Chagas/g1 CONFIRA AQUI A NOVA LISTA DE MANIFESTAÇÃO DE INTERESSE POR VAGA A revogação aconteceu depois que dezenas de candidatos denunciaram que se sentiram prejudicados com o resultado, já que em diversos cursos apenas cotistas foram convocados. A princípio, a universidade alegou que seguia a nova lei de cotas (14.723/2023) e que não havia nenhum erro na convocação, mas depois anunciou uma auditoria para investigar possíveis erros. Veja na íntegra o comunicado da UFSCar admitindo erro: "UFSCar revoga lista de pessoas convocadas para requerimento de matrícula em 2ª chamada A UFSCar informa que processo de auditoria interno identificou erros na lista de pessoas convocadas para requerimento de matrícula em 2ª chamada nos cursos de graduação oferecidos pelo SiSU. O diagnóstico é que a parametrização inadequada do algoritmo que apoia o processo levou à não convocação de pessoas que deveriam ser chamadas e, consequentemente, que outras pessoas fossem convocadas para as mesmas vagas. A quantidade de vagas envolvidas exige a revogação das listas de manifestação de interesse e de convocação para requerimento de matrícula em 2ª chamada. A 1ª chamada e a lista de espera também foram auditadas e estão corretas, seguindo, portanto, válidas. O processo de auditoria foi iniciado como medida de segurança, após um primeiro processo padrão de verificação não ter diagnosticado as inconsistências. Paralelamente, a Universidade aguardava comunicação oficial do Ministério da Educação (MEC) relacionada à correção de erros identificados ainda na etapa de processamento a cargo do Ministério. Essa informação chegou em ofício encaminhado no fim de semana e, com isso, a auditoria pôde ser concluída na manhã desta segunda-feira (4/3). A partir do resultado da auditoria, um edital foi publicado nesta segunda, retificando dispositivos do regulamento anterior, estabelecendo regras suplementares e um novo cronograma. Um novo período para manifestação de interesse já está vigente, a partir de lista retificada, e segue até 6 de março. A lista corrigida de pessoas convocadas para requerimento de matrícula em 2ª chamada será publicada em 11 de março. Infelizmente, a correção implicará na exclusão da lista de pessoas anteriormente convocadas. Destacamos, como registrado em edital, que as pessoas que já manifestaram interesse, fizeram requerimento de matrícula e/ou enviaram a documentação exigida, e que constem como aprovadas nas próximas listas, não precisarão refazer essas ações. Esclarecemos que os erros identificados estão relacionados ao pouco tempo oferecido a todas as universidades do sistema federal de Educação Superior para adequação à nova lei de cotas (Lei nº 14.723), de 13 de novembro de 2023. A UFSCar, inclusive, não é a única instituição obrigada a revogar etapas de seu processo seletivo. Soma-se a isto o fato de o processo de preparação para as chamadas sob responsabilidade das universidades ter sido atrasado pelos erros identificados na lista inicial do SiSU, que precisou ser cancelada e revista mais de uma vez. Também foi tardio o envio às universidades de orientações relativas à operacionalização da nova lei. No caso da UFSCar, por exemplo, a informação sobre como a Lei de Cotas deveria ser operacionalizada foi recebida pela Instituição apenas 24 horas antes da publicação do edital original do processo seletivo. Com isso, inclusive, o edital original acabou apresentando pequenas discrepâncias em relação à Lei nº 14.723, no que diz respeito a detalhes de sua operacionalização, também identificadas no processo de auditoria e agora corrigidas no novo edital. Lamentamos incondicionalmente as ocorrências e, sobretudo, os impactos gerados em cada uma das pessoas envolvidas. No entanto, embora a absorção de todas as pessoas convocadas equivocadamente não seja uma alternativa viável para a correção, é importante destacar que a experiência de processos seletivos anteriores indica alta probabilidade de convocação em chamadas futuras, ao menos de parte dessas pessoas, razão pela qual é fundamental que todos os candidatos sigam atentos às próximas chamadas. Além disso, nossa expectativa também é que seja realizado, como tem sido nos anos recentes, processo seletivo para vagas remanescentes após a conclusão do processo seletivo atual. Reiteramos saber que essas não são soluções para todos os impactos gerados, mas são alternativas importantes de serem exploradas para minimização dos impactos, e seguiremos trabalhando para reduzir perdas ao máximo. Por fim, a UFSCar reitera seu compromisso e seu cuidado constante com a legalidade, a correção e, assim, garantia de justiça em seu processo seletivo. É esse compromisso, inclusive, que levou à realização da auditoria e que, agora, obriga à revogação da lista. Em relação ao cuidado, aproveitamos para informar que novos procedimentos de checagem e, também, na condução do processo como um todo, já estão sendo elaborados, para a prevenção de erros no futuro. A UFSCar segue atenta a quaisquer manifestações referentes a este processo de ingresso e jamais se furtará, de um lado, à identificação e ao reconhecimento de eventuais erros e, sobretudo, à sua correção e à tomada de todas as medidas necessárias para que não voltem a acontecer." REVEJA VÍDEOS DA EPTV: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara.
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05/03 - O brasileiro de 8 anos que dá palestras em Londres sobre autismo e TDAH
O britânico e brasileiro Noah Faria, filho da escritora Renata Formoso, escreveu um livro sobre como ele se sente tendo um ´fizzy brain´ (ou uma mente acelerada), como ele mesmo define. Agora ele fala a outras crianças sobre neurodiversidade. Noah Faria, de 8 anos, faz apresentação a centenas de crianças sobre autismo e TDAH Arquivo Pessoal/via BBC A uma plateia com 300 crianças de cinco a 11 anos em uma escola em Londres, um garoto conta como é ter o que ele chama de fizzy brain – uma mente "borbulhante" ou "acelerada". 🧠🎤Quem fala a outras crianças é Noah Faria, de 8 anos, que escreveu um livro infantil sobre como é viver com autismo e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). A ideia, disse Noah à BBC News Brasil, é "falar para outras pessoas que têm autismo e TDAH que você não é estranho, você é uma das milhões de pessoas normais, mesmo tendo TDAH e autismo". Por que tantos adultos estão tomando remédio para tratar TDAH? A escritora brasileira Renata Formoso, mãe de Noah, diz que, inicialmente, se preocupava com a exposição do tema pelo filho, mas que hoje entende "quão importante foi isso". "Hoje ele fala com orgulho de conseguir fazer tudo que consegue mesmo sendo autista e TDAH. Ele entende que há diferenças e quanto é OK e importante todo mundo ser diferente. Percebo que ele falar sobre isso abertamente normaliza para outras crianças." Rimas após diagnóstico 🗣️💪🌈 The Fizzy Brain é o título do livro escrito por Noah aos 7 anos, com ajuda da mãe e com ilustrações da britânica Emi Webber, diagnosticada com TDAH e autismo só na vida adulta (leia ao fim desta reportagem os sinais na infância). O termo fizzy brain foi usado por Noah-- de nacionalidade britânica e brasileira --, segundo Formoso, em consultas com médicos do sistema público de saúde britânico (NHS) durante o processo de diagnóstico de TDAH – que ele recebeu aos 7 anos, cerca de um ano e meio após o diagnóstico de autismo. "Na carta do diagnóstico, veio escrito que ele, falando para o médico, explicou que tinha um fizzy brain – que era como se o cérebro dele falasse com ele tão rápido que às vezes ele não conseguia entender", lembra Formoso. TikTok disse que você tem TDAH? Médicos alertam sobre falsos 'diagnósticos' de déficit de atenção nas redes; veja sintomas reais Perguntado pela reportagem sobre qual seria a melhor tradução para o português, Noah – que tem o inglês como primeira língua e é fluente em português – responde que se trata de "uma mente acelerada". "Mas minha mãe prefere 'uma mente borbulhante'", acrescenta. A ideia de colocar no papel a própria experiência – o que viraria base para as palestras infantis – surgiu em uma caminhada no parque, logo após o diagnóstico de TDAH. Eu e minha mãe estávamos andando para a casa da minha amiga e começamos a fazer rimas. E aí minha mãe teve a perfeita ideia de fazer todas essas rimas em um livro – e agora está real. O livro – disponível em inglês, mas com edição em português prevista para 2024 – é fruto de uma campanha de financiamento coletivo na internet feita por Formoso, autora de obras (Eu também falo Português e Nina Vai ao Brasil) para crianças filhas de pais/mães brasileiros e que nasceram ou vivem no exterior. 🤗💡 E como Noah diz que se sente ao ver suas rimas no papel? "Eu me sinto feliz. Eu nem acredito!" Noah escreveu com a mãe, em rimas, como é viver com TDAH e autismo Arquivo Pessoal/via BBC 'Abraçar semelhanças e diferenças' Helen Jary, vice-diretora da Dulwich Wood Primary School, uma escola no sul de Londres onde Noah deu uma de suas palestras, disse que a forma como o garoto se colocou foi "com muito orgulho". "Não como se tivesse algo errado com ele – ele não tem um impedimento. Na verdade, ele tem uma superforça: 'Olhe para mim, sou neurodivergente, fui diagnosticado com TDAH e veja como isso me torna poderoso e como sou uma ótima criança' – e isso é verdade", afirmou à BBC News Brasil. Jary diz que falar na frente de centenas de crianças, muitas mais velhas que o próprio Noah, é uma "conquista enorme" – e acrescenta que ele foi "muito profissional" e não precisou de muita ajuda da mãe, que o acompanhou no palco. O PowerPoint com as ilustrações também ajudou a prender a atenção das crianças, disse. Acreditamos que, como escola, é muito importante falar sobre isso, abraçar as semelhanças e diferenças, para que as crianças não se sintam de forma alguma marginalizadas, excluídas ou diferentes. A vice-diretora aponta que a escola promove palestras sobre nerodiversidade "para que as crianças saibam que se tiverem um diagnóstico de dislexia, TDAH, autismo ou qualquer outra neurodiversidade, está tudo bem – e daremos estratégias para superar quaisquer dificuldades". Além disso, ela acrescenta que as crianças neurotípicas também precisam entender que outros colegas podem ter necessidades diferentes. "Como uma escola inclusiva, temos que atender às necessidades de crianças de diferentes estilos de aprendizagem. Não há 'tamanho único' na aprendizagem. Sabemos que algumas crianças aprendem melhor fazendo, outras precisam de muita repetição. Algumas crianças precisam de apoio visual..." As crianças pequenas 'vivenciam muito o que é o autismo, o que é o déficit de atenção através da forma como os pais, a família e a escola vivenciam', diz o psiquiatra da infância e adolescência Guilherme Polanczyk, da USP Arquivo Pessoal/via BBC Diagnóstico de autismo e TDAH A BBC News Brasil também ouviu o psiquiatra da infância e adolescência Guilherme Polanczyk, professor da Universidade de São Paulo (USP) – que não tem relação com o caso de Noah – sobre o impacto nas famílias e nas crianças de diagnósticos como o de autismo. Ele diz que o diagnóstico de autismo é "uma situação que gera muitas reações frequentemente fortes nas famílias". Enquanto há "famílias que vivem com dificuldades com as crianças e que não entendem bem as dificuldades e buscam muito um diagnóstico", há também "famílias que fogem completamente do diagnóstico". Polanczyk diz que, embora tradicionalmente o diagnóstico mais precoce "muitas vezes é de um transtorno mais grave", a medicina tem conseguido, cada vez mais, identificar mais cedo transtornos leves. "Isso realmente é algo recente, dos últimos 10, 15 anos." Ele aponta que as crianças pequenas "vivenciam muito o que é o autismo, o que é o déficit de atenção através da forma como os pais, a família e a escola vivenciam". "Se tratam de uma forma menos pesada, em famílias que aceitam as dificuldades, com narcisismo um pouco menor, com senso de comunidade, isso transmite para as crianças uma ideia de que são dificuldades, mas tá tudo bem, é possível viver, ser feliz, ter sucesso, mesmo tendo dificuldades", diz. E se as crianças vivenciam isso e conseguem transmitir isso para outras, sem dúvida, isso é muito mais poderoso, mais potente, para que outras crianças que estão recebendo o diagnóstico possam olhar para as dificuldades de uma forma menos pesada e que não tire o valor da pessoa. Muitas vezes o diagnóstico vem como se fosse uma condenação de que não vai ter sucesso, não vai ser feliz ou ser independente e autônomo – e não é isso. Polanczyk diz que o diagnóstico "sempre vem com estigma" e que, por isso mesmo, é importante falar sobre o assunto. "A gente não pode pensar que não existe estigma. Então as famílias têm muito receio disso, do quanto isso vai ficar marcado na ficha da criança na escola ou socialmente. Mas, ao mesmo tempo, se as famílias não falam sobre isso e não discutem o diagnóstico, elas estão perpetuando um estigma muito maior, estão impedindo que outras pessoas possam ser solidárias e que essa situação de estigma e de vergonha e de silêncio seja vencida". Os números de diagnóstico de Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) estão aumentando nos últimos anos, como mostra reportagem da BBC News Brasil. Embora não exista uma só causa, especialistas suspeitam que a maior conscientização sobre o tema seja a principal explicação para o crescimento. No Brasil, há cerca de 2 milhões de pessoas com autismo, segundo o governo federal. Em um momento em que se fala mais sobre o tema, o psiquiatra também destaca a importância do acesso a um diagnóstico adequado, visto que "um diagnóstico equivocado sempre tem consequências negativas". Polanczyk também lembra que, no Brasil, hoje "teoricamente todas as escolas devem aceitar as crianças com autismo e com outras dificuldades e promover um ambiente de inclusão". A gente sabe que algumas escolas de fato fazem isso, e outras não", disse. "Geralmente, nessa idade (por volta dos 6 anos), as escolas têm uma preocupação em desenvolver aspectos mais humanísticos das crianças, mas ao longo do tempo – e pelo menos aqui no Brasil, cada vez mais – a gente vê escolas só preocupadas com o desempenho acadêmico a detrimento da forma como elas se relacionam umas com as outras. O psiquiatra diz que a importância de trabalhar o tema está em criar uma cultura de inclusão que vá além da escola. "Ela não se faz apenas por práticas da escola, se faz pela forma como as famílias e as crianças se relacionam entre elas. Então passa pelas famílias convidarem o coleguinha para as festas, passa pelas crianças aceitarem que o coleguinha eventualmente grita de vez em quando no meio da aula ou toca de uma forma mais intrusiva, e tá tudo bem. E aí incluir nas brincadeiras e nas situações mais diversas essa criança que não vai desempenhar eventualmente como eles em determinado momento, mas que eventualmente em outra aula vai desempenhar de uma forma superior." Autismo em crianças: quais são os sinais? Os sinais de autismo em crianças pequenas incluem, segundo o sistema público de saúde britânico, o NHS: Não responder ao nome delas Evitar contato visual Não sorrir quando você sorri para elas Ficar muito incomodada se não gostar de determinado sabor, cheiro ou som Movimentos repetitivos, como bater as mãos, sacudir os dedos ou balançar o corpo Não falar tanto quanto as outras crianças Não fazer tantas brincadeiras de ‘faz de conta’ Repetir as mesmas frases Em crianças mais velhas, os sinais incluem: Não entender o que os outros estão pensando ou sentindo Ter um discurso incomum, como repetir frases e falar com outras pessoas sem escutá-las de volta Gostar de uma rotina diária rígida e ficar muito incomodada se ela mudar Ter um grande interesse em certos assuntos ou atividades Ficar muito chateada se você pedir que façam algo Dificuldade de fazer amigos ou preferindo ficar sozinha Entender as coisas muito literalmente Dificuldade para dizer como se sente O autismo pode ser diferente em meninas e meninos e, como aponta o NHS, pode ser mais difícil de detectar em meninas. É possível que meninas com autismo, por exemplo, escondam alguns sinais de autismo copiando como outras crianças se comportam e brincam. Também podem mostrar menos sinais de comportamentos repetitivos, além de retirar-se em situações que consideram difíceis. TDAH em crianças: quais são os sinais? O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) envolve desatenção (dificuldade de concentração e foco) e/ou hiperatividade e impulsividade. Cerca de 2 a 3 em cada 10 pessoas com TDAH, segundo o NHS, têm problemas de concentração e concentração, mas não apresentam hiperatividade ou impulsividade. 👉 O TDAH é diagnosticado com mais frequência em meninos do que em meninas. Elas são mais propensas a apresentar sintomas apenas de desatenção e são menos propensas a apresentar comportamento perturbador que torne os sintomas de TDAH mais óbvios, de acordo com o NHS. Enquanto os sintomas do TDAH nos adultos são mais difíceis de definir, os sinais do transtorno em crianças e adolescentes são bem definidos e geralmente são perceptíveis antes dos 6 anos, de acordo com especialistas. As crianças podem apresentar sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade, ou podem apresentar sintomas de apenas um destes tipos de comportamento, segundo o NHS. Os principais sinais da dificuldade de concentração e foco são: Ter um curto período de atenção e ser facilmente distraído Cometer erros por descuido – por exemplo, nos trabalhos escolares Parecer esquecido ou perder muito as coisas Ser incapaz de realizar tarefas tediosas ou demoradas Parecer incapaz de ouvir ou seguir instruções Mudar constantemente de atividade ou tarefa Ter dificuldade em organizar tarefas Os principais sinais de hiperatividade e impulsividade são: Ser incapaz de ficar parado, especialmente em ambientes calmos ou tranquilos Ficar constantemente inquieto Ser incapaz de se concentrar nas tarefas Fazer movimento físico excessivo Conversar excessivamente Ser incapaz de esperar sua vez Agir sem pensar Interromper conversas Pouca ou nenhuma sensação de perigo Se os cuidadores acreditarem que uma criança apresenta sinais de autismo ou TDAH, devem procurar um profissional de saúde especializado. A vida com TDAH: conheça as estratégias para lidar com os desafios deste transtorno
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04/03 - Assédio na universidade: Em 10 anos, apenas 6 processos administrativos foram abertos na UnB e somente um caso punido
Números obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) são referentes a assédio moral e sexual de professores contra estudantes; punição foi suspensão de docente por 60 dias. Outros 4 processos foram arquivados e um prescreveu. Violência contra a mulher, abuso, assédio sexual Marcelo Camargo/Agência Brasil Entre 2013 e 2023, a Universidade de Brasília (UnB) abriu apenas seis processos administrativos disciplinares (PADs) contra professores acusados de assediar estudantes, moral ou sexualmente. Destes seis casos, somente um foi punido com a suspensão do professor por 60 dias. A UnB informou que a denúncia era referente a assédio sexual. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Outros quatro processos foram arquivados por diferentes motivos: ausência de provas e não comprovação do assédio moral. Um outro processo prescreveu. Os dados foram obtidos pelo g1 por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) e se referem àqueles recebidos pela Ouvidoria da UnB. Os números foram confirmados pela universidade. Veja abaixo o tipo de acusação que gerou os processos administrativos disciplinares, segundo a Coordenação de Processo Administrativo Disciplinar (CPAD) da UnB: Assédio sexual Um processo que gerou a suspensão de 60 dias Um processo arquivado por ausência de provas Assédio moral Um processo prescreveu Um processo arquivado por não comprovação do assédio moral Dois processos arquivados por ausência de provas Total de 210 denúncias em 10 anos De 2013 a 2023, foram 210 denúncias de assédio moral e sexual, que não eram separadas (veja tabela abaixo). Número de denúncias de assédio recebidas pela Ouvidoria da UnB nos últimos 10 anos Em 2023, a partir do segundo semestre, a ouvidoria da UnB começou a classificar as manifestações em assédio moral ou assédio sexual. Com a categorização, no ano passado, foram 47 denúncias de assédio moral e 11 de assédio sexual recebidas no órgão. Um dos órgãos que processa as denúncias da ouvidoria é a Comissão de Ética, onde a acusação é apurada e há o julgamento sobre possível desvio ético dos agentes públicos vinculados à UnB. Nos últimos 10 anos, a comissão recebeu 25 denúncias: 23 de assédio moral, uma de assédio sexual e uma de assédio sexual e moral. A maioria das vítimas é formada por mulheres. O que é assédio moral ou sexual dentro da universidade? A Universidade de Brasília utiliza como base o Guia Lilás: orientações para prevenção e tratamento ao assédio moral e sexual e à discriminação no Governo Federal. O documento, elaborado pela Controladoria-Geral da União (CGU) em março de 2023, traz as definições para assédio moral e sexual. Veja abaixo: Assédio moral: consiste na violação da dignidade ou integridade psíquica ou física de outra pessoa por meio de conduta abusiva. Assédio sexual: é crime e não deve ser tolerado. É definido por lei como o ato de constranger alguém, com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função. "O assédio moral e sexual e todas as formas de discriminação constituem violação de direitos humanos e ameaçam a igualdade de oportunidades de trabalho, em especial para mulheres, pessoas negras, pessoas com deficiência e pessoas LGBTQIAP+", diz o documento. O assédio moral pode ter diversas formas, assim como o assédio sexual. Veja na tabela abaixo alguns formatos destes tipos de violência, segundo o Guia Lilás: Exemplos de assédio moral e de assédio sexual na universidade A professora do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Fabiene Gama, que estuda violência de gênero nas universidades, destaca que existe uma mudança de perfil nos dois tipos de assédio. Em relação ao moral, homens e mulheres são vítimas, acontece mais em público e muitas vezes, faz parte da dinâmica de produtividade e sociabilidade dentro da universidade, ou seja, é algo "naturalizado" em muitas salas de aula. Já em relação ao assédio sexual, de acordo com a professora, muitas das vítimas dentro de universidades são mulheres e acontece de forma privada, por meio de mensagens, e-mails e reuniões individuais. As consequências para estudantes que sofrem algum tipo de assédio, segundo a professora Fabiene Gama, são variadas: Adoecimento mental: se sentem isoladas, deixam de frequentar determinados espaços, deixam de cursar certas disciplinas para não encontrar o professor. Têm receio de denunciar, se culpabilizam, sentem constrangimento, vergonha. Impacto no desenvolvimento acadêmico Evasão universitária Os caminhos da denúncia O g1 preparou um passo a passo sobre os caminhos que uma denúncia de assédio moral ou sexual pode percorrer dentro da Universidade de Brasília. Confira abaixo: Ouvidoria: unidade de acolhimento, que recepciona, analisa preliminarmente indícios mínimos de autoria e materialidade e havendo esses indícios mínimos, os casos são encaminhados em cinco dias às unidades de investigação/apuração da Universidade via Sistema SEI em nível sigiloso. Prazo previsto em lei: 30 dias prorrogáveis por mais 30 dias. Depois, a denúncia pode ser enviada via Ouvidoria para quatro caminhos: Coordenação de Processo Administrativo Disciplinar (CPAD), Comissão de Ética, Decanato de Assuntos Comunitários (Processo Disciplinar Discente), Diretoria de Contratos Administrativos (se envolver terceirizados). Na CPAD, quando a denúncia é recebida há avaliação da admissibilidade, verificando os indícios de autoria e materialidade do caso. As denúncias podem resultar em três caminhos dentro da CPAD: Instauração de Sindicância Investigativa (com indícios de autoria ou materialidade), instauração de Processo Administrativo Disciplinar (quando há indícios de autoria e materialidade) e arquivamento. Depois da análise na CPAD, o processo é encaminhado para a reitoria da UnB para que se adote ou não o que foi recomendado pela Coordenação de Processo Administrativo Disciplinar (CPAD). Quando necessário, a reitoria consulta a Procuradoria Federal junto à UnB (PF/UnB), órgão da Advocacia Geral da União (AGU) que presta assessoramento jurídico à instituição. O Processo Administrativo Disciplinar pode resultar em: Advertência Suspensão Demissão Arquivamento Por que muitas denúncias dentro da universidade não geram punições? A professora do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Fabiene Gama, explica que há cerca de cinco motivos para as denúncias de assédio não irem para frente ou serem arquivadas nas universidades: Problema para registrar uma denúncia completa: vítimas desconhecem como completar os campos, como descrever a denúncia, quais informações colocar. Desconhecimento dos códigos disciplinares e dos documentos que legislam sobre ética dos servidores por parte da comunidade acadêmica em geral. De acordo com a professora, as pessoas que fazem parte das comissões dos processos são obrigadas a conhecer as normativas. “Quem ocupa essas diferentes posições nas universidades são os docentes e técnicos, acabamos exercendo funções administrativas, não somos formados para isso. [...] Falta órgão centralizado com equipe qualificada que acumule conhecimento nesse campo”, diz Fabiene Gama. Na Universidade de Brasília, a questão do desconhecimento dos códigos disciplinares e legislação pode ser evitada, já que a presidente da Comissão de Ética, Beatriz Vargas Ramos Gonçalves de Rezende, é professora do programa de Pós-Graduação da Faculdade de Direito na UnB. Outros três membros da comissão -- titulares e suplentes -- também são especialista na área de Direito, um outro em Secretariado Executivo e uma outra é professora do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental. Normativas sobre assédio sexual e moral são muito recentes: o Guia Lilás, utilizado pela UnB, foi publicado em março de 2023. “As normativas que vão dar conta de assédio moral e sexual nas universidade são muito recentes. Na última década, começaram a surgir a partir de movimentos provocados por coletivos estudantis. A UnB foi uma universidade em que estudantes fizeram muita pressão para criação de normativas e órgãos centralizados para lidar com o problema”, afirma Fabiene. Insegurança de investigar e acusar colega: mesmo com a comissão sendo formada, preferencialmente, por professores que não trabalham junto com o investigado, há um receio entre os servidores. "Quanto mais centralizado, mais distante, melhor. Quanto mais qualificada a pessoa que estiver acumulando o conhecimento, estiver estudando e está ali julgando, muito melhor", afirma a professora Fabiene Gama. Falta investimento em uma estrutura especializada com servidores qualificados para lidar com o problema. Segundo a Comissão de Ética da UnB, houve um aumento do número de denúncias recebidas. A comissão de ética tem um total de seis membros, a Coordenação de Processo Administrativo Disciplinar tem sete integrantes e a Ouvidoria da UnB tem uma ouvidora e quatro assessores – mas são seis servidores lotados. A professora Fabiene Gama destaca que, além das funções nos órgãos, alguns docentes também acumulam as funções pedagógicas, de ensino e pesquisa. Para ela, essa série de problemas se mantém há anos nas universidades, mas a pesquisadora acredita que. nos últimos anos, houve uma melhora com influência também das redes sociais e dos movimentos contra assédio e violência de gênero. "A gente ainda tem um longo caminho de reestruturação das universidades. [...] O sistema é feito para não funcionar, não tem uma infraestrutura montada para pensar tanto a prevenção quanto erradicação desse tipo de problema", afirma. Como uma denúncia de assédio moral ou sexual pode ser feita na UnB? De acordo com a UnB, há três opções para a realização da denúncia: Plataforma Fala.BR: Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação. Para acesso clique neste link. Ouvidoria da UnB: tem atendimento presencial e o online pode ser acessado por meio deste link. Comissão de Ética: atendimento presencial na Secretaria da Comissão de Ética (localização: sala A1 49/11- Bloco de Salas Eudoro de Sousa-BAES-1º pavimento - Campus Darcy Ribeiro) e online pelo e-mail: eticaunb@unb.br Para buscar atendimento e acolhimento dentro da UnB, a Secretaria de Direitos Humanos (SDH) pode ser procurada pela vítima de assédio por meio deste link. A professora Fabiene Gama ressalta que a decisão de denunciar ou não e por meio de qual canal é da vítima. No entanto, além da esfera administrativa, a pessoa que comete o assédio pode responder também na esfera criminal. Ou seja, a vítima pode optar também por sair dos muros da universidade e fazer boletim de ocorrência e abrir um processo judicial. Como as universidades federais do país lidam com casos de assédio? Assédio moral e assédio sexual: entenda como reconhecer agressões. A professora Fabiene Gama aponta que a universidade é mais um dos órgãos que está inserido em um sistema machista e sexista e que a baixa investigação de denúncias de assédio moral e sexual não é um problema da universidade federal, mas da sociedade. Ou seja, segundo a professora, a sociedade é machista e a academia é um ambiente que reproduz isso diariamente. “A baixa investigação não é uma coisa restrita a universidade, não é restrito ao Brasil, para todo lado, universidade particular, pública, na Europa tem uma baixa investigação. Há o desafio de ampliar o entendimento de que a universidade é um lugar de mulheres, que nosso corpo não está a serviço dos homens”, diz Fabiene Gama. A professora afirma que três universidades brasileiras construíram normativas e órgãos que são referência e exemplo para o tratamento das denúncias de assédio: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) Universidade Federal de Goiás (UFG) "A UFG como referência por ter sido a primeira a criar uma resolução. UFOP também tem resoluções e uma ouvidora aguerrida. A Unicamp é uma referência sobre os tratamentos por ter criado uma diretoria", diz a professora Fabiene Gama. O g1 entrou em contato com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) para dados nacionais sobre as universidades, mas o órgão afirmou que não há números sobre o tema. Qual seria o caminho? A presidente da Comissão da Mulher da seção do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), Nildete Santana de Oliveira, destaca que cada universidade tem um protocolo específico para a apuração das denúncias, mas é preciso garantir o anonimato e proteger a vítima para que não seja exposta a mais violências. "Deve ter uma canal próprio de denúncia, que garanta o anonimato, caso a vítima não queira se identificar. Depois é receber e instaurar processo interno para apuração", diz a advogada. O Guia Lilás dá algumas orientações de como órgãos da administração pública podem coibir o assédio: Oferecer capacitação continuada a servidores e gestores sobre violências de gênero, racismo e outras formas de discriminação Realizar campanhas sistemáticas de sensibilização sobre estereótipos, microagressões, atitudes machistas cotidianas, comportamentos racistas e LGBTfóbicos, linguagem ofensiva, entre outros Treinar as equipes de gestão de pessoas sobre acolhimento humanizado e sigiloso de pessoas vítimas de assédio e discriminação Treinar as equipes de ouvidoria sobre o protocolo de recebimento de denúncias e os respectivos encaminhamentos Buscar meios de prover atendimento e acolhimento Apurar de forma célere as denúncias de assédio LEIA TAMBÉM: DENÚNCIA DE ASSÉDIO MORAL: 'Não houve assédio moral', diz UnB sobre denúncia contra professor de engenharia CASOS DIÁRIO DE ASSÉDIO: Estudantes da UnB criam página na web para relatar casos de assédio Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.
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04/03 - UFSCar admite erro, anula 2ª chamada de aprovados e divulga nova lista para manifestação de interesse por vaga; entenda
Revogação acontece após dezenas de candidatos denunciarem que se sentiram prejudicados com o resultado. Universidade alegou 'parametrização inadequada do algoritmo'. Campus da UFSCar em São Carlos 2020 Gabrielle Chagas/G1 A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) admitiu erro em algoritmo e anulou a segunda chamada do ingresso para os cursos de graduação em 2024, que foi divulgada no dia 27 de fevereiro. Um edital retificado foi publicado no site oficial da instituição nesta segunda-feira (4). ATUALIZAÇÃO: uma nova lista corrigida foi divulgada no dia 12 de março. Leia a reportagem. Foi divulgada uma nova lista para manifestação virtual de interesse por vaga. CONFIRA AQUI A LISTA. A manifestação deve ser feita até quarta-feira (6) e a nova lista de aprovados sai no dia 11 de março. (veja aqui as novas datas). Candidatos temem perder a vaga com a anulação. Veja mais na reportagem. A revogação aconteceu depois que dezenas de candidatos denunciaram que se sentiram prejudicados com o resultado, já que para eles, a universidade não tinha aplicado corretamente o entendimento da nova lei de cotas (14.723/2023). A instituição fazia uma auditoria para investigar possíveis erros. Uma retificação do edital foi publicada no site da UFSCar e afirma: Fica anulada a segunda chamada, procedida pela UFSCar em 21 de fevereiro de 2024; Haverá uma nova segunda chamada, conforme prazos do cronograma indicados no item 3 do novo edital; CONFIRA AQUI O EDITAL RETIFICADO NA ÍNTEGRA O edital explica que, "em função da mencionada parametrização inadequada do algoritmo, houve, em alguns casos, erro na convocação de segunda chamada, de forma que alguns candidatos que deveriam ser convocados não o foram, enquanto outros candidatos foram chamados para as mesmas vagas". Em nota, a universidade lamentou "incondicionalmente as ocorrências". (veja o posicionamento na íntegra). LEIA TAMBÉM: Candidatos temem perder vaga na UFSCar após anulação de lista por erro; jovens desistiram de vaga na Unicamp e de bolsa no Prouni UFSCar 2024: com melhores notas, candidatos perdem vaga em 2ª chamada e questionam resultado; universidade fará auditoria O edital informa ainda que, a partir das 13h desta segunda-feira (4), os candidatos que tentam uma vaga na UFSCar podem consultar a lista de convocação para manifestação virtual de interesse por vaga. Os documentos estarão disponíveis em www.ufscar.br e www.ingresso.ufscar.br. 2ª chamada da UFSCar: candidatos questionam critérios usados na convocação Novo comunicado admitindo erro UFSCar revoga lista de pessoas convocadas para requerimento de matrícula em 2ª chamada A UFSCar informa que processo de auditoria interno identificou erros na lista de pessoas convocadas para requerimento de matrícula em 2ª chamada nos cursos de graduação oferecidos pelo SiSU. O diagnóstico é que a parametrização inadequada do algoritmo que apoia o processo levou à não convocação de pessoas que deveriam ser chamadas e, consequentemente, que outras pessoas fossem convocadas para as mesmas vagas. A quantidade de vagas envolvidas exige a revogação das listas de manifestação de interesse e de convocação para requerimento de matrícula em 2ª chamada. A 1ª chamada e a lista de espera também foram auditadas e estão corretas, seguindo, portanto, válidas. O processo de auditoria foi iniciado como medida de segurança, após um primeiro processo padrão de verificação não ter diagnosticado as inconsistências. Paralelamente, a Universidade aguardava comunicação oficial do Ministério da Educação (MEC) relacionada à correção de erros identificados ainda na etapa de processamento a cargo do Ministério. Essa informação chegou em ofício encaminhado no fim de semana e, com isso, a auditoria pôde ser concluída na manhã desta segunda-feira (4/3). A partir do resultado da auditoria, um edital foi publicado nesta segunda, retificando dispositivos do regulamento anterior, estabelecendo regras suplementares e um novo cronograma. Um novo período para manifestação de interesse já está vigente, a partir de lista retificada, e segue até 6 de março. A lista corrigida de pessoas convocadas para requerimento de matrícula em 2ª chamada será publicada em 11 de março. Infelizmente, a correção implicará na exclusão da lista de pessoas anteriormente convocadas. Destacamos, como registrado em edital, que as pessoas que já manifestaram interesse, fizeram requerimento de matrícula e/ou enviaram a documentação exigida, e que constem como aprovadas nas próximas listas, não precisarão refazer essas ações. Esclarecemos que os erros identificados estão relacionados ao pouco tempo oferecido a todas as universidades do sistema federal de Educação Superior para adequação à nova lei de cotas (Lei nº 14.723), de 13 de novembro de 2023. A UFSCar, inclusive, não é a única instituição obrigada a revogar etapas de seu processo seletivo. Soma-se a isto o fato de o processo de preparação para as chamadas sob responsabilidade das universidades ter sido atrasado pelos erros identificados na lista inicial do SiSU, que precisou ser cancelada e revista mais de uma vez. Também foi tardio o envio às universidades de orientações relativas à operacionalização da nova lei. No caso da UFSCar, por exemplo, a informação sobre como a Lei de Cotas deveria ser operacionalizada foi recebida pela Instituição apenas 24 horas antes da publicação do edital original do processo seletivo. Com isso, inclusive, o edital original acabou apresentando pequenas discrepâncias em relação à Lei nº 14.723, no que diz respeito a detalhes de sua operacionalização, também identificadas no processo de auditoria e agora corrigidas no novo edital. Lamentamos incondicionalmente as ocorrências e, sobretudo, os impactos gerados em cada uma das pessoas envolvidas. No entanto, embora a absorção de todas as pessoas convocadas equivocadamente não seja uma alternativa viável para a correção, é importante destacar que a experiência de processos seletivos anteriores indica alta probabilidade de convocação em chamadas futuras, ao menos de parte dessas pessoas, razão pela qual é fundamental que todos os candidatos sigam atentos às próximas chamadas. Além disso, nossa expectativa também é que seja realizado, como tem sido nos anos recentes, processo seletivo para vagas remanescentes após a conclusão do processo seletivo atual. Reiteramos saber que essas não são soluções para todos os impactos gerados, mas são alternativas importantes de serem exploradas para minimização dos impactos, e seguiremos trabalhando para reduzir perdas ao máximo. Por fim, a UFSCar reitera seu compromisso e seu cuidado constante com a legalidade, a correção e, assim, garantia de justiça em seu processo seletivo. É esse compromisso, inclusive, que levou à realização da auditoria e que, agora, obriga à revogação da lista. Em relação ao cuidado, aproveitamos para informar que novos procedimentos de checagem e, também, na condução do processo como um todo, já estão sendo elaborados, para a prevenção de erros no futuro. A UFSCar segue atenta a quaisquer manifestações referentes a este processo de ingresso e jamais se furtará, de um lado, à identificação e ao reconhecimento de eventuais erros e, sobretudo, à sua correção e à tomada de todas as medidas necessárias para que não voltem a acontecer. Novas datas 2ª chamada 4 a 6 de março: Manifestação Virtual de Interesse por Vaga - para a 2º chamada 11 de março: Convocação para Requerimento Virtual de Matrícula 12 e 13 de março: Requerimento Virtual de Matrícula - 2ª chamada 11 a 22 de março: Confirmação obrigatória de matrícula para todas as pessoas candidatas que requereram matrícula na 1ª chamada e foram aprovadas nas comissões de verificação documental. 19 a 22 de março: Confirmação obrigatória de matrícula para todas as pessoas candidatas que requereram matrícula na 2ª chamada e foram aprovadas nas comissões de verificação documental. Outras datas: 26 de março - Convocação para manifestação Virtual de Interesse por Vaga (MVI) – para 3ª e 4ª chamadas. 27 a 28 de março - Manifestação Virtual de Interesse por Vaga para 3ª e 4ª chamadas Erro no entendimento da nova lei de cotas Para os candidatos que se sentiram prejudicados, a UFSCar não aplicou o correto entendimento da nova lei de cotas (14.723/2023), que determina que os cotistas concorrerão às vagas reservadas pelo programa de cotas apenas se não alcançarem as notas para ingresso às vagas de ampla concorrência. UM EXEMPLO DO QUE ACONTECEU: No caso do curso de Medicina, a primeira candidata da lista de espera faz parte do grupo 5 (ampla concorrência) e fez 812,19 pontos. O primeiro candidato cotista que aparece na mesma lista ocupa a 21ª posição, com nota de 799,71. No momento de manifestar interesse na vaga, essa foi a quantidade de candidatos convocados, separados por grupo: Convocados para manifestar interesse na vaga no curso de Medicina Já na lista da segunda chamada, que é os que conseguiram uma vaga na universidade, apesar de terem a maior nota, nenhum candidato de ampla concorrência foi chamado. Aprovados em 2ª chamada no curso de Medicina por grupo A maior nota do candidato aprovado em segunda chamada foi de 799,71 e a menor foi de 694,61. Nenhuma delas é superior a da primeira candidata da lista de espera que está concorrendo em ampla concorrência. Após dezenas de reclamações na web, a UFSCar divulgou uma nota negando qualquer erro e dizendo que é importante considerar o quão dinâmico é todo o processo de convocação. "A UFSCar reafirma a lista, esclarecendo, primeiramente, a importância de considerar o quão dinâmico é todo o processo de convocação. Destacamos dois pontos muito especialmente. O momento da publicação da lista é uma fotografia; no dia seguinte, e a cada nova etapa de manifestação de interesse, matrícula, confirmação e outras, a situação já é outra. Além disso, só é possível comparar notas dentro de cada grupo, nunca entre os grupos, justamente porque essa dinâmica é própria de cada um deles", disse na ocasião. Contudo, na quinta (29), a universidade disse que iria realizar uma "auditoria minuciosa" na lista de pessoas convocadas para requerimento de matrícula em 2ª chamada, mas não informou prazo para conclusão "A UFSCar informa que está realizando auditoria minuciosa em todos os processos relacionados à elaboração da lista de pessoas convocadas para requerimento de matrícula em 2ª chamada nos cursos de graduação da Instituição. O procedimento visa sanar as dúvidas que vêm sendo apresentadas e, desde já, a UFSCar reitera que: será sempre observada e cumprida a legislação referente ao processo seletivo; todas as pessoas, em todos os grupos de convocação, terão respeitados seus direitos ao ingresso; caso venham a ser identificados erros ou inconsistências, estes serão corrigidos em chamadas subsequentes e, inclusive, complementares àquelas já previstas no Edital, em atenção a todas as pessoas aguardando essas informações e à imensa expectativa que sabemos existir." Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara.
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04/03 - ES é o 1º estado a receber lançamento do programa Pé-de-meia; mais de 30 mil estudantes vão receber incentivo financeiro
Um dos principais motivos para a escolha do estado são os altos índices de desempenho da educação básica. Ao final dos três anos, o estudante pode chegar a receber R$ 9.200. Ministro da Educação inicia lançamento do programa Pé-de-Meia no estado O Ministro da Educação, Camilo Santana, iniciou nesta segunda-feira (4) o programa Pé-de-meia, começando pelo Espírito Santo. A iniciativa consiste em um pagamento que vai fornecer incentivo financeiro para estudantes do ensino médio e a primeira parcela já começa a ser paga no fim de março. No estado, cerca de 31 mil estudantes vão poder receber o programa do governo federal. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Os estados têm até sexta-feira (8) para enviar a relação de matriculados no Ensino Médio. Todos os alunos do primeiro, segundo e terceiro ano vão receber o auxílio. Ao final dos três anos, o estudante pode chegar a receber R$ 9.200. Em entrevista ao vivo ao jornal Bom Dia Espírito Santo, o ministro deu mais detalhes sobre como a bolsa para os alunos vai funcionar. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp "O objetivo é evitar a evasão e o abandono escolar. Essa etapa da educação básica brasileira no ensino médio tem o maior abandono escolar de todos os anos. E muitas vezes não é por escolha do jovem, às vezes é por uma necessidade de muitas realidades brasileiras. O Pé-de-meia vem agregado a outras políticas: de uma escola de tempo integral, alfabetização, valorização dos professores, investimento em infraestrutura. A gente precisa ter uma escola que seja atrativa para o jovem, ele precisa ter vontade de ir para a escola", disse o Ministro. Pelo programa, o governo irá pagar até R$ 9,2 mil para os estudantes que concluírem os estudos. Segundo o Ministério da Educação (MEC), a expectativa é a de que o programa atenda cerca de 2,5 milhões de alunos em todo o Brasil. Confira as regras e o calendário de pagamento para o programa Pé-de-Meia Ponta pé inicial no ES Segundo o ministro, o Espírito Santo foi escolhido para ser o primeiro estado de uma série de visitas em todo o país para esclarecer sobre como vai funcionar o programa. "A gente sabe que o Espírito Santo tem hoje um dos melhores resultados da educação básica brasileira. Isso é um esforço muito forte dos municípios dos prefeitos, de toda a rede. Nossa ideia é percorrer todos os estados brasileiros apresentando o programa. Além disso, o secretário de educação do estado, o Vitor de Angelo, é o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e a escolha é também uma homenagem", explicou o ministro. Camilo Santana reforçou ainda que o estado vai ganhar novas escolas, creches e ônibus. Carlos pontuou que o apoio financeiro também vai ajudar os jovens a conseguirem traçar planos para o futuro na educação. "No ultimo Censo, quase 480 mil jovens do ensino médio saíram da escola. Então isso é uma realidade triste do Brasil. Então você analisa, nós temos 6 milhões e 800 mil jovens em escolas públicas do ensino médio brasileiro. Imagina perder quase meio milhão de jovens por ano no país. O objetivo do Pé-de-meia é um apoio financeiro, o jovem ter sua conta receber educação financeira. Cada agência de cada estado vai ficar responsável também por fazer a educação financeira naquele estado. É uma política para incentivar a garantia e permanência do jovem, nós não queremos perder nenhum jovem na escola pública brasileira", informou. Camilo também vai visitar uma escola estadual de Ensino Médio em Vila Velha, na Grande Vitória para dar mais detalhes sobre o programa. Quais serão as regras do programa? O MEC informou que vai exigir uma série de dados sobre a vida escolar do estudante para que o benefício seja pago regularmente. Confira: Incentivo de matrícula: é necessária que a inscrição no ano escolar seja feita até dois meses após o início do ano letivo. Incentivo de frequência: o aluno terá de ter frequência de pelo menos 80% das horas letivas. Caberá às instituições de ensino comunicar ao governo, todos os meses, a frequência escolar dos estudantes. Incentivo de conclusão: o estudante deverá passar de ano para receber o valor anual. Além disso, se for o caso, o aluno terá de ter a participação comprovada em exames de avaliação, como o do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Incentivo do Enem: o valor só será pago aos alunos que concluírem o ensino médio e estiverem presentes nos dois dias de provas. Em caso de retorno após abandono ou reprovação, o governo informou que só pagará o benefício uma única vez para cada série do ensino médio. ❌ Serão desligados do programa os alunos que: optarem por abandonar o "Pé-de-meia" voluntariamente; que não estiverem mais dentro dos critérios de elegibilidade, como idade e inscrição no CadÚnico; que reprovarem de ano duas vezes consecutivas; que abandonarem os estudos por mais de dois anos; que cometerem qualquer tipo de fraude ou irregularidade. Como vai funcionar o programa? Sala de aula no Espírito Santo Reprodução/TV Gazeta Podem participar do programa os estudantes matriculados em escolas públicas e que estejam cursando o ensino médio ou o programa para Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os recursos utilizados para pagar os alunos são da União, a partir de um fundo que foi criado para isso. Os estados têm até o dia 8 de março para enviar a relação de matriculados no Ensino Médio. Todos os alunos do primeiro, segundo e terceiro ano vão receber o auxílio. Ao final dos três anos, o estudante pode chegar a receber R$ 9.200. Segundo MEC, terão prioridade para receber o benefício os estudantes que integrem famílias que recebem o Bolsa Família. Por outro lado, alunos cadastrados como família unipessoal no Bolsa Família não têm direito ao programa. O MEC informou que o benefício será pago por etapas, da seguinte forma: incentivo para matrícula, no valor anual de R$ 200; incentivo de frequência, no valor anual de R$ 1.800; incentivo para conclusão do ano, no valor anual de R$ 1.000; incentivo para o Enem, em parcela única de R$ 200. Como será o pagamento? A expectativa do governo é começar o pagamento do incentivo matrícula a partir do dia 26 de março, por ordem de aniversário. No dia 26 receberão os alunos nascidos em janeiro e fevereiro; no dia 27 os nascidos em março e abril e assim sucessivamente até todos os pagamentos serem concluídos. Para o incentivo de frequência, no valor de R$ 1.600, o pagamento será feito em oito parcelas. Já em relação ao incentivo de conclusão, no valor de R$ 1.000, o depósito na poupança estudantil será feito entre 24 de fevereiro de 2025 e 3 de março de 2025. Caso algum aluno não receba o benefício por alguma atualização nos dados do governo, o pagamento será feito até 5 de maio de 2025. Por fim, o incentivo para o Enem, de R$ 200, será depositado entre 23 de dezembro de 2024 e 3 de janeiro de 2025. VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo A Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo
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03/03 - A professora que doou US$ 1 bi para quitar todas as mensalidades de alunos de medicina em faculdade dos EUA
A professora emérita da Escola de Medicina Albert Einstein, no Bronx, herdou uma fortuna ao falecer seu marido e deseja que a doação possa possibilitar o acesso de jovens de todas as classes sociais à universidade. Ruth Gottesman está envolvida com a Faculdade de Medicina Albert Einstein, no Bronx, há mais de 50 anos. Getty Images Quando a professora emérita Ruth Gottesman anunciou na última segunda-feira o teor da doação feita à Escola de Medicina Albert Einstein, no Bronx, em Nova York, os alunos levantaram-se de suas cadeiras e explodiram em aplausos e vivas. E não era para menos. O US$ 1 bilhão (aproximadamente R$ 4,9 bilhões) que Gottesman, de 93 anos, doou a esta faculdade localizada no distrito mais pobre da cidade será destinado a cobrir perpetuamente as mensalidades dos alunos, que totalizam US$ 59.000 ao ano. Esta é uma das maiores doações já feitas a uma universidade nos EUA e a maior a uma faculdade de medicina. Os estudantes do último ano terão a matrícula do último trimestre reembolsada, e a partir de agosto, todos os alunos, incluindo os já matriculados, terão o curso gratuito. CRISE DO CLIMA: Tarde demais para agir? o otimismo de pesquisadora de Oxford diante da emergência climática Ruth Gottesman, atual membro do Conselho da universidade, tem mais de 50 anos de vínculo com a Albert Einstein. Doutora em Educação pela Universidade de Columbia, ela ingressou no Centro de Avaliação e Reabilitação Infantil da Albert Einstein em 1968. Na época, quando os problemas de aprendizado muitas vezes não eram reconhecidos e diagnosticados corretamente, ela desenvolveu modalidades de detecção, avaliação e tratamento amplamente utilizadas que beneficiaram dezenas de milhares de crianças, segundo a universidade. 💰 Mas de onde vem a fortuna que possibilitou tão generoso presente? A benfeitora também é viúva de David "Sandy" Gottesman, um dos primeiros investidores na Berkshire Hathaway, o conglomerado multinacional de Warren Buffet. Sandy, com quem Ruth foi casada por 72 anos, faleceu em setembro de 2022 aos 96 anos. "Ele me deixou, sem que eu soubesse, uma carteira completa de ações da Berkshire Hathaway", disse a professora ao jornal The New York Times. As instruções eram simples: "Faça o que achar certo com isso". Embora nunca tenha sabido o que sua esposa decidiu fazer com a fortuna, é provável que ele tivesse dado sua aprovação. Ao longo de sua vida, o investidor, cuja fortuna foi avaliada pela Forbes em US$3 bilhões (cerca de R$14.850 bilhões) no momento de sua morte, doou US$330 milhões (R$1,6 bilhões) a obras de caridade. Ruth Gottesman, que em 1992 iniciou o Programa de Alfabetização de Adultos no CERC, o primeiro de seu tipo que ainda está em funcionamento, e em 1998 foi nomeada diretora fundadora do Centro Emily Fisher Landau para o Tratamento de Distúrbios de Aprendizagem, vinha ponderando há anos sobre o que fazer com o dinheiro, e seus filhos a encorajaram para que não deixasse o tempo passar. A barreira econômica Ao longo dos anos, a professora entrevistou centenas de futuros alunos, conhecendo de perto a principal dificuldade que enfrentavam: as elevadas mensalidades universitárias, que se tornavam uma barreira praticamente intransponível para muitos e uma carga pesada para aqueles que optavam por empréstimos estudantis. Segundo dados da escola, mais da metade dos alunos se formam com dívidas superiores a US$ 200 mil (aproximadamente R$ 1 milhão). Em comunicado, o decano da universidade, Yaron Yomer, afirmou que a doação de Gottesman é "transformadora" para a escola e "revoluciona radicalmente nossa capacidade de atrair estudantes comprometidos com nossa missão, não apenas aqueles que podem arcar com os custos". O generoso presente "liberará e motivará nossos estudantes, permitindo que realizem projetos e ideias que, de outra forma, seriam proibitivos", acrescentou Yomer. Gottesman espera que a doação possibilite abrir as portas da escola para muitos estudantes "cuja situação econômica é tal que nem sequer considerariam cursar a faculdade de medicina", revelou ao New York Times. Cerca de metade dos alunos do primeiro ano na Einstein são de Nova York, e aproximadamente 60% são mulheres. Estatísticas divulgadas pela escola indicam que cerca de 48% dos alunos são brancos, 29% asiáticos, 11% hispânicos e 5% negros. Diferentemente de outros doadores, que buscam associar seus nomes a obras de caridade para a posteridade, Ruth Gottesman solicitou que o nome da escola não seja alterado. Fundada em 1955, a escola foi nomeada em homenagem ao Nobel que desenvolveu a Teoria da Relatividade. Inicialmente, Ruth Gottesman nem queria que seu nome fosse associado à doação, conforme relatou Philip Ozuah, presidente da Montefiore Einstein, a instituição que abriga tanto a Faculdade de Medicina quanto o Sistema de Saúde Montefiore, uma rede de 14 hospitais, a maioria localizada no Bronx. Eventualmente, ela foi convencida de que sua história poderia inspirar outras pessoas. Segundo Gottesman, os médicos formados na Einstein continuam "fornecendo a melhor assistência médica às comunidades aqui no Bronx e ao redor do mundo". Os mais de 100 estudantes que ingressam anualmente na Escola de Medicina Albert Einstein "saem como cientistas magnificamente capacitados e médicos especialistas e compassivos, com a experiência para encontrar novas formas de prevenir doenças e fornecer a melhor assistência médica às diversas comunidades aqui no Bronx e em todo o mundo", acrescentou em um comunicado. A professora emérita expressou sua profunda gratidão ao seu falecido esposo por deixar esses fundos sob sua responsabilidade e por "ter o grande privilégio de fazer essa doação para uma causa tão valiosa". A vultosa doação permitirá financiar as mensalidades dos estudantes da Einstein perpetuamente. E quanto ao que seu marido pensaria desse generoso presente? "Espero que ele esteja sorrindo e não franzindo a testa", afirmou. "Ele me deu a oportunidade de fazer isso, e acredito que ele ficaria feliz, pelo menos é o que espero". VÍDEOS DE EDUCAÇÃO
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02/03 - Prouni 2024: resultado da segunda chamada é divulgado
Programa oferece bolsas de estudo integrais e parciais em instituições particulares de ensino superior. Resultados do Prouni 2024 estão liberados Reprodução Com quatro dias de atraso, o Ministério da Educação (MEC) divulgou neste sábado (2) os resultados da segunda chamada do Programa Universidade para Todos (Prouni). A lista está disponível no site do programa e nas páginas das instituições de ensino participantes. Para acessar, é preciso utilizar o login da conta "gov.br" com CPF e senha. Com o atraso na divulgação do resultado da segunda chamada, as datas para as demais etapas do programa também foram alteradas. (Confira o cronograma atualizado mais abaixo.) 📈 O que é o Prouni? Por meio das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), alunos de baixa renda podem pleitear bolsas de estudo parciais e integrais em instituições de ensino superior privadas. 📈 Quando as inscrições terminaram? O processo foi adiado em um dia e encerrou-se em 2 de fevereiro, por causa de problemas no sistema de inscrição e do atraso nos resultados do Sisu 2024. 📈 O que significa ser "pré-selecionado"? Não estranhe: o sistema do Prouni não chama ninguém de "aprovado" logo de cara. A nomenclatura usada é "pré-selecionado", porque ainda haverá as etapas de: verificação de documentos, para comprovar o que foi informado no ato da inscrição, como renda familiar (aliás, fique atento aos prazos da instituição); provas adicionais (apenas em universidades que implementam essa fase extra, com a exigência de que informem aos alunos os detalhes do processo em no máximo 24 horas após a divulgação dos resultados); formação de turmas (é preciso que haja um número mínimo de matriculados no curso para que a turma exista). Se não isso acontecer, o candidato do Prouni será reprovado. 📈 Quem não foi pré-selecionado na segunda chamada ainda tem chance? Sim. Caso o aluno seja reprovado nessa chamada, ele pode manifestar interesse em concorrer à lista de espera, na qual as instituições de ensino convocam candidatos para preencher bolsas não ocupadas. Prouni: espera pelos resultados e instabilidade do site geram memes nas redes sociais 📅 Datas do ProUni 2024 Inscrições: de 29 de janeiro a 2 de fevereiro Resultado da primeira chamada: 6 de fevereiro Resultado da segunda chamada: inicialmente previsto para 27 de fevereiro, adiado para 2 de março Manifestação de interesse na lista de espera: 18 e 19 de março (inicialmente previso para 14 e 15 de março) Resultado da lista de espera: 22 de março (inicialmente previsto para 18 de março) 📚 Quem pôde se inscrever Pôde se inscrever o candidato que realizou o Enem 2022 ou 2023 e obteve média mínima de 450 pontos nas áreas de conhecimento e nota superior a zero na redação. Além disso, era preciso atender a pelo menos um dos pontos abaixo: Ter cursado o ensino médio em escola pública ou privada, sem diploma de educação superior; ou Ser uma pessoa com deficiência, na forma prevista na legislação, também sem ter feito graduação; ou Exercer a função de professor da rede pública de ensino (exclusivamente para quem busca cursos de licenciatura e pedagogia, destinados à formação do magistério da educação básica). 💰 Renda Para concorrer às bolsas integrais, o estudante deve ter renda familiar bruta mensal per capita de até um salário mínimo e meio (R$ 2.118 por pessoa). Para as bolsas parciais, o limite da renda familiar bruta mensal per capita é de três salários mínimos (R$ 4.236 por pessoa). 👉🏾 Como calcular a renda familiar bruta mensal por pessoa? Para saber se o aluno se encaixa nos critérios de renda, deve somar os salários de todos os que moram com ele e, depois, dividir pelo número de componentes do grupo. Por exemplo: pai (R$ 2,3 mil por mês), mãe (R$ 1,7 mil por mês), candidato do Prouni (sem renda) e irmão mais novo (sem renda). Somando os valores, chega-se ao total mensal de R$ 4 mil. Depois, dividindo pelos 4 membros da família, o resultado é R$ 1 mil. Esse é o valor que deve ser tomado como referência pelo Prouni. Como está abaixo de 1,5 salário mínimo per capita (R$ 2.118), o candidato poderá concorrer à bolsa de estudos integral. Vídeo Abaixo, veja um resumo do erro do MEC na divulgação dos resultados do Sisu: Sisu: Após candidatos perderem vaga, MEC admite 'divulgação indevida de resultados'
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01/03 - Número de escolas públicas com laboratórios de ciências cai de 38% para 23% em 4 anos em Campinas
Dados do ensino médio fazem parte do Censo Escolar divulgado pelo Inep e mostram que a infraestrutura da rede pública, que já era deficitária, piorou nos últimos anos. Em Campinas, 23,7% das escolas estaduais possuem laboratórios de ciências O número de escolas da rede pública de ensino médio com laboratórios de ciência em Campinas (SP) caiu de 38,6% para 23,7% no últimos quatro anos, segundo dados do Censo Escolar, principal retrato da educação brasileira. Houve queda também nas estruturas do ensino fundamental - veja gráfico abaixo. A piora no cenário, destacam especialistas, mostram defasagem de uma infraestrutura já deficitária na rede pública. A professora Marina Prata Vieira ressalta a importância do laboratório no processo de aprendizagem. "O encantamento se dá quando sai da sala de aula, de algo muito abstrato, para o visual. Visualizar na prática o que se vê na sala de aula, dá um incentivo para o estudo", defende. Ângela Fátima Soligo, da Faculdade de Educação da Unicamp, destaca que a falta de infraestrutura e espaços adequados para o estudo, afetam o desenvolvimento dos estudantes. "O laboratório representa esse espaço da ciência, do 'eu posso fazer', 'eu consigo entender'. É fundamental que os alunos saibam que podem ser cientistas." Procurada para comentar os dados, a Secretaria de Estado da Educação disse que as escolas estaduais contam, em sua maioria, com espaços multiuso com características de laboratórios. A pasta, no entanto, não deu detalhes de quais seriam essas características. Já a prefeitura de Campinas, que possui unidades de ensino fundamental na rede municipal, afirmou que as escolas que não possuem laboratório físico, contam com uma unidade móvel, que possui uma bancada para experimentos que podem ser transportadas pelos professores para as salas de aula. Estudante usa equipamento em laboratório de ciências em Campinas (SP) Reprodução/EPTV VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas
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29/02 - 'Não serei o poeta de um mundo caduco': o verso de Drummond que inspirou 'alerta' de Cármen Lúcia
Lançado em 1940, o poema faz referência ao momento político no mundo e reforça o compromisso do autor com a realidade. Poeta Carlos Drummond de Andrade Reprodução/ EPTV Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. É assim que começa o poema ‘Mãos dadas’, de Carlos Drummond de Andrade, que foi citado pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na quarta-feira (28). Durante entrevista exclusiva para o Conexão GloboNews e publicada Blog da Daniela Lima, a ministra faz uma adaptação dos versos ao alertar sobre o motivo de ter buscado a aprovação de regras contra uso de inteligência artificial nas eleições. "Estamos trabalhando no mundo de hoje. Então, o que posso lhe dizer, à maneira de [Carlos] Drummond, que disse: 'Não serei o poeta de um mundo caduco', é que também eu não serei juíza de um mundo caduco". A versão original do poema foi publicada em 1940, como parte do livro "Sentimento do mundo". Mas, para Saulo Gomes Thimoteo, professor de Literaturas de Língua Portuguesa do campus Realeza (PR) da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), a obra de Drummond permanece atual. Segundo o professor, a obra do poeta é marcada por conflitos, seja dele consigo mesmo ou dele com o mundo. Neste caso, não é diferente, já que ele renega expectativas que possam ter sobre ele e se reafirma como um expectador da realidade. Isso, segundo Thimoteo, é uma resposta direta ao momento político que o mundo vivia, diante do início da Segunda Guerra Mundial. Era esperado que poetas escrevessem sobre mulheres, sobre amores ou paisagens, mas Drummond se nega a fazer isso. Ele deixa claro que sua matéria é o presente – presente esse que vê os regimes autoritários em ascensão, prestes a se consolidar –, e diz que não vai fugir ou ficar alheio a isso. Para José Wellington Dias Soares, coordenador do curso de Letras da Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central (Feclesc) da Universidade Estadual do Ceará (UECE), o livro de 1940 marca o início da segunda fase do trabalho de Drummond, "muito mais preocupada com as questões sociais." Em seu artigo “O particular e o universal na poética de Carlos Drummond de Andrade”, Soares considera que é a partir dessa obra que o poeta passa a refletir sobre o “destino do homem em face do mundo” e a questionar a existência humana. Reflexão essa que ele quer manter no presente, já que se nega a ficar no passado (“mundo caduco”) ou idealizar o futuro (“mundo futuro”). E é no presente que ele percebe os companheiros introspectivos, “taciturnos”, mas esperançosos, e declara: “vamos de mãos dadas”. O poema é curto, possui apenas duas estrofes, mas Saulo Thimoteo acredita que é do tamanho perfeito para Drummond deixar sua mensagem. “Ele diz que não vai ser o que não é e não vai escrever sobre algo que não seja o presente, e ainda entende a importância do coletivo para aquele momento. E conclui o poema com a metáfora de que aquilo é o verdadeiro presente", conclui o professor. Abaixo, leia o poema: Mãos dadas (Carlos Drummond de Andrade) Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela, não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida, não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins. O tempo é a minha matéria, do tempo presente, os homens presentes, a vida presente. Carlos Drummond de Andrade celebraria 120 anos de vida
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29/02 - UFSCar 2024: com melhores notas, candidatos perdem vaga em 2ª chamada e questionam resultado; universidade fará auditoria
Em 15 cursos nenhum candidato de ampla concorrência foi convocado. Universidade alega que cumpre nova lei de cotas e que ninguém será prejudicado. Campus da UFSCar em São Carlos 2020 Gabrielle Chagas/g1 Dezenas de candidatos que tentam uma vaga de graduação na Universidade Federal de São Carlos (SP) em 2024 acreditam que houve um erro na lista de aprovados em segunda chamada. O documento foi divulgado às 18h da terça-feira (27) e gerou inúmeras reclamações na web. ATUALIZAÇÃO: A UFSCar admitiu erro, anulou a 2ª chamada de aprovados e divulgou nova lista para manifestação de interesse por vaga. Leia a reportagem. 📲 Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp Para eles, a UFSCar não aplicou o correto entendimento da nova lei de cotas (14.723/2023), que determina que os cotistas concorrerão às vagas reservadas pelo programa de cotas apenas se não alcançarem as notas para ingresso às vagas de ampla concorrência.  A UFSCar nega qualquer erro e diz que é importante considerar o quão dinâmico é todo o processo de convocação. Contudo, no início da tarde desta quinta (29), a universidade informou que fará uma "auditoria minuciosa" na lista de pessoas convocadas para requerimento de matrícula em 2ª chamada, mas não informou prazo para conclusão. (veja no final da reportagem a íntegra dos dois posicionamentos). Em nota, o MEC informou que a a Lei 14.723, de 13 de novembro de 2023, alterou a Lei de Cotas - Lei nº 12.711/2012 e, com isso, o MEC publicou a Portaria nº 2027/2023. Informou ainda que "não identificou denúncias ou casos semelhantes ao alegado". 2ª chamada da UFSCar: candidatos questionam critérios usados na convocação "É um misto de impotência, injustiça e frustração. Há erros claros e a UFSCar se recusa a corrigi-los. Não há transparência, a universidade não responde as demandas dos alunos prejudicados e insiste no erro, mesmo com diversos candidatos apontando as evidências, disse o candidato ao curso de medicina, Conrado Segalla Guerra. O candidato ressaltou que não é mais possível optar por outra universidade, uma vez que o prazo do Sisu [Sistema de Seleção Unificada] já encerrou. "Minha nota foi simplesmente jogada no lixo. Foi um ano de estudos inteiramente perdido. Gostaria de salientar que não se trata de um caso de cota versus ampla concorrência, visto que há modalidades de cotas prejudicadas também", disse . Departamento de Química na UFSCar Reprodução/Facebook LEIA TAMBÉM: Unesp 2024: lista de aprovados em oitava chamada é divulgada; veja Em 15 cursos oferecidos pela universidade, sendo 12 no campus São Carlos e três em Sorocaba, nenhum candidato de ampla concorrência foi convocado em 2ª chamada. Porém, os candidatos cotistas não tiveram nota igual ou maior que os de ampla concorrência para serem convocados. ENTENDA: Em 19 de fevereiro a UFSCar divulgou a lista de espera dos candidatos; Em 21 de fevereiro, a UFSCar divulgou a lista de candidatos convocados para o procedimento de manifestação de interesse por vaga da 2ª chamada. Nessa lista são chamados de 2 até 100 candidatos a mais do que o número real de vagas de acordo com as especificidades de cada curso; Em 27 de fevereiro, a universidade divulgou a lista dos convocados em segunda chamada para requererem a matrícula. UM EXEMPLO DO QUE ACONTECEU: No caso do curso de Medicina, a primeira candidata da lista de espera faz parte do grupo 5 (ampla concorrência) e fez 812,19 pontos. O primeiro candidato cotista que aparece na mesma lista ocupa a 21ª posição, com nota de 799,71. No momento de manifestar interesse na vaga, essa foi a quantidade de candidatos convocados, separados por grupo: Convocados para manifestar interesse na vaga no curso de Medicina Já na lista da segunda chamada, que é os que conseguiram uma vaga na universidade, apesar de terem a maior nota, nenhum candidato de ampla concorrência foi chamado. Aprovados em 2ª chamada no curso de Medicina por grupo A maior nota do candidato aprovado em segunda chamada foi de 799,71 e a menor foi de 694,61. Nenhuma delas é superior a da primeira candidata da lista de espera que está concorrendo em ampla concorrência. O que prevê o edital da UFSCar Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Fabio Rodrigues/g1 O edital da UFSCar para ingresso nos cursos de graduação em 2024 diz que serão reservadas no mínimo 50% das vagas de cada curso e turno para candidatos que optarem pelo ingresso por reserva de vagas, conforme determina a nova lei. E que no processamento das chamadas (aprovações a partir de segunda chamada), a UFSCar irá calcular as vagas disponíveis por curso, observando o percentual já preenchido pelo ingresso nas vagas reservadas e que a classificação e preenchimento serão feitos de forma que garantam a proporcionalidade de egressos do ensino público, prevista em cada uma das modalidades. Já na sistemática de preenchimento de vagas, a universidade declara que no caso de não preenchimento das vagas reservadas às pessoas autodeclaradas pretas, pardas ou indígenas, às pessoas com deficiência e às pessoas quilombolas, aquelas remanescentes serão preenchidas por pessoas que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. As vagas que ainda restarem serão ofertadas às demais aos candidatos de ampla concorrência. O edital da UFSCar ainda prevê que os candidatos cotistas que forem classificados acima do limite de vagas reservadas terão direito de concorrer às vagas de ampla concorrência, observando a classificação obtida pela pontuação final da pessoa no processo seletivo. Como é a divisão de grupos para ingresso na UFSCar Reitoria no campus da UFSCar em São Carlos Aline Ferrarezi/G1 A UFSCar utiliza as seguintes divisões para cada modalidade de ingresso pelo Sisu. Entenda abaixo o que cada um significa: Grupo 1- B: Candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas, com renda familiar bruta per capita igual ou inferior a 1 salário mínimo (R$ 1.320) e que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. Grupo 2- B: Candidatos que são reconhecidos como pessoas quilombolas, com renda familiar bruta per capita igual ou inferior a 1 salário mínimo (R$ 1.320) que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. Grupo 3- B: Candidatos com deficiência, com renda familiar bruta per capita igual ou inferior a 1 salário mínimo (R$ 1.320) que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. Grupo 4- B: Candidatos com renda familiar bruta per capita igual ou inferior a 1 salário mínimo (R$ 1.320) que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. Grupo 1-I: Candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas que, independentemente da renda (art. 14, II, Portaria Normativa nº 18/2012), tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. Grupo 2-I: Candidatos quilombolas (art. 14, II, Portaria Normativa nº 18/2012) e que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. Grupo 3-I: Candidatos com deficiência que, independentemente da renda (art. 14, II, Portaria Normativa nº 18/2012), tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. Grupo 4-I: Candidatos que, independentemente da renda (art. 14, II, Portaria Normativa nº 18/2012), tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. Grupo 5: Candidatos que não se enquadram em nenhum dos grupos descritos ou ainda que não optara por concorrer às vagas destinadas a essas modalidades a que se refere a Lei nº 12.711/2012, alterada pela Lei nº 13.409/2016 e pela Lei n.14.723, de 13/11/2023; restando a estas pessoas candidatas às vagas resultantes da sobra aferida após os cálculos efetuados na forma da legislação. O que diz a UFSCar? UFSCar Sorocaba Divulgação O g1 questionou a universidade os seguintes pontos: Não deveriam ter sido chamados mais alunos da modalidade ampla concorrência? Por que não foram? Qual o número de vagas destinadas para ampla concorrência na UFSCar ou os candidatos de ampla concorrência ficam apenas com as vagas remanescentes dos cotistas? Por que em alguns cursos nenhum dos candidatos que concorrem em ampla concorrência foram chamados em segunda chamada? O candidato cotista só é chamado na vaga ampla concorrência porque ele tirou nota maior que o candidato que concorre nesta modalidade? Esse é o único critério ou há mais? Quais? Nenhuma das perguntas foi respondida até a última atualização desta reportagem. Em um comunicado oficial, que foi divulgado após as reclamações na web, a UFSCar reafirmou o processo de elaboração da lista de pessoas convocadas para requerimento de matrícula em 2ª chamada. "A publicação, em 27/2, da lista de pessoas convocadas para requerimento de matrícula em 2ª chamada para os cursos de graduação da UFSCar gerou incompreensão relacionada à convocação de pessoas candidatas em ampla concorrência e, consequentemente, afirmações de que haveria erro na chamada. A UFSCar reafirma a lista, esclarecendo, primeiramente, a importância de considerar o quão dinâmico é todo o processo de convocação. Destacamos dois pontos muito especialmente. O momento da publicação da lista é uma fotografia; no dia seguinte, e a cada nova etapa de manifestação de interesse, matrícula, confirmação e outras, a situação já é outra. Além disso, só é possível comparar notas dentro de cada grupo, nunca entre os grupos, justamente porque essa dinâmica é própria de cada um deles. Assim, neste momento específico da 2ª chamada, há priorização do cumprimento dos 50% de vagas em cada curso reservadas no programa de cotas, como obriga a lei. Essa priorização explica as quantidades de pessoas optantes pela reserva convocadas neste momento, o que não significa, de modo algum, prejuízo à ampla concorrência. Nas próximas chamadas, em todos os casos em que haja vagas restantes na ampla concorrência, serão chamadas as pessoas com as notas mais altas não incluídas na lista atual. Ao final de todo o processo, portanto, DENTRO DE CADA GRUPO, a lista de pessoas convocadas terá, necessariamente, ordem da maior para a menor nota. Um último esclarecimento importante é que, com a nova lei de cotas (Lei nº 14.723, publicada em 13 de novembro de 2023), todas as pessoas concorrem às vagas de ampla concorrência, ingressando no programa de cotas apenas aquelas que, tendo direito à reserva, não alcancem as notas para ingresso às vagas de ampla concorrência. Ou seja, as pessoas convocadas em ampla concorrência são as que obtiveram as maiores notas, independentemente da opção pelos diferentes grupos do programa de cotas. Com isso, quando as pessoas que indicaram o direito a ingresso pelo programa de cotas obtêm notas que as habilitam para ingresso pela ampla concorrência, essas vagas de ampla concorrência são preenchidas, respeitando, reiteramos, a ordem da maior para a menor nota. Assim, é possível que não restem vagas de ampla concorrência para convocação em chamadas subsequentes, em alguns cursos. De outro lado, as vagas do programa de cotas podem seguir não preenchidas, levando assim à convocação de candidatos dos diferentes grupos de reserva. Ou seja: o número de vagas de ampla concorrência não preenchidas por candidatos de ampla concorrência da 1ª chamada NÃO É IGUAL ao número de vagas a serem disponibilizadas nesta categoria em 2ª chamada e chamadas subsequentes, já que as vagas não preenchidas podem ser ocupadas com candidatos optantes pela reserva que obtiveram nota suficiente para ingresso por ampla concorrência. Com isso, entendemos que expectativas geradas pela experiência com processos anteriores à nova lei não sejam confirmadas, um dos motivos pelo qual vimos a público prestar este esclarecimento, que esperamos ter sanado essas dúvidas e incompreensões, naturais em momentos de transição como o presente. Reiteramos, por fim, que todo o processo é realizado com a máxima seriedade e observação à legislação e a normas internas, que procedimentos de checagem foram aplicados e, até este ponto, nenhuma inconsistência foi verificada e, assim, segue válida a lista de pessoas convocadas para requerimento de matrícula em 2ª chamada nos cursos de graduação da UFSCar". Anúncio de auditoria Em novo posicionamento, durante a tarde, a universidade informou que fará uma "auditoria minuciosa" da lista de convocados para matrícula em 2ª chamada. Veja a nota na íntegra. A UFSCar informa que está realizando auditoria minuciosa em todos os processos relacionados à elaboração da lista de pessoas convocadas para requerimento de matrícula em 2ª chamada nos cursos de graduação da Instituição. O procedimento visa sanar as dúvidas que vêm sendo apresentadas e, desde já, a UFSCar reitera que: 1. será sempre observada e cumprida a legislação referente ao processo seletivo; 2. todas as pessoas, em todos os grupos de convocação, terão respeitados seus direitos ao ingresso; 3. caso venham a ser identificados erros ou inconsistências, estes serão corrigidos em chamadas subsequentes e, inclusive, complementares àquelas já previstas no Edital, em atenção a todas as pessoas aguardando essas informações e à imensa expectativa que sabemos existir. O que diz o MEC? A Lei 14.723, de 13 de novembro de 2023, alterou a Lei de Cotas - Lei nº 12.711/2012. Tendo em vista essa mudança, o MEC publicou a Portaria nº 2027/2023, que alterou a Portaria Normativa nº 18/2012 (que trata da Lei de Cotas) e a Portaria Normativa nº 21/2012 (que trata do Sisu). Com relação à classificação e à seleção de candidatos do Sisu, o texto alterado pela nova lei é percebido nos trechos destacados abaixo: “Art. 3º Em cada instituição federal de ensino superior, as vagas de que trata o art. 1º desta Lei serão preenchidas, por curso e turno, por autodeclarados pretos, pardos, indígenas e quilombolas e por pessoas com deficiência, nos termos da legislação, em proporção ao total de vagas no mínimo igual à proporção respectiva de pretos, pardos, indígenas e quilombolas e de pessoas com deficiência na população da unidade da Federação onde está instalada a instituição, segundo o último censo da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). § 1º No caso de não preenchimento das vagas segundo os critérios estabelecidos no caput deste artigo, as remanescentes deverão ser destinadas, primeiramente, a autodeclarados pretos, pardos, indígenas e quilombolas ou a pessoas com deficiência e, posteriormente, completadas por estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escola pública. § 2º Nos concursos seletivos para ingresso nas instituições federais de ensino superior, os candidatos concorrerão, inicialmente, às vagas disponibilizadas para ampla concorrência e, se não for alcançada nota para ingresso por meio dessa modalidade, passarão a concorrer às vagas reservadas pelo programa especial para o acesso às instituições de educação superior de estudantes pretos, pardos, indígenas e quilombolas e de pessoas com deficiência, bem como dos que tenham cursado integralmente o ensino médio em escola pública.” (NR). O MEC não identificou denúncias ou casos semelhantes ao alegado. REVEJA VÍDEOS DA EPTV: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara.
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29/02 - Desafio LED: veja como criar proposta para problemas da educação e concorra a até R$ 85 mil
Prêmio total é de R$ 300 mil, que será dividido entre os participantes que apresentarem os melhores projetos com soluções para problemas da educação brasileira. Participantes do Desafio LED 2022. Weverton Alves/Arquivo pessoal As inscrições para o Desafio LED + g1 2024 estão abertas até 31 de março. O Desafio LED é uma iniciativa voltada para estudantes com mais de 18 anos. O objetivo é desenvolver e premiar as melhores soluções para problemas da educação no Brasil. Abaixo, nesta reportagem, veja dicas de como elaborar uma proposta, saiba como é a seleção dos finalistas e conheça quais os prêmios estão em jogo. 💡 O "Desafio LED" é uma ação do Movimento LED - Luz na Educação, iniciativa da Globo e da Fundação Roberto Marinho em parceria com a escola Mastertech. Como montar uma ideia que tenha chances de ser a vencedora? Quais projetos já foram selecionados em concursos anteriores? 👉🏾 Veja EXEMPLOS DE PROJETOS VENCEDORES em edições anteriores: Plataforma que conecta estudantes que usam transporte público e fazem percursos parecidos para reduzir a vulnerabilidade nas ruas - (Maria Eduarda de Carvalho - 1º lugar na edição de 2023); Plataforma para doação, venda e aluguel de materiais de graduação entre os estudantes de faculdades públicas - (Lorena Trigueiro Rocha - 5º lugar na edição de 2023); Projeto de mentoria para jovens de baixa renda desenvolverem planos de ação voltados para a conclusão dos estudos e para a entrada no mercado de trabalho - (Weverton Alves, 2º lugar na edição de 2022). 👉🏾 Por onde COMEÇAR A MONTAR um projeto? Camila Achutti, sócia da Mastertech, dá a primeira dica: encontrar uma ideia que tenha conexão com a própria realidade de quem vai inscrevê-la. Essa proposta precisa ter uma abordagem objetiva, ou seja, ela deve ser algo possível de colocar em prática. Sempre esperamos ver ideias claras e viáveis, capazes de impactar positivamente milhares de pessoas. Camila Achutti sugere que o tema seja pessoal e familiar. "Se concentre em uma experiência pessoal que o tenha levado a pensar na ideia. Esse é sempre um caminho mais seguro, pois existe um conhecimento próprio que legitima o direito de discutir a questão em questão", afirma Camila. Maria Eduarda de Carvalho, que levou o 1º lugar em 2023, criou a "Entre Pontos", uma plataforma para conectar jovens estudantes que compartilham trajetos e rotas parecidas a fim de reduzir a vulnerabilidade nas ruas e ampliar o acesso às instituições de ensino. A ideia surgiu da vivência pessoal de Maria Eduarda. Quando aluna do ensino médio, ela saía de casa muito cedo e se sentia vulnerável nas ruas Niterói, no Rio de Janeiro, onde mora. "Primeiro, me surgiu a ideia de desenvolver um aplicativo de caronas, mas já existe uma ideia parecida. Então decidi migrar do transporte privado, da carona, para o transporte público, que é onde estava minha dor", explica Maria Eduarda. Tenho uma ideia, quais os próximos passos? Os alunos interessados em se inscrever na iniciativa precisam responder, em até 2 mil caracteres, a seguinte pergunta: Partindo da sua experiência pessoal, qual solução você desenvolveria para melhorar a utilização da tecnologia na educação? Pergunta motivadora do Desafio LED 2024. Reprodução A proposta deve ter: Qual o problema a ser resolvido; Como ele atinge as pessoas e afeta o cenário educacional; Qual a proposta para resolver este problema. A proposta deverá ser inscrita no formulário oficial do desafio (https://bit.ly/DESAFIO-LED-2024). Quantas são as etapas e como é a seleção? O Desafio LED possui cinco etapas, desde a inscrição até a definição dos cinco grandes vencedores. A princípio, são escolhidos 80 participantes dentre as inscrições submetidas. Ao longo das etapas, o número de participante é reduzido até restar apenas os 10 finalistas. A cada etapa, os participantes participarão de mentorias e oficinas online que os ajudarão a descobrir e demarcar os demais objetivos e a aplicabilidade de sua ideia. Isso vai ajudar definir o formato do projeto para a apresentação final. Durante a apresentação final dos projetos no Festival LED, no Rio de Janeiro, os ganhadores descobrirão suas respectivas colocações e seus prêmios em dinheiro, que vão de R$ 30 mil a R$ 85 mil. Todas essas etapas são acompanhadas pelos sócios da Mastertech. Enquanto a avaliação das fases eliminatórias é liderada por Fabio Ribeiro, Camila Achutti é responsável pela liderança pedagógica do Desafio. Cronograma e detalhamento das etapas do Desafio LED 🙋🏾‍♀️ Quem pode participar? Estudantes com mais de 18 anos. É preciso morar no Brasil e estar com matrícula ativa no primeiro semestre de 2024. São válidas matrículas em cursos livres, técnicos, de graduação ou de extensão, nacionais ou internacionais, formais ou não formais, com grade curricular mínima de 100 horas/aula. 🏆 5 ideias serão premiadas com um valor total de R$ 300 mil: 1º e 2º lugar: R$ 85 mil cada; 3º: R$ 60 mil; 4º: R$ 40 mil; 5º: R$ 30 mil. 📑 Confira em detalhes as CINCO ETAPAS do Desafio LED + g1: Inscrição: de 1º de fevereiro a 31 de março. Nesta etapa, os candidatos preenchem o formulário de inscrição (https://bit.ly/DESAFIO-LED-2024) e respondem à pergunta “Partindo da sua experiência pessoal, qual solução você desenvolveria para melhorar a utilização da tecnologia na educação?”. Seleção das histórias: A princípio, são escolhidas 80 participantes para a primeira oficina de inovação. Após a oficina, os candidatos fazem uma nova submissão da ideia e os 40 melhores projetos avançam para a próxima etapa. Seleção dos projetos: é realizada uma nova oficina de inovação, com o objetivo de idealizar os protótipos dos 40 projetos. Após a oficina, os candidatos fazem uma nova submissão da ideia e os 20 melhores projetos avançam para a próxima etapa. Seleção dos protótipos: acontece a terceira oficina de inovação, com foco em storytelling, para os candidatos adequem a apresentação dos protótipos ao evento final. Após a oficina, os candidatos fazem uma nova submissão da ideia e os 10 melhores projetos avançam para a próxima etapa. Fase final: é feita uma mentoria individual para os 10 candidatos finais e uma apresentação para a banca, que seleciona os 5 finalistas. Os escolhidos participarão presencialmente do encerramento do Desafio LED no Rio de Janeiro, onde receberão as respectivas premiações. 📅 A seleção dos 80 participantes iniciais deve acontecer até 10 de abril, e as demais etapas ocorrem ao longo dos meses seguintes, até a seleção e divulgação dos finalistas em 8 de junho. A apresentação final do Desafio e a premiação individual acontece em 22 de junho, durante o Festival LED.
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28/02 - Camilo Santana diz ser 'fundamental' aprovação do Novo Ensino Médio no 1º semestre
Ministro da Educação defende aprovação de texto no Congresso da forma como foi enviado pelo governo. Relator propôs um número de aulas obrigatórias por ano baixo do que quer o MEC. O ministro da Educação, Camilo Santana, defendeu nesta quarta-feira (28) a aprovação do Novo Ensino Médio ainda no primeiro semestre para permitir a implantação das mudanças em 2025. O governo federal enviou em outubro de 2023 um projeto de lei para o Congresso para ajustar pontos do Novo Ensino Médio, aprovado durante o governo de Michel Temer (MDB). O relator, deputado Mendonça Filho (União-PE), apresentou seu relatório em dezembro de 2023, alterando pontos propostos pelo MEC, como a carga horária prevista para matérias obrigatórias, o que desagradou os governistas. “Espero que a gente possa ainda neste semestre, até porque para implementar as mudanças no Ensino Médio para 2025 precisam ser aprovadas neste semestre, porque precisa ter o tempo para que as redes se prepararem para mudanças. É fundamental a aprovação ainda neste semestre na Câmara e no Senado”, afirmou. Santana afirmou que espera que o texto enviado pelo governo seja considerado na íntegra, sem as alterações propostas pelo relator. Ele disse que vai se reunir com Mendonça para tentar chegar a um acordo. O ministro destacou que a proposta encaminhada ao Congresso “é um consenso das entidades” e foi trabalhada com o Conselho Nacional de Secretários de Educação, Ubes, Conselho Nacional de Educação, conselhos estaduais. “Eu espero que levem em consideração os cinco meses de discussão e 150 mil pessoas envolvidas, muito debate e muito aprofundamento. O desejo é que seja na integra o projeto”, afirmou. Governo anuncia Enem 2024 ainda sem adaptação ao novo Ensino Médio Relatório Entre outros pontos, o relatório de Mendonça alterou a distribuição da carga horária total, que é de 3.000 horas totais durante os três anos, com carga horária diária de 5 horas, do Novo Ensino Médio que constava da proposta enviada pelo governo. Pontos em negociação Como é hoje o Novo Ensino Médio: 1.800 horas de para disciplinas obrigatórias; e 1.200 horas para optativas (itinerários formativos escolhidos pelo aluno). Como o governo queria: 2.400 horas de para disciplinas obrigatórias; e 600 horas para optativas (itinerários formativos escolhidos pelo aluno). Como o relator propõe: 2.100 horas de para disciplinas obrigatórias; e 900 horas para optativas (itinerários formativos escolhidos pelo aluno). Previsão de votação O deputado Rafael Brito (MDB-AL), que assumiu nesta quarta-feira (28) a presidência da Frente Parlamentar Mista de Educação, disse que há um compromisso da Câmara com o Ministério da Educação de votar o texto até março. O deputado, no entanto, afirmou que ainda não se sabe qual será o texto que será votado. Segundo ele, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está na articulação para aprovar o texto no próximo mês. “O PR Arthur Lira está conversando sobre esse assunto. É um assunto caro ao governo, é um assunto caro ao MEC e eles estão conversando para ver onde pode ser felixibilizado”. O presidente da Frente Parlamentar também destacou que uma votação expressiva é fundamental para manter a validade da nova política de Ensino Médio por mais tempo. Um votação apertada poderia provocar uma nova reforma nos próximos anos disse Brito.
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26/02 - O que é ano bissexto? Por que teremos o dia 29 de fevereiro em 2024?
De quatro em quatro anos (salvo algumas exceções), o mês de fevereiro ganha um dia extra. Isso se deve ao tempo que a Terra leva para dar uma volta ao redor do Sol, que é de cerca de 365 dias e, veja só, 6 horas. Entenda por que existem os anos bissextos, como 2024 Aos 20 anos, Arthur Oliveira, de São Paulo, ouvia dos amigos que tinha, na verdade, 5 anos. 🤔 E não era pela aparência (nem por uma suposta infantilidade) — é que o jovem nasceu em 29 de fevereiro, data que só existe no calendário de quatro em quatro anos (salvo algumas exceções, que você entenderá mais abaixo). "Cresci a vida inteira comemorando no dia 28 mesmo", conta. Em 2024, a festa vai poder acontecer no dia certinho, já que é um ano bissexto (ou seja, teremos 29/02 na agenda)! Mas, afinal, por que o ditador Júlio Cesar, que governou Roma de 49 a 44 a.C., inventou de esticar esse mês de quando em quando? Veja abaixo. 🌍Por que existe o ano bissexto? O que define um ano, no nosso calendário civil, é o tempo que a Terra leva para dar uma volta inteira ao redor do Sol (movimento de translação). Só que esse processo, no calendário solar, não leva exatamente 365 dias — existe aí um arredondamento, para facilitar as contas. Na verdade, segundo os astrônomos, o nosso planeta demora cerca de 365 dias e 6 horas para completar a "rota". Se juntarmos essas 6 horas que "sobram" a cada ano, em 4 anos, teremos 24 horas extras (6 + 6 + 6 + 6 = 24). Ou seja: um dia a mais, fixado em 29 de fevereiro. 🌍Qual seria o problema de não existir o 29/02 nos anos bissextos? Pode parecer bobagem, mas não compensar, a cada quatro anos, essas "horas extras" bagunçaria até a nossa economia. "Aconteceria uma desconexão entre as datas do ano civil e as estações do ano", explica Rui Calares, coordenador do Cursinho da Poli (SP) e professor de geografia. "Isso atrapalharia a agricultura, por exemplo, e as datas de plantio e colheita." Dois fatores determinam se é primavera, verão, outono ou inverno em determinado hemisfério: o eixo de inclinação da Terra e a posição do planeta em relação ao Sol. Se as 6 horas "extras" de cada ano não fossem corrigidas, nosso calendário começaria a ficar atrasado em relação às quatro estações. "Ficaríamos defasados em relação à natureza. Depois de algum tempo, a primavera começaria só em dezembro no hemisfério sul, por exemplo", afirma Thiago Caraviello, professor de astronomia do Curso Etapa (SP). 🌍Como posso saber se um ano é bissexto ou não? A regra básica é: anos bissextos são divisíveis por 4 (ou seja, números que, quando divididos por 4, dão resultados inteiros, sem casas decimais). É o caso de 2024 -> 2024 ÷ 4 = 56 -> número inteiro. ❗Só que anos que terminam em "00" necessitam de mais atenção. Se acabar em 00 e for divisível por 400, é bissexto. Exemplo: 2000 (2000 ÷ 4 = 5 -> número inteiro). Se acabar em 00 e não for divisível por 400, NÃO é bissexto. É exceção! Exemplo: 1900 (1900 ÷ 4 = 4,75 -> não é número inteiro). ➡️Por quê? É que o tempo de translação da Terra não é de exatamente 365 dias e 6 horas. Na verdade, o planeta leva cerca de 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 48 segundos para dar a volta completa ao redor do Sol (diferença de 11 minutos e 12 segundos). E aí, com o tempo, esses 11 minutos e 12 segundos "emprestados" vão se acumulando e precisam ser descontados do calendário. Por isso que, quando o número termina em "00" e não é divisível por 400, o ano deixa de ser bissexto e fica com os usuais 28 dias em fevereiro. A última vez que isso aconteceu foi em 1900, e a próxima será em 2100. 🌍Quem inventou os anos bissextos? Conciliar o calendário lunar (que levava em conta as fases da Lua) com o solar já era uma missão antiga. "No Egito, por exemplo, os povos sabiam que, quando uma estrela 'X' aparecia no céu, o rio ficaria cheio e seria uma boa época para plantações. Só que isso acontecia, vamos supor, em 1º de setembro em um ano. Depois, caía em 2, 3 ou 4 de setembro. Eles perceberam que precisavam fazer, então, uma correção no calendário, para sincronizar os fenômenos astronômicos com a vida humana", explica o astrônomo Caraviello. Foi assim que, tempos depois, os anos bissextos foram incorporados pelo imperador Júlio César, que governou Roma de 49 a 44 a.C.. "O calendário juliano promoveu uma grande reforma. Criou o ano de 365 dias/12 meses e acrescentou um dia a cada 4 anos", diz Thomas Wisiak, professor de história do Curso Etapa. Nossa organização atual do tempo é baseada no calendário gregoriano, que substituiu o juliano em 1582, por iniciativa do papa Gregório XIII. A nova versão ficou mais precisa e corrigiu atrasos em relação às estações do ano. Foi aí que surgiu aquela regrinha da divisão por 400, que o g1 explicou mais acima. Vídeos
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26/02 - Jovem entra na Ufes com cota racial para Farmácia, mas matrícula para Medicina é negada; 'Sou a mesma pessoa'
Bruno Nascimento tem 25 anos e entrou na Ufes com o sistema de cota racial em 2018. Em 2024 passou para medicina mas teve a matrícula negada após passar novamente por banca julgadora que afirmou que ele não tem características que o identifiquem como pessoa negra. Bruno Nascimento, é estudante de farmácia e entrou pelo sistema de cotas em 2018 mas agora teve a matrícula negada para cursar medicina em 2024 Reprodução/Acervo pessoal Bruno Nascimento entrou em 2018 no curso de Farmácia na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) a partir do sistema de cotas raciais. O sonho do estudante era cursar medicina, e depois de três tentativas, conseguiu passar para a Ufes e quando foi se inscrever realizando o mesmo processo a partir do sistema de cotas, teve a matrícula negada. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Em 2018, Bruno entrou pelo sistema de cotas, baixa renda e PPI (pretos, pardos e indígenas). No edital de 2018 da Ufes, consta que existem três etapas para utilizar o sistema de cota racial: Entrega de fotografia acompanhada de autodeclaração impressa e assinada em algum dos campi. Análise da documentação enviada. Após análise, os candidatos que a banca julgar necessário serão convocados por meio de listagem para participar de uma entrevista. A entrevista é gravada e feita de forma individual com membros da comissão de verificação e o candidato assume a veracidade das declarações prestadas e sanções em caso de declaração falsa. O edital de 2018 também reforça que a avaliação feita pela Comissão levará em conta única e exclusivamente característica fenotípicas do candidato, jamais a ascendência. 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp O estudante começou a cursar o curso, mas seu sonho sempre foi fazer medicina. Então em 2021 ele voltou a estudar para tentar seguir com o desejo. E conseguiu ao passar no curso no Enem de 2023. Mas, Bruno se surpreendeu ao ver que passou pelo mesmo processo, realizou a entrevista mas negaram a matrícula. Em 2024, a própria universidade atestou que o estudante seguia na universidade em farmácia, como cotista (veja documento abaixo). Ufes atesta em 2024 que o estudante é cotista Reprodução/Acervo pessoal Bruno teve a matrícula negada esse ano após passar pela entrevista da banca racial. O edital da universidade em 2024 para a utilização de cotas seguia trazendo a Comissão de Verificação de autodeclaração à demanda social de cotas raciais e reforçou os mesmos quesitos, conforme documento abaixo. Edital da Ufes para aprovação de cota racial Reprodução Após a resposta, o estudante recorreu à Pró-Reitoria de Graduação da Ufes para resolver, e foi orientado a aguardar novas avaliações da universidade, sem prazo para a decisão e teve a resposta negada porque "não foram encontradas características que o identifiquem como pessoa negra". Depois disso, Bruno entrou com recurso para o presidente da comissão, e o conselho universitário. "Eu fiquei indignado com tudo isso. Eu meio que tinha ideia que poderiam ficar com dúvida esse ano, porque a banca até chegou a ter da outra vez. Mas concluíram que eu era apto. Eu sou a mesma pessoa", disse o estudante. Agora, Bruno precisa esperar a resposta do presidente da Comissão de Avaliação de Autodeclaração e do Conselho Universitário, sem data prevista. O que diz a Ufes Ufes negou matrícula de estudante e disse que "não foi encontrado características que o identifiquem como pessoa negra" Reprodução/Acervo pessoal A equipe da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Ufes disse que, enquanto o processo do Sisu 2024 estiver em andamento, não vai se manifestar sobre este ou qualquer outro caso específico do processo seletivo. No entanto, a Prograd informa que, desde a implementação do sistema de reserva de vagas, a Ufes, assim como as demais universidades, vem aperfeiçoando o trabalho de reserva de vagas. Se antes bastava a autodeclaração, agora existe um processo misto de heteroidentificação, em que a autodeclaração é validada ou não por uma comissão avaliadora. Atualmente, a avaliação étnica-racial para candidatos pretos e pardos é realizada de maneira presencial pela Comissão de Verificação de Autodeclaração, considerando única e exclusivamente o fenótipo negro (preto ou pardo): predominantemente a cor da pele, a textura do cabelo e os aspectos faciais que, combinados ou não, permitem validar ou invalidar a autodeclaração. Esse processo visa a coibir eventual destinação de vagas reservadas para quem não é alvo da política social, considerando possíveis fraudes, bem como declarações equivocadas devido a ausência de compreensão das questões raciais. VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo
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26/02 - Em seis anos, procura por cursos de licenciatura cai 74% em universidades públicas do Paraná
Levantamento exclusivo do g1 analisou número de inscritos em vestibulares para os cursos de Matemática e Letras de 2017 a 2023. Cai procura por cursos de licenciatura no PR O interesse em cursos de licenciatura caiu 74% nos últimos seis anos nas universidades públicas do Paraná. O dado considera a quantidade de candidatos inscrita nos vestibulares e no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) nos cursos de Matemática e Letras, de 2017 a 2023. A formação é obrigatória para quem quer dar aulas na Educação Básica. Em 2017, o número total de inscritos para os dois cursos nos processos seletivos analisados foi 13.574. Seis anos depois, em 2023, a quantidade despencou para 3.540. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram Docente com mais de 30 anos de atuação ouvida pelo g1 cita entre os motivos que têm afastado os jovens da carreira de professor estão os baixos salário e as condições de trabalho. Entenda mais abaixo. "A remuneração não atrai. Os jovens não enxergam como uma perspectiva de futuro", afirma Sandra Garcia que atua no Departamento de Educação da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O que os números mostram Levantamento exclusivo do g1 analisou dados das 11 universidades públicas do Paraná – federais e estaduais localizadas em todas as regiões do estado. São elas: Universidade Estadual de Londrina (UEL) Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) Universidade Estadual de Maringá (UEM) Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) Universidade Estadual do Paraná (Unespar) Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) Instituto Federal do Paraná (IFPR) Universidade Federal do Paraná (UFPR) Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) Evolução da procura por cursos de licenciatura no PR Matheus Cavalheiro/Arte RPC Se considerado apenas o curso de licenciatura em Matemática, a queda foi ainda maior, de 76%, passando de 5.980 candidatos em 2017 para 1.436 no ano passado. Veja a variação por universidade: No caso do curso de Letras, foram consideradas todas as habilitações que incluíam Português, como Português/Italiano ou Português/Alemão. A queda na área nos seis anos analisados foi de 72%, com o número de interessados caindo de 7.594 para 2.104. Veja a variação por universidade: LEIA TAMBÉM: Ciência: pesquisadores da UFPR descobrem besouro que podem ajudar a solucionar crimes Combate à dengue: idosa se recusa a descartar água parada e polícia é chamada Oportunidades: confira concursos com inscrições abertas no Paraná 'Entrei com 50 pessoas e hoje deve ter uns 15' Prestes a concluir Matemática na Universidade Estadual de Maringá (UEM), o estudante Vinícius Pinto da Fonseca conta que começou o curso com uma turma de cerca de 50 alunos. Logo no primeiro ano, ele viu a sala de aula ficar cada vez mais vazia. Veja o relato abaixo. Estudante da UEM fala da queda de inscritos no curso de matemática "Dos 50 que entraram, hoje têm uns 15, no máximo. E nem todos vão se formar agora. Acho que muita gente desistiu pela falsa ilusão do que vai estudar em Matemática. Quando chega no curso, você encontra matérias que não encontra no ensino básico. O baque é muito grande. Quem não está preparado ou não almejava isso para o futuro, desiste ali mesmo." Essa foi a realidade também enfrentada por Natália Beraldo, que está na segunda licenciatura. Ela se formou em Ciências Sociais e está no primeiro ano de Letras/Português na Universidade Estadual de Londrina (UEL). Licenciatura é obrigatória para quem quer dar aulas na Educação Básica Lucar Fermin/Seed-PR Inspirada pela mãe professora e por professores durante o Ensino Médio, Natália começou a faculdade em 2018 com aproximadamente outros 50 alunos. Entre o início e fim do curso, a turma foi reduzida pela metade. "Cerca de 20 pessoas se formaram comigo. Como a Sociologia não é mais uma matéria obrigatória, o desinteresse aumentou muito. Além disso, acredito que a procura vem diminuindo pela desvalorização salarial do professor. Quando há oportunidade, como um concurso público, o recém-formado disputa a vaga com quem tem especialização, mestrado, doutorado. É muito difícil", lamenta. Risco de 'apagão' de professores Professora há 34 anos do Departamento de Educação e atual coordenadora do vestibular da UEL, Sandra Garcia elenca alguns motivos que podem explicar o afastamento do jovem da carreira de professor. "Primeiro, a carreira não é atrativa. Os países que fizeram essa mudança viram o número de interessados crescer. A imagem do professor tem sido muito desgastada, principalmente nos últimos anos. A remuneração não atrai. Os jovens não enxergam como uma perspectiva de futuro. As condições de trabalho, ainda mais no setor público, não são boas. E, além disso, tem a formação, que hoje está focada na educação à distância." Coordenadora de Processos Seletivos da UEL fala sobre pouca adesão nas licenciaturas Com o desinteresse cada vez mais elevado, Sandra teme que a falta de professores no mercado de trabalho vire realidade. "A gente pode correr o risco de um 'apagão' de professores. Isso vem se construindo há algum tempo, principalmente em algumas disciplinas. Hoje criam plataformas e conteúdos que não são base da formação do professor, quando, na verdade, isso representa uma desvalorização do profissional", avalia. Buscando alternativas Para a analista de políticas educacionais do Todos pela Educação – organização sem fins lucrativos dedicada à garantir a qualidade da educação básica –, Natália Fregonesi, a queda de inscrições em vestibulares para cursos de licenciatura nas universidades públicas no Paraná reflete uma realidade nacional. No entanto, ela acredita que a baixa procura não significa, necessariamente, que menos professores estão se formando. "Por outro lado, as matrículas em licenciatura têm aumentado em instituições na modalidade a distância (EAD). Geralmente são cursos mais flexíveis e com preços mais atrativos. Essa é a principal estratégia de formação de professores, o que é um absurdo. Esses cursos exigem a presencialidade por conta da prática que eles precisam ter", alerta. Especialista diz que procura por cursos de licenciatura aumentou na modalidade EAD Na opinião da especialista, o governo federal deve frear a expansão da modalidade a distância registrada nos últimos anos, ao mesmo tempo em que capacite o professor que está se formando nessas condições. Apesar do cenário desafiador, quem decidiu pela carreira de professor conta como foi inspirado a seguir este caminho. "Eu acho que a profissão de professor é muito nobre. Minha mãe é professora e sempre gostei da minha relação com meus professores. Sempre admirei todos. Isso me incentivou a escolher a licenciatura", conclui Vinícius Fonseca. *Esta reportagem contou com a colaboração de Maria Pohler, estagiária do g1. Mais assistidos do g1 PR Leia mais em g1 Norte e Noroeste.
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24/02 - Trend do palavrão: você gravaria seu filho falando p*#&@, m&*#@ e postaria no TikTok? Entenda os riscos
Divulgação de conteúdos com crianças nas redes sociais pode afetar saúde mental, além dar margem para riscos à segurança dos pequenos. Trend do palavrão viralizou nas redes sociais. Reprodução/Internet Uma nova trend que envolve pais e filhos ganhou destaque nas redes sociais em fevereiro. Nos vídeos, os responsáveis propõem um desafio, que funciona assim: Primeiro, levam a criança para um banheiro, quarto, sala, algum cômodo específico da casa. Neste ambiente, explicam para a criança que, enquanto estiver ali, sozinha, e por um determinado tempo, ela pode xingar e falar os palavrões que conhece. Depois, com um celular gravando, os adultos saem de cena e a criança pode começar a fazer o que foi proposto. Os vídeos deste desafio foram amplamente publicados em redes sociais como TikTok e Instagram, e circularam também pelas demais plataformas. Pelas filmagens, é possível perceber que algumas crianças ficam confusas e parecem não conhecer palavrões para falar naquela ocasião. Outras se mostram bem munidas de xingamentos e aproveitam a oportunidade de reproduzir os termos. Enquanto muitos internautas deram boas risadas com as gravações e os pais não viram problemas na exposição do conteúdo, especialistas ouvidas pelo g1 destacam alguns sinais de alerta diante da proliferação de conteúdos como estes na internet. Criança pode falar palavrão? Segundo psicólogas ouvidas pela reportagem, o palavrão é uma forma de expressão usada pelas pessoas como forma de extravasar algum sentimento ou sensação de angústia, frustração, raiva ou até medo. Mas, quando se trata das crianças, essas palavras são ditas, na maioria das vezes, como reprodução de algo que ouviram adultos falando, sem significado atrelado. “Fala palavrão a criança que vê o pai, a mãe ou algum adulto de referência falando. Se os pais não falam palavrão, dificilmente a criança vai falar”, explica Renata Bento, psicóloga especialista em família. Para Carla Maia, especialista em desenvolvimento emocional e saúde mental de mulheres, crianças e adolescentes, a criança pode ser ensinada sobre palavrão, especialmente para entender os sentimentos relacionados e o contexto no qual as palavras são usadas. “O palavrão é uma expressão muito mais da ordem privada. Eu sempre oriento [os pais] a ensinarem para os filhos que o palavrão é como um pum, que não pode soltar em qualquer lugar”, explica. LEIA TAMBÉM: Faltar com a verdade é algo que se aprende em casa; saiba por que crianças mentem e o que fazer Dualidade das orientações Apesar disso, as especialistas entendem que há problemas evidentes na proposta do desafio que circula nas redes sociais. Um primeiro ponto de atenção é a confusão que pode acontecer na mente da criança diante da permissão de falar palavrões. “Muitos pais ensinam os filhos a não xingar ou falar o que consideram palavras feias, e aí, do nada, não só permitem que a criança fale, como expõem para outras pessoas”, lembra Renata Bento. Isso, segundo a especialista, pode levar a criança a fazer sérios questionamentos sobre as orientações que recebem dos pais, além de deixá-las sem saber quando o não é, de fato, não. Espaço de confiança Outro aspecto preocupante, segundo a especialista em família, diz respeito ao falso espaço de confiança que é criado neste cenário. Apesar da presença do celular, a criança entende que está sozinha e que o que fizer ali, ficará ali, porque é isso que a explicação do adulto presente dá a entender. Quando o responsável filma aquele momento e compartilha na internet, quebra o espaço seguro que afirmou ter criado para a criança. O problema pode acontecer quando a criança se der conta de que sua reação diante do pedido do adulto não foi mantida privada. “Se essa criança vê alguém reagindo àquela gravação, pode entender que fez algo vexatório, vergonhoso, quando, na verdade, só fez o que o adulto responsável naquela situação pediu. Ela dificilmente vai entender por que algumas pessoas acham aquilo engraçado", completa Renata. Isso, por si só, pode deixar marcas na psique da criança, como: dificuldade de confiar; dificuldade de ser leal ou entender lealdade; medo de traição; medo de exposição; timidez; e repressão emocional. “[As crianças] merecem respeito, segurança, cuidado e proteção, coisas que são desconsideradas em situações como essa. Este tipo de exposição não traz benefício nenhum para a criança”, defende Carla Maia. Lavar a louça e arrumar a cama: quando a criança deve começar a ajudar nas tarefas de casa
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22/02 - SP tem 57% de professores não concursados na rede estadual de ensino, aponta Censo Escolar 2023
Levantamento anual traz dados sobre as escolas, os professores, os gestores e os alunos das redes pública e privada do Brasil. Secretaria Estadual de Educação diz que desde o período de coleta das informações, docentes concursados se tornaram maioria no estado. Alunos de escola estadual de SP Kalel Rodrigues de Souza/Arquivo pessoal A rede estadual de ensino de São Paulo é composta, em sua maioria, por professores temporários, não concursados. De acordo com o Censo Escolar 2023, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) nesta quinta-feira (22), eles representam 57,1% dos docentes do estado. Em comparação, a categoria representa 81% dos professores de Minas Gerais. Já no Rio de Janeiro, estado com maior percentual de docentes concursados no país, os temporários são cerca de 5%. O Censo é um levantamento anual realizado pelo Inep, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Ele traz dados sobre as escolas, os professores, os gestores e os alunos das redes pública e privada do Brasil. Em 2023, os dados foram coletados entre os meses de maio e julho. Segundo a Secretaria Estadual da Educação (Seduc), desde o período de coleta das informações, o quadro sofreu uma alteração e os professores concursados passaram a representar 52% do total da rede, enquanto o número de temporários caiu para 48%. Concursados em fev/24: 164 mil professores Temporários em fev/24: 149 mil professores Ainda de acordo com a Seduc, 15 mil professores concursados serão contratados no segundo semestre de 2024, visando tornar a categoria 60% dos docentes do estado. Outros dados do Censo O levantamento apresentado nesta quinta mostrou ainda que 500 mil alunos deixaram o ensino público em 2023. Enquanto isso, a rede pública ganhou 423 mil estudantes. Para o ministro da Educação, Camilo Santana, a situação pode estar relacionada à retomada econômica do país após os períodos mais severos da pandemia. São Paulo também foi apontado como um dos estados com menos taxa de distorção idade-série, com 5,9%. Ou seja, 94,1% dos estudantes estão na série adequada para suas faixas etárias ou então com atraso de menos de dois anos.
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22/02 - Quase 9 milhões de brasileiros de 18 a 29 anos não concluíram a escola, apontam dados divulgados pelo MEC
Dados referentes a 2023 foram apresentados nesta quarta-feira (22). Ministro Camilo Santana e o presidente do Inep, Manuel Palacios, em apresentação dos dados do Censo Escolar 2023 Ana Clara Alves/g1 O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta quarta-feira (22) os dados mais recentes sobre o ensino básico no país. O panorama dos desafios para esta etapa da formação dos estudantes brasileiros foi desenhado pelo "Censo Escolar da Educação Básica 2023" e contou ainda com dados da "Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2016-2023 (PNAD)", realizada pelo IBGE. Os dados mostram que 8,8 milhões de brasileiros de 18 a 29 anos não terminaram o ensino médio e não frequentam nenhuma instituição de educação básica, segundo informações coletas pela PNAD Contínua. Considerando todas as faixas etárias, são 68.036.330 cidadãos sem a escolarização básica no país. Segundo resultados do Censo Escolar, os seguintes fatores sinalizam um alerta para que brasileiros continuem fora da escola: ✏️Na EJA, o número de adultos matriculados caiu 7% de 2022 a 2023. ✏️O ensino médio é "campeão" de evasão escolar, afirma o ministro da Educação, Camilo Santana. De acordo com o Censo, de 2020 a 2021, 7% dos alunos do 1º ano desistiram dos estudos e 4,1% foram reprovados. ✏️Segundo os especialistas, a reprovação é um dos fatores que levam o aluno a abandonar a educação básica. Em 2022, após o fim das políticas de aprovação automática adotadas por estados na pandemia, os índices de retenção voltaram a crescer. Nos anos finais do ensino fundamental (5º ao 9º ano), 7,9% dos estudantes foram reprovados, e no ensino médio, 13,4%. ✏️Em 2023, no 6º ano do ensino fundamental, 15,8% dos estudantes não tinham a idade adequada (porque foram reprovados, por exemplo, ou porque abandonaram o colégio em algum período). Esse é mais um fator que pode aumentar o risco de, futuramente, o jovem interromper os estudos. "Não queremos deixar ninguém para trás. Queremos reverter a tendência de o jovem precisar ir para a EJA lá na frente", diz Santana. Ele reforçou que esse é o objetivo do Programa Pé-de-Meia, que dará um incentivo financeiro para os alunos de baixa renda que estiverem matriculados no colégio. Para Ivan Gontijo, gerente de políticas educacionais da ONG Todos Pela Educação, a necessidade de ingressar no mercado de trabalho, a estrutura defasada do "antigo" ensino médio e as lacunas de aprendizagem são outros fatores que levam o jovem a sair precocemente da escola. "A discussão de por que abandonaram os estudos tem muita a ver com a experiência que tiveram no colégio. As taxas de evasão são maiores no 1º ano, exatamente quando o aluno começa outro ciclo e encontra mais disciplinas, mais professores e um currículo muito grande", afirma Gontijo. "O novo ensino médio [já em vigor] tem muitos problemas e precisa ser 'reformado', mas é importante que essa flexibilidade curricular seja mantida." Por outro lado, há números que apresentam uma perspectiva de redução na evasão escolar: 🧑‍🏫A educação em tempo integral, uma das apostas do governo Lula para diminuir os índices de desistência, registrou um aumento no percentual de matrículas no ensino médio: de 20,4% para 21,9% na rede pública e de 9,1% para 11% na rede privada. Na média geral, 1 a cada 5 alunos brasileiros do ensino médio estuda em tempo integral. "Todos os estudos e evidências já mostraram que uma escola de tempo integral que amplie o projeto de vida do aluno -- que tenha apoio psicológico e na área esportiva -- é uma escola que diminui abandono e evasão", afirma o ministro. 🧑‍🏫O ensino técnico, seja nos colégios ou após a formação da educação básica, cresceu significativamente: em um ano, as matrículas saltaram 12% e chegaram a 2.413.825. É mais uma tentativa de atrair o jovem para os estudos. 🧑‍🏫Considerando apenas o ensino técnico integrado ao ensino médio (ou seja, oferecido pela escola), há 782.129 alunos matriculados. Camilo Santana anunciou também que pretende promover um programa que una a EJA e o ensino técnico: adultos e idosos poderão retomar os estudos com uma modalidade escolar que seja profissionalizante. Para Gontijo, do Todos Pela Educação, outra iniciativa importante seria pagar quantias maiores no Pé-de-Meia para os alunos de tempo integral. "Muita gente de baixa renda acaba não se matriculando nessas escolas, porque precisa trabalhar. Na periferia, as vagas nos colégios integrais ficam mais ociosas. Seria interessante dar valores maiores para esses alunos", afirma. Veja mais destaques abaixo: Creches retomaram crescimento, mas meta segue distante Uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE) era atingir o índice de, no mínimo, 50% das crianças de 0 a 3 anos matriculadas em creches em 2024. A etapa, apesar de não ser obrigatória, traz benefícios para o desenvolvimento infantil e oferece a oportunidade de as mães voltarem ao mercado de trabalho após a gestação. Segundo os números do Censo, o Brasil ainda está distante do objetivo, apesar de registrar uma melhora: em 2022, 36% dos alunos dessa faixa etária estavam na escola; em 2023, o patamar saltou para cerca de 41%. "Foi a etapa que mais sofreu na pandemia", afirma Carlos Moreno, diretor de estatísticas educacionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). "Agora, voltamos a crescer, e de forma bastante expressiva. Ultrapassamos os 4,1 milhões de alunos na creche." Mariana Luz, CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, explica que a creche é um direito da criança previsto na Constituição de 1988. O ideal seria, portanto, prever não só a meta dos 50%, e sim uma realidade em que toda família que queira matricular o aluno encontre uma vaga. "Cada município tem um contexto diferente. Nos grandes centros urbanos, provavelmente [o índice de] 50% das crianças na creche não seria suficiente, pois a demanda é muito maior do que isso", diz a especialista. ➡️A estrutura das escolas de educação infantil (creches e pré-escolas) também necessita de investimentos, mostra o Censo: menos da metade (41,8%) tem materiais para atividades artísticas; 57,7% oferecem banheiros adequados para as crianças; apenas 6,7% têm quadra de esportes. "Como garantir a qualidade da educação e o consequente desenvolvimento infantil se há falhas em ambientes básicos, como banheiros, quadras e materiais adequados? Não basta expandir, é preciso qualificar", afirma Luz. Distorção idade-série: quantos alunos estão na etapa correta? Como dito no início da reportagem, em 2023, no 6º ano do ensino fundamental, 15,8% dos estudantes não tinham a idade adequada (porque foram reprovados, por exemplo, ou porque abandonaram o colégio em algum período). O maior percentual da distorção idade-série foi identificado entre alunos do 6º ano da educação indígena: 39,1%. Em seguida, estão a educação especial (36,4%) e a quilombola (28,4%). A menor taxa de inadequação estava entre os estudantes brancos (9,6%). Entre os estados, Amapá (32,4%), Pará (31,7%) e Rio Grande do Norte (29,6%) apresentaram os maiores índices de distorção. Já aqueles com as menores taxas foram São Paulo (5,9%), Ceará (7,4%) e Mato Grosso (8,3%). Escolas públicas perderam 500 mil alunos em um ano, enquanto rede privada cresceu Em relação a 2022, houve uma ampliação de 4,7% das matrículas em escolas privadas (cerca de 423 mil novos alunos). Já a rede pública encolheu: houve uma redução de mais de 500 mil alunos nesse período. Provavelmente, segundo Gontijo, o que aconteceu foi o seguinte: esses estudantes que entraram nas escolas particulares em 2023 tinham migrado para as públicas em 2020-2021, durante a crise financeira na pandemia de Covid-19. Agora, os familiares voltaram a poder pagar as mensalidades. Para Anna Helena Altenfelder, presidente do Conselho de Administração do Cenpec (ONG que atua com projetos focados na educação pública), a retomada do crescimento da rede privada de educação só reforça a importância da educação pública de qualidade. “A escola pública tem qualidade, o grande desafio é fazer com que essa qualidade seja igual para todo mundo.” Veja os dados abaixo: Vídeos
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22/02 - VÍDEO: Alunos suecos usam livros impressos pela primeira vez na sala de aula
Após anos com a educação 100% digital, a Suécia vem redescobrindo a importância dos livros físicos. Crianças suecas estão vendo livro pela primeira vez na sala de aula O ensino digital tem predominado nas escolas da Suécia. No entanto, está havendo atualmente um redescobrimento da importância dos livros físicos. 👉 Essa iniciativa foi promovida pelo governo sueco, que demonstra preocupação com as implicações da ampla digitalização e o impacto da exposição precoce das crianças às telas. No vídeo acima, as crianças suecas estão vendo um livro pela primeira vez na sala de aula. "Hoje vocês estão recebendo, pela primeira vez, um livro de matemática de verdade. Emocionante, não é?", diz uma professora para os alunos. O ensino digital é a norma em escolas suecas há anos. Mas, agora, elas têm reconsiderado o uso dos livros impressos. Os alunos leem mais devagar, possuem um vocabulário menor e também compreendem menos o que leem. Atribuímos isso à dependência excessiva de métodos digitais. Os livros parecem ser bem recebidos também pelos alunos. "Há mais explicações. Não tínhamos isso no laptop", afirma a aluna Ines. "A vantagem é que um livro não desliga como um computador", conta o aluno Mio. Essa ideia foi introduzida pelo governo sueco. O país está preocupado com as consequências da digitalização extensiva e também com a exposição precoce às telas. "O futuro é digital. Temos que ensinar às crianças sobre este mundo e orientá-las no caminho certo. Se eu pudesse escolher novamente, escolheria uma combinação", completa a professora Jeanette. Material didático digital x livros físicos: 5 pontos para serem considerados
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21/02 - Unesp 2024: lista de aprovados em quinta chamada é divulgada; veja como consultar
Aprovados devem fazer a matrícula virtual até as 16h desta quinta (22). Nomes dos convocados para as vagas olímpicas também serão divulgados. Campus da Unesp em Rosana (SP) Reprodução/Unesp A Universidade Estadual Paulista (Unesp) divulgou nesta quarta-feira (21), a quinta lista de aprovados no Vestibular 2024. Na região, a instituição pública soma 1.257 vagas para novos estudantes, em Araraquara, Rio Claro e São João da Boa Vista (SP). CONSULTE AQUI A 5ª CHAMADA DE APROVADOS DA UNESP 2024 A lista dos aprovados em 5ª chamada pelas vagas olímpicas também foi divulgada. Consulte aqui. Os candidatos aprovados precisam fazer a matrícula virtual para garantir a vaga pelo site da Vunesp ou diretamente pelo Sistema de Graduação da Unesp (Sisgrad). O sistema ficará disponível a partir das 16h desta quarta (21) até as 18h da quinta-feira (22). Nesta etapa, os estudantes devem preencher um formulário on-line e enviar os documentos solicitados para matrícula. Vagas oferecidas pela Unesp Campus Unesp de Bauru Paola Patriarca/ g1 A Unesp tem outros campi além dos da região. Os cursos também são oferecidos em Araçatuba, Assis, Bauru, Botucatu, Dracena, Franca, Guaratinguetá, Ilha Solteira, Itapeva, Jaboticabal, Marília, Ourinhos, Presidente Prudente, Registro, Rosana, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, São Vicente, Sorocaba e Tupã. Ao todo, a instituição oferta de 6.596 vagas em 24 cidades. O Sistema de Reserva de Vagas para Educação Básica Pública (SRVEBP) destina 50% das vagas de cada curso de graduação da Unesp para alunos que tenham feito todo o Ensino Médio em escola pública, sendo que 35% das vagas desse sistema são destinadas aos candidatos que se autodeclararem pretos, pardos ou indígenas. A somatória inclui 934 vagas do Provão Paulista destinadas exclusivamente para alunos do ensino público. Este sistema tem garantido maioria de ingressantes vindos de escolas públicas desde o Vestibular Unesp 2017. Campus da Unesp de Araraquara Rodrigo Sargaço/EPTV Outra forma de ingresso na Unesp é o preenchimento de eventuais vagas remanescentes do Vestibular 2024 para todos os candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 ou 2023, sem necessidade de o candidato estar inscrito no Vestibular Unesp. O período para estes candidatos declararem interesse e participarem das chamadas seguintes para matrícula vai de 29 de fevereiro a 5 de março, após a apuração da sétima chamada do Vestibular Unesp. O cadastramento será feito gratuitamente pelo site da Vunesp. 📅 Próximas chamadas da Unesp 6ª chamada: 23 de fevereiro - Matrícula Virtual – das 16h do dia 23/2 até às 18h de 26/2 7ª chamada: 27 de fevereiro - Matrícula Virtual – das 16h do dia 27/2 até às 18h de 28/2 8ª chamada: 29 de fevereiro - Matrícula Virtual – das 16h do dia 29/2 até às 18h de 5/3 9ª chamada: 6 de março - Matrícula Virtual – das 16h do dia 6/3 até às 18h de 8/3 10ª chamada: 11 de março - Matrícula Virtual – das 16h do dia 11/3 até às 18h de 12/3 REVEJA VÍDEOS DA EPTV: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara
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21/02 - UFSCar 2024: segunda chamada de convocados para manifestar interesse por vaga é divulgada; veja
Candidato terá que fazer a manifestação virtual de interesse por vaga. Depois será necessário fazer o requerimento virtual de matrícula; veja todas as datas. Campus da UFSCar em São Carlos 2020 Gabrielle Chagas/G1 A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) divulga, nesta quarta-feira (21), a segunda chamada para manifestação de interesse por vaga nos cursos de gradução em 2024. VEJA AQUI A LISTA DE CONVOCADOS PARA MANIFESTAR INTERESSE POR VAGA As pessoas convocadas devem fazer a manifestação virtual de interesse por vaga. A lista também está disponível nas páginas www.ufscar.br e www.ingresso.ufscar.br 📲 Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp São convocados apenas quem está na lista de espera divulgada na segunda-feira (19). A universidade ainda terá a 3ª chamada (8 de março) e a 4ª chamada (26 de março). (Correção: ao publicar esta reportagem, o g1 errou ao afirmar que a 2ª chamada é de aprovados. O correto é 2ª chamada de convocados para manifestação de interesse por vaga. A convocação para a manifestação de interesse tem uma quantidade maior de pessoas do que de vagas disponíveis. O texto foi corrigido às 14h36 do dia 21/2/2024). LEIA TAMBÉM: Unesp 2024: quarta chamada de aprovados é divulgada; saiba como consultar A UFSCar oferta anualmente 2,9 mil vagas para ingresso em 66 opções de curso de graduação presenciais, divididas em quatro campi - São Carlos, Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino. UFSCar 2024: lista de espera é divulgada; consulte Veja o edital completo para ingresso na UFSCar em 2024 Manifestação de interesse pela vaga e matrícula UFSCar em Araras UFSCar/Divulgação Se o nome do candidato estiver na lista de 2ª chamada, ele terá de 23 a 25 de fevereiro para fazer a manifestação virtual de interesse por vaga. O procedimento deve ser feito no endereço eletrônico: https://sistemas.ufscar.br/siga/candidato/login.xhtml Depois, de 28 a 29 de fevereiro, o estudante aprovado deverá fazer o requerimento virtual de matrícula no endereço: https://sistemas.ufscar.br/siga/candidato/login.xhtml Convocação para manifestação de interesse por vaga garante a existência da vaga? Não, porque a UFSCar convoca para a manifestação de interesse uma quantidade maior de pessoas do que de vagas disponíveis naquele momento, com base nos índices de comparecimento para requerimento de matrícula em anos anteriores. Assim, é elaborada uma lista de interessados em permanecer no processo seletivo, agilizando as novas convocações. Após o término do prazo para manifestar o interesse, e a partir dessa lista de interessados, a UFSCar convoca para o requerimento da matrícula as pessoas candidatas com melhor classificação por nota final do processo seletivo e por modalidade de concorrência, até o limite das vagas disponíveis. Se você for convocado para requerer a matrícula, existe a vaga disponível. A próxima etapa, então, é comprovar que você cumpre os requisitos da sua modalidade de ingresso, sendo necessário o envio da documentação para comprovar a situação, dentro do prazo estipulado. Lista de espera ❓ É a partir dessa Lista de Espera atualizada que a UFSCar vai fazer as próximas chamadas? Sim. A UFSCar convocará nas chamadas seguintes apenas pessoas cujos nomes constem nesta lista. ❓ Continua valendo a reserva de vagas da Lei nº 12.711/2012 (alterada pela Lei nº 13.409/2016 e pela Lei nº 14.723/2023)? Nessas convocações, continuarão sendo observados se os percentuais mínimos destinados à reserva de vagas estabelecida pela Lei nº 12.711/2012 (alterada pela Lei nº 13.409/2016 e pela Lei nº 14.723/2023) foram completados. ❓ Depois de ter visto meu nome da Lista de Espera, o que tenho que fazer? Após conferir seu nome na lista de espera atualizada, você só tem que aguardar a divulgação da lista das pessoas convocadas para a manifestação virtual de interesse nas chamadas seguintes (2ª, 3ª e 4ª) de acordo com os calendários de chamadas. ❓ Como funciona a reserva de vagas da Lei nº 12.711/2012 (alterada pela Lei nº 13.409/2016 e pela Lei nº 14.723/2023) em cada chamada da UFSCar? No processamento de cada uma das chamadas, são observados, para cada curso, se o percentual mínimo para cada uma das “modalidades de reserva de vagas” já foi completado (Grupos 1B, 2B, 3B, 4B, 1I, 2I, 3I, 4I). Caso não tenham sido, são convocadas as pessoas mais bem classificadas que tenham optado pelo ingresso por reserva de vagas em cada modalidade, até que se completem os respectivos percentuais. Em seguida, as demais vagas são preenchidas pelas próximas pessoas, ordenadas sequencialmente por nota final no curso, de acordo com o que determina o edital. Não existe reserva de vagas para o GRUPO 5, ou seja, essas vagas são de Ampla Concorrência. ❓ Se depois da última chamada ainda houver vagas não preenchidas a UFSCar fará outras convocações? Segundo a UFSCar, as chamadas estabelecidas no calendário normalmente já são suficientes para o preenchimento das vagas ofertadas, mesmo para repor as vagas que surgem por cancelamento de matrícula. Os processos de Transferências Interna e Externa da UFSCar são utilizados para preencher vagas que surgem após a última chamada. ❓ Como acontecerão as chamadas seguintes? As próximas chamadas serão feitas totalmente por meio de formulário eletrônico conforme as informações contidas tanto no Edital ProGrad nº 020, de 8 de janeiro de 2024, quanto na página de orientações específicas para as matrículas. 3ª chamada: 8 de março 4ª chamada: 26 de março 4ª chamada suplentes: 3 de abril REVEJA VÍDEOS DA EPTV: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara.
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21/02 - Garoto de 14 anos viraliza no TikTok resolvendo questões de exatas do ITA, vestibular mais difícil do país
Gustavo Viana, da Paraíba, consegue simplificar questões de matemática avançada ao explicar os conteúdos para os seguidores. 'Reencarnação de Pitágoras', brincam os fãs. Menino de 14 anos que resolve questões do ITA dá ‘aula’ para leitores do g1 Qual é a fórmula do sucesso para um adolescente viralizar no TikTok? Dancinhas dos hits do momento? Esquetes de humor? Para Gustavo Viana, de 14 anos, é algo como V = λ. f ou E = d.V.g. Em um quartinho improvisado em Araçagi, município com 17 mil habitantes no interior da Paraíba, o menino grava vídeos com resoluções de problemas de exatas. Monta a lousa branca, prepara a câmera do celular e pronto, mostra como responder a uma pergunta do vestibular mais difícil do país, o do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). "Você entraria em desespero vendo essa questão? Mas é facinho, 'vapo'! Vou te mostrar, fica até o final", diz Gustavo, no início de um vídeo que já passou de 3,5 milhões de visualizações (assista mais abaixo). E é assim, com gírias entre uma expressão algébrica e outra, que as "Dicas do Guga" viralizaram nas redes sociais no início de fevereiro. Os seguidores ficam impressionados com a habilidade que o jovem tem de simplificar amontoados de números e incógnitas. "O que me trouxe notoriedade foi a minha didática. Eu escolho a questão, vou interagindo com o telespectador e ensinando as pessoas com dificuldade em matemática", conta Gustavo. 👏Nos comentários dos posts, não faltam fãs: os que agradecem aos céus pela existência de Gustavo ("você é um divo, obrigada!!"), os que choram por não terem conhecido o menino antes ("se esse garoto tivesse sido meu professor, eu estaria na Nasa hoje!") e os que ficam chocados de ver um adolescente de 14 anos resolvendo logaritmos ("esse menino nasceu ensinando log para o médico"; "reencarnação de Pitágoras"). A inspiração de Guga é sua mãe, que faleceu em 2022 — ela também postava vídeos com dicas de estudo, só que na área de língua portuguesa. "Foi quem me estimulou. Aprendi a ver a educação como uma arma poderosa para o meu futuro", conta o menino, que atualmente mora com a avó. Aos 14 anos, paraibano viraliza ao corrigir questão do vestibular mais difícil do país 🤔Mas como um adolescente de 14 anos sabe conteúdos avançados de exatas? Gustavo, de 14 anos, usa uma lousa branca na dispensa de casa para ajudar pessoas com dificuldade em matemática Arquivo pessoal Aluno do 1º ano do ensino médio da rede privada, Gustavo conta que sempre teve facilidade na escola: tirou nota 10 de média em todas as disciplinas no último boletim; foi medalhista da Olimpíada Brasileira de Astronomia em 2023; e é monitor de estudos dos colegas da turma em matemática, ciências, história, inglês e geografia. Aos poucos, ele foi se interessando por conteúdos mais avançados de exatas, ensinados apenas na universidade. "Passei a estudar por fora, porque quero seguir o caminho da engenharia, e as matérias que ensinam na escola não caem nos concursos em que quero passar. No colégio, é como se fosse sempre o básico do básico", diz. Ele, então, vê videoaulas e resoluções de questões mais difíceis na internet, para entender o conteúdo e conseguir explicá-lo aos seguidores de maneira simplificada. "Meu hobby é estudar. Quando estou focado, estudo sem pausas das 6h às 11h e fico pensando em como vou abordar os temas no meu canal", diz. "Olho para a prova do ITA e penso: não é impossível para mim. É complexo, não vou mentir, mas, se eu tiver bons professores e bons materiais, vai dar certo de estudar engenharia lá." 🎡Enquanto o vestibular não chega, Guga brinca de construir miniaturas de parques. A partir de materiais recicláveis, como palito de picolé e fios descartados, ele monta projetos e faz maquetes funcionais. E não pense que são simples, viu? Elas têm até barco viking motorizado (veja abaixo). Além de postar as ‘Dicas do Guga’, menino de 14 anos também constrói maquetes "É um trabalho árduo, porque produzo toda a estrutura. Algumas [miniaturas] levam um mês para ficarem prontas", diz. "Vou me aprimorar, porque quero seguir nessa área de projeção e de mecânica. Estudando no ITA, vejo a chance de produzir foguetes no futuro." Vídeos
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19/02 - UFSCar 2024: lista de espera é divulgada; consulte
No documento, já foram excluídos os nomes dos candidatos que foram convocados e não acessaram o sistema SiGA durante o procedimento virtual de matrícula na primeira chamada. Campus da UFSCar em São Carlos 2020 Gabrielle Chagas/G1 A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) divulgou, nesta segunda-feira (19), a lista de espera dos candidatos que buscam uma vaga na instituição em 2024. CONSULTE AQUI A LISTA DE ESPERA DA UFSCAR 2024 De acordo com a universidade, a lista contém a relação das pessoas que confirmaram o interesse na vaga até o dia 7 de fevereiro, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A lista também está no site da UFSCar. (veja abaixo as dúvidas sobre a lista). 📲 Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp No documento, já foram excluídos os nomes dos candidatos que foram convocados e não acessaram o sistema Sistema Integrado de Gestão Acadêmica (SiGA) durante o procedimento virtual de matrícula na primeira chamada. LEIA TAMBÉM: Unesp 2024: quarta chamada de aprovados é divulgada; saiba como consultar A lista de espera está organizada nos termos do edital por ordem de nota final no curso. A UFSCar oferta anualmente 2,9 mil vagas para ingresso em 66 opções de curso de graduação presenciais, divididas em quatro campi - São Carlos, Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino. Você sabe qual foi a nota de corte dos ingressantes em 2023? Confira aqui! Veja o edital completo para ingresso na UFSCar em 2024 Dúvidas sobre a lista de espera e chamadas UFSCar em Araras UFSCar/Divulgação ❓ É a partir dessa Lista de Espera atualizada que a UFSCar vai fazer as próximas chamadas? Sim. A UFSCar convocará nas chamadas seguintes apenas pessoas cujos nomes constem nesta lista. ❓ Continua valendo a reserva de vagas da Lei nº 12.711/2012 (alterada pela Lei nº 13.409/2016 e pela Lei nº 14.723/2023)? Nessas convocações, continuarão sendo observados se os percentuais mínimos destinados à reserva de vagas estabelecida pela Lei nº 12.711/2012 (alterada pela Lei nº 13.409/2016 e pela Lei nº 14.723/2023) foram completados. ❓ Depois de ter visto meu nome da Lista de Espera, o que tenho que fazer? Após conferir seu nome na lista de espera atualizada, você só tem que aguardar a divulgação da lista das pessoas convocadas para a manifestação virtual de interesse nas chamadas seguintes (2ª, 3ª e 4ª) de acordo com os calendários de chamadas. ❓ Como funciona a reserva de vagas da Lei nº 12.711/2012 (alterada pela Lei nº 13.409/2016 e pela Lei nº 14.723/2023) em cada chamada da UFSCar? No processamento de cada uma das chamadas, são observados, para cada curso, se o percentual mínimo para cada uma das “modalidades de reserva de vagas” já foi completado (Grupos 1B, 2B, 3B, 4B, 1I, 2I, 3I, 4I). Caso não tenham sido, são convocadas as pessoas mais bem classificadas que tenham optado pelo ingresso por reserva de vagas em cada modalidade, até que se completem os respectivos percentuais. Em seguida, as demais vagas são preenchidas pelas próximas pessoas, ordenadas sequencialmente por nota final no curso, de acordo com o que determina o edital. Não existe reserva de vagas para o GRUPO 5, ou seja, essas vagas são de Ampla Concorrência. ❓ Se depois da última chamada ainda houver vagas não preenchidas a UFSCar fará outras convocações? Segundo a UFSCar, as chamadas estabelecidas no calendário normalmente já são suficientes para o preenchimento das vagas ofertadas, mesmo para repor as vagas que surgem por cancelamento de matrícula. Os processos de Transferências Interna e Externa da UFSCar são utilizados para preencher vagas que surgem após a última chamada. ❓ Como acontecerão as chamadas seguintes? As próximas chamadas serão feitas totalmente por meio de formulário eletrônico conforme as informações contidas tanto no Edital ProGrad nº 020, de 8 de janeiro de 2024, quanto na página de orientações específicas para as matrículas. 2ª chamada: 21 de fevereiro 3ª chamada: 8 de março 4ª chamada: 26 de março 4ª chamada suplentes: 3 de abril Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara.
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19/02 - Unesp 2024: quarta chamada de aprovados é divulgada; saiba como consultar
Também será divulgada a 4ª chamada das vagas olímpicas. Universidade oferece 6.596 vagas em 24 cidades. Chamadas para matrículas ocorrem até 11 de março. Campus da Unesp em Franca, SP Valdinei Malaguti/EPTV A Universidade Estadual Paulista (Unesp) divulga, a partir das 16h desta segunda-feira (19), a quarta chamada do Vestibular 2024, com oferta de 6.596 vagas em 24 cidades. CONSULTE AQUI A LISTA DE 4ª CHAMADA DE APROVADOS NA UNESP 2024 A matrícula em quarta chamada será realizada nesta segunda e na terça-feira (20), de forma virtual, pelo site da Vunesp ou diretamente pelo Sistema de Graduação da Unesp (Sisgrad). Também foi divulgada a 4ª chamada das vagas olímpicas. CONSULTE AQUI LEIA TAMBÉM: UFSCar 2024: lista de espera é divulgada; consulte Vagas olímpicas 📲 Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp Também de forma virtual pelo Sisgrad e no mesmo período do Vestibular Unesp 2024, em 19 e 20 de fevereiro, serão feitas as matrículas em quarta chamada do Processo Seletivo “Olimpíadas Científicas Unesp 2024”, com 457 vagas adicionais em cursos de graduação destinadas a participantes e medalhistas de olimpíadas do conhecimento. A consulta dos convocados estará disponível nos sites da Unesp e da Vunesp. Ainda nesta segunda, termina o prazo de inscrições para o Processo Seletivo Olimpíadas Científicas Unesp 2024.2, com oferta de 153 vagas adicionais em cursos de graduação destinadas a participantes e medalhistas de olimpíadas do conhecimento. Os interessados não precisam estar inscritos no Vestibular Unesp 2024 e deverão se cadastrar de forma gratuita pelo site da Vunesp. LEIA MAIS: Não passou no Sisu e deu ruim no Prouni? Saiba como avaliar se dá para pagar a faculdade sem travar a renda familiar Matrículas Entrada da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp de Araraquara Rodrigo Sargaço/EPTV Os cursos do Vestibular Unesp 2024 são oferecidos nas seguintes cidades: Araçatuba (126 vagas), Araraquara (764), Assis (352), Bauru (992), Botucatu (538), Dracena (70), Franca (369), Guaratinguetá (274), Ilha Solteira (265), Itapeva (66), Jaboticabal (252), Marília (400), Ourinhos (54), Presidente Prudente (529), Registro (64), Rio Claro (423), Rosana (58), São João da Boa Vista (70), São José do Rio Preto (391), São José dos Campos (108), São Paulo (185), São Vicente (72), Sorocaba (72) e Tupã (102). O Sistema de Reserva de Vagas para Educação Básica Pública (SRVEBP) destina 50% das vagas de cada curso de graduação da Unesp para alunos que tenham feito todo o ensino médio em escola pública, sendo que 35% das vagas desse sistema são destinadas aos candidatos que se autodeclararem pretos, pardos ou indígenas. Tal somatória inclui as 934 vagas do Provão Paulista destinadas exclusivamente para alunos do ensino público. Este sistema tem garantido maioria de ingressantes vindos de escolas públicas desde o Vestibular Unesp 2017. Outra forma de ingresso na Unesp é o preenchimento de eventuais vagas remanescentes do Vestibular 2024 para todos os candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 ou 2023, sem necessidade de o candidato estar inscrito no Vestibular Unesp. O período para estes candidatos declararem interesse e participarem das chamadas seguintes para matrícula vai de 29 de fevereiro a 5 de março, após a apuração da sétima chamada do Vestibular Unesp. O cadastramento será feito gratuitamente pelo site da Vunesp. O calendário completo de matrículas na Unesp, considerando Vestibular, ingresso pelas notas do Enem e Processo Seletivo Olimpíadas Científicas Unesp, prevê chamadas para matrículas até 11 de março, além das matrículas da relação adicional feitas posteriormente. Veja datas das próximas chamadas da Unesp 2024: 5ª chamada: 21 de fevereiro - Matrícula Virtual – das 16h do dia 21/2 até às 18h de 22/2 6ª chamada: 23 de fevereiro - Matrícula Virtual – das 16h do dia 23/2 até às 18h de 26/2 7ª chamada: 27 de fevereiro - Matrícula Virtual – das 16h do dia 27/2 até às 18h de 28/2 8ª chamada: 29 de fevereiro - Matrícula Virtual – das 16h do dia 29/2 até às 18h de 5/3 9ª chamada: 6 de março - Matrícula Virtual – das 16h do dia 6/3 até às 18h de 8/3 10ª chamada: 11 de março - Matrícula Virtual – das 16h do dia 11/3 até às 18h de 12/3 REVEJA VÍDEOS DA EPTV: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara
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17/02 - Entre os alunos mais pobres, só 3% têm conhecimentos adequados de matemática no Brasil, mostra Pisa
Levantamento exclusivo mostra que, entre os mais ricos, esse índice é de 33%. Prova internacional avalia estudantes de 15 anos em leitura, matemática e ciências. Desigualdade entre ricos e pobres é refletida nos dados do Pisa Valdinei Malaguti/EPTV 📟 No Brasil, quantos alunos pobres, de 15 anos, conseguem resolver problemas simples de matemática, com frações, porcentagem e números decimais? Entre aqueles de menor renda que participaram da mais recente edição do Pisa (sigla em inglês para Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), em 2022, apenas 3% demonstraram ter esse conhecimento básico. Já no grupo dos mais ricos, a taxa é bem mais alta, apesar de também ser insatisfatória: 33%. É o que indica uma análise exclusiva obtida pelo g1, formulada pelo centro de pesquisas Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional), a partir de microdados dos resultados da principal avaliação de aprendizado do mundo. Os números gerais do Pisa, divulgados em dezembro de 2023 pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), ainda não consideravam os aspectos de renda, mas já mostravam que 7 em cada 10 alunos brasileiros não sabiam converter moedas ou comparar distâncias. Nesta reportagem, entenda: Por que o nosso desempenho é tão ruim? E por que a desigualdade é tão alta? Quais as consequências do desempenho fraco na educação? Como melhorar no Pisa? Desigualdade: abismo também existe em ciências e leitura Para analisar o desempenho do país no Pisa, o Iede separou os 10.798 brasileiros que fizeram a prova em três grupos, de acordo com a renda, e comparou as notas dos dois extremos: da "fatia" dos 33% mais ricos com a "fatia" dos 33% mais pobres. Veja o infográfico abaixo: Observação: Os resultados do Pisa vão do nível 1 (conhecimentos mais básicos) ao nível 5 (mais elaborados). O levantamento considerou como "adequado" o nível 3. “Não dá para dizer que as escolas mais ricas estejam tendo resultados excepcionais. Mas esses dados mostram que o nível socioeconômico continua muito determinante para a aprendizagem dos alunos no país. A educação deveria ser justamente uma ferramenta para diminuir essa desigualdade”, afirma Ivan Gontijo, gerente de políticas educacionais da ONG Todos Pela Educação. Entre as cinco regiões, também há diferenças acentuadas: 🔢 No Norte, por exemplo, apenas 1,5% dos mais pobres atingiram o patamar adequado em matemática. Já no Sul, 3,9%. 📖 Entre os mais ricos do país, cerca de metade consegue desempenhar as principais tarefas em leitura. Mesmo nesse grupo mais favorecido economicamente, considerando só a região Norte, o índice cai para 36,1%. 🧪 E em ciências, levando em conta todos os perfis socioeconômicos, 23,1% chegaram ao nível 3 do Pisa na região Sudeste. No Norte, foram 10,6%. “Há casos que estão avançando, como no Ceará e em Alagoas, mas são poucos exemplos. É preciso pensar em uma melhor distribuição de recursos para as regiões Norte e Nordeste”, explica Ernesto Faria, diretor-executivo do Iede. “O ensino de qualidade não pode depender do CEP de onde a pessoa nasceu.” Émerson de Pietri, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), lembra que as desigualdades existem também dentro do mesmo município e da mesma rede (pública e particular). “Há condições muito insatisfatórias até em escolas particulares de cidades pobres. É fundamental pensar nessa heterogeneidade”, diz. 🔔 Atenção: a desigualdade de aprendizado não é observada só no Brasil. Países desenvolvidos, como os Estados Unidos, apresentam abismos ainda maiores entre o desempenho de pobres e de ricos na escola. A diferença é que, no caso brasileiro, as médias são muito insatisfatórias, mesmo entre as classes favorecidas economicamente. “No mundo, em poucos casos, essa diferença social diminuiu [nos últimos anos]. Isso significa que algo está falhando nos sistemas educativos”, afirma Tiago Caliço, analista da OCDE. CAUSAS: Por que o nosso desempenho é tão ruim? E por que a desigualdade é tão alta? Em primeiro lugar, é preciso fazer uma ressalva. Quando os primeiros dados do Pisa 2022 foram divulgados, em dezembro do ano passado, ficou claro que o Brasil estava estagnado – as notas variaram pouquíssimo em dez anos. Nem mesmo a pandemia provocou mudanças no desempenho. Levantou-se, então, uma hipótese: será que o nível de qualidade das escolas é tão baixo que tanto faz se elas estiverem abertas ou fechadas (como no período da Covid)? Caliço, da OCDE, descarta essa ideia. Ele explica que a estagnação pode estar relacionada a outro fator: uma maior participação de alunos vulneráveis no Pisa. Em 2003, quase metade (45%) dos estudantes não era representada na prova. Em 2022, a porcentagem de excluídos caiu para 24%. “Nós sabemos que as populações menos favorecidas vão ter desempenhos mais fracos, e elas passaram a ser mais representadas no Pisa. Se as notas ficaram estagnadas mesmo assim, está implícito aí que houve algum ‘sucesso’ educativo”, afirma Caliço. A seguir, veja um resumo das principais dificuldades encontradas pelo Brasil para melhorar a média geral no Pisa: 🧑‍🏫 BAIXA ATRATIVIDADE: A carreira de professor não é atrativa no país, em geral, pela baixa remuneração e pelas condições de trabalho. Nos cursos de licenciatura em matemática, então, a procura por vagas é baixíssima, e a evasão é alta. Quando um aluno tem bom desempenho em cálculo, acaba migrando para carreiras com melhores perspectivas de mercado de trabalho, como economia, engenharia e ciências da computação. “Existe um gargalo de formação. Os professores [que se formam] em matemática não costumam ter uma bagagem tão robusta, porque não puderam desenvolver essas habilidades quando eram alunos”, afirma Ernesto. E mais: com os baixos salários, o mesmo professor precisa dar aula em mais de uma escola. O ideal seria que ele ganhasse o suficiente para poder se dedicar integralmente somente a um colégio. ❌ QUALIDADE RUIM EM FACULDADES: Émerson, da USP, explica que o crescimento desenfreado do ensino à distância (EAD) foi um retrocesso na educação: está rebaixando o nível de formação de professores. Em geral, são graduações formuladas a baixo custo, com aulas gravadas e reproduzidas para um número ilimitado de alunos. Nº de professores formados em EAD na rede privada dobra em 10 anos, chega a 60% e acende alerta no MEC ⚖️ DESEQUILÍBRIO NA DISTRIBUIÇÃO DE PROFESSORES: Forma-se um ciclo. Os estudantes aprovados nas faculdades privadas entram, em geral, com uma defasagem nos conhecimentos básicos, provavelmente pela baixa qualidade do ensino médio público. ➡️ Têm acesso a um curso superior fraco. ➡️Após a formatura, enfrentam maior dificuldade para passar nos concursos públicos mais concorridos.➡️ São contratados como professores temporários, em escolas de pior estrutura.➡️ Ensinam alunos que já são mais socialmente vulneráveis e que, por tabela, continuarão recebendo uma formação escolar pior que a dos mais ricos. Ivan, do Todos Pela Educação, acrescenta mais um detalhe: no sistema de concursos públicos, os professores efetivos com mais experiência adquirem o direito de escolher a região onde trabalharão. Por buscarem melhores condições de infraestrutura, transporte e segurança, por exemplo, acabam optando, em geral, por escolas mais centrais, que já têm melhores desempenhos. “No bairro vulnerável, fica o docente temporário [e menos experiente], que dá aula em três colégios diferentes”, diz o especialista. ✏️ PASTEURIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO: Neide Noffs, professora de pós-graduação em educação na PUC-SP, diz que é preciso pensar em estratégias de ensino-aprendizagem voltadas para a realidade de determinada escola ou região. “Não faz sentido padronizar os alunos, se os recursos não são padronizados. Precisamos respeitar o contexto das crianças e propor situações para que elas aprendam dentro da realidade delas”, diz. 💰 DESIGUALDADE ECONÔMICA: Entram aqui nos três aspectos, explica Emerson de Pietri. Veja abaixo: O processo de educação formal no Brasil é recente. “A escolarização básica, no sistema público, passou a ser acessível para a maior parte da população após a década de 1970, gradualmente. Foi só na década de 1990 que a maioria chegou ao ensino fundamental 2”, diz. “A cultura escrita é muito mais recente aqui do que em outros países.” Ou seja: partimos de um ponto diferente da média da OCDE. Por quase 400 anos, o Brasil viveu um sistema escravocrata, “que deixou uma estrutura social difícil de ser superada”. “No cotidiano escolar, recebemos alunos que vêm de situações socioeconômicas muito difíceis. São crianças que precisam se preocupar antes com a sobrevivência. Ela tem o que comer? O que vestir? Pode tomar banho? É um conjunto de fatores para que ela tenha condições de aprender”, explica o professor. A escolarização dos adultos que convivem com o aluno também influencia na facilidade de aprendizagem. “Se as crianças não têm como comprar livros ou se vivem em um grupo social no qual a escrita não faz parte do cotidiano, elas provavelmente terão menos facilidade do que as demais [na alfabetização]”, diz o professor. CONSEQUÊNCIAS: O que acontece a partir do desempenho fraco na educação? As consequências vão além das dificuldades de se chegar ao ensino superior ou de ocupar funções reconhecidas no mercado de trabalho: O jovem tem suas possibilidades de escolha reduzidas. “Em geral, ele vai querer fazer um curso na área em que tenha menos dificuldade. Se ele tiver uma boa base [de conhecimentos], vai [ter um leque maior e] poder tomar uma decisão considerando o que realmente quer para sua vida”, afirma Ernesto, do Iede. Ter uma formação ruim prejudica o exercício da cidadania: dificulta que o aluno controle seus gastos, calcule troco, faça contas simples, leia sobre seus direitos e entenda os princípios da democracia. A escola, além disso, ensina a tolerar os colegas, a dividir o espaço com um grupo e a lidar com a diversidade. Bons conhecimentos em matemática, por exemplo, são importantes para a capacidade de resolver conflitos. “Você é o entregador de bolo e está com as duas mãos ocupadas, segurando a caixa. Como fazer para tocar a campainha? A escola deve propor esse tipo de desafio para que o aluno desenvolva o raciocínio lógico diante de situações cotidianas”, afirma Neide. Um país com educação prejudicada sofre impactos na produtividade econômica e na formação de mão de obra qualificada. Como melhorar? Tiago, da OCDE, reforça que as análises do Pisa devem sempre levar em conta o desempenho do país por um período mais extenso. Não faz sentido, segundo ele, olhar apenas para duas edições do exame e tirar alguma conclusão sobre determinada política educacional. E mais: rankings não são apropriados. Os países têm diferentes realidades econômicas e sociais, dimensões territoriais, organização política, tamanhos de população… Tendo isso em mente, os especialistas entrevistados nesta reportagem apontam como estratégias de melhoria: fortalecer os esquemas de gestão da educação, em todos os níveis (desde o ministério até a coordenação de uma escola); elaborar políticas públicas que não mudem a cada governo (o ideal é sejam adaptadas de acordo com os resultados que aparecerem); valorizar a formação dos professores e melhorar as condições de trabalho deles; olhar para exemplos de sucesso dentro do Brasil e tentar adaptá-los em outras regiões, respeitando os diferentes contextos; proporcionar financiamento adequado às necessidades das redes de ensino. “Equidade não é dar a mesma coisa para todos, e sim ver as necessidades de cada um e customizar o sistema”, diz Ivan Gontijo. Vídeos Brasil no vermelho em matemática: a formação dos professores
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17/02 - Uneb abre quase 200 vagas em licenciaturas para estudantes indígenas
Vagas são para cursos das Licenciaturas Intercultural em Educação Escolar Indígena e em Pedagogia Intercultural em Educação Escolar Indígena 72 vagas para o Departamento de Educação (DEDC) do Campus X, em Teixeira de Freitas, no extremo sul do estado. Movimento Estudantil/Uneb A Universidade do Estado da Bahia (Uneb) abriu, nesta sexta-feira (16), as inscrições para o Processo Seletivo Especial Indígena 2024. As vagas são para os cursos das Licenciaturas Intercultural em Educação Escolar Indígena (Liceei) e em Pedagogia Intercultural em Educação Escolar Indígena (PIEEI). 📱 NOTÍCIAS: faça parte do canal do g1BA no WhatsApp A seleção oferta 172 vagas, sendo 100 oportunidades para o Departamento de Educação (DEDC) do Campus VII, em Paulo Afonso, no norte da Bahia. Outras 72 vagas para o Departamento de Educação (DEDC) do Campus X, em Teixeira de Freitas, no extremo sul do estado. As oportunidades são destinadas à formação de professores indígenas em exercício da Bahia, e aos demais indígenas pertencentes aos povos e comunidades identificadas no estado que tenham concluído o Ensino Médio ou curso equivalente. As vagas disponíveis podem ser ocupadas aos membros das etnias e comunidades localizadas, prioritariamente, nas regiões norte, oeste, sul e extremo sul da Bahia. Os interessados devem preencher formulário de inscrição disponível no site da Uneb, até o dia 23 de fevereiro. Segundo o edital, no processo seletivo serão utilizados como mecanismo de aprovação a utilização dos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ou do desempenho do candidato ao longo de todo o Ensino Médio, por meio do histórico escolar. O resultado final da seleção será divulgado no dia 25 de março. A data de matrícula será divulgada posteriormente. Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻
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16/02 - USP é a única da América Latina entre as 100 universidades com melhor reputação no mundo, aponta pesquisa
Estudo realizado pela Times Higher Education foi divulgado na terça-feira (13). Acadêmicos de 166 países analisaram tanto a área de Pesquisa quanto de Ensino. Vista aérea da Praça do Relógio, na Cidade Universitária da USP, na Zona Oeste de São Paulo. Cecília Bastos/USP Imagem l A Universidade de São Paulo (USP) é a única instituição de ensino superior da América Latina que está entre as 100 melhores do mundo no quesito reputação. O dado é de uma pesquisa realizada pela Times Higher Education entre outubro de 2022 e janeiro de 2023, divulgada na terça-feira (13). As classificações foram obtidas com base nas respostas de 38,7 mil acadêmicos de 166 países. Somente aqueles que publicaram artigos em revistas acadêmicas nos últimos cinco anos ou foram citados por outros pesquisadores (em artigos) puderam participar. O ranking levou em conta tanto a parte de ensino quanto de pesquisa. A USP ficou entre a 81ª e 90ª posição. No Academic Reputation Ranking, apenas as 50 primeiras colocadas são posicionadas individualmente (1º, 2º, 3º, ...). A partir do 51º lugar, as universidades são classificadas em grupos de 10. Segundo o Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho Acadêmico da USP, isso acontece porque "a partir da 50ª colocada as diferenças entre as pontuações obtidas pelas instituições passam a ser menos significativas, dificultando o posicionamento hierárquico individualizado. Assim, as universidades passam a ser classificadas em 'blocos', entre os quais é possível verificar uma maior diferenciação em relação ao desempenho". Confira abaixo as universidades que aparecem nas 10 primeiras colocações. No início deste ano, a USP completou 90 anos de existência, período no qual contribuiu diversas vezes com a produção de conhecimento científico no Brasil e no mundo. USP 90 anos: 3 vezes que pesquisadores em Ribeirão Preto contribuíram com a ciência no mundo USP completa 90 anos de ensino e pesquisa Top 10 Harvard University — Estados Unidos Massachusetts Institute of Technology — Estados Unidos Stanford University — Estados Unidos University of Oxford — Reino Unido University of Cambridge — Reino Unido University of California Berkeley — Estados Unidos Princeton University — Estados Unidos Tsinghua University — China Yale University — Estados Unidos The University of Tokyo — Japão Pontuações semelhantes a da USP Australian National University — Austrália Brown University — Estados Unidos University of Colorado Boulder — Estados Unidos Leiden University — Holanda Monash University — Austrália RWTH Aachen University — Alemanha Texas A&M University — Estados Unidos Utrecht University — Holanda
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16/02 - Fies Social: MEC lança programa para alunos de baixa renda financiarem até 100% das mensalidades de faculdades particulares
Até então, Fies concedia 'empréstimo' que cobria apenas uma parte dos encargos educacionais. Estudantes afirmam que estava inviável pagar a parte não coberta pelo financiamento. Regras passarão a valer a partir do 2º semestre de 2024. Nova modalidade do Fies quer facilitar o acesso de estudantes de baixa renda ao programa Reprodução/RBS TV O Ministério da Educação (MEC) anunciou, nesta sexta-feira (16), o lançamento do Fies Social, que dará condições especiais de financiamento para alunos de baixa renda estudarem em faculdades particulares. A partir do segundo semestre de 2024, os cadastrados no CadÚnico que tenham renda familiar per capita de até meio salário mínimo poderão pagar 100% dos gastos com a universidade só depois da formatura. ➡️Como era antes? Desde 2016, o programa havia deixado de fornecer empréstimos que cobriam integralmente os encargos educacionais. Quanto menor o salário médio da família, maior era a fatia da mensalidade que poderia ser paga só depois da formatura -- mas era impossível alcançar os 100% de financiamento. Exemplo: na mesma faculdade, que custava R$ 10 mil por mês, um estudante com renda familiar per capita de 1,5 salário mínimo poderia conseguir cerca de 85% de financiamento (e não 100%). Com 3 salários mínimos (o máximo permitido para o programa), seriam só 58% financiados. Diante disso, alunos diziam que estava insustentável continuar na universidade: pagar a parte não financiada tornava-se cada mais difícil, ainda mais para quem estudava em cursos integrais e não poderia trabalhar. ➡️O que mudou? A partir de agora, com o Fies Social, os alunos mais pobres poderão chegar aos 100% de financiamento. Terão acesso a essas condições especiais de empréstimo os candidatos que: estejam inscritos no Cadastro Único (CadÚnico); tenham renda familiar per capita de até meio salário mínimo (R$ 706). 🔔Mas, atenção: os "tetos" do Fies continuam valendo para todos, inclusive aos beneficiários do novo Fies Social. Isso significa que o programa não vai financiar mais do que R$ 42,9 mil por semestre (no caso de medicina, o limite é de R$ 60 mil). O valor que exceder essa quantia deverá ser pago a cada mês pelo estudante. Celso Niskier, diretor-presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), afirma que as mudanças nas regras tornam o Fies mais conectado à faixa de público que realmente precisava dos 100% de financiamento. "Foi um passo importante para resgatar o Fies como um programa de inclusão social", diz. Ele afirma também que a intenção do MEC é aumentar gradativamente a faixa de renda contemplada pelo benefício. Quantas vagas terá o Fies Social? O MEC não informou o total de alunos beneficiados pelo programa. O que foi determinado, por enquanto, é que pelo menos metade das vagas de cada processo seletivo seja direcionada para o Fies Social. O Comitê Gestor do Fies decidiu também que haja uma reserva de vagas para estudantes com deficiência e/ou autodeclarados pretos, pardos, indígenas e quilombolas. As regras publicadas no Diário Oficial da União, nesta sexta-feira (16), passarão a valer a partir do processo seletivo referente ao 2º semestre de 2024. Os cronogramas ainda não haviam sido divulgados até a última atualização desta reportagem. Não passou no Sisu e deu ruim no Prouni? Saiba como avaliar se dá para pagar a faculdade sem travar a renda familiar VÍDEOS: notícias de Educação
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15/02 - Unesp 2024: terceira chamada de aprovados é divulgada; veja lista
Também foi divulgada a 3ª chamada das vagas olímpicas. Universidade oferece 6.596 vagas em 24 cidades. Chamadas para matrículas ocorrem até 11 de março. Entrada da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp de Araraquara Rodrigo Sargaço/EPTV A Universidade Estadual Paulista (Unesp) divulgou, nesta quinta-feira (15), a terceira chamada do Vestibular 2024, com oferta de 6.596 vagas em 24 cidades. CONSULTE AQUI A LISTA DA 3ª CHAMADA DA UNESP 2024 A matrícula em terceira chamada será realizada nesta quinta e sexta-feira (16), de forma virtual, pelo site da Vunesp ou diretamente pelo Sistema de Graduação da Unesp (Sisgrad). 📲 Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp Também foi divulgada a terceira chamada das vagas olímpicas. Clique aqui para consultar. 'Unesp 2024': terceira chamada de aprovados é divulgada nesta quinta-feira Vagas olímpicas As matrículas das vagas olímpicas também serão nesta quinta e sexta, com 457 vagas adicionais em cursos de graduação destinadas a participantes e medalhistas de olimpíadas do conhecimento. O Processo Seletivo Olimpíadas Científicas Unesp 2024 está com inscrições abertas para 153 vagas adicionais em cursos de graduação destinadas a participantes e medalhistas de olimpíadas do conhecimento. Os interessados não precisam estar inscritos no Vestibular Unesp 2024 e deverão se cadastrar até segunda-feira (19), de forma gratuita, pelo site da Vunesp. LEIA MAIS: Não passou no Sisu e deu ruim no Prouni? Saiba como avaliar se dá para pagar a faculdade sem travar a renda familiar Matrículas Campus da Unesp em Franca, SP Valdinei Malaguti/EPTV Os cursos do Vestibular Unesp 2024 são oferecidos nas seguintes cidades: Araçatuba (126 vagas), Araraquara (764), Assis (352), Bauru (992), Botucatu (538), Dracena (70), Franca (369), Guaratinguetá (274), Ilha Solteira (265), Itapeva (66), Jaboticabal (252), Marília (400), Ourinhos (54), Presidente Prudente (529), Registro (64), Rio Claro (423), Rosana (58), São João da Boa Vista (70), São José do Rio Preto (391), São José dos Campos (108), São Paulo (185), São Vicente (72), Sorocaba (72) e Tupã (102). O Sistema de Reserva de Vagas para Educação Básica Pública (SRVEBP) destina 50% das vagas de cada curso de graduação da Unesp para alunos que tenham feito todo o ensino médio em escola pública, sendo que 35% das vagas desse sistema são destinadas aos candidatos que se autodeclararem pretos, pardos ou indígenas. Tal somatória inclui as 934 vagas do Provão Paulista destinadas exclusivamente para alunos do ensino público. Este sistema tem garantido maioria de ingressantes vindos de escolas públicas desde o Vestibular Unesp 2017. Outra forma de ingresso na Unesp é o preenchimento de eventuais vagas remanescentes do Vestibular 2024 para todos os candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 ou 2023, sem necessidade de o candidato estar inscrito no Vestibular Unesp. O período para estes candidatos declararem interesse e participarem das chamadas seguintes para matrícula vai de 29 de fevereiro a 5 de março, após a apuração da sétima chamada do Vestibular Unesp. O cadastramento será feito gratuitamente pelo site da Vunesp. O calendário completo de matrículas na Unesp, considerando Vestibular, ingresso pelas notas do Enem e Processo Seletivo Olimpíadas Científicas Unesp, prevê chamadas para matrículas até 11 de março, além das matrículas da relação adicional feitas posteriormente. Veja datas das próximas chamadas da Unesp 2024: 4ª chamada: 19 de fevereiro - Matrícula Virtual – das 16h do dia 19/2 até às 18h de 20/2 5ª chamada: 21 de fevereiro - Matrícula Virtual – das 16 h do dia 21/2 até às 18h de 22/2 6ª chamada: 23 de fevereiro - Matrícula Virtual – das 16h do dia 23/2 até às 18h de 26/2 7ª chamada: 27 de fevereiro - Matrícula Virtual – das 16h do dia 27/2 até às 18h de 28/2 8ª chamada: 29 de fevereiro - Matrícula Virtual – das 16h do dia 29/2 até às 18h de 5/3 9ª chamada: 6 de março - Matrícula Virtual – das 16h do dia 6/3 até às 18h de 8/3 10ª chamada: 11 de março - Matrícula Virtual – das 16h do dia 11/3 até às 18h de 12/3 REVEJA VÍDEOS DA EPTV: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara
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14/02 - O homem por trás do quebra-cabeça que só 1% das pessoas consegue resolver
A história por trás de uma ferramenta de ensino engenhosa que se tornou um fenômeno global. Em 1975, o acadêmico húngaro Ernő Rubik depositou a patente da sua invenção que se tornaria um fenômeno mundial. Getty Images/BBC Design clássico e brilhante que transcende idiomas, idades e níveis educacionais. Não precisa nem mesmo de instruções. E ainda é portátil e pode ser resolvido de inúmeras formas. Por tudo isso, não surpreende que o cubo mágico, ou cubo de Rubik, tenha se tornado um fenômeno de vendas em todo o mundo. Mas seu criador, o acadêmico húngaro Ernő Rubik, não percebeu inicialmente o que ele tinha nas mãos quando inventou seu genial quebra-cabeça confuso e colorido. Ele nem mesmo imaginava se o cubo que imortalizaria o seu nome teria sucesso, segundo declarou em 1986 ao apresentador de TV Terry Wogan (1938-2016), da BBC. Eu não me preocupei porque nunca decidi fazer aquilo, não era nada que eu estivesse buscando. Originalmente, ele não idealizou o cubo como um brinquedo, mas como uma ferramenta de ensino para os seus alunos. Em 1974, Rubik trabalhava como professor de arquitetura no Colégio de Artes Aplicadas de Budapeste, na Hungria. Ele acreditava que a melhor forma de ensinar algo para os seus alunos era mostrar para eles. E quis criar algo com que eles pudessem brincar para pensar de forma criativa em formas geométricas e relações espaciais. Rubik criou o cubo para estimular seus alunos a pensar de forma criativa Getty Images/BBC As restrições de fabricação impostas na Hungria da era comunista fizeram com que a invenção de Ernő Rubik só fosse produzida em massa no início dos anos 1980. 👉 Seu objetivo era fazer algo tátil e móvel, que fosse suficientemente simples para que seus alunos entendessem, mas contivesse algum tipo de problema para ser solucionado. E, o mais importante, que os desafiasse a perseverar quando encontrassem um quebra-cabeça complexo e frustrante. "Em primeiro lugar, você precisa ser paciente, é muito útil para resolver um problema", afirmou Rubik à BBC. "Depois, você precisa de alguma memória espacial, memória tridimensional." "Para memorizar qual formação você tem, onde estão as peças e assim por diante... Se fecharmos nossos olhos, nós sabemos, lembramos, não apenas uma imagem, mas o significado da imagem." O protótipo de Rubik era um cubo de madeira com seis lados compostos de cubos menores. Inicialmente, ele tentou perfurar os cubos para conectá-los com faixas de borracha, mas eles não paravam de se soltar. Por isso, ele projetou um mecanismo oculto que mantivesse o cubo no lugar, permitindo que os cubos individuais menores girassem. E acrescentou uma cor sólida a cada lado do cubo, para tornar o movimento visível. Ele então girava, misturando as cores, e tentava restaurar o cubo para o seu estado original, com cada face mostrando uma única cor. Na primeira vez, ele levou quase um mês para conseguir – e se tornou a primeira pessoa a resolver o cubo mágico. Estima-se que apenas 1% das pessoas consiga resolver o quebra-cabeça sem ajuda. Ernő Rubik criou a mania do cubo mágico, que dominou os anos 1980 Getty Images/BBC Rubik confessou à BBC em 1986 que já não era tão rápido quanto antigamente. "Não sou muito rápido", declarou ele. "Quando estou com prática, consigo fazer em cerca de um minuto, mas não estou praticando agora. Há alguns anos, eu era muito mais rápido. Não estou em boas condições." É aqui que o cubo mágico atrai as pessoas. Ele é de uma simplicidade ilusória, incrivelmente viciante e enlouquecedoramente frustrante. Rubik experimentou o protótipo com seus alunos, deixando que eles desenvolvessem suas próprias soluções. Eles adoraram. E, seguindo sua popularidade entre os alunos, Rubik decidiu depositar na Hungria um pedido de patente do seu "Cubo Mágico", em janeiro de 1975. Em 1975, Rubik decidiu solicitar a patente de seu "Cubo Mágico" Getty Images/BBC Por restrições de fabricação na economia planejada da Hungria na era comunista, os principais entusiastas do quebra-cabeça nos seus primeiros anos eram os designers, arquitetos e matemáticos do país. Isso durou até 1979, quando o cubo mágico foi apresentado na Feira de Brinquedos de Nuremberg, na Alemanha. O fabricante americano Ideal Toy Corporation adotou o brinquedo e ele finalmente decolou. Em 1980, o cubo mágico começou a ser vendido internacionalmente com o nome de "Cubo de Rubik", pegando o mercado de surpresa e cativando pessoas de todas as idades. Desafio global A notícia do novo brinquedo se espalhou rapidamente. Milhões de pessoas em todo o mundo aceitaram o desafio, que logo gerou uma imensidade de livros contando às pessoas como resolver o quebra-cabeça. O cubo mágico começou a aparecer em todos os lugares. Surgiram competições internacionais, que trouxeram a mania de tentar resolver o brinquedo com cada vez mais rapidez. O encanto se mantém até hoje. Estima-se que, somente até 1982, já tivessem sido vendidos mais de 100 milhões de cubos mágicos, sem contar as versões não oficiais que inundaram o mercado para atender à demanda do público pelo brinquedo. 🎯 No auge da popularidade, no início dos anos 1980, ninguém parecia estar livre da mania dos cubos mágicos. Eles adornavam camisetas e pôsteres e eram mencionados em músicas. O cubo chegou a ter seu próprio desenho animado na TV americana – Rubik, the Amazing Cube ("Rubik, o cubo incrível", em tradução livre) – estrelado por uma versão do brinquedo que falava e voava. Em 1983, "Rubik's Cube" entrou no Dicionário Oxford da Língua Inglesa e o cubo ganhou um local de exibição permanente no Museu de Arte Moderna de Nova York, nos Estados Unidos. Atualmente, o famoso quebra-cabeça não é mais a mania global de décadas atrás. Mas seu sólido apelo e seu impacto sobre a cultura popular permanecem. O cubo mágico continua a ser objeto de arte e esculturas. Ele pode ser visto em filmes e animações, como Quero Ser John Malkovich (1999), WALL-E (2008) e Homem-Aranha no Aranhaverso (2018). O brinquedo também já foi Doodle do buscador Google e apareceu no vídeo da música Viva Forever, das Spice Girls. O cubo é mencionado em séries de TV que variam de Uma Família da Pesada até Law and Order e The Big Bang Theory. E existe até um documentário na Netflix, Magos do Cubo (2020), sobre a amizade entre dois astros do mundo das competições de cubos mágicos. Cálculos estimam um total de 400 milhões de cubos vendidos no mundo Getty Images/BBC O cubo mágico é vendido até hoje. Ele mantém fãs dedicados que estabelecem novos recordes a todo tempo, resolvendo o quebra-cabeça de olhos vendados, embaixo d'água, pulando de paraquedas e até fazendo malabarismo. Devido à quantidade de versões extraoficiais lançadas ao longo dos anos, fica difícil saber os números exatos de cubos mágicos vendidos em todo o mundo até hoje. Há estimativas de mais de 400 milhões de unidades. Ernő Rubik criou uma fundação de apoio a jovens promissores no campo das invenções na Hungria. E formou seu próprio estúdio de design de móveis e jogos, como a Cobra de Rubik. Mas nada que ele tenha criado se tornou um fenômeno parecido com o cubo. Mas este não era o seu objetivo. Ele disse à BBC que ainda era conduzido pelo mesmo impulso que o fez criar seu grande sucesso de vendas. "Gosto de fazer sempre o melhor como designer e resolver problemas de design é o melhor que faço. Por isso, não depende do tamanho do sucesso." Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Culture. Por que um copo plástico cheio de água não derrete no fogo?
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12/02 - Número de detentos aprovados no Enem PPL em Piracicaba e Limeira cresce até 90%: 'ressocialização só com educação', diz pesquisadora
De acordo com a SAP, 67 reeducandos foram aprovados no Enem PPL nas unidades prisionais da região em 2023. Entenda como funciona o exame. Presídio de Piracicaba oferece oficina de leitura para reintegrar detentos Divulgação/CDP de Piracicaba O número de detentos aprovados no último Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL), realizado em 2023, aumentou em até 90% nas unidades prisionais de Piracicaba (SP) e Limeira (SP) quando comparado aos resultados das últimas edições da prova. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) a pedido do g1 nesta sexta-feira (9). - 👇Entenda mais, abaixo, como funcionam os critérios de avaliação do exame. 📲 Receba no WhatsApp notícias da região de Piracicaba De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, 67 reeducandos foram aprovados no Enem PPL nas unidades prisionais da região, sendo 50 detentos em Limeira e 17 em Piracicaba. Em 2021, por exemplo, o número total de detentos que atingiram nota exigida para a inscrição na disputa por vagas no Ensino Superior foi de 35 presos. A marca representa aumento de 90% em relação ao número de aprovados. O g1 conversou com a pesquisadora em educação prisional, Jussara Jussara Rosolen. A especialista ressalta o papel essencial da formação acadêmica no processo de ressocialização e transformação das pessoas privadas de liberdade, especialmente quando atinge o ensino superior. "Não existe ressocialização sem educação”. [...] Não há inclusão verdadeira sem a oportunidade de se reeducar, voltar a ter o sentimento de pertencimento em sua comunidade. O reeducando tem a oportunidade e o direito de escolha para retornar à sociedade por meio da educação e de melhores oportunidades de trabalho”, reforça. Edições anteriores A Secretaria de Administração penitenciária informa que, em 2020, nove reeducandos de Piracicaba e 33 de Limeira tiraram notas igual ou maior que 450 em cada uma das áreas de conhecimento e não tiraram nota zero na redação do Enem PPL. Em 2021, foram 3 e 32, respectivamente e em 2022, 11 em Piracicaba e 52 em Limeira. “Até o momento, não há informações sobre o acesso ao Ensino Superior por parte desses reeducandos através do Sisu ou Prouni, os quais requerem procuração”, aponta a SAP. A autorização é concedida por meio de decisão judicial, possibilitando ao preso do regime semiaberto frequentar as aulas no ensino superior, momento em que a unidade prisional provê as condições necessárias para essa oportunidade. Reeducandos Aprovados no Enem PPL na região de Piracicaba Entenda como funciona o Enem PPL A aprovação no Enem ocorre a partir dos seguintes critérios: nota final acima de 450 pontos e não zerar na redação. Essas condições são os requisitos mínimos adotados pelo Programa Universidade Para Todos (Prouni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para a inscrição na disputa por vagas no Ensino Superior. No caso do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), apesar de não determinar nota mínima no Enem, é exigida uma pontuação maior que zero na redação e, boa parte das instituições aderentes estipula notas superiores aos 450 pontos para disputar alguma vaga. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o nível de dificuldade do Enem PPL é o mesmo do exame regular. LEIA MAIS 278 presos de Araraquara fazem Enem PPL: 'educação é importante para transformação', diz detento Tema da redação na reaplicação do Enem 2023 é sobre população em situação de rua Como é o exame? Embora seja uma prova direcionada a esse público-alvo, o Enem PPL cobra o mesmo conteúdo que o Enem regular exige de todos os estudantes que já terminaram o ensino médio, tendo o mesmo grau de dificuldade. O Enem PPL é formado por quatro provas que totalizam 180 questões objetivas de Linguagens e Códigos, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Matemática. Além disso, os candidatos fazem uma redação em língua portuguesa, geralmente como tema diferente da aplicação regular. A avaliação promove o acesso à universidade e também contribui para análise da educação como um todo. São dois dias de provas 1º dia: as pessoas privadas de liberdade respondem as questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias, além de escrever a redação 2º dia: já no segundo dia, os PPLs respondem questões de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias. Detentos encaram fazer o Enem como uma oportunidade de mudar de vida SAP/Divulgação Impactos positivos da educação prisional A pedagoga, mestre pela Universidade Federal de São Carlos (UFscar) e doutoranda em Educação pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Jussara Rosolen, enfatiza que a educação superior desempenha um papel crucial na ressocialização de reeducandos, proporcionando benefícios significativos para a reintegração social. A especialista elenca alguns pontos principais de reflexão a respeito do tema. Em sua pesquisa de mestrado sobre educação prisional, destaca que a educação superior dos reeducandos no desenvolvimento de habilidades visando mais chances de conseguir recolocação profissional quando em liberdade; além de contribuir com o menores índices de reincidência em delitos e também com a quebra do ciclo de criminalidade. Desenvolvimento de Habilidades: “A educação superior equipa os reeducandos com habilidades acadêmicas e profissionais, aumentando suas chances de empregabilidade após a liberação”, aponta Redução da Recidiva: “Estudos indicam que a participação em programas educacionais durante o cumprimento da pena está associada a taxas mais baixas de reincidência criminal, evidenciando o impacto positivo da educação na prevenção de novos delitos”, acrescenta. Empoderamento Individual: “A educação superior promove o empoderamento individual, fornecendo aos reeducandos ferramentas para quebrar o ciclo da criminalidade, transformando suas vidas de maneira significativa”, reforça. Integração Social: “A obtenção de um diploma de ensino superior facilita a reintegração e reforça o sentimento de pertencimento dos reeducandos na sociedade, assim como indivíduos contribuintes, por meio do trabalho, reduzindo estigmas e promovendo uma imagem mais positiva”, conclui Jussara. VÍDEOS: Tudo sobre Piracicaba e região Veja mais notícias no g1 Piracicaba
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09/02 - Servidora é demitida, e Unicamp apura desvio de verbas destinadas para pesquisa
Possível fraude foi identificada no Instituto de Biologia. Valor movimentado não foi revelado, mas universidade classificou quantia como 'vultosa'. Unicamp investiga desvio de verbas destinadas para pesquisa no Instituto de Biologia A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) apura um possível desvio de recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) destinados a 28 pesquisadores que atuam no Instituto de Biologia (IB). O valor desviado não foi revelado pela universidade, mas a quantia foi classificada como “vultosa”. Uma servidora da Fundação de Desenvolvimento da Unicamp (Funcamp) foi demitida durante as investigações. A Funcamp é uma fundação de direito privado mantida com recursos próprios. 📲 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp ➡️ Como o possível desvio foi descoberto? Em nota oficial enviada aos servidores, a diretoria do IB detalhou que, durante os meses de dezembro de 2023 e janeiro de 2024, foram identificadas “inconsistências” no trabalho de uma servidora, que era lotada na Funcamp. Segundo a diretoria do instituto, a funcionária da Funcamp possuía uma empresa de prestação de serviços desde 2018 e, por isso, foi demitida por justa causa em 18 de janeiro deste ano; A servidora incluía notas fiscais da própria empresa e de duas outras, além de recibos forjados, nas prestações de contas dos docentes; Além disso, a servidora fazia transferência de valores para a própria conta. ➡️ O que será feito? Ainda segundo a diretoria do IB, houve um pedido para abertura de um inquérito na Polícia Civil. Além disso, a Fapesp informou que “segua analisando as prestações de contas já realizadas por parte dos pesquisadores em questão” (leia, abaixo, o posicionamento na íntegra). A Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP) afirmou, também em nota, que o caso foi apresentado no 7º Distrito Policial de Campinas no dia 1º de fevereiro, mas foram solicitadas informações adicionais para “viabilizar o registro do crime e dar direcionamento às investigações”. Vista aérea da Unicamp, em Campinas Antoninho Perri/Ascom/Unicamp O que dizem a Fapesp e a Unicamp? Em nota enviada ao g1 nesta sexta-feira (9), a Unicamp confirmou a apuração do caso e afirmou que, “tendo em vista que a apuração dos fatos está em curso, qualquer informação ou divulgação de detalhes à imprensa poderá ser prejudicial às investigações”. Já a Fapesp declarou que, caso eventuais irregularidades nas prestações de contas sejam verificadas, cobrará dos pesquisadores a devolução dos recursos. Além disso, a fundação afirmou que vai acompanhar as providências legais que estão sendo tomadas. 👇 Leia a nota da Fapesp na íntegra: "1) No ano passado, a auditoria da FAPESP detectou possíveis irregularidades num processo de prestação de contas de um pesquisador e, ao fazer pedidos de esclarecimentos, chamou atenção deste e dos outros pesquisadores para o que, posteriormente, foi identificado como um problema pela direção do IB-Unicamp. A FAPESP segue analisando as prestações de contas já realizadas por parte dos pesquisadores em questão. 2) As providências que incumbem à FAPESP consistem em apontar aos pesquisadores possíveis irregularidades nas prestações de contas. Caso eventuais irregularidades se comprovem e não sejam sanadas, a FAPESP cobrará dos pesquisadores a devolução dos recursos. Ao mesmo tempo, a FAPESP vai acompanhar as providências legais que os pesquisadores e a instituição de pesquisa à qual estão vinculados estão tomando, enquanto vítimas do apontado crime. 3) Todos os pesquisadores que recebem recursos da FAPESP devem prestar contas, segundo regras estritas constantes das normas da FAPESP. Cabe aos pesquisadores fazer a gestão financeira dos recursos que recebem e prestar contas à FAPESP sobre o uso dos recursos e sobre os resultados das pesquisas. Os pesquisadores, para executar os projetos de pesquisa, podem contar com apoio administrativo das instituições de pesquisa à qual estão vinculados, inclusive, como no caso, fundação de apoio da instituição de pesquisa. Se a instituição de pesquisa, ou sua fundação de apoio, por meio de seus servidores ou empregados, descumprem seus compromissos em relação ao combinado com os pesquisadores, naturalmente surge uma relação de responsabilidade dessas instituições para com o pesquisador". VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas
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08/02 - Não passou no Sisu e deu ruim no Prouni? Saiba como avaliar se dá para pagar a faculdade sem travar a renda familiar
Em 2022, 1,3 milhão de alunos recorreu ao Prouni, Fies ou outro financiamento. Veja dicas de como fazer as contas e garantir o sonho do diploma sem cair em cilada. Veja dicas de como organizar as finanças antes de escolher o curso superior privado. Antony Trivet/Pexels O motoboy Marcos Brito, de 21 anos, é morador de Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, e sonha em cursar administração pública, mas não sabe ainda se será possível por causa da questão financeira. A realidade dele é a de milhões pelo Brasil. 💰💰💰 Se você não conseguiu uma vaga em faculdade pública pelo Sisu e vai tentar uma vaga em faculdade privada, saber a renda familiar líquida e botar no papel os custos todos são os primeiros passos para fazer a graduação caber no bolso, segundo especialistas ouvidos pelo g1. Se ainda assim a conta não fechar, bolsas de estudo e financiamentos podem ser um caminho, mas é preciso ficar atento às condições. (Veja mais abaixo.) Em casa, Marcos tem feito os cálculos. Desde que terminou o ensino médio, em 2018, ele trabalha em tempo integral. O irmão dele também trabalha e complementa a renda da família, composta ainda pela sobrinha de 4 anos. O motoboy chegou a fazer o Enem 2023, mas não conseguiu uma vaga em universidade pública pelo Sisu. Apesar dos dois salários em casa, ele avalia que seria difícil pagar as mensalidades em uma faculdade privada. Por isso, considera tentar uma bolsa ou financiamento. Consegui [pré-aprovação] no Prouni para uma bolsa parcial. Vou ter que ver direitinho porque [a faculdade] tem outros gastos além da mensalidade. Ainda não sei se vou conseguir me matricular. Em último caso, tento financiar o restante no Fies, mas também posso tentar de novo no segundo semestre. Nada está decidido. 'Me formar virou um pesadelo': os brasileiros endividados com o Fies A preocupação dele também é a de muitas famílias. Em 2022, por exemplo, a renda domiciliar per capita média era de R$ 1.625, segundo dados mais recentes do IBGE. Com isso, a prioridade é entrar no mercado de trabalho, e a busca pelo ensino superior vem só depois. E essa ginástica financeira para conseguir fazer uma faculdade é parte da rotina de muita gente. Em 2022, das quase 9,5 milhões de matrículas em cursos de graduação no país, 78% foram realizadas em instituições de ensino privadas. Dos ingressantes, quase 1,3 milhão solicitou bolsa do ProUni (parcial ou integral), auxílio do Fies ou outro financiamento para acessar o ensino superior. Cálculos Segundo Carol Stange, educadora e consultora financeira, não é comum no Brasil que os gastos todos com faculdade sejam considerados, o que pode comprometer a etapa de ensino. Apesar disso, a especialista explica que existe, sim, um cálculo possível, inclusive para famílias com renda limitada. Muitas famílias deixam de realizar sonhos por falta de condições financeiras, mas existem opções que podem ajudá-las a se planejar para fazer o curso. Abaixo, veja o que considerar na hora de calcular e quanto da verba familiar investir em uma graduação. Composição e divisão da renda familiar Como a renda familiar é composta Freepik Antes de tudo, é preciso entender como a renda familiar é composta. Imagine uma família de cinco pessoas, formada pelos pais, um irmão mais velho e dois mais novos. Renda familiar líquida: é calculada somando os ganhos dos membros da família. Por exemplo: salários dos pais e do filho mais velho. Renda familiar per capita: é calculada somando os ganhos dos membros da família e dividindo pelo número de pessoas na família. Por exemplo: salário dos pais e do filho mais velho, divididos pelos cinco membros da família. Saber a renda familiar líquida e a renda per capita é importante para ter uma ideia de como e quanto da renda mensal deve ser gasta. O planejamento financeiro que envolve as despesas é algo extremamente pessoal. Não existe uma receita de bolo. Cada família vai refletir sobre suas determinadas necessidades e prioridades. Apesar disso, ela explica que é possível fazer a seguinte divisão se a renda familiar permitir: 50% da renda para despesas fixas (contas de água, luz, telefone, aluguel, condomínio e mensalidade escolar). 30% para gastos variáveis (gastos que mudam de um mês para outro ou são ocasionais, emergências pontuais). 20% para investimentos. “Não há regra. A depender da estrutura familiar, a divisão pode ser de 60%-20%-20%, ou mesmo 40%-30%-30%. O importante é que esteja dentro da realidade daquela família”, diz a especialista. Alunos de medicina do Fies cogitam largar curso por causa de teto do financiamento e alta de mensalidades Fatia da renda para faculdade Quando se trata da faculdade, a educadora financeira diz que tende a considerar que 5% da renda familiar é uma boa fatia. Esse valor estaria incluso nas despesas fixas. “Daria até para pensar em 10%, mas seria uma forma de tentar simplificar algo que não é simples”, diz. Não há uma fórmula universal, pois algumas variáveis podem impactar esse cálculo: Uma delas é o nível de prioridade que o curso superior tem para a família naquele momento. Outra variável é o próprio curso, que pode ter mensalidades mais em conta ou mais caras a depender da área. Cursos da área de saúde podem ser bem mais caros que cursos da área de linguística, por exemplo. “Se um membro da família quer cursar medicina, pode fazer sentido comprometer o custo como se fosse um aluguel, de 20% a 30% da renda familiar, por um período de curto a médio prazo, porque depois o retorno financeiro pode acontecer, como um investimento mesmo”, explica Stange. No entanto, esse cálculo é quase impossível para aquelas famílias limitadas à renda per capita de R$ 1.625. Em uma família de 5 pessoas, isso representa uma renda bruta de R$ 8.125. O cenário mudaria se o curso de interesse fosse ciências contábeis. Neste caso, talvez o cálculo de 5% a 10% da renda fique mais próximo da realidade. O que torna essa matemática difícil é saber que o curso superior é um sonho para muitos estudantes, e sonhos não estão limitados à lógica financeira familiar — e nem deveriam estar. Mas é importante conversar e refletir sobre isso e, claro, adequar as dicas à realidade de cada um. Mensalidades e custos extras Outro elemento que pode impactar a verba familiar são os custos extras relacionados ao curso superior. Além da mensalidade, é preciso considerar também os gastos com equipamentos, material escolar, viagens e eventos da área - variáveis que, por si só, vão depender do curso escolhido. Alguns cursos teóricos podem exigir do estudante participações regulares em eventos que discutam temas relacionados à graduação. Em contrapartida, cursos práticos podem carecer de equipamentos, alguns muito específicos, que demandem certo investimento financeiro. Gostaria de dizer que existe uma fórmula mágica para todos, mas não é bem assim. O gasto extra pode ser de até 50% em alguns casos, superar essa porcentagem em outros, ou até ser menor. É preciso avaliar caso a caso e decidir com base na realidade daquela família. Como usar a nota do Enem para concorrer a vagas em faculdades no Brasil e no exterior Alternativas financeiras No Brasil, existe uma gama de opções que podem ser consideradas pelos alunos e suas famílias quando se trata de acesso ao ensino superior. Algumas delas são simples e diretas, enquanto outras podem ser mais complexas e exigir certo comprometimento financeiro a médio prazo. No âmbito do governo federal, existem três programas que auxiliam nesta etapa: Sisu: o Sistema de Seleção Unificada é aberto a participantes do Enem que concluíram o ensino médio e buscam vagas em universidades públicas. A edição única de 2024 já divulgou os aprovados. Prouni: o Programa Universidade Para Todos concede bolsas (descontos) parciais e integrais em universidades privadas. O candidato deve ter concluído o ensino médio e se encaixar em alguns critérios financeiros e sociais. A lista de pré-selecionados no primeiro semestre foi disponibilizada na terça-feira (6). O resultado da segunda chamada sairá em 27 de fevereiro. Fies: o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior é, como o nome diz, um financiamento a estudantes que querem cursar o ensino superior em instituições privadas. As mensalidades são parciais ou integralmente cobertas pelo financiamento e os alunos devem devolver o valor aos poucos ao final do curso. O edital da edição do primeiro semestre ainda não foi divulgado. Além dos programas do governo, existem ainda outras opções oferecidas pelas próprias universidades ou por instituições financeiras, como: Descontos e bolsas das instituições: Algumas faculdades privadas oferecem descontos ou bolsas a novos alunos que fizeram o Enem. O processo é feito internamente e varia de instituição para instituição. Em geral, os descontos levam em conta a pontuação do estudante no exame. No entanto, é preciso estar atento às condições de manutenção do desconto ou da bolsa, que muitas vezes estão atreladas às notas e assiduidade do aluno. Financiamento privado: Muitos bancos e instituições financeiras oferecem financiamento privado, com condições próprias, para alunos de ensino superior. Em geral, o valor das mensalidades é parcialmente coberto pelo financiamento, e o aluno deve devolver o valor com os juros contratados ao final do curso. Empréstimo: o empréstimo oferecido por instituições financeiras é outra possibilidade que não necessariamente precisa estar atrelada ao ensino superior. No entanto, os prazos para pagar e juros podem ser menos flexíveis se comparados com o financiamento privado. A alternativa também pode exigir um compromisso financeiro a longo prazo. 🚨 Atenção: pesquise todas as condições das alternativas listadas acima antes de contratar uma delas.
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08/02 - Pé-de-meia: MEC publica regras e calendário de pagamento da bolsa para alunos do ensino médio; confira
Governo fará poupança de até R$ 9,2 mil para estudantes que concluírem os três anos do ensino médio e fizerem o Enem. Primeiro incentivo será pago até 7 de abril. Governo anuncia valores de programa que cria bolsa contra evasão escolar no ensino médio O Ministério da Educação (MEC) divulgou as regras e o calendário de pagamento do programa "Pé-de-meia", que irá fornecer incentivo financeiro para estudantes do ensino médio. Duas portarias com o assunto foram publicadas na edição do Diário Oficial da União desta quinta-feira (8). Entre os objetivos do programa estão combater a evasão escolar no ensino médio e diminuir a desigualdade no acesso à universidade e ao mercado de trabalho. Pelo programa, o governo irá pagar até R$ 9,2 mil para os estudantes que concluírem os estudos. Segundo o MEC, a expectativa é a de que o programa atenda cerca de 2,5 milhões de alunos. Nesta reportagem você vai ver: Quem pode participar do 'Pé-de-meia' Como se inscrever no programa Quais valores serão pagos Quais são as regras do programa Como será o calendário de pagamento 🧑‍🎓 Quem pode participar do 'Pé-de-meia' De acordo com a portaria, podem participar do programa os estudantes matriculados em escolas públicas e que estejam cursando o ensino médio ou o programa para Educação de Jovens e Adultos (EJA). Além disso, é necessário: ter entre 14 e 24 anos; fazer parte de família inscrita no Cadastro Único (CadÚnico). Segundo MEC, terão prioridade para receber o benefício os estudantes que integrem famílias que recebem o Bolsa Família. Por outro lado, alunos cadastrados como família unipessoal no Bolsa Família não têm direito ao programa. 🗒️ Como se inscrever no programa O MEC informou que será responsável por definir quais alunos terão direito a receber o programa. Para isso, as escolas deverão enviar os dados dos estudantes para o governo. Após o recebimento dos dados, o MEC fará o cruzamento de informações com o Cadastro Único e abrirá as contas bancárias para os alunos. O governo informou que é necessário que os estudantes tenham CPF e estejam inscritos no CadÚnico. Para este ano, segundo a portaria do MEC, o governo irá analisar as informações contidas no CadÚnico no dia 10 de fevereiro de 2024. Além disso, estarão aptas as matrículas de estudantes no ensino médio transmitidas pelas instituições de ensino até 8 de março de 2024. ▶️ EMISSÃO DO CPF Para emitir o CPF, basta preencher um formulário da Receita Federal. Veja a seguir como fazer: Para cidadão brasileiro residente no país, clique aqui. Para cidadão brasileiro residente no exterior, clique aqui. Para cidadão estrangeiro, clique aqui. ⚠️ O cartão físico do CPF – aquele de plástico azul – não é mais emitido. Os comprovantes de inscrição impressos e o CPF Digital têm o mesmo valor jurídico. Leia aqui outras orientações para emissão do CPF. ▶️ INSCRIÇÃO NO CADÚNICO Para se inscrever no CadÚnico, um membro da família do estudante, com 16 anos ou mais, deve ir diretamente até o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da cidade onde mora ou posto de atendimento munido dos documentos. Clique aqui para mais informações sobre o CadÚnico. No momento da inscrição, o representante deve apresentar pelo menos um documento da lista a seguir para cada pessoa da família: Certidão de Nascimento; Certidão de Casamento; CPF; Carteira de Identidade – RG; Carteira de Trabalho; Título de Eleitor; Registro Administrativo de Nascimento Indígena (RANI) – somente se a pessoa for indígena. 💰 Quais valores serão pagos O MEC informou que o benefício será pago por etapas, da seguinte forma: incentivo para matrícula, no valor anual de R$ 200; incentivo de frequência, no valor anual de R$ 1.800; incentivo para conclusão do ano, no valor anual de R$ 1.000; incentivo para o Enem, em parcela única de R$ 200. No caso do incentivo de frequência, o valor total de R$ 1.800 será pago em nove parcelas ao longo do ano. A exceção será para este ano, quando o benefício será pago em oito parcelas, totalizando R$ 1.600. ✅ Quais são as regras do programa O MEC informou que vai exigir uma série de dados sobre a vida escolar do estudante para que o benefício seja pago regularmente. Confira a seguir: Incentivo de matrícula: é necessária que a inscrição no ano escolar seja feita até dois meses após o início do ano letivo. Incentivo de frequência: o aluno terá de ter frequência de pelo menos 80% das horas letivas. Caberá às instituições de ensino comunicar ao governo, todos os meses, a frequência escolar dos estudantes. Incentivo de conclusão: o estudante deverá passar de ano para receber o valor anual. Além disso, se for o caso, o aluno terá de ter a participação comprovada em exames de avaliação, como o do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Incentivo do Enem: o valor só será pago aos alunos que concluírem o ensino médio e estiverem presentes nos dois dias de provas. Em caso de retorno após abandono ou reprovação, o governo informou que só pagará o benefício uma única vez para cada série do ensino médio. ❌ Serão desligados do programa os alunos que: optarem por abandonar o "Pé-de-meia" voluntariamente; que não estiverem mais dentro dos critérios de elegibilidade, como idade e inscrição no CadÚnico; que reprovarem de ano duas vezes consecutivas; que abandonarem os estudos por mais de dois anos; que cometerem qualquer tipo de fraude ou irregularidade. 🗓️ Como será o calendário de pagamento O incentivo matrícula, no valor de R$ 200, será pago entre os dias 26 de março e 7 de abril. Caso algum aluno não receba o benefício por alguma atualização nos dados do governo, o pagamento será feito até 1º de julho. Para o incentivo de frequência, no valor de R$ 1.600, o pagamento será feito em oito parcelas. Veja os prazos na tabela a seguir: Pagamento do incentivo de frequência Já em relação ao incentivo de conclusão, no valor de R$ 1.000, o depósito na poupança estudantil será feito entre 24 de fevereiro de 2025 e 3 de março de 2025. Caso algum aluno não receba o benefício por alguma atualização nos dados do governo, o pagamento será feito até 5 de maio de 2025. Por fim, o incentivo para o Enem, de R$ 200, será depositado entre 23 de dezembro de 2024 e 3 de janeiro de 2025. VÍDEOS: notícias de Educação
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07/02 - Unesp 2024: segunda chamada de aprovados é divulgada; veja lista
Matrícula deverá ser feita de forma on-line no site da Vunesp ou da Sigrad. Entrada da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp de Araraquara Rodrigo Sargaço/EPTV A Universidade Estadual Paulista (Unesp) divulgou nesta quarta-feira (7) a lista de aprovados em segunda chamada do Vestibular 2024. CONSULTE AQUI A LISTA DE SEGUNDA CHAMADA DA UNESP Os candidatos também podem fazer a consulta nos sites da Unesp e da Fundação Vunesp. Quando será e como fazer a matrícula na Unesp? A matrícula da 2ª chamada será realizada de 7 a 9 de fevereiro, de forma virtual, pelo site da Vunesp ou diretamente pelo Sistema de Graduação da Unesp (Sigrad), no endereço http://sistemas.unesp.br/calouros. No mesmo período, também de 7 a 9 de fevereiro, serão feitas as matrículas dos aprovados na 2ª chamada da 'Olimpíadas Científicas Unesp 2024'. Os cursos do Vestibular Unesp 2024 são oferecidos nas seguintes cidades: Araçatuba - 126 vagas; Araraquara - 764 vagas; Assis- 352 vagas; Bauru- 992 vagas; Botucatu - 538 vagas; Dracena - 70 vagas Franca - 369 vagas; Guaratinguetá - 274 vagas; Ilha Solteira - 265 vagas; Itapeva - 66 - vagas; Jaboticabal - 252 vagas; Marília - 400 vagas; Ourinhos - 54 vagas; Presidente Prudente - 529 vagas; Registro - 64 vagas; Rio Claro - 423 vagas; Rosana - 58 vagas; São João da Boa Vista - 70 vagas; São José do Rio Preto - 391 vagas; São José dos Campos - 108 vagas; São Paulo - 185 vagas; São Vicente - 72 vagas; Sorocaba - 72 vagas; Tupã - 102 vagas. Calendário de chamadas da Unesp 🗓️ 2ª Chamada: 7 de fevereiro Matrícula 2ª Chamada: das 16h do dia 7 até às 18h do dia 9 de fevereiro Período para inclusão de curso de 2ª opção: de 7 a 14 de fevereiro, os candidatos classificados e não matriculados poderão se inscrever para uma segunda opção de curso. Exclusivamente pela internet no endereço eletrônico www.vunesp.com.br. 3ª Chamada: 15 de fevereiro Matrícula 3ª Chamada: das 16h do dia 15 até às 18h do dia 16 de fevereiro 4ª Chamada: 19 de fevereiro Matrícula 4ª Chamada: das 16h do dia 19 até às 18h do dia 20 de fevereiro 5ª Chamada: 21 de fevereiro Matrícula 5ª Chamada: das 16h do dia 21 até às 18h do dia 22 de fevereiro 6ª Chamada: 23 de fevereiro Matrícula 6ª Chamada: das 16h do dia 23 até às 18h do dia 26 de fevereiro 7ª Chamada: 27 de fevereiro Matrícula 7ª Chamada: das 16h do dia 27 até às 18h do dia 28 de fevereiro 8ª Chamada: 29 de fevereiro Matrícula 8ª Chamada: das 16h do dia 29 de fevereiro até às 18h do dia 5 de março Preenchimento de vagas remanescentes pelas notas do Enem: de 29 de fevereiro a 5 de março, interessados podem declarar interesse em vagas remanescentes utilizando as notas obtidas no Enem. A seleção será tratada em um edital que ainda será publicado. 9ª Chamada: 6 de março Matrícula 9ª Chamada: das 16h do dia 6 até às 18h do dia 8 de março 10ª Chamada: 11 de março Matrícula 10ª Chamada: das 16h do dia 11 até às 18h do dia 12 de março Vagas remanescentes Candidatos que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2022 ou 2023 também podem tentar pleitear uma vaga na Unesp por meio das vagas remanescentes. Nessa modalidade, o candidato não precisa ter feito o vestibular da Unesp. O período para os interessados declararem interesse e participarem das chamadas seguintes vai de 29 de fevereiro a 5 de março, após a sétima chamada regular do Vestibular Unesp. O cadastramento será feito pelo site da Vunesp. A Unesp Campus Unesp de Bauru. Paola Patriarca/ g1 A Unesp é uma universidade pública e gratuita que está entre as maiores e melhores do país e da América Latina. Presente em 24 cidades do Estado de São Paulo, com 34 unidades universitárias, desenvolve atividades de ensino, pesquisa e extensão universitária em todas as grandes áreas do conhecimento. Criada em 1976, a Universidade tem aproximadamente 54 mil estudantes, entre alunos de graduação e pós-graduação (stricto sensu). Oferece ainda cursos pré-vestibulares gratuitos e mantém programas de extensão abertos para a comunidade. Três escolas de ensino médio/técnico também são mantidas pela Unesp, que possui cerca de 1.900 laboratórios e 33 bibliotecas, além de cinco fazendas de ensino e pesquisa e três hospitais veterinários. REVEJA VÍDEOS DA EPTV: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara.
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07/02 - Sisu 2024: prazo para participar da lista de espera termina nesta quarta
Pela primeira vez, programa terá apenas uma edição no ano. Candidatos que não foram aprovados na 1ª chamada e ainda desejam participar do processo seletivo precisam manifestar interesse na vaga pelo site. Página do MEC mostra a lista de selecionados na chamada regular do SISU 2024. Reprodução Os inscritos no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2024 que não foram aprovados em nenhuma das opções de curso na primeira chamada, divulgada (com atraso) em 31 de janeiro, têm até esta quarta-feira (7) para participar da lista de espera, afirma o Ministério da Educação (MEC). ✏️Como fazer? É preciso entrar em https://acessounico.mec.gov.br/sisu, digitar os dados de login e manifestar interesse em concorrer a uma vaga na 1ª OU na 2ª opção de curso marcada na inscrição. ✏️Quando sairão os resultados? O calendário depende de cada universidade. E são as próprias instituições de ensino que ficam encarregadas de divulgar o resultado da lista de espera. ✏️Para que serve o Sisu? Por meio da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Sisu seleciona candidatos para universidades públicas do país. A publicação deveria ter sido feita na tarde de terça-feira (30), mas acabou adiada por problemas técnicos. Turbulências na 1ª chamada: lista errada e frustração de candidatos O MEC admitiu, na última sexta-feira (2), que os resultados do Sisu foram divulgados "de maneira indevida" na manhã de 30 de janeiro. Durante 25 minutos, as listas de aprovados que apareceram no site não estavam corretas, afirmou a pasta ao g1. A página do Sisu saiu do ar logo em seguida e foi republicada em 31 de janeiro, com as classificações definitivas e diferentes das já exibidas na véspera. Com isso, candidatos que chegaram a comemorar a aprovação na universidade descobriram que "perderam" a vaga. "O que houve foi uma divulgação indevida de resultados provisórios, ainda não homologados, durante 25 minutos da manhã do dia 30 de janeiro. A ocorrência está sendo rigorosamente apurada", disse o MEC. LEIA TAMBÉM: 'JÁ TINHA COMEMORADO NAS REDES': Após falha no site do Sisu, aprovados 'perdem' vaga no dia seguinte LISTA ERRADA DO SISU: MEC não havia terminado de analisar todas as categorias de cotas Mudanças no Sisu 2024 📊 Neste ano, o programa trouxe duas mudanças importantes: Apenas uma edição: haverá uma edição no ano, só agora em janeiro. Não ocorrerá mais o processo seletivo que era realizado no meio do ano. As regras para a adesão por meio de cotas também mudaram (veja mais abaixo). 5 cuidados para tomar ao se inscrever no Sisu 🗓️ Datas do Sisu Pela primeira vez, o Sistema de Seleção Unificada terá uma edição única. Com isso, a seleção de candidatos para o segundo semestre letivo de 2024 vai acontecer nas mesmas datas da seleção para o primeiro semestre. Portanto, para todos que quiserem se candidatar a vagas em universidades públicas pelo Sisu neste ano, o cronograma será o seguinte: Resultados da 1ª chamada: inicialmente previsto para 30 de janeiro de 2024, foi adiado para 31 de janeiro Matrículas: 2 a 7 de fevereiro de 2024 Participação na lista de espera: manifestar interesse entre 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2024 Resultado das listas de espera: datas serão definidas por cada universidade ➡️ Quem está apto a participar? Alunos que tenham feito o Enem 2023 e tirado nota acima de zero na redação. Treineiros não serão aceitos. ➡️ Posso escolher em qual semestre vou entrar na faculdade? Não. Caberá à universidade, por meio da ordem da lista de classificação de candidatos, selecionar quem estudará em cada semestre. 📝 Mudança nas cotas O Sisu oferece vagas via Lei de Cotas para pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência. Mas, neste ano, foram anunciadas algumas mudanças para a candidatura a essas vagas: Todos os candidatos concorrerão, primeiramente, às vagas de ampla concorrência. Caso não alcancem as notas nesta modalidade e façam parte de algum dos grupos de cotas (os critérios são de raça e de renda), aí, sim, entrarão na disputa pelo benefício. Com isso, se uma pessoa autodeclarada preta, por exemplo, tirar uma nota mais alta que a exigida na ampla concorrência, será aprovada na "lista geral" e não tirará a vaga de um cotista com desempenho mais baixo. Até o Sisu 2023, quem tinha direito às cotas já participava, desde o início, de uma classificação à parte, separada da ampla concorrência. 📌 Total de vagas do Sisu Neste ano, o Sisu contará com 264.181 vagas, distribuídas entre 6.827 cursos de 127 instituições de educação superior. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lidera a lista com 9.240 vagas. Quantitativo de vagas por instituição Vídeos Sisu: Após candidatos perderem vaga, MEC admite 'divulgação indevida de resultados' Neste ano, o r terá apenas uma edição — só em janeiro, sem o processo seletivo que usualmente ocorre no meio do ano.
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06/02 - Prouni 2024: resultados com listas de pré-selecionados são divulgados
Programa oferece bolsas de estudo integrais e parciais em instituições particulares de ensino superior. Período de inscrição terminaria em 1º de fevereiro, mas foi prorrogado em um dia. Resultados do Prouni 2024 estão liberados Reprodução Os resultados do Programa Universidade para Todos (Prouni) foram divulgados nesta terça-feira (6), no site https://acessounico.mec.gov.br/prouni e nas páginas das instituições de ensino participantes. É preciso utilizar o login da conta "gov.br" com CPF e senha. Às 15h05, cerca de cinco minutos após a publicação das listas de pré-selecionados, o site saiu do ar para a maior parte dos candidatos. O g1 questionou o Ministério da Educação (MEC), mas a pasta não se posicionou sobre o problema e não deu informações sobre abrangência e duração. Nas redes sociais, candidatos relatavam que, no começo da noite, conseguiam acessar os resultados sem interrupções no acesso. 📈 O que é o Prouni? Por meio das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), alunos de baixa renda podem pleitear bolsas de estudo parciais e integrais em instituições de ensino superior privadas. 📈 Quando as inscrições terminaram? O processo foi adiado em um dia e encerrou-se em 2 de fevereiro, por causa de problemas no sistema de inscrição e do atraso nos resultados do Sisu 2024. 📈 O que significa ser "pré-selecionado"? Não estranhe: o sistema do Prouni não chama ninguém de "aprovado" logo de cara. A nomenclatura usada é "pré-selecionado", porque ainda haverá as etapas de: verificação de documentos, para comprovar o que foi informado no ato da inscrição, como renda familiar (aliás, fique atento aos prazos da instituição); provas adicionais (apenas em universidades que implementam essa fase extra, com a exigência de que informem aos alunos os detalhes do processo em no máximo 24 horas após a divulgação dos resultados); formação de turmas (é preciso que haja um número mínimo de matriculados no curso para que a turma exista). Se não isso acontecer, o candidato do Prouni será reprovado. 📈 Quem não foi pré-selecionado ainda tem chance? Sim. Ainda será publicada uma segunda chamada em 27 de fevereiro. Caso o aluno novamente seja reprovado, ele pode manifestar interesse em concorrer à lista de espera, na qual as instituições de ensino convocam candidatos para preencher bolsas não ocupadas. Prouni: espera pelos resultados e instabilidade do site geram memes nas redes sociais 📅 Datas do ProUni 2024 Inscrições: de 29 de janeiro a 2 de fevereiro Resultado da primeira chamada: 6 de fevereiro Resultado da segunda chamada: 27 de fevereiro Manifestação de interesse na lista de espera: 14 e 15 de março Resultado da lista de espera: 18 de março 📚 Quem pôde se inscrever Pôde se inscrever o candidato que realizou o Enem 2022 ou 2023 e obteve média mínima de 450 pontos nas áreas de conhecimento e nota superior a zero na redação. Além disso, era preciso atender a pelo menos um dos pontos abaixo: Ter cursado o ensino médio em escola pública ou privada, sem diploma de educação superior; ou Ser uma pessoa com deficiência, na forma prevista na legislação, também sem ter feito graduação; ou Exercer a função de professor da rede pública de ensino (exclusivamente para quem busca cursos de licenciatura e pedagogia, destinados à formação do magistério da educação básica). 💰 Renda Para concorrer às bolsas integrais, o estudante deve ter renda familiar bruta mensal per capita de até um salário mínimo e meio (R$ 2.118 por pessoa). Para as bolsas parciais, o limite da renda familiar bruta mensal per capita é de três salários mínimos (R$ 4.236 por pessoa). 👉🏾 Como calcular a renda familiar bruta mensal por pessoa? Para saber se o aluno se encaixa nos critérios de renda, deve somar os salários de todos os que moram com ele e, depois, dividir pelo número de componentes do grupo. Por exemplo: pai (R$ 2,3 mil por mês), mãe (R$ 1,7 mil por mês), candidato do Prouni (sem renda) e irmão mais novo (sem renda). Somando os valores, chega-se ao total mensal de R$ 4 mil. Depois, dividindo pelos 4 membros da família, o resultado é R$ 1 mil. Esse é o valor que deve ser tomado como referência pelo Prouni. Como está abaixo de 1,5 salário mínimo per capita (R$ 2.118), o candidato poderá concorrer à bolsa de estudos integral. Vídeo Abaixo, veja um resumo do erro do MEC na divulgação dos resultados do Sisu: Sisu: Após candidatos perderem vaga, MEC admite 'divulgação indevida de resultados'
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06/02 - Prouni 2024: espera pelos resultados e instabilidade do site geram memes nas redes sociais
Lista de aprovados foi divulgada às 15h desta terça, mas a página saiu do ar poucos minutos depois. Programa oferece bolsas de estudo integrais e parciais em instituições particulares de ensino superior. Candidato mostra prova do 2º dia do Enem Érico Andrade/g1 Os candidatos do Programa Universidade para Todos (Prouni) enfrentam aquela situação clássica de quem busca uma vaga no ensino superior: dão "enter" no teclado a cada segundo, aguardam (desesperadamente) a divulgação da lista de aprovados, encontram instabilidade no site e manifestam o sofrimento por meio de... memes. Os resultados foram publicados às 15h desta terça-feira (6), mas, cerca de cinco minutos depois, a provável sobrecarga de acessos já havia tirado a página do ar. O g1 questionou o Ministério da Educação (MEC) sobre a previsão de normalização do acesso, mas não havia obtido resposta até a última atualização desta notícia. Veja abaixo uma seleção de memes nota mil: Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text 📈 O que é o Prouni? Por meio das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), alunos de baixa renda podem pleitear bolsas de estudo parciais e integrais em instituições de ensino superior privadas. 📈Quando as inscrições terminaram? O processo foi adiado em um dia e encerrou-se em 2 de fevereiro, por causa de problemas no sistema de inscrição e do atraso nos resultados do Sisu 2024. 📈O que significa ser "pré-selecionado"? Não estranhe: o sistema do Prouni não chama ninguém de "aprovado" logo de cara. A nomenclatura usada é "pré-selecionado", porque ainda haverá as etapas de: verificação de documentos, para comprovar o que foi informado no ato da inscrição (como renda familiar); provas adicionais (apenas em universidades que implementam essa fase extra, com a exigência de que informem aos alunos os detalhes do processo em no máximo 24 horas após a divulgação dos resultados); formação de turmas (é preciso que haja um número mínimo de matriculados no curso para que a turma exista). Se não isso acontecer, o candidato do Prouni será reprovado. 📈Quem não foi pré-selecionado ainda tem chance? Sim. Ainda será publicada uma segunda chamada em 27 de fevereiro. Caso o aluno novamente seja reprovado, ele pode manifestar interesse em concorrer à lista de espera, na qual as instituições de ensino convocam candidatos para preencher bolsas não ocupadas. 📅 Datas do ProUni 2024 Inscrições: de 29 de janeiro a 2 de fevereiro Resultado da primeira chamada: 6 de fevereiro Resultado da segunda chamada: 27 de fevereiro Manifestação de interesse na lista de espera: 14 e 15 de março Resultado da lista de espera: 18 de março 📚 Quem pôde se inscrever Pôde se inscrever o candidato que realizou o Enem 2022 ou 2023 e obteve média mínima de 450 pontos nas áreas de conhecimento e nota superior a zero na redação. Além disso, era preciso atender a pelo menos um dos pontos abaixo: Ter cursado o ensino médio em escola pública ou privada, sem diploma de educação superior; ou Ser uma pessoa com deficiência, na forma prevista na legislação, também sem ter feito graduação; ou Exercer a função de professor da rede pública de ensino (exclusivamente para quem busca cursos de licenciatura e pedagogia, destinados à formação do magistério da educação básica). 💰 Renda Para concorrer às bolsas integrais, o estudante deve ter renda familiar bruta mensal per capita de até um salário mínimo e meio (R$ 2.118 por pessoa). Para as bolsas parciais, o limite da renda familiar bruta mensal per capita é de três salários mínimos (R$ 4.236 por pessoa). 👉🏾 Como calcular a renda familiar bruta mensal por pessoa? Para saber se o aluno se encaixa nos critérios de renda, deve somar os salários de todos os que moram com ele e, depois, dividir pelo número de componentes do grupo. Por exemplo: pai (R$ 2,3 mil por mês), mãe (R$ 1,7 mil por mês), candidato do Prouni (sem renda) e irmão mais novo (sem renda). Somando os valores, chega-se ao total mensal de R$ 4 mil. Depois, dividindo pelos 4 membros da família, o resultado é R$ 1 mil. Esse é o valor que deve ser tomado como referência pelo Prouni. Como está abaixo de 1,5 salário mínimo per capita (R$ 2.118), o candidato poderá concorrer à bolsa de estudos integral. Vídeo Abaixo, veja um resumo do erro do MEC na divulgação dos resultados do Sisu: Sisu: Após candidatos perderem vaga, MEC admite 'divulgação indevida de resultados'
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06/02 - Prouni 2024: resultados serão divulgados nesta terça
Programa oferece bolsas de estudo integrais e parciais em instituições particulares de ensino superior. Período de inscrição terminaria em 1º de fevereiro, mas foi prorrogado em um dia. Resultados do Prouni serão divulgados nesta terça-feira Reprodução Os resultados do Programa Universidade para Todos (Prouni) serão divulgados nesta terça-feira (6), no site https://acessounico.mec.gov.br/prouni e nas páginas das instituições de ensino participantes. É preciso utilizar o login da conta "gov.br" com CPF e senha. 📈 O que é o Prouni? Por meio das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), alunos de baixa renda podem pleitear bolsas de estudo parciais e integrais em instituições de ensino superior privadas. 📈Quando as inscrições terminaram? O processo foi adiado em um dia e encerrou-se em 2 de fevereiro, por causa de problemas no sistema de inscrição e do atraso nos resultados do Sisu 2024. 📈O que significa ser "pré-selecionado"? Não estranhe: o sistema do Prouni não chama ninguém de "aprovado" logo de cara. A nomenclatura usada é "pré-selecionado", porque ainda haverá as etapas de: verificação de documentos, para comprovar o que foi informado no ato da inscrição (como renda familiar); provas adicionais (apenas em universidades que implementam essa fase extra, com a exigência de que informem aos alunos os detalhes do processo em no máximo 24 horas após a divulgação dos resultados); formação de turmas (é preciso que haja um número mínimo de matriculados no curso para que a turma exista). Se não isso acontecer, o candidato do Prouni será reprovado. 📈Quem não foi pré-selecionado ainda tem chance? Sim. Ainda será publicada uma segunda chamada em 27 de fevereiro. Caso o aluno novamente seja reprovado, ele pode manifestar interesse em concorrer à lista de espera, na qual as instituições de ensino convocam candidatos para preencher bolsas não ocupadas. 📅 Datas do ProUni 2024 Inscrições: de 29 de janeiro a 2 de fevereiro Resultado da primeira chamada: 6 de fevereiro Resultado da segunda chamada: 27 de fevereiro Manifestação de interesse na lista de espera: 14 e 15 de março Resultado da lista de espera: 18 de março 📚 Quem pôde se inscrever Pôde se inscrever o candidato que realizou o Enem 2022 ou 2023 e obteve média mínima de 450 pontos nas áreas de conhecimento e nota superior a zero na redação. Além disso, era preciso atender a pelo menos um dos pontos abaixo: Ter cursado o ensino médio em escola pública ou privada, sem diploma de educação superior; ou Ser uma pessoa com deficiência, na forma prevista na legislação, também sem ter feito graduação; ou Exercer a função de professor da rede pública de ensino (exclusivamente para quem busca cursos de licenciatura e pedagogia, destinados à formação do magistério da educação básica). 💰 Renda Para concorrer às bolsas integrais, o estudante deve ter renda familiar bruta mensal per capita de até um salário mínimo e meio (R$ 2.118 por pessoa). Para as bolsas parciais, o limite da renda familiar bruta mensal per capita é de três salários mínimos (R$ 4.236 por pessoa). 👉🏾 Como calcular a renda familiar bruta mensal por pessoa? Para saber se o aluno se encaixa nos critérios de renda, deve somar os salários de todos os que moram com ele e, depois, dividir pelo número de componentes do grupo. Por exemplo: pai (R$ 2,3 mil por mês), mãe (R$ 1,7 mil por mês), candidato do Prouni (sem renda) e irmão mais novo (sem renda). Somando os valores, chega-se ao total mensal de R$ 4 mil. Depois, dividindo pelos 4 membros da família, o resultado é R$ 1 mil. Esse é o valor que deve ser tomado como referência pelo Prouni. Como está abaixo de 1,5 salário mínimo per capita (R$ 2.118), o candidato poderá concorrer à bolsa de estudos integral. Vídeo Abaixo, veja um resumo do erro do MEC na divulgação dos resultados do Sisu: Sisu: Após candidatos perderem vaga, MEC admite 'divulgação indevida de resultados'
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05/02 - UnB divulga lista dos aprovados no PAS para 1º semestre de 2024; confira
Lista está disponível no site do Cebraspe ou presencialmente, no campus da Asa Norte. Início das aulas está previsto para 18 de março. Alunos comemoram com colegas de curso aprovação no PAS. O Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe) divulgou, nesta segunda-feira (5), a lista dos aprovados em primeira chamada no Programa de Avaliação Seriada da Universidade de Brasília (PAS-UnB).A lista está disponível no site do Cebraspe ou presencialmente, no campus da UnB, na Asa Norte. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. O PAS ofertou 2.118 vagas para 112 cursos. Foram convocados 1.774 estudantes, e o início das aulas está previsto para 18 de março. 👉 Para garantir a vaga, os selecionados devem fazer o registro acadêmico entre os dias de 6 a 8 de fevereiro na Universidade de Brasília. Confira neste link se você foi selecionado. Cursos mais procurados Estudantes que passaram no PAS comemorando com amigos e família na UnB. Um total de 10.220 estudantes se inscreveram no PAS. Os cursos mais concorridos foram: Medicina: 39 candidatos por vaga 📚 Ciência da Computação: 23 candidatos por vaga 📚 Psicologia: 22 candidatos por vaga 📚 O que é o PAS? O Programa de Avaliação Seriada (PAS) é um processo seletivo da Universidade de Brasília (UnB). Ele é feito durante os três anos do ensino médio por meio de provas interdisciplinares. Segundo o Cebraspe, atualmente, metade das vagas em todos os cursos são destinados aos aprovados no programa. Confira abaixo a distribuição das vagas ao longo do ano: Primeiro semestre: vestibular tradicional e PAS Segundo semestre: Enem e PAS LEIA TAMBÉM: LENTIDÃO NO METRÔ: trens do metrô operam com lentidão na manhã desta segunda-feira no DF CURSOS GRATUITOS: mais de 1 mil vagas estão abertas no DF; aulas começam em março Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.
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05/02 - Filha de gari e vigia passa em medicina após estudar com livros doados: 'Minhas maiores motivações'
Mãe de Angélica comprava uma borracha todos os dias e apagava as respostas escritas pelo antigo dono dos livros para que filha pudesse estudar. Angélica Oton e os pais comemorando a aprovação dela em Medicina na UFPB Angélica Oton/Arquivo pessoal Todos os dias na volta do trabalho exaustivo de gari, Maria do Rosário comprava uma borracha. Em casa, ela apagava todas as respostas escritas pelo antigo dono dos livros doados para a filha dela, Angélica Oton. Assim, a jovem de 20 anos, construía novas repostas e estudava para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Com a nota da prova, ela foi aprovada pelo Sisu 2024 para o curso de medicina, na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). "Fiquei muito feliz quando eu vi o meu nome. Deu uma sensação de alívio e de dever cumprido. Corri e abracei meu pai. Corri e abracei minha mãe. Os vizinhos chegando. Todo mundo tava torcendo por isso, e a gente ficou muito feliz", lembrou. 📱Compartilhe esta notícia pelo Whatsapp Mas antes de realizar esse sonho coletivo, um longo caminho precisou ser percorrido pela jovem sertaneja, que mora em Boa Ventura. Ela foi bolsista em uma escola localizada na cidade vizinha, Itaporanga. Acordava antes do sol nascer, ainda na madrugada. Para que ela pudesse assistir às aulas, os pais pagavam uma taxa de cerca de R$ 150 com o transporte em um ônibus. Isso já pesava no orçamento da família. 📱Compartilhe esta notícia pelo Telegram Quando terminou o ensino médio, a aprovação não veio na primeira tentativa. Nem na segunda. Na terceira, todo o esforço de Angélica e da família dela foram recompensados. Só que até isso acontecer, foram dias e mais dias de estudos. Em alguns deles, ela chegou a passar até 11 horas na frente dos livros, apostilas e provas. "Todos os dias não eram iguais. Estudava até 11 horas, mas variava. Teve dia que de tão cansada estudei 40 minutos. Mas no meu plano de estudos, devia fechar as 10 horas por dia", explicou. LEIA TAMBÉM: Jovem passa em medicina na UFCG após oito tentativas: 'Essa era a minha última' Estudante com autismo que passou em medicina conciliou estudos e trabalho Como os cursinhos eram caros, a estudante não conseguiu contratar nenhum. Os livros e apostilas recebidos por meio de doação se tornaram a principal estratégia de estudos de Angélica, que se identifica com dedicação à teoria. "Minha mãe ia apagando as repostas e eu ia estudando", recordou. Espaço onde Angélica Oton, aprovada em Medicina, estudou em casa por dois anos Angélica Oton/Arquivo pessoal As aulas eram acompanhadas pelo Youtube. Além da teoria, ainda houve espaço para a prática com a resolução de questões, produção de resumos e revisões semanais. A agora "fera" em medicina também dividiu a mensalidade de uma assinatura de plataforma de correção de redações com uma amiga. Encher as paredes de pedaços de papel colorido também teve o seu valor. Com o que estudou a distância de um piscar de olhos, a jovem revisava de forma mais rápida o que era mais pontual. A ótima memória fotográfica ajudou na hora da prova. Tudo isso fez com que ela alcançasse uma média de 877,55 no Sisu, na modalidade ampla concorrência com bônus regional. Jovem passa em medicina na UFCG após oito tentativas: 'Essa era a minha última' 'Nossa casa praticamente não tem móveis porque minha mãe tava investindo na minha educação' Muitas coisas motivaram Angélica na escolha da profissão que deve seguir pelo resto da vida. "Sempre gostei muito de servir as pessoas, de cuidar. Eu quero ajudar pessoas como fui ajudada de alguma forma", destacou. Mas um incentivo foi o maior de todos: proporcionar uma vida melhor para os pais, que ela considera essenciais na conquista da vaga na universidade. "Uma das minhas maiores motivações sempre foi ver eles ali trabalhando, se esforçando. Sempre arrumavam outros empregos pra completar a renda da família. Muita gente falava 'por que não compra isso? Por que não compra aquilo?'. Porque nossa casa casa praticamente não tem móveis porque minha mãe tava investindo na minha educação. Eles [os pais] foram essenciais. Sem eles eu não teria como conseguir", reforçou. Enquanto a mãe de Angélica deixava os livros prontos para ela estudar, o pai pedia autorização para imprimir provas antigas do Enem e simulados no segundo emprego, em uma secretaria de escola. "Meu pai sempre disse que o sonho dele era ter uma fazenda. E desde pequena eu digo que vou arrumar um emprego pra realizar. Sempre pensei em tirar minha mãe do trabalho dela, que é muito cansativo. Não tem como retribuir a um pai e uma mãe, mas ajudar eles a mudar de vida. E a minha família como um todo. Dar qualidade de vida para eles, uma casa melhor para morar", sonhou. Filha de gari e vigia, Angélica Oton passa para medicina em casa com livros doados Angélica Oton/Arquivo pessoal 'Estar focado no que você quer muda tudo' Para quem vai encarar a maratona de estudos para o Enem, Angélica diz que "estar focado no que você quer muda tudo" e outros três fatores são fundamentais: Escolher o método de estudo que mais funcione para cada um; Selecionar um bom material para estudar; Não desistir. "O processo é solitário por mais que tenha gente ao redor. Algumas pessoas acham que não são capazes de fazer determinado curso, mas os estudos são o que tornam isso palpável. Eu não imaginava passar em medicina vindo da realidade que eu tenho. Mas o estudo torna isso possível", concluiu. Único aprovado em ciências de dados na USP pelo Enem 2023 estudava 10 horas por dia Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba
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04/02 - Guerra na Ucrânia: as escolas que mudaram para o subterrâneo para continuar funcionando
Com a guerra da Rússia contra a Ucrânia entrando em seu terceiro ano, salas de aula foram construídas junto às plataformas do metrô, no subsolo de Kharkiv. Nika, de seis anos, agora frequenta o jardim de infância subterrâneo BBC A guerra da Rússia transformou tudo na cidade de Kharkiv, incluindo a forma de viver a infância. Mísseis são disparados contra a segunda principal cidade da Ucrânia desde o outro lado da fronteira russa, que está tão perto que há poucos segundos para detê-los. Se eles forem direcionados para Kharkiv, a probabilidade de caírem é grande - e são poucas as chances de alcançar um abrigo em tempo. Os prédios das escolas e dos jardins de infância estão fechados há quase dois anos por medida de segurança, e os playgrounds estão vazios. Agora, à medida que a guerra em grande escala se aproxima de seu terceiro ano, partes da vida em Kharkiv estão migrando para o subsolo. No fundo do metrô, salas de aula foram construídas de forma paralela às plataformas em cinco estações. Autoridades locais começaram a oferecer as aulas subterrâneas há vários meses. Mais recentemente, adicionaram horários para crianças da pré-escola nos fins de semana. A história de Nika Para Nika Bondarenko, de 6 anos, é uma oportunidade de estar com outras crianças novamente. Depois de dois anos estudando on-line, ela vai saltitante para sua estação de metrô vestindo galochas cor-de-rosa. O trajeto passa pelas ruínas bombardeadas de escritórios militares, destruídos no início da invasão e localizados em frente à sua casa. Há vidros quebrados e prédios despedaçados por toda parte. Mas quando Nika está no trem, indo para a aula, sua mãe pode parar de se preocupar. Os pais podem ter certeza de que nada vai acontecer com seus filhos e que uma criança pode continuar sua vida mais ou menos normal. "O inimigo não pode nos pegar aqui." Ela diz que Nika sentiu muita falta do jardim de infância. "É tão importante. Do contrário, uma criança não consegue ver nenhuma outra, porque não há qualquer criança nas ruas e (há) sirenes de ataque aéreo o tempo todo." Kharkiv agora oferece cerca de 700 vagas de jardim de infância no subsolo para crianças de até 6 anos. O total de alunos que frequenta aulas escolares no mesmo espaço é três vezes esse. Alguns perderam os pais na luta, ou viveram em áreas sob fogo pesado, e precisam de apoio extra dos psicólogos junto aos professores. No dia em que visitamos, há música, movimento e muitas risadas. Um grupo pré-escolar está vestido como médicos e enfermeiros; outros estão cantando e brincando com tijolos de plástico. Tentando ser normal A equipe fez de tudo para tornar as coisas o mais normal possível. Nas paredes, ao lado de imagens coloridas de flores e lagartas gigantes, há cartazes sobre o perigo das minas. Mas quando as sirenes tocam alertando para mísseis, ninguém precisa se mexer. A família Bondarenko fugiu de sua cidade no início da guerra, quando as tropas russas estavam pressionando para tomar Kharkiv e o bombardeio era constante. Milhares de famílias estavam vivendo no metrô naquela época. Em março de 2022, a equipe da BBC reportou a presença de senhoras idosas dormindo em vagões de trem e bebês nas plataformas com seus pais. Quando as forças russas foram forçadas a recuar, em setembro, a cidade voltou a respirar mais aliviada e Olha e seus filhos voltaram para casa. O marido dela está no Exército. Para ela, estar em Kharkiv significava ficar perto dele. Quando pergunto à irmã de Nika se ela tem medo dos ataques aéreos, Viktoria balança a cabeça. "A sirene significa que um míssil pode atingir, ou não. É 50-50. Você só precisa acreditar que tudo ficará bem." Ela tem 11 anos. Os planos O maior problema de Kharkiv é a localização: a fronteira russa fica a apenas 40 quilômetros. "Precisamos de sistemas modernos de defesa aérea. Se os mísseis estão atingindo agora, isso significa que não temos o suficiente", argumenta o prefeito Ihor Terekhov. Mas mesmo os sistemas ocidentais mais atualizados teriam dificuldades com tamanha proximidade. A intensidade dos ataques aéreos aumentou desde dezembro e a escola no metrô está enchendo de crianças. Com a guerra chegando ao seu terceiro ano, Kharkiv construi escolas subterrâneas mais permanentes BBC Assim, a cidade começou a preparar estruturas subterrâneas mais permanentes. No distrito de Industrialny, gravemente danificado por ataques de mísseis, uma nova escola inteira ganha forma debaixo de uma quadra esportiva. As salas de aula serão instaladas cinco metros abaixo da superfície, com capacidade para 900 alunos em dois turnos. Por enquanto, é uma estrutura que ainda passar por reforma, com construtores soldando, rebocando e martelando por todos os lados. O chefe da construção me contou que, antes da invasão, sua empresa construiu um novo zoológico e redesenhou um parque central. "Agora estamos fazendo isso", diz, dando de ombros. 👉 A construção da escola subterrânea o lembra dos bunkers nucleares construídos nas fábricas soviéticas durante a Guerra Fria. "Eu realmente não quero que nos mudemos para o subsolo. Essa é uma medida de segurança forçada", explica o prefeito, durante uma inspeção no local. A escola deve estar pronta até o final de março, embora o prazo pareça otimista. O prefeito planeja estruturas semelhantes em todos os distritos. É um grande investimento. "Os mísseis usados com mais frequência para arruinar nossa cidade levam 40 segundos para chegar aqui", aponta Terekhov. Não é tempo suficiente para evacuar uma escola normal. Esta guerra vai acabar quando vencermos. Mas, enquanto isso, as crianças têm o direito de estudar. Então estamos construindo essas escolas. A história de Maryna Pouco antes de viajarmos para Kharkiv, uma enxurrada de mísseis atingiu áreas residenciais da cidade. Onze pessoas foram mortas. Um míssil atingiu o conjunto de prédios de Maryna Ovcharenko, destruindo todos os apartamentos da seção final. A jovem de 18 anos e seus pais haviam saído de casa apenas dois minutos antes. Maryna diz que viu o míssil chegando. Ela foi arremessada pela onda de choque, mas não se machucou. A adolescente ainda não consegue acreditar que está viva quando tantos de seus vizinhos morreram, incluindo uma criança. Procurando pelas ruínas de seu próprio apartamento, Maryna tenta recuperar pertences pessoais. Ela encontrou sua certidão de nascimento. Sua mãe, Anastasia, encontrou uma mala contendo vestidos de festa. De alguma forma, a família ainda está sorrindo. "Nós temos um ao outro, estamos vivos - e não estamos feridos!", diz Anastasia, puxando sua filha para perto. "É um milagre." No dia seguinte ao ataque de míssil, o pai de Maryna subiu nas ruínas do prédio e colocou uma bandeira ucraniana no telhado. "Estamos aqui e seguimos, não importa o que a Rússia faça conosco. Eles podem nos matar e assassinar, mas estamos de pé", diz Maryna. "Nós seguimos em frente." Os professores Do outro lado da cidade, na escola no metrô, Olha Bondarenko também fala muito sobre desafio e resiliência. Eles chamam Kharkiv de "cidade inquebrável". "Em Kharkiv acontece um ataque aéreo, você se estressa um pouco, depois enxuga suas lágrimas e continua. É assim que todo mundo vive aqui", diz a mãe de dois filhos. Mas a diferença entre a vida e a morte pode ser uma questão de segundos ou metros. Olha tem pesadelos em que fica presa sob as ruínas de sua casa com os filhos. "Tenho muito medo disso. Eu tenho ataques de pânico de estar debaixo dos escombros." As escolas subterrâneas contam uma história de adaptação - e sobrevivência. "Claro que é estranho, mas o que mais podemos fazer? Queremos que nossos filhos cresçam em nosso país. Na Ucrânia", me diz Natalia Bilohryshchenko. O prefeito de Kharkiv planeja estruturas semelhantes em todos os distritos BBC Ela dirige o departamento de educação pré-escolar no conselho da cidade e diz que os professores estavam "pulando de alegria" por voltarem ao trabalho. "Os olhos deles brilhavam. Eles sentiram falta das crianças." De repente, Natalia começa a chorar. "Quando houver paz, venha visitar e mostraremos nossos jardins de infância normais", ela me diz, em lágrimas. "É tudo tão triste... Mas está tudo bem. Tudo ficará bem." Com pesquisas e reportagem adicional de Hanna Chornous, Paul Pradier e Anastasia Levchenko. Moradores de Kiev ficam presos em estação de metrô durante bombardeio russo na cidade
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03/02 - Sisu: MEC divulgou lista errada de aprovados porque não havia terminado de analisar todas as categorias de cotas
Classificações erradas foram divulgadas na terça-feira (30), antes de o site do Sisu sair do ar. MEC alegou "falha técnica" e adiou a publicação. No dia seguinte, alunos que achavam que tinham passado ficaram de fora da lista final. Maria Eduarda perdeu a vaga em engenharia ambiental e sanitária Arquivo pessoal/Reprodução/MEC Fontes ligadas ao Ministério da Educação (MEC) afirmaram ao g1, neste sábado (3), que as primeiras listas de aprovados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), divulgadas em 30 de janeiro, estavam erradas porque não haviam sido finalizadas pela pasta. Os resultados ainda estavam "rodando" internamente, para que todas as regras de cotas fossem aplicadas, quando o site do Sisu passou a exibir as classificações precocemente (veja mais abaixo). Depois de cerca de 25 minutos, a página com as informações equivocadas foi tirada do ar. No dia seguinte, os resultados definitivos e corretos foram divulgados, e alunos que já haviam comemorado a aprovação na universidade descobriram que estavam fora da lista de classificados. Publicamente, o MEC admitiu apenas que houve "uma divulgação indevida de resultados provisórios, ainda não homologados". Segundo a pasta, o episódio está sendo rigorosamente investigado. A seguir, entenda os detalhes do erro, que explicam também por que algumas pessoas foram "mudadas de modalidade de cota" entre a inscrição e os resultados: No meio do cálculo das cotas, a lista foi publicada Em 2024, pela primeira vez, o Sisu passou a seguir um novo critério na distribuição de vagas: ➡️Todos os candidatos concorreram, primeiramente, às vagas de ampla concorrência (mesmo aqueles inscritos como cotistas). Se a universidade X ofereceu 10 vagas nessa modalidade, os 10 alunos com notas mais altas já foram selecionados aqui. ➡️Os cotistas que não conseguiram se classificar na ampla concorrência passaram, aí sim, a ser considerados para as vagas de políticas afirmativas. 🪜Entra aqui uma "escadinha" de tipos de cotas: primeiro, todos os inscritos (sejam cotistas por renda, por raça ou por escola pública) foram avaliados para as vagas de "alunos que estudaram integralmente em escola pública, independentemente da renda". Eram 10 vagas? Então, os dez candidatos com notas mais altas já ficaram garantidos aqui, mesmo que tivessem se inscrito na modalidade de quilombolas, de indígenas ou de pessoas com renda menor do que 1 salário mínimo, por exemplo. ➡️Quem ficou de fora desse primeiro "degrau" passa para o segundo: pessoas que tenham estudado "integralmente em escola pública, independentemente de renda, e que tenha uma deficiência". O candidato se encaixa nesse critério? Sua nota está entre as mais altas? Ele já é classificado aqui. ➡️Depois, o terceiro degrau: vêm os alunos que estudaram "integralmente em escola pública, independentemente de renda, e que se autodeclaram pretos, pardos ou indígenas". Eram 5 vagas? Ficam as 5 maiores notas aqui, mesmo que os alunos tivessem se inscrito em modalidades mais específicas de cota, como pretos, pardos e indígenas E de baixa renda. São, ao todo, 8 "degraus" considerados (veja mais abaixo a lista completa). A cada vez que o sistema analisa uma nova categoria de cotas, a lista de aprovados é modificada, e os candidatos são remanejados. O que aconteceu: o MEC divulgou a relação de classificados no meio do processo, antes de chegar ao último degrau. Emanuely foi aprovada em medicina, mas o sistema mudou sua categoria de cota Arquivo pessoal Um exemplo real: em Camaçari (BA), Emanuely Varjão, de 21 anos, havia se inscrito na modalidade de alunos pretos, pardos e indígenas com renda menor do que 1 salário mínimo. Só que ela foi aprovada em medicina, na categoria de "integralmente em escola pública, independentemente de renda, e que se autodeclaram pretos, pardos ou indígenas". "Eu fiquei sem entender nada. Na cota em que me inscrevi, de baixa renda, eu passaria em 1º lugar. Mas me aprovaram em 19º na modalidade de independentemente da renda'". ➡️Por quê? É que o desempenho dela já era suficiente para esse "terceiro degrau". Se ela não tivesse nota capaz de entrar na categoria de "independentemente da renda", continuaria "descendo a escada" para o: 4º degrau: integralmente em escola pública, independentemente de renda, que se autodeclarem pretos, pardos ou indígenas; 5º degrau: integralmente em escola pública, com renda familiar bruta igual ou inferior a 1 (um) salário-mínimo per capita; 6º degrau: integralmente em escola pública, com renda familiar bruta igual ou inferior a 1 (um) salário-mínimo per capita, que sejam pessoas com deficiência; 7º degrau: integralmente em escola pública, com renda familiar bruta igual ou inferior a 1 (um) salário-mínimo per capita, que se autodeclarem quilombolas; e 8º degrau: integralmente em escola pública, com renda familiar bruta igual ou inferior a 1 (um) salário-mínimo per capita, que se autodeclarem pretos, pardos ou indígenas." Para que há a nova regra de cotas? Até 2023, os candidatos só eram considerados para a categoria de cotas no qual haviam se inscrito, sem esse remanejamento. A ideia da nova política de ações afirmativas, definida pela portaria nº 2.027, de 16 de novembro de 2023, é possibilitar o acesso à universidade a mais cotistas. Uma pessoa autodeclarada preta, por exemplo, que tirar uma nota mais alta do que a exigida na ampla concorrência, será aprovada na "lista geral" e não tirará a vaga de um cotista com desempenho mais baixo. Emanuely, citada mais acima, ao ser deslocada para uma cota de ex-alunos de escola pública, abriu espaço para que outro candidato, também de escola pública e de baixa renda, mas com nota menor, pudesse ser aprovado. Linha do tempo: os erros do Sisu 2024 Sisu: Após candidatos perderem vaga, MEC admite 'divulgação indevida de resultados' O resultado do Sisu, segundo o edital, estava marcado para sair em 30 de janeiro. Alguns estudantes conseguiram visualizar a lista de aprovados na manhã daquele dia, até que a página ficou instável e saiu do ar. Às 20h da mesma data, sem dar detalhes, o MEC informou que "identificou problemas técnicos no sistema e reiniciou os protocolos de homologação", adiando a divulgação dos resultados para quarta-feira (31). Quando, na quarta, as listas definitivas finalmente foram divulgadas, a classificação estava diferente da exibida no dia 30. Estudantes aprovados na véspera — e que chegaram a pintar o rosto com tinta, em comemoração, e a dividir a notícia com os amigos e familiares — caíram posições e descobriram que não haviam conquistado a vaga na universidade. Em 2 de fevereiro, o MEC admitiu que houve foi uma divulgação indevida de resultados provisórios "O que houve foi uma divulgação indevida de resultados provisórios, ainda não homologados, durante 25 minutos da manhã do dia 30 de janeiro. A ocorrência está sendo rigorosamente apurada", disse o MEC. A pasta não respondeu se algo será feito para reparar a frustração desses alunos -- declarou apenas que eles, como todos os que não foram aprovados, podem manifestar interesse em participar da lista de espera até 7 de fevereiro. "O sistema é seguro, e os resultados oficiais não serão modificados", afirmou a pasta. Veja, abaixo, histórias de quem se frustrou com a mudança de resultados e perdeu a vaga na universidade: 'Meu mundo caiu', diz aluna que chegou a comemorar aprovação Khauany chegou a postar no Instagram que havia sido aprovada. No dia seguinte, seu nome saiu da lista de classificados. Arquivo pessoal/Reprodução/MEC Na manhã de terça-feira (30), Khauany Freitas, de 18 anos, entrou no site do Sisu e viu a mensagem com que tanto sonhava: "Parabéns, você foi selecionada na chamada regular". Ela postou no Instagram: "Caloura da UFF [Universidade Federal Fluminense]!!!! Obrigada a Deus e a todas as pessoas que me ajudaram!". Nos braços, escreveu "ciências biológicas" com tinta (nome do curso em que havia sido aprovada na modalidade de cotas). Até que houve uma reviravolta: assim como outros candidatos, por um erro do MEC, Khauany "perdeu" a vaga no dia seguinte. "O site mostrou que eu não tinha passado na faculdade. Fiquei muito frustrada, tive uma crise de ansiedade e só consegui controlar por meio de remédios", conta. A mesma frustração de perder a vaga foi sentida por Maria Eduarda Xavier, de 19 anos, que, de um dia para o outro, viu seu nome "desaparecer" da lista de aprovados em engenharia ambiental no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG). "Eu era a 3ª colocada de 3 vagas de cota [para alunos de escola pública]. Saí para comemorar com a família, mandei mensagem para as minhas melhores amigas, minha mãe postou nas redes... Minha avó [a entrevistada chora ao lembrar] ficou muito feliz de ver a última neta na faculdade. Até que, no dia seguinte, vi que não tinha passado", diz Maria Eduarda. "Meu mundo caiu." Maria Eduarda perdeu a vaga em engenharia ambiental e sanitária Arquivo pessoal/Reprodução/MEC 'Estou sem caminho', diz aluna que pensou ter sido aprovada Sisu: Após candidatos perderem vaga, MEC admite 'divulgação indevida de resultados' No município de Lagarto (SE), Kamilly Giovanna, de 19 anos, ainda não teve coragem de contar para a mãe que, na verdade, não foi aprovada em estatística na Universidade Federal de Sergipe (UFS). No resultado de 30 de janeiro, o nome da jovem estava na 1ª colocação na modalidade de cotas. A página saiu do ar, mas Kamilly acreditou que estivesse tudo correto. No dia seguinte, no entanto, o site do Sisu passou a exibir a seguinte mensagem: "Você não foi selecionada na chamada regular". "Acabou meu dia. Estou péssima, muito angustiada. Estou sem caminho, sem direcionamento, não sei se volto a estudar ou se acredito na chance da lista de espera", diz, chorando. Kamilly pensou que tivesse passado em estatística na UFS Arquivo pessoal/Reprodução/MEC 'Obrigada por ser um lixo, Sisu, obrigada pelo sonho estragado', escreve candidata Em 30 de janeiro, Clara Letícia, de 18 anos, estava comemorando, no cursinho, a conquista da vaga em direito na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Foi nesse momento que descobriu que o site do Sisu estava fora do ar e que a lista de aprovados só voltaria a ser publicada no dia seguinte. Estudante tem nome retirado de lista de aprovados no Sisu no RN Quando, em 31 de janeiro, o MEC divulgou o resultado definitivo, Clara não estava mais classificada para sua 1ª opção — e nem tinha a possibilidade de tentar concorrer na lista de espera, porque havia sido selecionada na 2ª opção (relações internacionais). ➡️Pelas regras do Sisu, só pode concorrer à lista de espera quem não for aprovado em nenhuma das duas opções de curso marcadas na inscrição. "Eu me senti impotente e iludida. Não quis acreditar que aquilo estava acontecendo comigo", conta ao g1. Nas redes sociais, ela escreveu: "Obrigada por ser um lixo, SISU, obrigada pelo sonho estragado! Sonhei com minha aprovação À TOA. Tô devastada!". Clara Letícia havia até comemorado no cursinho sua aprovação em direito Arquivo pessoal/Reprodução/MEC 'Não tenho coragem de contar para as pessoas que, na verdade, não passei' Duas candidatas preferiram não ser identificadas na reportagem. "Não quero falar que sou eu. Eu já tinha postado e comemorado minha aprovação", diz uma das jovens, que ocupava, no dia 30, a última vaga de medicina de uma universidade federal. Em 31 de janeiro, o site do Sisu passou a mostrar que ela só terá chance se for convocada na lista de espera (ou seja, se algum dos classificados na 1ª chamada não fizer a matrícula). "Sempre participei do Sisu, e isso nunca tinha acontecido", conta. A outra estudante, de 17 anos, estava feliz com a aprovação em um curso de ciência e tecnologia no Rio Grande do Norte. Quando o MEC informou que os resultados "definitivos" sairiam só no dia seguinte, ela nem cogitou a possibilidade de ficar de fora. "Minha nota estava alta. Não me preocupei. Postei no Instagram e comecei a planejar minha mudança de cidade", diz. "Até que descobri, em 31 de janeiro, que meu nome não estava mais entre os aprovados. Chorei a noite toda. Agora, vou focar no Enem de novo." Na lista de espera, alunos caíram posições Em Macaé (RJ), Pedro Lora, de 19 anos, passou a manhã do dia 30 de janeiro atualizando a página do Sisu. Quando o resultado apareceu, ele descobriu que estava em primeiro lugar na reclassificação (ou seja, se alguém desistisse, ele seria o primeiro a ser chamado pela universidade). Chegou até a enviar uma mensagem para o pai: "Sou o 21º de 20. Uma única unidade de pessoa [na minha frente]". Só que, quando Pedro entrou novamente no site no dia seguinte, sua posição havia caído para 27º lugar. "Minhas chances diminuíram exponencialmente. A lista de engenharia elétrica não costuma 'rodar' tanto. Dá um sentimento de frustração: recebi uma injeção de expectativa e depois perdi tudo", afirma. Pedro Lora caiu posições na lista de espera para engenharia elétrica no Sisu Arquivo pessoal/Reprodução/MEC Vídeos
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03/02 - Como resolver o 'enigma de Einstein' que supostamente só 2% das pessoas conseguem solucionar
O chamado "enigma de Einstein" — aquele que, supostamente, apenas 2% da população pode resolver — está rodeado de outros enigmas. GETTY IMAGES via BBC O chamado "enigma de Einstein" — aquele que, supostamente, apenas 2% da população pode resolver — está rodeado de outros enigmas. Não existem fontes confiáveis, nem estudos científicos, nada que possa comprovar se foi realmente Einstein quem propôs a charada e que 98% da humanidade não é capaz de resolvê-la. O certo é que o enigma e todas as suas variações espalharam-se rapidamente pela internet e pelos meios de comunicação. O problema chegou até a ser mencionado pela Universidade Stanford, nos Estados Unidos. O que diz o enigma? O enunciado da questão fornece 15 pistas sobre uma rua onde há cinco casas. Cada casa é de uma cor, cada morador tem uma nacionalidade, um animal de estimação, uma bebida e uma marca de cigarro — todos, diferentes. 🧐🗝️🧠 O objetivo é descobrir quem é o dono do peixe, sabendo que: O britânico vive na casa vermelha. O sueco tem um cachorro. O dinamarquês toma chá. O norueguês mora na primeira casa. O alemão fuma Prince. A casa verde fica ao lado da branca, à esquerda. O morador da casa verde toma café. Quem fuma Pall Mall tem pássaros. O morador da casa amarela fuma Dunhill. O morador da casa central toma leite. Quem fuma Blends mora ao lado de quem tem um gato. Quem tem um cavalo mora ao lado de quem fuma Dunhill. Quem fuma Bluemaster toma cerveja. Quem fuma Blends mora ao lado de quem toma água. O norueguês mora ao lado da casa azul. O mito dos 2% Preciso abrir um parêntese neste artigo e aproveito para incentivar você a deixar de ler e tentar resolver a charada: não é verdade que apenas 2% da humanidade consegue chegar à solução. Com esta informação e se você achar oportuno, coloque este artigo de lado por algum tempo, pegue um lápis e papel e tente achar a resposta. Dito isto, prosseguimos rumo à solução. Existe uma forma gráfica de resolver o enigma... usando o PowerPoint! Se você já começou a resolver o problema, talvez tenha imaginado que é preciso preencher um quadro, usando as pistas até descobrir, afinal, quem é o dono do peixe. Este é um bom caminho. Mas, em vez de quadro, permita-me chamá-lo de tabuleiro. No texto abaixo, existe uma explicação passo a passo sobre como resolver o problema. Confira no vídeo como funciona essa solução. 📝 Vamos primeiro inserir retângulos em uma folha em branco do PowerPoint. BBC Em seguida, colocamos todas as “cartas” disponíveis. A ordem, por enquanto, não importa – vamos incluindo simplesmente conforme elas aparecem. ⚠️Teremos então algo assim (atenção: esta não é a solução; recomendo copiar o tabuleiro em branco em outro slide do PowerPoint, para ir preenchendo posteriormente): BBC Agora, vem o X da questão. 🎥Veja no vídeo acima como resolver o problema com ajuda do PowerPoint. Vamos usar a função Agrupar do PowerPoint para entrelaçar as cartas com as pistas que já temos. Quando duas figuras são agrupadas, elas se fundem e se movem como se fossem uma só. Uso a tecla Control para selecionar as duas. 🕵️ Assim, agrupamos as células sabendo que a pista 1 diz: “o britânico vive na casa vermelha” e separamos essas cartas do tabuleiro. Prosseguimos com as pistas 2 e 3, movendo as cartas para mantê-las na fila e na coluna correspondentes (observe que a opção Trazer para a Frente, do PowerPoint, também pode ajudar). O sueco tem um cachorro e o dinamarquês toma chá. A pista 4 – “o norueguês mora na primeira casa” – é ainda mais fácil. Podemos incorporá-la diretamente ao tabuleiro final da solução. Vamos repetindo a operação Agrupar com as pistas 5, 6, 7, 8 e 9. A pista 10 – “o morador da casa central toma leite” – passa diretamente para o tabuleiro final. BBC Com a pista 11 (“quem fuma Blends mora ao lado de um gato”), é preciso ter mais cuidado: “gato” vai ao lado de “Blends”, mas de qual lado? Precisamos deixar as duas opções disponíveis (esquerda ou direita) no tabuleiro. 🟨 E, para não esquecer que as duas opções são da mesma combinação, deixamos com fundo amarelo. O mesmo acontece com a pista 12 (o cavalo ao lado de Dunhill). O fato de que Dunhill já esteja agrupado com a casa amarela não chega a ser um problema – o cigarro é devolvido ao tabuleiro para manter as distâncias. A esta altura, já não é preciso muito esforço para incluir a pista 13, que indica que Bluemaster vai com a cerveja. Mas é preciso prestar atenção na pista 14: “quem fuma Blends mora ao lado de quem toma água”. Com “Blends”, já tínhamos duas opções no quadro amarelo. Quem toma água pode ficar de um lado ou do outro e, por isso, surgem quatro possibilidades. E, por último, vem a pista 15 – “o norueguês mora ao lado da casa azul”. Esta passa diretamente para o tabuleiro final. Depois de analisadas todas as pistas (o peixe, por sinal, não aparece em nenhuma delas), passamos a jogar para ver onde entra cada uma elas. Para isso, trazemos o tabuleiro final para o primeiro slide (ou o contrário, não serei eu a dizer como jogar). Agora, vamos tentar. Primeiro, vamos incluir as palavras que têm apenas uma opção. Por exemplo, os grupos “Pall Mall – pássaros” e “britânico – vermelha” cabem em vários locais, mas “verde – branca – café” só se encaixa em um. BBC O que nos deixa apenas uma opção para o grupo “britânico – vermelha”. Vamos colocar! O espaço vazio na linha das cores só pode ser “amarela”, que tinha duas opções de inclusão no tabuleiro. Como não pode haver nada à esquerda, será a opção de cima. BBC A partir de agora, tudo se complica, principalmente para quem tentou resolver com lápis e papel. Isso porque todos os grupos têm várias opções. Nossa única alternativa é o conhecido “azar de goleiro” – ou seja, fazer suposições, como se estivéssemos resolvendo um sudoku. Vamos supor, por exemplo, que o grupo “cerveja – Bluemaster” entre na casa azul. LEIA TAMBÉM: Após candidatos perderem vaga no Sisu, MEC admite 'divulgação indevida de resultados provisórios' por 25 minutos Como escrita à mão beneficia o cérebro e ganha nova chance em escolas Brasil pode ter milhares de superdotados que não sabem de seu alto QI Com isso, ficamos apenas com as opções “dinamarquês – chá” na casa branca e “alemão – café”, na verde. Mas atenção! Agora, não temos onde colocar o grupo “sueco – cachorro”. Por isso, a hipótese “cerveja – Bluemaster” na casa azul está errada. Ela deve ir para a casa branca. É preciso desfazer tudo... Agora, sim. Podemos começar a preencher novamente. BBC 🟢🔎E atenção! Habemus dono do peixe! Bingo! BBC Afinal, quem é o dono do peixe? A conclusão é que o dono do peixe é um alemão que mora em uma casa verde, toma café e fuma Prince. Viva! Espero que tenha sido interessante e incentivo você a desafiar seus amigos a tentar resolver o problema. Receba um abraço enigmático! * José María Manzano Crespo é professor de sistemas e automação da Universidade Loyola Andaluzia, na Espanha. Este artigo foi publicado originalmente no site de notícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão original em espanhol. VÍDEO: Brasileiro que estuda em Genebra explica o ‘enigma da vitória régia’ Brasileiro que estuda em Genebra explica o ‘enigma da vitória régia’
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02/02 - Após desistir de doutorado, sergipana que tirou nota máxima na redação do Enem 2023 é aprovada em medicina
Estudante de 31 anos se dedicou aos estudos durante sete anos até chegar ao resultado almejado. Após desistir de doutorado, Indira foi aprovada em medicina Arquivo pessoal A estudante Indira Morgana de Araújo Silva, de 31 anos, uma dos três sergipanos que alcançaram a pontuação máxima na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, foi aprovada em 2º lugar em medicina da Universidade Federal de Sergipe. Ela chegou a desistir do doutorado para se dedicar às tentativas de passar no curso que almejava desde a adolescência. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 SE no WhatsApp Em 2010, a sergipana tentou cursar medicina, mas logo desistiu, acreditando que não seria aprovada, e foi cursar agronomia, profissão na qual possui mestrado. Em 2017, foi aprovada no doutorado em duas universidades, sendo uma delas a Federal de Viçosa (UFV), mas o sonho a impediu de sair de Sergipe para Minas Gerais. “Medicina é uma profissão nobre, que se dedica a cuidar do outro. A estabilidade financeira também foi uma das minhas motivações”, disse. De acordo com Indira, se não fosse aprovada no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) de 2024, publicado nessa quinta-feira (2), começaria a estudar para concursos e desistiria da mudança de carreira, após sete anos de estudos. “Eu nem acreditei. A ficha só caiu quando eu comecei a receber mensagens dos amigos e familiares parabenizando pela aprovação”. Indira durante estudos para o Enem Arquivo pessoal Indira irá cursar medicina no campus da UFS em Lagarto, que fica a cerca de 30 minutos da sua cidade, Simão Dias, onde mora com os pais. Urologia é uma das possíveis especializações que pretende seguir, após a graduação, que dura cerca de seis anos. Redação nota mil Em todo o país, 60 pessoas conseguiram tirar nota máxima. "Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil” foi o tema da redação. 65.542 pessoas se inscreveram para fazer o Enem em Sergipe. Enem 2023: sergipana que tirou nota mil na redação diz que estudou nas horas vagas do trabalho ‘Foquei nos detalhes’, diz sergipano nota mil na redação Três candidatos de Sergipe tiraram nota mil na redação Enem
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02/02 - Aulas vão retornar e mais de 500 mil estudantes não tomaram vacina da Covid-19 no ES
Meta vacinal é de 90% de cobertura com o esquema primário, mas, sobretudo no caso das crianças capixabas, a realidade está muito aquém do esperado Mais de 500 mil estudantes não tomaram vacina da Covid-19 Mesmo com a circulação de novas variantes da doença, mais de 500 mil crianças e adolescentes ainda não foram vacinadas contra a Covid-19 no Espírito Santo. As aulas da rede municipal e estadual retornam na segunda-feira (5). Municípios da Grande Vitória têm opções com agendamento e por livre demanda. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Espírito Santo, 526.246 crianças e adolescentes ainda não foram vacinadas contra a Covid-19 no estado. Confira, por grupo de idade, quantos ainda não se vacinaram (esquema primário): 6 meses a 2 anos: 147.632 pessoas 3 a 4 anos: 96.472 pessoas 5 a 11 anos: 199.611 pessoas 12 a 17 anos: 82.531 pessoas 📲 Clique aqui para seguir o canal do g1 ES no WhatsApp A Sesa explicou que a vacina contra a Covid-19 foi incorporada pelo Ministério da Saúde, em 2024, ao Calendário Nacional de Vacinação para crianças de seis meses a 4 anos e 11 meses, e que o esquema vacinal é composto por três doses (D1, D2 e D3), sendo que, entre a D1 e a D2, a aplicação deve ocorrer com intervalo de quatro semanas. Já entre a D2 e a D3, esse espaço deve ser de oito semanas. Crianças estão com cartão vacinal incompleto Freepik/Divulgação/Prefeitura de Cubatão Para as demais pessoas acima dos 5 anos de idade e que não pertençam aos grupos prioritários, é facultativa a vacinação para aqueles que ainda não iniciaram o esquema ou estão com esquema vacinal primário incompleto (D1 e D2). Mesmo sendo opcional, a Sesa orienta que crianças e adolescentes acima dos 5 anos, sobretudo os pertencentes aos grupos prioritários, sejam vacinados. LEIA TAMBÉM ES disponibiliza 2ª dose de reforço de vacina bivalente contra Covid-19; veja quem pode tomar ES tem aumento de casos de Covid-19 após o carnaval e risco de nova onda A meta vacinal para Covid-19 é de 90% de cobertura com o esquema primário. Mas, sobretudo no caso das crianças capixabas, a realidade continua muito aquém do esperado. 6 meses a 2 anos: 2,94% 3 a 4 anos: 5,51% 5 a 11 anos: 43,41% 12 a 17 anos: 72,57% Diante da situação, a Sesa reforçou que mmanter crianças e adolescentes imunizados diminui o risco de agravamento dos casos, que podem levar à hospitalização e morte. VÍDEOS: tudo sobre o Espírito Santo Veja o plantão de últimas notícias do g1 Espírito Santo
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02/02 - Após candidatos perderem vaga no Sisu, MEC admite 'divulgação indevida de resultados provisórios' por 25 minutos
Classificações erradas foram divulgadas na terça-feira (30), antes de o site do Sisu sair do ar. MEC alegou "falha técnica" e adiou a publicação. No dia seguinte, alunos que achavam que tinham passado ficaram de fora da lista final. MEC admitiu que os resultados do Sisu foram divulgados "de maneira indevida" O Ministério da Educação (MEC) admitiu, nesta sexta-feira (2), que os resultados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) foram divulgados "de maneira indevida" na manhã de 30 de janeiro. Durante 25 minutos, as listas de aprovados que apareceram no site não estavam corretas, afirmou a pasta ao g1. A página do Sisu saiu do ar logo em seguida e foi republicada em 31 de janeiro, com as classificações definitivas e diferentes das já exibidas na véspera. Com isso, candidatos que chegaram a comemorar a aprovação na universidade descobriram que "perderam" a vaga. "O que houve foi uma divulgação indevida de resultados provisórios, ainda não homologados, durante 25 minutos da manhã do dia 30 de janeiro. A ocorrência está sendo rigorosamente apurada", disse o MEC. A pasta não respondeu se algo será feito para reparar a frustração desses alunos -- declarou apenas que eles, como todos os que não foram aprovados, podem manifestar interesse em participar da lista de espera até 7 de fevereiro. "O sistema é seguro, e os resultados oficiais não serão modificados", afirmou a pasta. Veja, em resumo, o que aconteceu: O resultado do Sisu, segundo o edital, estava marcado para sair em 30 de janeiro. Alguns estudantes conseguiram visualizar a lista de aprovados na manhã daquele dia, até que a página ficou instável e saiu do ar. Às 20h da mesma data, sem dar detalhes, o MEC informou que "identificou problemas técnicos no sistema e reiniciou os protocolos de homologação", adiando a divulgação dos resultados para quarta-feira (31). Quando, na quarta, as listas definitivas finalmente foram divulgadas, a classificação estava diferente da exibida no dia 30. Estudantes aprovados na véspera — e que chegaram a pintar o rosto com tinta, em comemoração, e a dividir a notícia com os amigos e familiares — caíram posições e descobriram que não haviam conquistado a vaga na universidade. Em 2 de fevereiro, o MEC admitiu que houve foi uma divulgação indevida de resultados provisórios. 'Meu mundo caiu', diz aluna que chegou a comemorar aprovação Khauany chegou a postar no Instagram que havia sido aprovada. No dia seguinte, seu nome saiu da lista de classificados. Arquivo pessoal/Reprodução/MEC Na manhã de terça-feira (30), Khauany Freitas, de 18 anos, entrou no site do Sisu e viu a mensagem com que tanto sonhava: "Parabéns, você foi selecionada na chamada regular". Ela postou no Instagram: "Caloura da UFF [Universidade Federal Fluminense]!!!! Obrigada a Deus e a todas as pessoas que me ajudaram!". Nos braços, escreveu "ciências biológicas" com tinta (nome do curso em que havia sido aprovada na modalidade de cotas). Até que houve uma reviravolta: assim como outros candidatos, por um erro do MEC, Khauany "perdeu" a vaga no dia seguinte. "O site mostrou que eu não tinha passado na faculdade. Fiquei muito frustrada, tive uma crise de ansiedade e só consegui controlar por meio de remédios", conta. A mesma frustração de perder a vaga foi sentida por Maria Eduarda Xavier, de 19 anos, que, de um dia para o outro, viu seu nome "desaparecer" da lista de aprovados em engenharia ambiental no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG). "Eu era a 3ª colocada de 3 vagas de cota [para alunos de escola pública]. Saí para comemorar com a família, mandei mensagem para as minhas melhores amigas, minha mãe postou nas redes... Minha avó [a entrevistada chora ao lembrar] ficou muito feliz de ver a última neta na faculdade. Até que, no dia seguinte, vi que não tinha passado", diz Maria Eduarda. "Meu mundo caiu." Maria Eduarda perdeu a vaga em engenharia ambiental e sanitária Arquivo pessoal/Reprodução/MEC 'Estou sem caminho', diz aluna que pensou ter sido aprovada Sisu: Após candidatos perderem vaga, MEC admite 'divulgação indevida de resultados' No município de Lagarto (SE), Kamilly Giovanna, de 19 anos, ainda não teve coragem de contar para a mãe que, na verdade, não foi aprovada em estatística na Universidade Federal de Sergipe (UFS). No resultado de 30 de janeiro, o nome da jovem estava na 1ª colocação na modalidade de cotas. A página saiu do ar, mas Kamilly acreditou que estivesse tudo correto. No dia seguinte, no entanto, o site do Sisu passou a exibir a seguinte mensagem: "Você não foi selecionada na chamada regular". "Acabou meu dia. Estou péssima, muito angustiada. Estou sem caminho, sem direcionamento, não sei se volto a estudar ou se acredito na chance da lista de espera", diz, chorando. Kamilly pensou que tivesse passado em estatística na UFS Arquivo pessoal/Reprodução/MEC 'Obrigada por ser um lixo, Sisu, obrigada pelo sonho estragado', escreve candidata Em 30 de janeiro, Clara Letícia, de 18 anos, estava comemorando, no cursinho, a conquista da vaga em direito na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Foi nesse momento que descobriu que o site do Sisu estava fora do ar e que a lista de aprovados só voltaria a ser publicada no dia seguinte. Estudante tem nome retirado de lista de aprovados no Sisu no RN Quando, em 31 de janeiro, o MEC divulgou o resultado definitivo, Clara não estava mais classificada para sua 1ª opção — e nem tinha a possibilidade de tentar concorrer na lista de espera, porque havia sido selecionada na 2ª opção (relações internacionais). ➡️Pelas regras do Sisu, só pode concorrer à lista de espera quem não for aprovado em nenhuma das duas opções de curso marcadas na inscrição. "Eu me senti impotente e iludida. Não quis acreditar que aquilo estava acontecendo comigo", conta ao g1. Nas redes sociais, ela escreveu: "Obrigada por ser um lixo, SISU, obrigada pelo sonho estragado! Sonhei com minha aprovação À TOA. Tô devastada!". Clara Letícia havia até comemorado no cursinho sua aprovação em direito Arquivo pessoal/Reprodução/MEC 'Não tenho coragem de contar para as pessoas que, na verdade, não passei' Duas candidatas preferiram não ser identificadas na reportagem. "Não quero falar que sou eu. Eu já tinha postado e comemorado minha aprovação", diz uma das jovens, que ocupava, no dia 30, a última vaga de medicina de uma universidade federal. Em 31 de janeiro, o site do Sisu passou a mostrar que ela só terá chance se for convocada na lista de espera (ou seja, se algum dos classificados na 1ª chamada não fizer a matrícula). "Sempre participei do Sisu, e isso nunca tinha acontecido", conta. A outra estudante, de 17 anos, estava feliz com a aprovação em um curso de ciência e tecnologia no Rio Grande do Norte. Quando o MEC informou que os resultados "definitivos" sairiam só no dia seguinte, ela nem cogitou a possibilidade de ficar de fora. "Minha nota estava alta. Não me preocupei. Postei no Instagram e comecei a planejar minha mudança de cidade", diz. "Até que descobri, em 31 de janeiro, que meu nome não estava mais entre os aprovados. Chorei a noite toda. Agora, vou focar no Enem de novo." Na lista de espera, alunos caíram posições Em Macaé (RJ), Pedro Lora, de 19 anos, passou a manhã do dia 30 de janeiro atualizando a página do Sisu. Quando o resultado apareceu, ele descobriu que estava em primeiro lugar na reclassificação (ou seja, se alguém desistisse, ele seria o primeiro a ser chamado pela universidade). Chegou até a enviar uma mensagem para o pai: "Sou o 21º de 20. Uma única unidade de pessoa [na minha frente]". Só que, quando Pedro entrou novamente no site no dia seguinte, sua posição havia caído para 27º lugar. "Minhas chances diminuíram exponencialmente. A lista de engenharia elétrica não costuma 'rodar' tanto. Dá um sentimento de frustração: recebi uma injeção de expectativa e depois perdi tudo", afirma. Pedro Lora caiu posições na lista de espera para engenharia elétrica no Sisu Arquivo pessoal/Reprodução/MEC Vídeos
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02/02 - Estudante com autismo que passou em medicina na UFPB conciliou estudos e trabalho e se preparou por três anos em casa
Luanna fez um cursinho pela internet e também usou material gratuito. Ela precisou conciliar o trabalho como fisioterapeuta com os estudos para o Enem. Luanna Barbosa, aprovada em medicina na UFPB Luanna Barbosa/Arquivo pessoal Três anos foi tempo que durou a preparação de Luanna Barbosa, que é uma pessoa autista de 32 anos, rumo à aprovação em medicina, na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Para passar no curso dos sonhos, ela estudou em casa com um cursinho online e também usou materiais gratuitos disponibilizados na internet. “Foi necessário pra manter meu foco, sem distrações”, justificou. A paraibana, de Campina Grande, já é formada em fisioterapia e também precisou conciliar o trabalho, com uma carga horária de 20 horas semanais, e as 10 horas de estudos por dia. Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp Compartilhe esta notícia pelo Telegram “Sempre persisti, mesmo com minhas dificuldades. Em alguns dias dava um desânimo, mas quando se tem um objetivo, temos que continuar, independente da idade ou classe social”, destacou. Cursar medicina, por outro lado, é um sonho antigo, que foi adiado por conta das condições financeiras da família de Luanna. Após anos como ambulante, a mãe dela agora possui um comércio de lanches. Já o pai é operador de máquinas. “Depois da pandemia se intensificou a vontade de fazer medicina. Sendo que sempre foi um sonho de infância. Porém, eu vim de uma família de baixa renda na época e o objetivo ficou um pouco distante”, contou. LEIA TAMBÉM: Jovem passa em medicina na UFCG após oito tentativas: 'Essa era a minha última' A fisioterapeuta vai seguir com as atividades profissionais até o começo das aulas, quando terá que se mudar para João Pessoa. Já na capital paraibana, Luanna vai contar com o apoio de familiares, que devem auxiliá-la com o que for necessário, com tudo que a possibilite viver com qualidade. “Como sou uma pessoa autista, preciso de um suporte, nem que seja mínimo. Eu tenho ansiedade social. Não consigo ir em um supermercado sozinha, por exemplo, porque posso ter crises sensoriais, não consigo falar por ligação, às vezes tenho que ser lembrada que tenho que comer”, explicou. Luanna Barbosa é pessoa com autismo e passou para medicina na UFPB Luanna Barbosa/Arquivo pessoal Jornada de estudos também contou com resolução de questões Além das aulas do cursinho online e todo o material gratuito encontrado na internet, Luanna também apostou na resolução de questões para fixar o conteúdo estudado. “Por em prática o que aprendeu é essencial para aprovação. Não adianta só o estudo passivo”, ressaltou. Foi assim que a estudante alcançou uma média de 739.1 e foi aprovada na cota para pessoas com deficiência, que foram estudantes de escola pública. Para quem vai começar a se preparar para o Enem, Luanna tem alguns conselhos: Quem não tem base alguma para o Enem deve estudar matemática básica, treinar redação e conciliar teoria e prática; Observar se a universidade de interesse tem pesos e focar nas áreas de maior peso; Se o candidato já tem uma boa base, mas não conseguiu a aprovação por pouco, deve focar no que tem mais dificuldade e praticar o que já sabe; Investir na redação que representa a possibilidade de aumentar a média final; Cuidar da saúde mental. ‘Nós autistas podemos ocupar os mesmos lugares’ Luanna tem consciência do capacitismo que ainda é presente em muitos lugares. “Mas nós autistas podemos ocupar os mesmos lugares e sermos excelentes tanto quanto os neurotípicos - pessoas que não possuem dificuldades relacionadas com sociabilidade, aprendizagem, atenção, humor e outras funções cognitivas. Não podemos deixar que pessoas preconceituosas limitem nossos sonhos e objetivos”, reforçou. Diante das dificuldades com que convive e das necessidade que tem, a estudante escolheu a UFPB para estudar. “A UFPB tem tido um excelente trabalho de apoio a nós PCDs. Vamos continuar ocupando mais e mais os espaços por direito nas universidades públicas do Brasil, em diversas profissões e em diversos níveis hierárquicos profissionais”, concluiu. Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba
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02/02 - Rio proíbe celulares nas escolas até no recreio; veja exceções
A medida veio depois de uma consulta pública, aberta em dezembro, em que 83% dos respondentes concordaram com a restrição. Rio proíbe celulares nas escolas até no recreio Um decreto do prefeito Eduardo Paes (PSD) publicado no Diário Oficial desta sexta-feira (2) proíbe o uso de celulares nas escolas da rede municipal — inclusive no recreio. A medida entra em vigor em 30 dias. Desde agosto, o estudante da prefeitura já não podia pegar no telefone dentro da classe, somente nos intervalos. A partir de março, nem isso. Diz o decreto: “Fica proibida a utilização de celulares e outros dispositivos eletrônicos pelos alunos nas unidades escolares da rede pública municipal de ensino nas seguintes situações: dentro da sala de aula; fora da sala de aula quando houver explanação do professor e/ou realização de trabalhos individuais ou em grupo na unidade escolar; durante os intervalos, incluindo o recreio.” “Os celulares e demais dispositivos eletrônicos deverão ser guardados na mochila ou bolsa do próprio aluno, desligado ou ligado em modo silencioso e sem vibração”, especifica o decreto. “A gente acredita que a escola é um local de aprendizagem e interação social. As crianças não podem continuar ficando isoladas nas suas próprias telas, sem interagir umas com as outras, sem brincar. A escola precisa dessa interação humana”, disse o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha. Oito em cada 10 pessoas são a favor de proibir o uso de celulares em escolas do Rio Reprodução/TV Globo Exceções O aluno poderá mexer no celular nas seguintes exceções: antes da primeira aula do dia, desde que fora da sala; após a última aula do dia, desde que fora da sala; quando houver autorização expressa do professor regente para fins pedagógicos, como pesquisas, leituras ou acesso ao material Rioeduca; para os alunos com deficiência ou com condições de saúde que necessitam destes dispositivos para monitoramento ou auxílio de sua necessidade; durante os intervalos, incluindo o recreio, quando a cidade estiver classificada a partir do Estágio Operacional 3; quando houver autorização expressa da equipe gestora da unidade escolar em casos que ensejem o fechamento ou interrupção temporária das atividades da unidade escolar, de acordo com o protocolo do programa Acesso Mais Seguro; durante os intervalos para os alunos da Educação de Jovens e Adultos; quando houver autorização expressa da equipe gestora da unidade escolar por motivos de força maior. Em caso de descumprimento pelo aluno, “o professor poderá advertir o aluno e/ou cercear o uso dos dispositivos eletrônicos em sala de aula, bem como acionar a equipe gestora da unidade escolar”. Justificativas A medida veio depois de uma consulta pública, aberta em dezembro, em que 83% dos respondentes concordaram com a restrição. O resultado saiu no último dia 23. Ao justificar o decreto, Paes citou a própria pesquisa da Secretaria Municipal de Educação e recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) sobre limites no tempo de tela para crianças. “A análise [da Unesco] de uma grande amostra de jovens com idades entre 2 e 17 anos nos Estados Unidos mostrou que um maior tempo de tela estava associado a uma piora do bem-estar; menos curiosidade, autodisciplina e estabilidade emocional; maior ansiedade e diagnósticos de depressão”, escreveu Paes. “A tecnologia pode ter um impacto negativo se for inadequada ou excessiva. Dados de avaliações internacionais em larga escala, tais como os fornecidos pelo Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (Pisa) — maior avaliação mundial de estudantes —, sugerem uma correlação negativa entre o uso excessivo das tecnologias (...) e o desempenho acadêmico. Descobriu-se que a simples proximidade de um aparelho celular era capaz de distrair os estudantes e provocar um impacto negativo na aprendizagem em 14 países”, prosseguiu o prefeito. Paes afirmou ainda que “estudos da Bélgica, Espanha e Reino Unido mostram que proibir telefones celulares nas escolas melhora o desempenho acadêmico, especialmente para estudantes com baixo desempenho”. “Um relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), responsável pelo Pisa, revela que 45% dos alunos relataram sentir-se nervosos ou ansiosos se seus telefones não estivessem perto deles, em média, nos países da OCDE, e 65% relataram serem distraídos pelo uso de dispositivos digitais em pelo menos algumas aulas de matemática. A proporção ultrapassou 80% na Argentina, Brasil, Chile, Finlândia e Uruguai”, detalhou.
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02/02 - 'Remigração' é eleita 'despalavra' do ano na Alemanha
Todos os anos, um termo em alemão é selecionado para representar expressões depreciativas. O vencedor de 2023 é utilizado pela extrema direita para se referir à deportação em massa e expulsão de migrantes. A “despalavra” do ano na Alemanha "Remigração" foi escolhida a pior palavra de 2023 na Alemanha, anunciou o júri da Unwort des Jahres ("despalavra do ano") no começo deste ano. 👉 O termo trata-se de um eufemismo utilizado pela extrema direita alemã para se referir à deportação em massa e expulsão de migrantes e seus descendentes. Em segundo lugar, ficou o termo Sozialklimbim ("parafernália social"), que surgiu durante a discussão em torno do bem-estar social básico para as crianças, representando uma retórica discriminatória que vem sendo utilizada com frequência cada vez maior. Na terceira colocação, ficou o termo Heizungs-Stasi ("Stasi do aquecedor"), em referência a uma campanha de propaganda política contra medidas de proteção ao clima. A Stasi era a antiga polícia secreta da Alemanha Oriental, conhecida pela vigilância excessiva dos hábitos cotidianos da população durante o regime comunista. O nome foi associado à palavra "aquecedor" em meio ao debate sobre a necessidade de economizar gás natural no país, utilizado no aquecimento das residências. Xenofobia e polêmica O termo "remigração" ganhou notoriedade nos últimos dias após o portal de jornalismo investigativo Correctiv denunciar que políticos do partido Alternativa para a Alemanha (AfD) – sigla que tem uma parcela de suas estruturas já sob observação da inteligência alemã por suspeita fundamentada de afronta à Constituição e à ordem democrática alemã – participaram de uma reunião na qual teria sido discutida a deportação em massa de milhões de imigrantes e "cidadãos não assimilados". No encontro, foi apresentado um projeto de "remigração", ou seja, o retorno, forçado ou por outros meios, de migrantes aos seus lugares de origem – independentemente de eles possuírem ou não a cidadania alemã e de terem ou não nascido e vivido a vida inteira na Alemanha. Na reunião, segundo o Colectiv, foram feitas referências à expulsão de requerentes de asilo, estrangeiros com títulos de residência e alemães com background migratório que não estiverem adaptados à sociedade alemã. 🚨 Segundo dados do Departamento de Estatística da Alemanha, praticamente um em cada quatro habitantes do país (24,3%) tem raízes migratórias. Isso inclui tanto pessoas que nasceram no país quanto aqueles que migraram para a Alemanha. Após a reunião vir à tona, o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, e a ministra alemã das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, participaram de um protesto contra o extremismo de direita em Potsdam, ao lado de outras milhares de pessoas. Manifestantes saem às ruas de Frankfurt para protestar contra a AfD, de extrema-direita REUTERS/Kai Pfaffenbach Palavra depreciativa do ano A "despalavra do ano" visa promover a conscientização sobre termos que violam a dignidade humana e os princípios da democracia ou levam à discriminação. Escolhida na Alemanha desde 1991, a "despalavra" de ordem política foi selecionada pela Sociedade da Língua Alemã até 1994, quando um júri independente em Darmstadt assumiu o projeto anual. Qualquer pessoa pode propor uma palavra e cabe ao júri tomar a decisão final. Segundo os responsáveis pela seleção, entre sugestões enviadas ao colegiado pela população alemã, expressões linguísticas se tornam "despalavras" por serem pronunciadas de forma irrefletida ou com intenções dignas de crítica num contexto público. Ao longo do ano passado, os jurados receberam 2.301 propostas do público, somando 710 expressões diferentes. Entre estas, 110 se encaixavam no critério de ser uma "não palavra". Entre as candidatas também estavam termos como Kriegstüchtigkeit ("eficiência de guerra"), Gamechanger ("virada no jogo") e Klimakleber ("cola do clima"), que se refere aos ativistas do clima que colam suas mãos no asfalto durante protestos. VÍDEO Por que um copo plástico cheio de água não derrete no fogo?
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02/02 - Aposentado é aprovado para o curso de física na UFMT aos 66 anos: 'quero competir no mercado de trabalho'
Antônio Nazaré se inscreveu em um cursinho preparatório e realizou o Enem pela primeira vez. O professor do cursinho preparatório contou que Antônio era um aluno exemplar: chegava primeiro e era o último a sair. Antônio Nazaré da Costa foi aprovado para cursar física na UFMT Arquivo pessoal O aposentado Antônio Nazaré da Costa, de 66 anos, é o mais novo aluno do curso de física da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Motivado pelo sonho de voltar ao mercado de trabalho, ele se inscreveu em um cursinho preparatório no ano passado e realizou, pela primeira vez, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e foi aprovado. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1MT no WhatsApp Ao g1, Antônio contou que decidiu estudar, porque gosta muito da área de ciência e que o campo de pesquisa abordado pela física pode lhe render uma vaga em grandes empresas de refinaria. “Andei pesquisando e esse curso é voltado para área de pesquisa. Meu interesse é fazer pesquisa para se relacionar com grandes empresas. Então, vou estudar para isso e quero competir no mercado de trabalho para exercer a profissão”, contou. António Nazaré da Costa sonha em voltar ao mercado de trabalh Arquivo pessoal Casado há 38 anos, com dois filhos e um neto, Antônio tem um histórico de estudos. Nascido em uma fazenda da família em Santo Antônio de Leverger, a 35 km de Cuiabá, ele ingressou na Força Aérea em 1986, como inspetor de aviação civil. Formado em licenciatura de ciências, concluiu o curso em 1987 e, depois, atuou como professor de matemática. Atualmente, trabalha como produtor rural. No ano passado, Antônio iniciou o curso semiextensivo para o Enem em uma escola particular da capital, o que o ajudou a retomar algumas dúvidas em relação aos estudos. O professor Carlos Bidu disse que Antônio era o único aluno com a idade mais avançada na sala de aula e que, por isso, acabou se tornando a “atração” entre os jovens. “Ele era o primeiro a chegar e sentava na frente. É muito querido pelos colegas. Os jovens acharam diferente alguém com a idade do Antônio querer fazer faculdade. Lógico que no começo ele teve algumas defasagem, pois teve que compensar alguns assuntos do ensino médio, mas ele chegava cedo e só ia embora no final da aula”, relatou. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1MT no WhatsApp
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02/02 - Prouni 2024: prazo de inscrição termina nesta sexta
Programa oferece bolsas de estudo integrais e parciais em instituições particulares de ensino superior. Período de inscrição terminaria em 1º de fevereiro, mas foi prorrogado em um dia. Período de inscrição no Prouni termina na sexta-feira (2). Reprodução O período de inscrição no Programa Universidade Para Todos (Prouni) termina às 23h59 desta sexta-feira (2). Os inscritos têm até este horário para mudar as opções de curso se assim desejarem. (Veja mais abaixo.) O prazo da etapa na primeira edição do programa no ano foi ampliado pelo Ministério da Educação (MEC) após instabilidade e problemas técnicos no sistema de inscrição e o atraso nos resultados do Sisu 2024. Os interessados devem se inscrever pelo site http://acessounico.mec.gov.br/prouni. É preciso entrar no Acesso Único utilizando o login gov.br com CPF e senha. Para participar, o candidato deve ter realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 ou 2023, ter obtido média mínima de 450 pontos nas áreas de conhecimento e nota superior a zero na redação. (Veja os critérios detalhados mais abaixo.) 📈 O que é o Prouni? Por meio do processo seletivo, alunos de baixa renda podem pleitear bolsas de estudo parciais e integrais em instituições de ensino superior privadas. 📅 Datas do ProUni 2024 Inscrições: de 29 de janeiro a 2 de fevereiro Resultado da primeira chamada: 6 de fevereiro Resultado da segunda chamada: 27 de fevereiro Manifestação de interesse na lista de espera: 14 e 15 de março Resultado da lista de espera: 18 de março 📝 Como funciona O candidato deve indicar, em ordem de preferência, até duas opções de curso (selecionando a instituição de ensino e o turno). Depois, é necessário marcar se quer participar na modalidade de ampla concorrência ou de cotas. Por fim, precisa monitorar, a cada dia, a nota parcial para aqueles cursos. Se quiser, pode mudar suas escolhas (valerá a última opção marcada antes do fim do período de inscrição). Se o candidato estiver dentro da nota de corte e conseguir uma das vagas ao final do prazo de inscrição, ele constará como pré-selecionado. 📚 Quem pode se inscrever Pode se inscrever o candidato que realizou o Enem 2022 ou 2023 e obteve média mínima de 450 pontos nas áreas de conhecimento e nota superior a zero na redação. Além disso, é preciso atender a pelo menos um dos pontos abaixo: Ter cursado o ensino médio completo em escola da rede pública; Ter cursado o ensino médio completo em escola privada como bolsista integral; Ter cursado o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em instituição privada, na condição de bolsista integral; Ter cursado o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em instituição privada com bolsa parcial ou sem a condição de bolsista; ou Ter cursado o ensino médio completo em escola privada com bolsa parcial da respectiva instituição ou sem a condição de bolsista; Ser pessoa com deficiência, na forma prevista na legislação; ou Ser professor da rede pública de ensino, exclusivamente para os cursos de licenciatura e pedagogia, destinados à formação do magistério da educação básica. 💰 Renda Para concorrer às bolsas integrais, o estudante deve ter renda familiar bruta mensal per capita de até um salário mínimo e meio (R$ 2.118 por pessoa). Para as bolsas parciais, o limite da renda familiar bruta mensal per capita é de três salários mínimos (R$ 4.236 por pessoa). 👉🏾 Como calcular a renda familiar bruta mensal por pessoa? Para saber se o aluno se encaixa nos critérios de renda, deve somar os salários de todos os que moram com ele e, depois, dividir pelo número de componentes do grupo. Por exemplo: pai (R$ 2,3 mil por mês), mãe (R$ 1,7 mil por mês), candidato do Prouni (sem renda) e irmão mais novo (sem renda). Somando os valores, chega-se ao total mensal de R$ 4 mil. Depois, dividindo pelos 4 membros da família, o resultado é R$ 1 mil. Esse é o valor que deve ser tomado como referência pelo Prouni. Como está abaixo de 1,5 salário mínimo per capita (R$ 2.118), o candidato poderá concorrer à bolsa de estudos integral.
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01/02 - Estudante da rede pública consegue aprovações nos cursos de direito da Ufba e medicina da Uneb
Cauã Góes Santos Nascimento, de 17 anos, optou por realizar sonho de ser médico. Lista de aprovados pelo Sisu foi divulgada pelo Ministério da Educação (MEC) na quarta-feira (31). Estudante da rede pública consegue aprovações nos cursos de direito na Ufba e medicina na Uneb Diulgação/SEC Cauã Góes Santos Nascimento, estudante da rede pública, conseguiu aprovações nos cursos de direito, na Universidade Federal da Bahia (Ufba), e medicina, na Universidade do Estado da Bahia (Uneb), por meio do processo seletivo de 2024 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). 📱 NOTÍCIAS: faça parte do canal do g1BA no WhatsApp O adolescente de 17 anos concluiu o Ensino Médio no final de 2023, no Colégio de Aplicação Anísio Teixeira, em Salvador. A lista de aprovados pelo Sisu foi divulgada pelo Ministério da Educação (MEC) nessa quarta-feira (31). Após falha no site do Sisu, aprovados 'perdem' vaga no dia seguinte: 'Já tinha comemorado nas redes', diz aluna O estudante optou por cursar medicina na Uneb, já que não havia condições de estudar os dois cursos simultaneamente. “Vou cursar Medicina. Estou muito feliz com as minhas conquistas. Mas vou optar pelo curso da Uneb por ser a carreira médica um caminho mais seguro e gratificante”, disse o estudante. Segundo Cauã Góes, o curso de medicina foi escolhido porque ele é uma pessoa que "depende dos sistemas públicos de Educação e de Saúde". "Vejo de perto a necessidade de, ao me tornar médico, atuar nos serviços públicos para atender a população que deles necessita. A Medicina, na minha visão, tem um papel de transformar e proporcionar qualidade de vida para as pessoas". Veja mais notícias do estado no g1 Bahia. Assista aos vídeos do g1 e TV Bahia 💻
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01/02 - Após falha no site do Sisu, aprovados 'perdem' vaga no dia seguinte: 'Já tinha comemorado nas redes', diz aluna
Resultados foram divulgados na terça-feira (30), mas site do Sisu saiu do ar. MEC alegou "falha técnica" e adiou a publicação. No dia seguinte, alunos que achavam que tinham passado ficaram de fora da lista final. Khauany chegou a postar no Instagram que havia sido aprovada. No dia seguinte, seu nome saiu da lista de classificados. Arquivo pessoal/Reprodução/MEC Na manhã de terça-feira (30), Khauany Freitas, de 18 anos, entrou no site do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e viu a mensagem com que tanto sonhava: "Parabéns, você foi selecionada na chamada regular". Ela postou no Instagram: "Caloura da UFF [Universidade Federal Fluminense]!!!! Obrigada a Deus e a todas as pessoas que me ajudaram!". Nos braços, escreveu "ciências biológicas" com tinta (nome do curso em que havia sido aprovada na modalidade de cotas). Até que houve uma reviravolta: assim como outros candidatos, por um erro do Ministério da Educação (MEC), Khauany "perdeu" a vaga no dia seguinte. "O site mostrou que eu não tinha passado na faculdade. Fiquei muito frustrada, tive uma crise de ansiedade e só consegui controlar por meio de remédios", conta. Veja, em resumo, o que aconteceu: O resultado do Sisu, segundo o edital, estava marcado para sair em 30 de janeiro. Alguns estudantes conseguiram visualizar a lista de aprovados na manhã daquele dia, até que a página ficou instável e saiu do ar. Às 20h da mesma data, sem dar detalhes, o MEC informou que "identificou problemas técnicos no sistema e reiniciou os protocolos de homologação", adiando a divulgação dos resultados para quarta-feira (31). Quando, na quarta, as listas definitivas finalmente foram divulgadas, a classificação estava diferente da exibida no dia 30. Estudantes aprovados na véspera — e que chegaram a pintar o rosto com tinta, em comemoração, e a dividir a notícia com os amigos e familiares — caíram posições e descobriram que não haviam conquistado a vaga na universidade. Na sexta-feira (2), o MEC divulgou uma nota em que reconheceu que houve "uma divulgação indevida de resultados provisórios, ainda não homologados, durante 25 minutos" da manhã do dia 30 de janeiro. A pasta afirmou ainda que a "ocorrência está sendo rigorosamente apurada". A mesma frustração de perder a vaga foi sentida por Maria Eduarda Xavier, de 19 anos, que, de um dia para o outro, viu seu nome "desaparecer" da lista de aprovados em engenharia ambiental no Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG). "Eu era a 3ª colocada de 3 vagas de cota [para alunos de escola pública]. Saí para comemorar com a família, mandei mensagem para as minhas melhores amigas, minha mãe postou nas redes... Minha avó [a entrevistada chora ao lembrar] ficou muito feliz de ver a última neta na faculdade. Até que, no dia seguinte, vi que não tinha passado", diz Maria Eduarda. "Meu mundo caiu." Maria Eduarda perdeu a vaga em engenharia ambiental e sanitária Arquivo pessoal/Reprodução/MEC 'Estou sem caminho', diz aluna que pensou ter sido aprovada No município de Lagarto (SE), Kamilly Giovanna, de 19 anos, ainda não teve coragem de contar para a mãe que, na verdade, não foi aprovada em estatística na Universidade Federal de Sergipe (UFS). No resultado de 30 de janeiro, o nome da jovem estava na 1ª colocação na modalidade de cotas. A página saiu do ar, mas Kamilly acreditou que estivesse tudo correto. No dia seguinte, no entanto, o site do Sisu passou a exibir a seguinte mensagem: "Você não foi selecionada na chamada regular". "Acabou meu dia. Estou péssima, muito angustiada. Estou sem caminho, sem direcionamento, não sei se volto a estudar ou se acredito na chance da lista de espera", diz, chorando. Kamilly pensou que tivesse passado em estatística na UFS Arquivo pessoal/Reprodução/MEC 'Obrigada por ser um lixo, Sisu, obrigada pelo sonho estragado', escreve candidata Em 30 de janeiro, Clara Letícia, de 18 anos, estava comemorando, no cursinho, a conquista da vaga em direito na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Foi nesse momento que descobriu que o site do Sisu estava fora do ar e que a lista de aprovados só voltaria a ser publicada no dia seguinte. Estudante tem nome retirado de lista de aprovados no Sisu no RN Quando, em 31 de janeiro, o MEC divulgou o resultado definitivo, Clara não estava mais classificada para sua 1ª opção — e nem tinha a possibilidade de tentar concorrer na lista de espera, porque havia sido selecionada na 2ª opção (relações internacionais). ➡️Pelas regras do Sisu, só pode concorrer à lista de espera quem não for aprovado em nenhuma das duas opções de curso marcadas na inscrição. "Eu me senti impotente e iludida. Não quis acreditar que aquilo estava acontecendo comigo", conta ao g1. Nas redes sociais, ela escreveu: "Obrigada por ser um lixo, SISU, obrigada pelo sonho estragado! Sonhei com minha aprovação À TOA. Tô devastada!". Clara Letícia havia até comemorado no cursinho sua aprovação em direito Arquivo pessoal/Reprodução/MEC 'Não tenho coragem de contar para as pessoas que, na verdade, não passei' Duas candidatas preferiram não ser identificadas na reportagem. "Não quero falar que sou eu. Eu já tinha postado e comemorado minha aprovação", diz uma das jovens, que ocupava, no dia 30, a última vaga de medicina de uma universidade federal. Em 31 de janeiro, o site do Sisu passou a mostrar que ela só terá chance se for convocada na lista de espera (ou seja, se algum dos classificados na 1ª chamada não fizer a matrícula). "Sempre participei do Sisu, e isso nunca tinha acontecido", conta. A outra estudante, de 17 anos, estava feliz com a aprovação em um curso de ciência e tecnologia no Rio Grande do Norte. Quando o MEC informou que os resultados "definitivos" sairiam só no dia seguinte, ela nem cogitou a possibilidade de ficar de fora. "Minha nota estava alta. Não me preocupei. Postei no Instagram e comecei a planejar minha mudança de cidade", diz. "Até que descobri, em 31 de janeiro, que meu nome não estava mais entre os aprovados. Chorei a noite toda. Agora, vou focar no Enem de novo." Na lista de espera, alunos caíram posições Em Macaé (RJ), Pedro Lora, de 19 anos, passou a manhã do dia 30 de janeiro atualizando a página do Sisu. Quando o resultado apareceu, ele descobriu que estava em primeiro lugar na reclassificação (ou seja, se alguém desistisse, ele seria o primeiro a ser chamado pela universidade). Chegou até a enviar uma mensagem para o pai: "Sou o 21º de 20. Uma única unidade de pessoa [na minha frente]". Só que, quando Pedro entrou novamente no site no dia seguinte, sua posição havia caído para 27º lugar. "Minhas chances diminuíram exponencialmente. A lista de engenharia elétrica não costuma 'rodar' tanto. Dá um sentimento de frustração: recebi uma injeção de expectativa e depois perdi tudo", afirma. Pedro Lora caiu posições na lista de espera para engenharia elétrica no Sisu Arquivo pessoal/Reprodução/MEC Vídeos
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01/02 - Estudante de Caruaru passa em 1º lugar em 4 instituições de ensino de Pernambuco
Ana Luísa também foi aprovada na Universidade de São Paulo (USP), em Ciências Sociais através do Enem-USP. Estudante de Caruaru foi aprovada em 3 universidades em primeiro lugar. Arquivo pessoal A estudante Ana Luísa Santos de França, de 18 anos, de Caruaru, Agreste de Pernambuco foi aprovada em primeiro lugar em quatro instituições de ensino de Pernambuco. A jovem é estudante de um escola particular do município e pretende cursar Direito. VEJA MAIS: Após anos estudando, jovem de Caruaru fica em 1º lugar em Medicina na UFPE: 'Sentimento indescritível' 'Quero lecionar e me tornar uma professora para ajudar outras pessoas', diz 1º lugar em medicina na UPE em Garanhuns Ana Luísa foi aprovada no curso de Direito, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife, na Universidade de Pernambuco (UPE), em Sistema da Informação; e no curso de Engenharia Química, no Centro Universitário Tabosa de Almeida (Asces), em Caruaru. Ao g1, a estudante disse que no ano passado manteve uma rotina consistente de estudos na escola, prestando atenção nas aulas para revisar o que já havia aprendido em anos anteriores e absorver o conteúdo, para assim, não precisar estudar novamente com tanta intensidade para o Enem. "Ao longo do ano fiz cursinhos online de redação e matemática para ter um maior apoio. No segundo semestre intensifiquei as horas de estudo e passava aproximadamente 6 ou 7 horas fazendo exercícios, estudando os conteúdos mais importantes para o Enem", disse. Com todo o esforço, a recompensa chegou, e a estudante conta que além da aprovação em primeiro lugar em 4 instituições de ensino, ela também foi aprovada no curso de Ciências Sociais, na Universidade de São Paulo (USP), uma das mais concorridas do país, através do Enem-USP. "Deixei de sair diversas vezes para estudar, começava à tarde e terminava só de noite. A preparação mental foi construída com o tempo, meu esforço nos estudos me deu cada vez mais confiança de que conseguiria um bom resultado", contou.
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01/02 - Após anos estudando, jovem de Caruaru fica em 1º lugar em Medicina na UFPE: 'Sentimento indescritível'
Resultado da aprovação de Maria Kamyla foi divulgado na lista oficial do Sisu 2024, que saiu na última quarta-feira (31). Maria Kamyla foi aprovada em primeiro lugar em Medicina na UFPE em Caruaru Arquivo pessoal A estudante Maria Kamyla, de 21 anos, conquistou o primeiro lugar no processo seletivo do Sisu 2024 para o curso do Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no campus de Caruaru, no Agreste. Há anos estudando e se preparando para o processo seletivo, a aluna não conseguiu passar por pouco em 2023, mas não desistiu do sonho. Maria Kamyla concluiu o curso técnico integrado de Segurança do Trabalho no Instituto Federal de Pernambuco (IFPE). Foi durante o curso que ela se apaixonou pela matéria de Atendimento Pré-Hospitalar. "Tínhamos a possibilidade de cuidar e melhorar a qualidade de vida das pessoas, isso me encantou", disse a estudante. Após concluir o curso, na metade de 2021, Maria continuou estudando em preparação para as provas do Enem. Ela contava com ajuda de professores de cursinhos preparatórios de redação e literatura, estudava também por meio de plataformas digitais e fazia simulados. No ano passado, Maria Kamyla chegou a ficar em terceiro lugar na lista de espera do curso de Medicina na UFPE em Caruaru. No entanto, só uma pessoa da lista entrou na vaga e a estudante ficou de fora. Começou então mais uma preparação para as provas do ano seguinte que, além dos estudos, contou com acompanhamento psicológico. "Acredito que um dos principais fatores que ajudaram meu crescimento foi mudar a forma que encarava o Enem, não como um inimigo mas sim como uma porta para alcançar meu sonho", afirmou Maria Kamyla. O resultado do Sisu foi publicado na última quarta-feira (31). O nome em primeiro lugar na lista foi, para Maria Kamyla, a recompensa pelo esforço de tantos anos estudando e se preparando. "Tudo isso é um sentimento indescritível, você ver todo seu esforço e dedicação enfim serem recompensados é muito especial", disse. Maria Kamyla foi aprovada em primeiro lugar em Medicina na chamada regular do Sisu Reprodução/Sisu O auxílio de quem estava perto durante os anos de preparação foi fundamental. A estudante contou que contou com a ajuda de professores e também da família e dos amigos que estavam por perto na torcida pela aprovação. "Sempre fui incentivada pelos meus pais e meu irmão a seguir meu sonho, seja qual fosse, eles acreditavam mais em mim do que eu mesma, por isso essa conquista não é só minha, mas deles também, que sempre deram tudo de si para que eu alcançasse meu sonho", disse Maria Kamyla. Ao observar os anos passados, eu percebo que foi um processo de desenvolvimento pessoal e acadêmico que me levou a essa conquista tão sonhada. No ano passado eu fiquei em terceiro na lista de espera, mas abriu apenas uma vaga , e percebi que estava muito próxima de realizar meu sonho. Então nesse ano de 2023 me dediquei em observar minhas dificuldades e trabalhar em cima delas.
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01/02 - MEC oficializa reajuste de 3,6% no piso salarial de professores; valor será de R$ 4.580,57
Salário é válido para rede pública de todo país, com jornada de ao menos 40 horas semanais. Pagamento é obrigatório, mas estados e municípios têm que republicar portarias; prefeituras têm ignorado reajuste do governo federal. Sala de aula Divulgação/Governo do Maranhão O Ministério da Educação (MEC) reajustou nesta quarta-feira (31) o piso salarial nacional de professores da educação básica. A portaria, que prevê um aumento de 3,62%, foi publicada em edição extra do “Diário Oficial da União”. O valor mínimo definido pelo governo para 2024 foi de R$ 4.580,57. Em 2023, vigorou um piso de R$ 4.420,55. Esse salário é válido para profissionais que lecionam na rede pública de ensino e cumprem jornada de ao menos 40 horas semanais. O reajuste percentual está abaixo do acumulado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, no último ano — 4,62%. A atualização no salário dos professores é obrigatória, com base em uma lei sancionada em 2008, e ocorre anualmente, em janeiro. O percentual reajustado nesta quarta já era aguardado por entidades da educação desde o fim de 2023, quando o MEC e o Ministério da Fazenda publicaram o reajuste do Valor Aluno Ano do Fundeb (VAAF). Isso porque o cálculo da atualização do piso é baseado na diferença percentual do VAAF de dois anteriores. Neste ano, o reajuste foi calculado com base nos valores de 2022 (R$ 5.129,80) e de 2023 (R$ 5.315,56). Entenda como funciona o piso salarial dos professores Pagamento do piso O piso salarial, que é o valor mínimo que determinada categoria profissional deve ganhar, é definido pelo governo federal, mas os salários são pagos pelas prefeituras e pelos governos estaduais. O pagamento não é automático. Com a publicação do aumento pelo MEC, cada estado e município precisa oficializar o novo valor por meio de uma norma própria. Nos últimos anos, contrariados com o percentual de reajuste, municípios chegaram a ignorar o aumento. Em 2023, por exemplo, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) orientou os gestores municipais a ignorar o aumento anunciado pelo governo federal (entenda mais abaixo). Os salários da educação básica são pagos pelas prefeituras e estados, a partir de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) repassados pela União, além da arrecadação de impostos. Polêmica do reajuste em 2023 Ministro da Educação anuncia reajuste de quase 15% no piso salarial dos professores No ano passado, o reajuste definido pelo MEC foi de 14,95% com relação ao piso de 2022, valor considerado abusivo e questionável pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que orientou as prefeituras a não dar o reajuste. Na mesma ocasião, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) defendeu que o reajuste era respaldo por lei, enquanto o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), que reúne as secretarias estaduais, ponderou que as regras que definem o aumento eram conhecidas desde a implementação legal do piso. Como as gestões municipais e estaduais têm liberdade para estabelecer seus reajustes, a saída foi variada. Enquanto em São Paulo, tanto a rede estadual quanto a municipal da capital autorizaram o reajuste integral recomendando pelo Ministério, em Campo Grande (MS), foi fatiado em três reajustes de 5%, 5% e 4,95% até atingir o aumento definido. Em alguns lugares, como Fortaleza (CE), professores a rede municipal chegaram a fazer uma paralização até que a prefeitura concordasse com o reajuste de 14,95%.
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01/02 - Jovem passa em medicina na UFCG após oito tentativas: 'Essa era a minha última'
Filho de uma professora e de um caminhoneiro, Emmanuel conta como a família foi importante, enfatiza a importância da saúde mental, dá dicas para o Enem e deixa mensagem para quem tem um sonho parecido. Emmanuel estudando com provas anteriores do Enem Emmanuel Almeida Carvalho/Arquivo pessoal "É justo que muito custe o que muito vale". Foi nessa frase de Santa Tereza D'ávila que Emmanuel Almeida Carvalho, de 24 anos, encontrou força e conforto para estudar até conseguir passar no curso dos sonhos. Após oito tentativas, ele foi aprovado no Sisu 2024 e ocupa a 3ª posição na lista de "feras" do curso de medicina na Universidade Federal de Campina Grande, cidade onde nasceu e mora. Compartilhe esta notícia pelo Whatsapp Compartilhe esta notícia pelo Telegram Ao todo, o jovem fez o Enem nove vezes. A primeira, em 2015, ainda no ensino médio em uma escola privada, foi apenas um treino. Entre 2016 e 2023 as provas foram feitas para valer. Depois de tanto esforço, em alguns momentos faltam até palavras que possam explicar a alegria de receber a notícia da aprovação. "É indescritível, é uma felicidade imensa. Parece que tirei uma tonelada das minhas costas. Cada frustração que senti, negação, pontuação que chegava perto. Bati muitas vezes na trave e era muito angustiante esse processo. Essa era a minha última tentativa, de fato", revelou. Estudar medicina é um sonho alimentando pelo jovem desde os 5 anos de idade. A admiração pela profissão surgiu por meio de familiares que são médicos. LEIA TAMBÉM: Estudante que tirou nota máxima em Matemática respondia 100 questões por dia Nota máxima em matemática, estudante dá dicas de como estudar "Eu via um atendimento altruísta, humanizado. Eles estavam sempre dispostos a ajudar outras pessoas. Achei uma profissão muito bonita. Desde criancinha sempre tive esse olhar apaixonado pela medicina", contou. Emmanuel passou em medicina na UFCG oitava tentativa Emmanuel Almeida Carvalho/Arquivo pessoal Se as notas atingidas no Enem não eram suficientes para alcançar o sonho do paraibano, eram o bastante para passar em outros cursos, a exemplo de odontologia e farmácia. Mesmo assim, o objetivo nunca mudou. "Depois de várias tentativas, a nota sempre dava pra passar em odonto. E muita gente ficava perguntando se eu não deveria fazer [odontologia]. Ficava pensativo, mas sempre buscando meu sonho", lembrou. A importância do apoio da família Desde que Emmanuel, que é filho de uma professora e de um caminhoneiro, começou a tentar ser aprovado em medicina, contou com um apoio especial e, além disso, essencial. A mãe, o pai e o irmão sempre tinham uma palavra de incentivo. "Principalmente da minha mãe. Quando tava prestes a desistir, estava triste, olhava pra ela, e ela falava coisas que me deixavam alegre. E isso mudava meu sentimento", detalhou. Emmanuel comemorando a aprovação em medicina com a mãe Emmanuel Almeida Carvalho/Arquivo pessoal O irmão do paraibano também o ajudou na caminhada, que não foi curta. Os filmes assistidos com ele foram usados como repertório em várias redações do Enem. Além disso, o jovem ainda tinha exemplos com quem contar. Dois tios dele, que hoje são médicos, levaram de seis a sete anos para que pudessem passar no vestibular. "Eu conhecia o processo e sabia que não seria fácil, que não era mágica e não aconteceria num estalar de dedos. Sabia que tinha que ter uma constância. Porque a hora chega pra todo mundo, mas você tem que estar preparado e não desperdiçar quando chegar a sua hora", destacou. Erros e acertos ao longo de oito tentativas Emmanuel tem certeza que o que mais o prejudicou durante os estudos para o Enem foi negligenciar os cuidados com a saúde mental que, para ele, se mostrou essencial para uma boa preparação e também para amenizar a ansiedade na hora da prova. O único ano em que esse aspecto foi trabalhado foi em 2023, que o levou até a aprovação. O suporte psicológico partiu da terapeuta da equipe de assessoria que Emmanuel fez parte como aluno e monitor, função que fez com que ele conseguisse um desconto e pudesse também ter acesso ao serviço. "Assim você tem um direcionamento pra fazer a prova, sobre o que funciona pra você", reforçou. Emmanuel comemorando a aprovação com a terapeuta Letícia, que o ajudou nos estudos Emmanuel Almeida Carvalho/Arquivo pessoal Dicas para quem está no processo de estudos Com anos de experiência acumulada, o "fera" de medicina tem dicas para compartilhar com quem vai começar a estudar ou quem ainda não alcançou o resultado que espera no Enem. "Quem tá começando tem que ter uma base, assistir aula, prestar atenção nos professores. Quem tá mais adiantando tem que fazer mais questões e simulados", recomendou. Os simulados surtiram um bom efeito nos estudos de Emmanuel. Somente em 2023, eles resolveu pelo menos 60 deles. Outras orientações do paraibano são identificar em qual horário do dia os estudos rendem mais, praticar atividades físicas e ter momentos de lazer. Para ele, funcionou bem ir ao cinema cerca de duas vezes por mês. "O importante é você aproveitar a jornada. Não adianta só pensar na aprovação. Sua hora chega. Estude, persista. Seu sonho é muito importante. Batalhe e conquiste e conquiste ele. A hora de cada um vai chegar", concluiu. Emmanuel comemorando a aprovação em medicina com o assessor Dyjavan, que o ajudou nos estudos Emmanuel Almeida Carvalho/Arquivo pessoal Vídeos mais assistidos do g1 Paraíba
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01/02 - Desafio LED + g1 abre inscrições para propostas de como resolver problemas educacionais com tecnologia; prêmios somam R$ 300 mil
Pela primeira vez, Desafio LED será feito em parceria com o g1. Inscrições são gratuitas e ficam abertas até o dia 31 de março. Desafio Led + g1 Divulgação As inscrições para a terceira edição do Desafio LED + g1, que vai premiar ideias para ajudar a solucionar problemas na educação, foram abertas nesta quinta-feira (1º). Os cinco projetos finalistas vão dividir, de forma não igualitária, o prêmio no valor de R$ 300 mil. Quem pode se inscrever? Todos os estudantes maiores de idade, residentes no Brasil, com comprovação de matrícula ativa no primeiro semestre de 2024 em cursos com grade curricular mínima de 100 horas/aula. O que é preciso? Os estudantes devem atender a todos os pré-requisitos do regulamento e responder à seguinte questão: “Partindo da sua experiência pessoal, qual solução você desenvolveria para melhorar a utilização da tecnologia na educação?” Qual o prêmio? As cinco melhores soluções criativas para problemas educacionais serão premiadas com um valor total de R$ 300 mil. Onde fazer a inscrição? As inscrições para a terceira edição do Desafio LED são gratuitas e ficam abertas até 31 de março, no site www.movimentoled.com.br. O desafio é parte do Movimento LED - Luz na Educação, iniciativa da Globo e da Fundação Roberto Marinho com parceria da Mastertech, escola de pensamento digital, ágil, lógico e humano. Neste ano, pela primeira vez, o Desafio LED será feito também em parceria com o g1, que vai contar com uma cobertura exclusiva para os inscritos acompanharem todas as etapas do processo. O objetivo do Desafio LED + g1 é desenvolver soluções educacionais que sejam baseadas em questões reais, que afetem o dia a dia dos alunos e seu impacto no cotidiano pessoal, familiar e social de todos. Como será a seleção dos projetos vencedores? Uma equipe especializada da Mastertech vai analisar as soluções inscritas, seguindo o seguinte cronograma: Na primeira etapa, serão selecionados 80 projetos; Durante quase três meses, os escolhidos serão capacitados e receberão mentoria por meio de acompanhamentos, workshops e uma oficina de inovação sobre modelagem, concedidos por especialistas da Mastertech; Ao final, cinco finalistas são levados ao Festival LED, evento gratuito que acontece no Rio de Janeiro, onde terão a oportunidade de apresentar suas ideias a um corpo de jurados; A banca escolherá a classificação e os prêmios serão divididos assim: R$ 85 mil para os dois primeiros lugares, R$ 60 mil para o terceiro, R$ 40 mil para o quarto e R$ 30 mil para o quinto. Acesse o regulamento completo neste link (https://docs.google.com/document/d/e/2PACX-1vTiexhiAdelUtL7qXEZpPMKZZd0y0_PpX2CqBKIFOIgyAjHfyx0jB72yw3xUql8DBfpyhq6XXI7Blch/pub)
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31/01 - Prouni 2024: MEC prorroga prazo de inscrição até sexta-feira
Programa oferece bolsas de estudo integrais e parciais em instituições particulares de ensino superior. Prazo aumentou em um dia após atraso no Sisu. Sala de aula da rede municipal de Vitória André Sobral/Prefeitura de Vitória O Ministério da Educação prorrogou para até sexta-feira (2) o período de inscrição para o processo seletivo do Programa Universidade Para Todos (Prouni). A prorrogação acontece após instabilidade e problemas técnicos no sistema de inscrição e o atraso nos resultados do Sisu 2024. Os interessados devem se inscrever pelo site http://acessounico.mec.gov.br/prouni até às 23h59. É preciso entrar no Acesso Único, utilizando o login gov.br com CPF e senha. Para participar, o candidato deve ter realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 ou 2023, ter obtido média mínima de 450 pontos nas áreas de conhecimento e nota superior a zero na redação. (Veja os critérios detalhados mais abaixo.) 📈O que é Prouni? Por meio do processo seletivo, alunos de baixa renda podem pleitear bolsas de estudo parciais e integrais em instituições de ensino superior privadas. 📅 Datas do ProUni 2024 Inscrições: de 29 de janeiro a 2 de fevereiro Resultado da primeira chamada: 6 de fevereiro Resultado da segunda chamada: 27 de fevereiro Manifestação de interesse na lista de espera: 14 e 15 de março Resultado da lista de espera: 18 de março 📝 Como funciona O candidato deve indicar, em ordem de preferência, até duas opções de curso (selecionando a instituição de ensino e o turno). Depois, é necessário marcar se quer participar na modalidade de ampla concorrência ou de cotas. Por fim, precisa monitorar, a cada dia, a nota parcial para aqueles cursos. Se quiser, pode mudar suas escolhas (valerá a última opção marcada antes do fim do período de inscrição). Se o candidato estiver dentro da nota de corte e conseguir uma das vagas ao final do prazo de inscrição, ele constará como pré-selecionado.
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31/01 - Sisu 2024: resultados estão disponíveis; saiba como consultar lista de aprovados
Pela primeira vez, o programa terá apenas uma edição no ano. Para quem não for aprovado, ainda será possível participar da lista de espera. Página do MEC mostra a lista de selecionados na chamada regular do SISU 2024. Reprodução Os resultados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2024 foram divulgados na tarde desta quarta-feira (31), após adiamento de um dia pelo Ministério da Educação (MEC). Para consultar as listas de aprovados, é preciso entrar site do programa (https://acessounico.mec.gov.br/sisu). A publicação deveria ter sido feita na tarde de terça-feira (30), mas acabou adiada por problemas técnicos. Para que serve? Por meio da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Sisu seleciona candidatos para universidades públicas do país. 📊 Neste ano, o programa trouxe duas mudanças importantes: Apenas uma edição: haverá uma edição no ano, só agora em janeiro. Não ocorrerá mais o processo seletivo que era realizado no meio do ano. As regras para a adesão por meio de cotas também mudaram (veja mais abaixo). Abaixo, veja o que fazer caso você: ➡️seja aprovado: Faça a matrícula na instituição de ensino de 2 a 7 de fevereiro de 2024. ➡️não seja aprovado: No site do Sisu, manifeste interesse em participar da lista de espera entre 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2024. Os resultados serão divulgados por cada faculdade. 5 cuidados para tomar ao se inscrever no Sisu 🗓️ Datas do Sisu Pela primeira vez, o Sistema de Seleção Unificada terá uma edição única. Com isso, a seleção de candidatos para o segundo semestre letivo de 2024 vai acontecer nas mesmas datas da seleção para o primeiro semestre. Portanto, para todos que quiserem se candidatar a vagas em universidades públicas pelo Sisu neste ano, o cronograma será o seguinte: Resultados da 1ª chamada: inicialmente previsto para 30 de janeiro de 2024, foi adiado para 31 de janeiro Matrículas: 2 a 7 de fevereiro de 2024 Participação na lista de espera: manifestar interesse entre 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2024 Resultado das listas de espera: datas serão definidas por cada universidade ➡️ Quem está apto a participar? Alunos que tenham feito o Enem 2023 e tirado nota acima de zero na redação. Treineiros não serão aceitos. ➡️ Posso escolher em qual semestre vou entrar na faculdade? Não. Caberá à universidade, por meio da ordem da lista de classificação de candidatos, selecionar quem estudará em cada semestre. 📚 Opções de vaga No ato da inscrição, o candidato teve de selecionar até duas opções de curso ou universidade, que puderam ser alteradas até as 23h59 da última quinta-feira (25), quando o prazo de inscrição se encerrou. Valeram as últimas opções marcadas no sistema. Entenda aqui como as notas de corte parciais do Sisu são calculadas 📝 Mudança nas cotas O Sisu oferece vagas via Lei de Cotas para pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência. Mas, neste ano, foram anunciadas algumas mudanças para a candidatura a essas vagas: Todos os candidatos concorrerão, primeiramente, às vagas de ampla concorrência. Caso não alcancem as notas nesta modalidade e façam parte de algum dos grupos de cotas (os critérios são de raça e de renda), aí, sim, entrarão na disputa pelo benefício. Com isso, se uma pessoa autodeclarada preta, por exemplo, tirar uma nota mais alta que a exigida na ampla concorrência, será aprovada na "lista geral" e não tirará a vaga de um cotista com desempenho mais baixo. Até o Sisu 2023, quem tinha direito às cotas já participava, desde o início, de uma classificação à parte, separada da ampla concorrência. 📌 Total de vagas do Sisu Neste ano, o Sisu contará com 264.181 vagas, distribuídas entre 6.827 cursos de 127 instituições de educação superior. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lidera a lista com 9.240 vagas. Quantitativo de vagas por instituição Vídeos Em 2024, SISU terá apenas uma edição Neste ano, o r terá apenas uma edição — só em janeiro, sem o processo seletivo que usualmente ocorre no meio do ano.
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31/01 - Unesp 2024: lista de aprovados em primeira chamada é divulgada; veja como consultar
Matrícula deverá ser feita de forma on-line no site da Vunesp ou da Sigrad. Campus da Unesp em Rio Claro Reprodução/EPTV/Arquivo A Universidade Estadual Paulista (Unesp) divulgou nesta quarta-feira (31) a lista de aprovados em primeira chamada do Vestibular 2024. CLIQUE AQUI PARA VER A LISTA DE APROVADOS EM 1ª CHAMADA A previsão era que a divulgação fosse feita às 10h, mas o site da Unesp chegou a ficar congestionado e a normalização foi feita por volta das 10h40. A consulta dos aprovados também pode ser feita na página da Fundação Vunesp. CLIQUE AQUI PARA VER A LISTA GERAL DOS CANDIDATOS CLASSIFICADOS NO VESTIBULAR UNESP 2024 Quando será e como fazer a matrícula na Unesp? A matrícula da 1ª chamada será realizada de 1º a 5 de fevereiro, de forma virtual, pelo site da Vunesp ou diretamente pelo Sistema de Graduação da Unesp (Sigrad), no endereço http://sistemas.unesp.br/calouros. No mesmo período, também de 1º a 5 de fevereiro, serão feitas as matrículas dos aprovados na 1ª chamada da 'Olimpíadas Científicas Unesp 2024'. LEIA TAMBÉM: Sisu 2024 na UFSCar: confira lista dos 2.917 aprovados em 66 cursos 'Unesp 2024': resultado do vestibular é divulgado nesta quarta-feira (31) Os cursos do Vestibular Unesp 2024 são oferecidos nas seguintes cidades: Araçatuba - 26 vagas; Araraquara - 764 vagas; Assis- 352 vagas; Bauru- 992 vagas; Botucatu - 538 vagas; Dracena - 70 vagas Franca - 369 vagas; Guaratinguetá - 274 vagas; Ilha Solteira - 265 vagas; Itapeva - 66 - vagas; Jaboticabal - 252 vagas; Marília - 400 vagas; Ourinhos - 54 vagas; Presidente Prudente - 529 vagas; Registro - 64 vagas; Rio Claro - 423 vagas; Rosana - 58 vagas; São João da Boa Vista - 70 vagas; São José do Rio Preto - 391 vagas; São José dos Campos - 108 vagas; São Paulo - 185 vagas; São Vicente - 72 vagas; Sorocaba - 72 vagas; Tupã - 102 vagas. LEIA TAMBÉM: Enem USP 2024: pré-matrículas começam nesta terça; veja lista de aprovados em primeira chamada Prouni 2024: região tem mil bolsas em diversos cursos de faculdades; veja como se inscrever Enem PPL: Araraquara e região têm 140 presos aprovados no Enem PPL: 'início da realização do sonho', diz detento Calendário das próximas chamadas da Unesp 🗓️ 2ª Chamada: 7 de fevereiro Matrícula 2ª Chamada: das 16h do dia 7 até às 18h do dia 9 de fevereiro Período para inclusão de curso de 2ª opção: de 7 a 14 de fevereiro, os candidatos classificados e não matriculados poderão se inscrever para uma segunda opção de curso. Exclusivamente pela internet no endereço eletrônico www.vunesp.com.br. 3ª Chamada: 15 de fevereiro Matrícula 3ª Chamada: das 16h do dia 15 até às 18h do dia 16 de fevereiro 4ª Chamada: 19 de fevereiro Matrícula 4ª Chamada: das 16h do dia 19 até às 18h do dia 20 de fevereiro 5ª Chamada: 21 de fevereiro Matrícula 5ª Chamada: das 16h do dia 21 até às 18h do dia 22 de fevereiro 6ª Chamada: 23 de fevereiro Matrícula 6ª Chamada: das 16h do dia 23 até às 18h do dia 26 de fevereiro 7ª Chamada: 27 de fevereiro Matrícula 7ª Chamada: das 16h do dia 27 até às 18h do dia 28 de fevereiro 8ª Chamada: 29 de fevereiro Matrícula 8ª Chamada: das 16h do dia 29 de fevereiro até às 18h do dia 5 de março Preenchimento de vagas remanescentes pelas notas do Enem: de 29 de fevereiro a 5 de março, interessados podem declarar interesse em vagas remanescentes utilizando as notas obtidas no Enem. A seleção será tratada em um edital que ainda será publicado. 9ª Chamada: 6 de março Matrícula 9ª Chamada: das 16h do dia 6 até às 18h do dia 8 de março 10ª Chamada: 11 de março Matrícula 10ª Chamada: das 16h do dia 11 até às 18h do dia 12 de março Vagas remanescentes Candidatos que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2022 ou 2023 também podem tentar pleitear uma vaga na Unesp por meio das vagas remanescentes. Nessa modalidade, o candidato não precisa ter feito o vestibular da Unesp. O período para os interessados declararem interesse e participarem das chamadas seguintes vai de 29 de fevereiro a 5 de março, após a sétima chamada regular do Vestibular Unesp. O cadastramento será feito pelo site da Vunesp. A Unesp Campus Unesp de Bauru. Paola Patriarca/ g1 A Unesp é uma universidade pública e gratuita que está entre as maiores e melhores do país e da América Latina. Presente em 24 cidades do Estado de São Paulo, com 34 unidades universitárias, desenvolve atividades de ensino, pesquisa e extensão universitária em todas as grandes áreas do conhecimento. Criada em 1976, a Universidade tem aproximadamente 54 mil estudantes, entre alunos de graduação e pós-graduação (stricto sensu). Oferece ainda cursos pré-vestibulares gratuitos e mantém programas de extensão abertos para a comunidade. Três escolas de ensino médio/técnico também são mantidas pela Unesp, que possui cerca de 1.900 laboratórios e 33 bibliotecas, além de cinco fazendas de ensino e pesquisa e três hospitais veterinários. REVEJA VÍDEOS DA EPTV: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara.
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31/01 - Sensor de fumaça, câmeras escondidas: contra onda de vape, escolas dos EUA usam tecnologia de vigilância para castigar alunos
Os cigarros eletrônicos inundaram escolas de ensino fundamental e médio dos Estados Unidos. Os dispositivos possuem um vapor contendo concentrações mais elevadas de nicotina do que os cigarros de tabaco. Os dispositivos possuem um vapor contendo concentrações mais elevadas de nicotina do que os cigarros de tabaco. Jornal Nacional/ Reprodução Quando a estudante Aaliyah Iglesias foi pega fumando cigarro eletrônico em uma escola no Texas, nos Estados Unidos, ela não imaginou o que poderia acontecer. De uma hora para outra, seu trajetória no ensino médio— que incluía ser presidente do Conselho Estudantil, capitã da equipe de debates e ter bolsa de estudo — estavam em risco. Ao ser pega, Iglesias foi enviada para uma escola alternativa por 30 dias, onde os alunos fazem os cursos regulares, mas não frequentam as aulas. E foi informada de que poderia enfrentar acusações criminais. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Assim como milhares de outros estudantes em todo os EUA, ela foi pega fumando na escola por equipamentos de vigilância que as instituições de ensino têm instalado — muitas vezes sem informar os alunos. Os cigarros eletrônicos inundaram escolas de ensino fundamental e médio dos Estados Unidos. Os dispositivos possuem um vapor contendo concentrações mais elevadas de nicotina do que os cigarros de tabaco. Escolas em todo o país têm investido milhões de dólares em tecnologia de monitoramento, incluindo verbas federais de ajuda emergencial de combate ao coronavírus para comprar sensores de fumaça. Esses sensores, com um custo de aproximadamente US$ 1.000 cada (cerca de R$ 4.900), auxiliavam no combate a pandemia, já que conseguem medir a qualidade do ar. Os estudantes podem receber US$ 50 por denunciarem colegas que usam vape. PF/Divulgação Algumas instituições também emparelharam câmeras de vigilância aos sensores. Dessa forma, quando o sensor é ativado, as câmeras capturam os estudantes saindo do banheiro, por exemplo. Aaliyah Iglesias se formou em maio em sua escola, e só descobriu que havia sensores na instituição de ensino depois que um supervisor entrou no banheiro enquanto ela usava o cigarro eletrônico. "Fiquei pasma", disse. O episódio que gerou a punição à estudante ocorreu em outra escola do Texas, a Athens High School, onde sua equipe de debate estava competindo em fevereiro. Iglesias foi ao banheiro fumar e, mais tarde, seu treinador disse que ela havia sido pega. Iglesias foi imediatamente retirada do torneio, e seu treinador disse que Aaliyah poderia enfrentar acusações porque já tinha 18 anos, idade de maioridade penal nos EUA. Ela foi enviada à escola alternativa porque era a punição mínima para alunos pegos fumando. Os estudantes pegos usando cigarro eletrônico também podem receber uma citação criminal de contravenção e ser multados em até US$ 100 (cerca de R$ 496). Estudantes com vapes contendo THC — substância psicoativa encontrada na planta da cannabis — podem ser presos. “Os sensores têm sido eficientes na detecção quando os alunos estão usando vape, permitindo-nos resolver o problema imediatamente”, afirmou uma instituição de ensino consultada pela agência de notícias Associated Press. As consequências para Aaliyah foram: renunciar ao cargo de presidente do Conselho Estudantil; deixar o posto de capitã; sair da National Honor Society, instituição que reconhece os estudantes que se destacam em assuntos escolares. Mesmo assim, ela ainda pôde fazer a formatura e permanecer na maioria de seus clubes estudantis, bem como manteve sua bolsa de estudos e agora estuda na faculdade Tyler Junior College. "Nunca mais farei algo assim, porque as repercussões que enfrentei foram horríveis", afirmou a estudante. "[Mesmo assim], as pessoas que fazem estas políticas e implementam estas coisas sentam-se numa sala e não andam pelos campi, nem veem se os resultados da ideia são eficazes". Venda dos sensores Os sensores não têm câmeras nem gravam áudio, mas podem detectar aumentos de ruído no banheiro de uma escola e "enviar um alerta de texto aos funcionários da escola", disse Rick Cadiz, vice-da HALO Smart Sensors, que vende 90% a 95% dos seus sensores para escolas. “Com o sensor, é possível combater a Covid-19 nas escolas e criar um ambiente de trabalho e aprendizado seguro, ao mesmo tempo que colhe os benefícios da detecção de vapor [do vape]”, afirmou a empresa. Agora, os sensores são vendidos para detectar fumaça do cigarro eletrônico e também para monitorar sons como tiros ou palavras-chave que indiquem possível prática de bullying. O vice-presidente da HALO disse estar ciente das preocupações com a privacidade em torno dos sensores. “[Mesmo assim], tudo o que estamos fazendo é alertar que algo está acontecendo. Você [só] precisa de alguém para investigar o ocorrido, após o alerta ser emitido.” Cigarro eletrônico. Reprodução/Jornal Nacional Estudantes x escolas Pelas redes sociais, estudantes de todo o país têm descrito formas de enganar os sensores. Alguns relatam cobri-los com filme plástico, enquanto outros dizem que sopram a fumaça nas roupas. E mesmo que algumas "saídas" não sejam tão eficazes, os aparelhos de monitoramento disparavam com tanta frequência que os supervisores das instituições achavam que era inútil revisar as imagens de segurança todas às vezes. Tanto que, na Coppell Independent School District, no Texas, por exemplo, os sensores fazem parte de uma estratégia de prevenção que inclui vídeos educativos e uma linha de denúncias. E, além disso, os estudantes podem receber US$ 50 por denunciarem colegas que usam vape. "Eles estavam se entregando a torto e a direito”, disse Jennifer Villines, diretora distrital de serviços para estudantes e funcionários.
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31/01 - Sisu 2024: após adiamento, MEC deve divulgar resultados nesta quarta-feira
Ministro informou que a divulgação será "no início da tarde". Pela primeira vez, programa terá só uma edição no ano. Quem não for aprovado pode participar da lista de espera. Os resultados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2024 devem ser divulgados nesta quarta-feira (31). A publicação deveria ter sido feita na tarde de terça-feira (30), mas acabou adiada pelo Ministério da Educação (MEC) por problemas técnicos. Até a publicação desta reportagem, os resultados ainda não haviam sido divulgados. Em entrevista a um programa de rádio do governo na manhã desta quarta, o ministro Camilo Santana informou que a divulgação será feita "no início da tarde". As listas de aprovados ficarão disponíveis no site do programa (https://acessounico.mec.gov.br/sisu). Sobre o Sisu 2024 Para que serve? Por meio da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Sisu seleciona candidatos para universidades públicas do país. São mais de 260 mil vagas em disputa. 📊 Neste ano, o programa trouxe duas mudanças importantes: Apenas uma edição: haverá uma edição no ano, só agora em janeiro. Não ocorrerá mais o processo seletivo que era realizado no meio do ano. As regras para a adesão por meio de cotas também mudaram (veja mais abaixo). Abaixo, veja o que fazer caso você: ➡️seja aprovado: Faça a matrícula na instituição de ensino de 1º a 7 de fevereiro de 2024. ➡️não seja aprovado: No site do Sisu, manifeste interesse em participar da lista de espera entre 30 de janeiro e 7 de fevereiro de 2024. Os resultados serão divulgados por cada faculdade. 5 cuidados para tomar ao se inscrever no Sisu 🗓️ Datas do Sisu Pela primeira vez, o Sistema de Seleção Unificada terá uma edição única. Com isso, a seleção de candidatos para o segundo semestre letivo de 2024 vai acontecer nas mesmas datas da seleção para o primeiro semestre. Portanto, para todos que quiserem se candidatar a vagas em universidades públicas pelo Sisu neste ano, o cronograma será o seguinte: Resultados da 1ª chamada: 30 de janeiro de 2024 (adiado para 31 de janeiro) Matrículas: 1º a 7 de fevereiro de 2024 Participação na lista de espera: manifestar interesse entre 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2024 Resultado das listas de espera: datas serão definidas por cada universidade ➡️ Quem está apto a participar? Alunos que tenham feito o Enem 2023 e tirado nota acima de zero na redação. Treineiros não serão aceitos. ➡️ Posso escolher em qual semestre vou entrar na faculdade? Não. Caberá à universidade, por meio da ordem da lista de classificação de candidatos, selecionar quem estudará em cada semestre. 📚 Opções de vaga No ato da inscrição, o candidato teve de selecionar até duas opções de curso ou universidade, que puderam ser alteradas até as 23h59 da última quinta-feira (25), quando o prazo de inscrição se encerrou. Valeram as últimas opções marcadas no sistema. Entenda aqui como as notas de corte parciais do Sisu são calculadas 📝 Mudança nas cotas O Sisu oferece vagas via Lei de Cotas para pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência. Mas, neste ano, foram anunciadas algumas mudanças para a candidatura a essas vagas: Todos os candidatos concorrerão, primeiramente, às vagas de ampla concorrência. Caso não alcancem as notas nesta modalidade e façam parte de algum dos grupos de cotas (os critérios são de raça e de renda), aí, sim, entrarão na disputa pelo benefício. Com isso, se uma pessoa autodeclarada preta, por exemplo, tirar uma nota mais alta que a exigida na ampla concorrência, será aprovada na "lista geral" e não tirará a vaga de um cotista com desempenho mais baixo. Até o Sisu 2023, quem tinha direito às cotas já participava, desde o início, de uma classificação à parte, separada da ampla concorrência. 📌 Total de vagas do Sisu Neste ano, o Sisu contará com 264.181 vagas, distribuídas entre 6.827 cursos de 127 instituições de educação superior. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lidera a lista com 9.240 vagas. Quantitativo de vagas por instituição Vídeos Em 2024, SISU terá apenas uma edição Neste ano, o r terá apenas uma edição — só em janeiro, sem o processo seletivo que usualmente ocorre no meio do ano.
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31/01 - Como escrita à mão beneficia o cérebro e ganha nova chance em escolas
Aprender a escrever em cursivo parece ativar caminhos neurais importantes ao aprendizado; Califórnia volta a adotar a técnica em escolas a partir deste ano. Especialista diz que 'escrever letras em cursivo, especialmente em comparação com digitar, ativa caminhos neurais específicos que facilitam e otimizam o aprendizado'. GETTY IMAGES via BBC A partir de 2024, crianças do primeiro ao sexto ano de escolas públicas da Califórnia (EUA) estão novamente tendo de aprender a escrever em letra cursiva. Essa escrita à mão havia saído do currículo californiano em 2010, mas agora está de volta — movimento semelhante ao que ocorre em mais de 20 Estados americanos, em diferentes graus. A escrita cursiva — em que se escreve em uma letra parecida à itálica, sem necessariamente tirar o lápis do caderno — chegou a ser vista como uma técnica moribunda nos EUA. Agora, a decisão na Califórnia reacende debates educacionais e científicos a respeito do valor da escrita à mão, bem como dos benefícios ao cérebro e das implicações globais se essa técnica acabar caindo no esquecimento. A neurocientista Claudia Aguirre, que mora na Califórnia, diz que "mais e mais pesquisas sustentam a ideia de que escrever letras em cursivo, especialmente em comparação com digitar, ativa caminhos neurais específicos que facilitam e otimizam o aprendizado e o desenvolvimento da linguagem". No Brasil, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) prevê o ensino da habilidade de se escrever em letra cursiva nos primeiros anos do ensino fundamental. Aprovação da Base Curricular do ensino médio leva desafio a estados; veja análise de nove especialistas Karin James, professora de Ciências Cerebrais e Psicológicas na Universidade de Indiana (EUA), aplica suas pesquisas em crianças de 4 a 6 anos. Ela identificou que aprender as letras por meio da escrita à mão ativa redes do cérebro que não são ativadas pela digitação num teclado. Isso inclui áreas cerebrais que têm papel crucial no desenvolvimento da leitura. Outra pesquisa, de autoria de Virginia Berninger (Universidade de Washington), também mostrou que a escrita cursiva, os materiais impressos e a digitação usam funções cerebrais relacionadas, porém diferentes. Além disso, no caso da digitação em teclado, os movimentos do dedo são os mesmos para qualquer tecla de letra. Como consequência, se apenas aprenderem a digitar, as crianças perderão a chance de desenvolver habilidades obtidas ao compreenderem e dominarem a capacidade de escrever. Um pequeno estudo italiano aponta que o ensino da cursiva a alunos de primeiro ano podem melhorar as habilidades de leitura. A despeito disso, o ensino da letra cursiva para crianças pequenas vinha se tornando mais raro. Em vários países, essa técnica não é mais obrigatória. Nos EUA, embora o ensino da cursiva esteja voltando à luz, ele não é padronizado — o que traz desafios aos professores. "Mais de 20 Estados acrescentaram a suas diretrizes educacionais a exigência da escrita cursiva entre o 3° e o 5° anos", explica Kathleen S. Wright, fundadora e diretora-executiva do Colaborativo de Escrita à Mão, organização que ensina boas práticas nessa área. "Mas essa exigência não é imposta nem recebe financiamento, então o ensino da escrita à mão não é endereçado de forma consistente." Dessa forma, professores californianos terão agora de descobrir como integrar a cursiva a suas aulas. Mesmo assim, a iniciativa do Estado é vista como benéfica, num momento pós-pandemia em que se buscam formas de ensinar habilidades que reduzam a dependência das telas entre crianças. "Temos visto cada vez mais pais reclamando que seus filhos estão tendo dificuldades na escola, que não foram ensinados a escrever porque usam principalmente computadores e outros aparelhos", diz Kelsey Voltz-Poremba, professora-assistente de terapia ocupacional da Universidade de Pittsburgh (EUA). A escrita cursiva ainda é amplamente ensinada na Europa Ocidental, em particular em países como Reino Unido, Espanha, Itália, Portugal e França. Já a Finlândia pôs fim à exigência da escrita cursiva de suas escolas em 2016. O Canadá tentou descartar a escrita cursiva, mas voltou a ensiná-la em 2023. O Ministério de Educação da província de Ontário restabeleceu a exigência da escrita cursiva e agora está virando uma espécie de laboratório para outras regiões que tentam entender quais as melhores práticas para esse ensino, quanto tempo devem durar as aulas e com qual frequência essa técnica deve ser ensinada. Em meio a tantas diferenças globais, as pesquisas ressaltam que não há lado negativo em aprender letra cursiva. E embora a ligação entre escrever à mão e melhorar a leitura não sejam necessariamente causais, alguns educadores temem que o abandono da letra cursiva pode piorar o desempenho de alunos em sua capacidade de ler textos. Além disso, o mero ato de escrever ajuda a memória e o aprendizado de palavras. "É importante achar um equilíbrio para garantir que os alunos tenham habilidades que sejam obtidas sem o uso da tecnologia", opina a especialista Voltz-Poremba. Com reportagem de Nafeesah Allen, da BBC Future Leia a reportagem original (em inglês) no site da BBC Future
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30/01 - Sisu 2024: MEC adia divulgação de resultados por problemas técnicos
Pela primeira vez, o programa terá apenas uma edição no ano. Para quem não for aprovado, ainda será possível participar da lista de espera. A divulgação dos resultados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2024 foi adiada por problemas técnicos. A previsão era que a publicação ocorresse na tarde da terça-feira (30). De acordo com o Ministério da Educação (MEC), os resultados devem ser divulgados nesta quarta-feira (31), ainda sem horário determinado. Em nota, o MEC informou que "a Subsecretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação do MEC, área responsável pela operacionalização do Sistema de Seleção Unificada, identificou problemas técnicos no sistema e reiniciou os protocolos de homologação". As listas de aprovados ficarão disponíveis no site do programa (https://acessounico.mec.gov.br/sisu). Sobre o Sisu 2024 Para que serve? Por meio da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Sisu seleciona candidatos para universidades públicas do país. São mais de 260 mil vagas em disputa. 📊 Neste ano, o programa trouxe duas mudanças importantes: Apenas uma edição: haverá uma edição no ano, só agora em janeiro. Não ocorrerá mais o processo seletivo que era realizado no meio do ano. As regras para a adesão por meio de cotas também mudaram (veja mais abaixo). Abaixo, veja o que fazer caso você: ➡️seja aprovado: Faça a matrícula na instituição de ensino de 1º a 7 de fevereiro de 2024. ➡️não seja aprovado: No site do Sisu, manifeste interesse em participar da lista de espera entre 30 de janeiro e 7 de fevereiro de 2024. Os resultados serão divulgados por cada faculdade. 5 cuidados para tomar ao se inscrever no Sisu 🗓️ Datas do Sisu Pela primeira vez, o Sistema de Seleção Unificada terá uma edição única. Com isso, a seleção de candidatos para o segundo semestre letivo de 2024 vai acontecer nas mesmas datas da seleção para o primeiro semestre. Portanto, para todos que quiserem se candidatar a vagas em universidades públicas pelo Sisu neste ano, o cronograma será o seguinte: Resultados da 1ª chamada: 30 de janeiro de 2024 (adiado para 31 de janeiro) Matrículas: 1º a 7 de fevereiro de 2024 Participação na lista de espera: manifestar interesse entre 31 de janeiro e 7 de fevereiro de 2024 Resultado das listas de espera: datas serão definidas por cada universidade ➡️ Quem está apto a participar? Alunos que tenham feito o Enem 2023 e tirado nota acima de zero na redação. Treineiros não serão aceitos. ➡️ Posso escolher em qual semestre vou entrar na faculdade? Não. Caberá à universidade, por meio da ordem da lista de classificação de candidatos, selecionar quem estudará em cada semestre. 📚 Opções de vaga No ato da inscrição, o candidato teve de selecionar até duas opções de curso ou universidade, que puderam ser alteradas até as 23h59 da última quinta-feira (25), quando o prazo de inscrição se encerrou. Valeram as últimas opções marcadas no sistema. Entenda aqui como as notas de corte parciais do Sisu são calculadas 📝 Mudança nas cotas O Sisu oferece vagas via Lei de Cotas para pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência. Mas, neste ano, foram anunciadas algumas mudanças para a candidatura a essas vagas: Todos os candidatos concorrerão, primeiramente, às vagas de ampla concorrência. Caso não alcancem as notas nesta modalidade e façam parte de algum dos grupos de cotas (os critérios são de raça e de renda), aí, sim, entrarão na disputa pelo benefício. Com isso, se uma pessoa autodeclarada preta, por exemplo, tirar uma nota mais alta que a exigida na ampla concorrência, será aprovada na "lista geral" e não tirará a vaga de um cotista com desempenho mais baixo. Até o Sisu 2023, quem tinha direito às cotas já participava, desde o início, de uma classificação à parte, separada da ampla concorrência. 📌 Total de vagas do Sisu Neste ano, o Sisu contará com 264.181 vagas, distribuídas entre 6.827 cursos de 127 instituições de educação superior. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lidera a lista com 9.240 vagas. Quantitativo de vagas por instituição Vídeos Em 2024, SISU terá apenas uma edição Neste ano, o r terá apenas uma edição — só em janeiro, sem o processo seletivo que usualmente ocorre no meio do ano.
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30/01 - Araraquara e região têm 140 presos aprovados no Enem PPL: 'início da realização do sonho', diz detento
Assim como o Enem tradicional, processo seletivo permite acesso ao ensino superior pelos programas do governo federal. Araraquara e mais 3 cidades tem 140 presos aprovados no Enem PPL Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) O Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL) aprovou 140 presos de unidades prisionais de Araraquara, Casa Branca, Itirapina e Rio Claro (SP). (veja abaixo da relação dos aprovados nas unidades.) 📲 Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), é considerado aprovado o reeducando cuja nota final ficou acima de 450 pontos e não zerou na redação. Segundo a SAP, nessa fase o setor de educação da unidade prisional irá mostrar as opções de cursos para cada interno. Após a escolha, os presos podem estudar remotamente ou presencialmente (para quem estiver no regime semiaberto) com autorização judicial. LEIA TAMBÉM: Enem USP 2024: pré-matrículas começam nesta terça; veja lista de aprovados em primeira chamada Prouni 2024: região tem mil bolsas em diversos cursos de faculdades; veja como se inscrever Provão Paulista: 1ª lista tem 292 estudantes aprovados em cursos da Fatec, USP e Unesp na região Preso em Araraquara desde 2022, Augusto* (nome fictício) afirmou que sua expectativa é conseguir uma vaga no ensino superior e, depois de formado, ter uma oportunidade de trabalhar na área. “Meu sonho é cursar administração de empresas e trabalhar em uma multinacional. Ser aprovado no Enem é o início da realização desse sonho”, disse. Confira o número de aprovados nas unidades da região: Araraquara e mais 3 cidades tem 140 presos aprovados no Enem PPL ecretaria de Administração Penitenciária (SAP) Araraquara Penitenciária Dr. Sebastião Martins Silveira - 11 Centro de Ressocialização Masculino - 17 Centro de Ressocialização Feminino - 3 Casa Branca Penitenciária Joaquim de Sylos Cintra - 40 Itirapina Penitenciária Dr. Antônio de Queiróz Filho (P1) - 8 Penitenciária João Batista de Arruda Sampaio (P2) - 6 Rio Claro Centro de Ressocialização Masculino - 45 Centro de Ressocialização Feminino - 10 Reintegração social Araraquara e mais 3 cidades tem 140 presos aprovados no Enem PPL Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) Em todo o estado de São Pulo, 1.566 foram aprovados no exame que, assim como o Enem comum, possibilita a entrada no ensino superior por meio de iniciativas como o Sisu (Sistema de Seleção Unificada), no qual é possível disputar vagas em universidades públicas e no Programa Universidade para Todos (Prouni), para concorrer a bolsas integrais ou parciais em universidades particulares. A avaliação de desempenho tem a mesma dificuldade da aplicada aos estudantes do ensino regular fora dos presídios. O exame foca nos encarcerados que concluíram o ensino médio e é composto por quatro provas, que juntas somam 180 questões, e uma redação em língua portuguesa. A realização é do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e, além de auxiliar para a chegada à universidade, também colabora para análise da educação como um todo. Para o diretor do Grupo Regional de Ações de Trabalho e Educação (Grate) da Coordenadoria da Região Noroeste (CRN), Janser Gonçalves, a Educação é um dos pilares para a reintegração social dos custodiados da SAP. “Ela [educação] auxilia na transformação e no resgate social da pessoa privada de liberdade, preparando esses indivíduos para o retorno ao seio da sociedade”, disse. *O nome do preso foi modificado para preservar a identidade. REVEJA VÍDEOS DA EPTV: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara
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30/01 - Quais as metas para a educação até 2034? Com atraso, texto final do novo PNE será apresentado nesta terça; MEC encaminhará ao Congresso
Sociedade civil, incluindo professores, alunos e entidades de educação, discutiu quais devem ser as estratégias nas escolas e universidades nos próximos 10 anos. Pasta deveria ter entregado texto ao Congresso até junho de 2023. Presidente Lula participa da Conae 2024 Reprodução Com atraso, o texto final que servirá como base para a criação do Plano Nacional de Educação (PNE) 2024-2034 — documento que traça as metas e a estratégias para a melhoria da educação brasileira — foi discutido por representantes da sociedade civil nos últimos dias e será apresentado nesta terça-feira (30), na Conferência Nacional de Educação (Conae), em Brasília. ⌚Corrida contra o relógio: Pelo prazo previsto em lei, o Ministério da Educação (MEC) já deveria ter analisado o resultado desse debate e entregado um projeto de lei ao Congresso Nacional em junho de 2023. No último ciclo do PNE, de 2014 a 2024, a tramitação do texto começou em 2010 e demorou quase 4 anos até a aprovação. Metas para a educação O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o objetivo do futuro PNE é "acabar com as diferenças entre pobres e ricos do Brasil". "Nosso compromisso é universalizar toda a bolsa-permanência para indígenas nas universidades brasileiras. O que nós estamos fazendo aqui, além de trazer o debate de volta para educação, é estar contribuindo para a formulação do PNE", disse. No último ciclo do PNE, de 2014-2024, havia 20 metas, como: universalizar o acesso à educação infantil até 2016 (objetivo ainda não alcançado; índice atual é de 93%); oferecer educação integral em, no mínimo, 50% das escolas públicas (patamar de 2022 era de 34,4%); elevar a taxa de alfabetização da população para mais de 93,5% até 2015 (meta alcançada em 2017); aumentar a escolaridade média dos brasileiros de 18 a 29 anos para no mínimo 12 anos de estudo (resultado de 2022 foi de 11,7 anos). 👨‍👩‍👦‍👦Após 7 anos, discussão volta a ter participação da sociedade civil A Conae de 2024 representa a volta da participação da sociedade civil no debate do PNE: A conferência é organizada pelo Fundo Nacional de Educação (FNE), criado pelo MEC em 2010 para representar diferentes setores da sociedade (havia movimentos sociais envolvidos, por exemplo). Em 2017, o então presidente Michel Temer interferiu na composição do FNE e deixou de fora estudantes, professores e organizações relacionadas a pesquisas acadêmicas. A Conae de 2018 e a de 2022 não tiveram participação significativa da sociedade civil, portanto. Em março de 2023, por meio de decreto, o presidente Lula determinou que a Conae 2024 seria "realizada com o objetivo de viabilizar a participação representativa dos segmentos educacionais e setores da sociedade civil na elaboração do PNE". Vídeos
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30/01 - Prouni: mais de 425 mil candidatos já se inscreveram no 1º dia; veja ranking dos cursos com mais participantes
Programa oferece bolsas de estudo integrais e parciais em instituições particulares de ensino superior. Inscrições começaram nesta segunda-feira (29) e vão até 1º de fevereiro. Prouni abre inscrições nesta terça (29) Reprodução Segundo o Ministério da Educação (MEC), 425.617 pessoas já haviam se inscrito no Programa Universidade Para Todos (Prouni) do 1º semestre de 2024, até as 19 horas de segunda-feira (29). O prazo para participar termina na próxima quinta-feira, 1º de fevereiro. 📈O que é Prouni e quantas bolsas serão ofertadas? Por meio do processo seletivo, alunos de baixa renda podem pleitear 406.428 bolsas de estudo em instituições de ensino superior privadas. Dessas, 308.977 são integrais (cobrem 100% da mensalidade) e 97.451, parciais (dão 50% de gratuidade). Ranking dos cursos com mais inscritos Abaixo, veja quais graduações receberam mais inscrições no primeiro dia do processo seletivo, segundo o MEC: 🥇medicina: 83.830 inscrições; 🥈direito: 57.440 inscrições; 🥉psicologia: 44.253 inscrições; 🎖️enfermagem: 39.844 inscrições; 🎖️fisioterapia: 22.030 inscrições. 📝 Como fazer a inscrição? Para se inscrever, é preciso entrar no Acesso Único (acessounico.mec.gov.br/prouni), utilizando o login gov.br com CPF e senha. O candidato deve indicar, em ordem de preferência, até duas opções de curso (selecionando a instituição de ensino e o turno). Depois, é necessário marcar se quer participar na modalidade de ampla concorrência ou de cotas. Por fim, o aluno precisa monitorar, a cada dia, a nota parcial para aqueles cursos. Se quiser, pode mudar suas escolhas (valerá a última opção marcada antes do fim do período de inscrição). Se o candidato estiver dentro da nota de corte e conseguir uma das vagas ao final do prazo de inscrição, ele constará como pré-selecionado. 📚 Quem pode se inscrever? Para participar, o candidato deve ter realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 ou 2023, ter obtido média mínima de 450 pontos nas áreas de conhecimento e nota superior a zero na redação. Há, ainda, os seguintes critérios de renda: 💰Bolsas integrais (cobrem 100% da mensalidade): o estudante deve ter renda familiar bruta mensal per capita de até 1,5 salário mínimo (R$ 1.412 x 1,5 = R$ 2.118 por pessoa, nos valores de 2024). 💰Bolsas parciais (cobrem 50% da mensalidade): o limite da renda familiar bruta mensal per capita é de 3 salários mínimos (R$ 1.412 x 3 = R$ 4.236 por pessoa, em 2024). Além disso, é preciso atender a pelo menos um dos pontos abaixo: Ter cursado o ensino médio em escola pública ou privada, sem diploma de educação superior; ou Ser uma pessoa com deficiência, na forma prevista na legislação, também sem ter feito graduação; ou Exercer a função de professor da rede pública de ensino (exclusivamente para quem busca cursos de licenciatura e pedagogia, destinados à formação do magistério da educação básica). 📅 Datas do ProUni 2024 Inscrições: de 29 de janeiro a 1º de fevereiro Resultado da primeira chamada: 6 de fevereiro Resultado da segunda chamada: 27 de fevereiro Manifestação de interesse na lista de espera: 14 e 15 de março Resultado da lista de espera: 18 de março 🧑‍🏫O que significa ser 'pré-selecionado'? O candidato pré-selecionado ainda não é "dono" da vaga. Ela está reservada para ele, mas, antes de assumi-la, é necessário cumprir com as últimas etapas de seleção. Ainda será preciso comprovar as informações prestadas no ato da inscrição (como a renda familiar per capita e o certificado de conclusão de curso em escola pública, por exemplo). Isso é feito na instituição de ensino na qual o aluno estudará no prazo indicado no edital. Se não houver formação de turma, o aluno perderá a vaga. Poderá tentar participar da segunda chamada e da lista de espera (caso manifeste interesse). 🧮Quais são os critérios de desempate? Maior nota na prova de ciências humanas e suas tecnologias Maior nota na prova de ciências da natureza e suas tecnologias Maior nota na prova de matemática e suas tecnologias Maior nota na prova de linguagens, códigos e suas tecnologias Maior nota na prova de redação No caso de notas idênticas na média aritmética das notas do Enem, o desempate entre os candidatos será determinado de acordo com a seguinte ordem de critérios: Pode se inscrever o candidato que realizou o Enem 2022 ou 2023 e obteve média mínima de 450 pontos nas áreas de conhecimento e nota superior a zero na redação. Além dos critérios de renda explicados mais acima, é preciso atender a pelo menos um dos pontos abaixo: 👉🏾 Como calcular a renda familiar bruta mensal por pessoa? Para saber se o aluno se encaixa nos critérios de renda, deve somar os salários de todos os que moram com ele e, depois, dividir pelo número de componentes do grupo. Por exemplo: pai (R$ 2,3 mil por mês), mãe (R$ 1,7 mil por mês), candidato do Prouni (sem renda) e irmão mais novo (sem renda). Somando os valores, chega-se ao total mensal de R$ 4 mil. Depois, dividindo pelos 4 membros da família, o resultado é R$ 1 mil. Esse é o valor que deve ser tomado como referência pelo Prouni. Como está abaixo de 1,5 salário mínimo per capita (R$ 2.118), o candidato poderá concorrer à bolsa de estudos integral. 🧾 É possível usar Prouni e Fies ao mesmo tempo? E Prouni e Sisu? Fies e Prouni: Sim. Se o candidato conseguir a bolsa de estudos parcial do Prouni, que cobre apenas 50% da mensalidade, poderá financiar a outra metade pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Sisu e Prouni: Não. O aluno até pode se inscrever nos dois programas, mas precisará escolher apenas um ao efetivar a matrícula. Lembrando que o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) oferece vagas em instituições de ensino públicas, e o Prouni, em particulares.
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30/01 - Enem USP 2024: pré-matrículas começam nesta terça; veja lista de aprovados em primeira chamada
Candidatos deve fazer procedimentos on-line em duas etapas para efetivação da matrícula. USP Enem oferece 1,5 mil vagas a partir da nota do Enem ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Começam nesta terça-feira (30), às 8h, as pré-matrículas dos 1,5 mil estudantes aprovados no processo seletivo Enem USP. Essa é a forma de ingresso na universidade que considera as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para classificação. CONFIRA AQUI A LISTA DE APROVADOS Como fazer a pré-matrícula do Enem USP? Os candidatos aprovados deverão realizar a pré-matrícula virtual até o dia 1º de fevereiro, às 16h. O link de pré-matrícula é encaminhado no e-mail cadastrado no momento da inscrição. Durante o processo, o ingressante deve preencher um formulário eletrônico além do envio da documentação exigida em formato digital (PDF, JPG, PNG, GIF). Em caso de dúvida, é possível consultar a Central Unificada de Matrículas da USP, das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira, pelos telefones (11) 3091-3403 e (11) 3091-3442, ou pelo e-mail centraldematriculas@usp.br. Campus I da USP em São Carlos Marcos Santos/USP Imagens LEIA TAMBÉM: Provão Paulista: veja a 1ª lista de aprovados Prouni 2024: região tem mil bolsas; veja como se inscrever Como fazer a efetivação da matrícula? Uma segunda etapa virtual consiste na efetivação de matrícula pelo candidato de 26 a 28 de fevereiro. Para mais informações o candidato deve consultar o respectivo edital do seu processo de ingresso, consultando a sua unidade de ensino. As duas etapas (pré-matrícula e efetivação de matrícula) são obrigatórias e serão consolidadas apenas após a validação dos documentos. Uma segunda chamada de candidatos no processo seletivo Enem USP será divulgada no dia 14 de fevereiro. Quem não for aprovado nessas duas chamadas pode manifestar interesse em participar da lista de espera. Para participar é preciso fazer a manifestação na Área do Candidato das 8h do dia 26 de fevereiro até às 17h do dia 27 de fevereiro. Como solicitar auxílio estudantil? Após fazer a matrícula, os estudantes com dificuldades socioeconômicas podem se inscrever no Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil (PAPFE), que disponibiliza o valor de R$ 800 mensais, pagos durante todo o tempo de realização do curso. Podem se inscrever no programa estudantes com renda familiar per capita abaixo de 1,5 salário mínimo paulista, que não tenham concluído outra graduação na USP e que não recebem outro auxílio da Universidade. Haverá dois períodos para inscrição: o primeiro período vai até o dia 16 de fevereiro, e o segundo período vai de 26 de fevereiro a 29 de março. As inscrições devem ser feitas pelo Portal de Serviços Computacionais da USP. Para os alunos contemplados com vagas nas moradias estudantis da USP, o valor do auxílio é parcial, de R$ 300. A concessão dos auxílios depende da análise socioeconômica do candidato e, no caso de vaga em moradia estudantil, da disponibilidade de vagas de cada campus. O edital do PAPFE 2024 pode ser consultado na página da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento neste link. Para mais informações e esclarecimento de dúvidas, os alunos interessados devem entrar em contato pelo e-mail papfe.prip@usp.br. Para mais informações sobre o Enem USP, acesse o site da Fuvest. 1ª chamada da Fuvest 2024 1ª fase Fuvest 2024: candidatos se preparam para fazer a prova em São Carlos Fabiana Assis/g1 A Fuvest divulgou no dia 22 de janeiro a lista de primeira chamada dos aprovados do vestibular 2024. No total, 8.147 vagas de graduação estão em disputa. Consulte aqui No total, a Fuvest 2024 recebeu mais de 110 mil inscrições, sendo 10.826 treineiros e 99.573 candidatos. Os candidatos aprovados devem realizar a matrícula virtual entre as 8h de 29 de janeiro e as 16h de 1º de fevereiro de 2024. A divulgação da lista dos aprovados em 2ª chamada ocorre no próximo dia 14 de fevereiro. REVEJA VÍDEOS DA EPTV: Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara.
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30/01 - Sisu 2024: resultados serão divulgados nesta terça
Pela primeira vez, o programa terá apenas uma edição no ano. Para quem não for aprovado, ainda será possível participar da lista de espera. Os resultados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2024 serão publicados nesta terça-feira (30), no site do programa (https://sisualuno.mec.gov.br/#/login). Segundo o Ministério da Educação (MEC), as listas de aprovados sairão durante a tarde. Para que serve? Por meio da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Sisu seleciona candidatos para universidades públicas do país. 📊 Neste ano, o programa trouxe duas mudanças importantes: Apenas uma edição: haverá uma edição no ano, só agora em janeiro. Não ocorrerá mais o processo seletivo que era realizado no meio do ano. As regras para a adesão por meio de cotas também mudaram (veja mais abaixo). Abaixo, veja o que fazer caso você: ➡️seja aprovado: Faça a matrícula na instituição de ensino de 1º a 7 de fevereiro de 2024. ➡️não seja aprovado: No site do Sisu, manifeste interesse em participar da lista de espera entre 30 de janeiro e 7 de fevereiro de 2024. Os resultados serão divulgados por cada faculdade. 5 cuidados para tomar ao se inscrever no Sisu 🗓️ Datas do Sisu Pela primeira vez, o Sistema de Seleção Unificada terá uma edição única. Com isso, a seleção de candidatos para o segundo semestre letivo de 2024 vai acontecer nas mesmas datas da seleção para o primeiro semestre. Portanto, para todos que quiserem se candidatar a vagas em universidades públicas pelo Sisu neste ano, o cronograma será o seguinte: Resultados da 1ª chamada: 30 de janeiro de 2024 Matrículas: 1º a 7 de fevereiro de 2024 Participação na lista de espera: manifestar interesse entre 30 de janeiro e 7 de fevereiro de 2024 Resultado das listas de espera: datas serão definidas por cada universidade ➡️ Quem está apto a participar? Alunos que tenham feito o Enem 2023 e tirado nota acima de zero na redação. Treineiros não serão aceitos. ➡️ Posso escolher em qual semestre vou entrar na faculdade? Não. Caberá à universidade, por meio da ordem da lista de classificação de candidatos, selecionar quem estudará em cada semestre. 📚 Opções de vaga No ato da inscrição, o candidato teve de selecionar até duas opções de curso ou universidade, que puderam ser alteradas até as 23h59 da última quinta-feira (25), quando o prazo de inscrição se encerrou. Valeram as últimas opções marcadas no sistema. Entenda aqui como as notas de corte parciais do Sisu são calculadas 📝 Mudança nas cotas O Sisu oferece vagas via Lei de Cotas para pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência. Mas, neste ano, foram anunciadas algumas mudanças para a candidatura a essas vagas: Todos os candidatos concorrerão, primeiramente, às vagas de ampla concorrência. Caso não alcancem as notas nesta modalidade e façam parte de algum dos grupos de cotas (os critérios são de raça e de renda), aí, sim, entrarão na disputa pelo benefício. Com isso, se uma pessoa autodeclarada preta, por exemplo, tirar uma nota mais alta que a exigida na ampla concorrência, será aprovada na "lista geral" e não tirará a vaga de um cotista com desempenho mais baixo. Até o Sisu 2023, quem tinha direito às cotas já participava, desde o início, de uma classificação à parte, separada da ampla concorrência. 📌 Total de vagas do Sisu Neste ano, o Sisu contará com 264.181 vagas, distribuídas entre 6.827 cursos de 127 instituições de educação superior. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lidera a lista com 9.240 vagas. Quantitativo de vagas por instituição Vídeos Em 2024, SISU terá apenas uma edição Neste ano, o r terá apenas uma edição — só em janeiro, sem o processo seletivo que usualmente ocorre no meio do ano.
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29/01 - Prouni 2024: região tem mil bolsas em diversos cursos de faculdades; veja como se inscrever
Para concorrer, os candidatos devem ter feito o Enem em 2022 ou 2023. Período de inscrição termina na quinta-feira (1º). Prouni 2024 Ana Marin/g1 O Programa Universidade para Todos (Prouni) está com inscrições abertas a partir desta segunda-feira (29). Os interessados devem se candidatar até o dia 1º de fevereiro, pelo portal Acesso Único. Na região de cobertura do g1 São Carlos e Araraquara há mais de mil bolsas em diversos cursos de universidades e faculdades. Veja os detalhes na tabela abaixo. 📲 Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp 'Prouni': inscrições começam nesta segunda-feira e seguem até quinta (1º) O Prouni é o programa que oferece bolsas de estudo integrais, com 100% de desconto, e parciais, de 50%, em instituição particulares de ensino superior. (Veja abaixo quem pode concorrer.) No momento da inscrição, o candidato pode escolher duas opções de curso, de acordo com a sua ordem de preferência. É preciso escolher também de qual modalidade deseja participar: Ampla concorrência (AC); PPI: Oferta para autodeclarados Pretos, Pardos ou Indígenas; PCD: Oferta para autodeclarados Pessoas com Deficiência. Veja as bolsas disponíveis na região: Bolsas do Prouni ofertadas na região LEIA MAIS: Prouni 2024: inscrições começam nesta segunda; saiba quem pode pedir bolsa Durante o período de inscrição no Prouni, o candidato deve monitorar diariamente a nota parcial do curso escolhido, podendo alterá-lo até 1º de fevereiro. Se a nota do candidato for superior à nota parcial ao final do prazo de inscrição, ele constará como pré-selecionado. Quem pode participar do Prouni?👩🏽‍🏫 Para participar, é preciso que o candidato tenha feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em 2022 ou 2023. A média mínima nas áreas de conhecimento deve ser de 450 pontos, e a nota na redação tem que ser superior a zero. Os candidatos também precisam atender a pelo menos um dos pontos abaixo: Ter cursado o ensino médio completo em escola da rede pública; Ter cursado o ensino médio completo em escola privada como bolsista integral; Ter cursado o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em instituição privada, na condição de bolsista integral; Ter cursado o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em instituição privada com bolsa parcial ou sem a condição de bolsista; ou Ter cursado o ensino médio completo em escola privada com bolsa parcial da respectiva instituição ou sem a condição de bolsista; Ser pessoa com deficiência, na forma prevista na legislação; ou Ser professor da rede pública de ensino, exclusivamente para os cursos de licenciatura e pedagogia, destinados à formação do magistério da educação básica. Quando serão divulgados os resultados do Prouni? ✅ A primeira chamada dos aprovados no Prouni será divulgada no dia 6 de fevereiro. A segunda está prevista para o dia 27 de fevereiro. Os estudantes que não forem aprovados devem manifestar interesse na lista de espera nos dias 14 e 15 de março. O resultado será divulgado no dia 18 de março. REVEJA VÍDEOS DA EPTV: .eja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquaraa
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29/01 - Site do Prouni 2024 está instável e considera valores desatualizados do salário mínimo, afirmam candidatos
Programa oferece bolsas de estudo integrais e parciais em instituições particulares de ensino superior. Inscrições começaram nesta segunda-feira (29) e vão até 1º de fevereiro. Prouni abre inscrições nesta terça (29) Reprodução O site do Programa Universidade Para Todos (Prouni) do 1º semestre de 2024 apresentou instabilidade e problemas técnicos nesta segunda-feira (29), no primeiro dia de inscrições. ATUALIZAÇÃO: Às 19h42, o Ministério da Educação informou ao g1 que o acesso havia sido normalizado. Candidatos relataram as seguintes falhas: ➡️Assim que o participante começa a preencher os dados pessoais, aparece uma janela no navegador com a mensagem "object object". Initial plugin text ➡️O cálculo de renda familiar per capita estaria levando em conta o valor do salário mínimo de 2023 (R$ 1.320), e não o de 2024 (R$ 1.412), que passa a valer nesta semana. Essa falha excluiria parte dos alunos que teriam direito à bolsa (veja mais abaixo). 📈O que é Prouni? Por meio do processo seletivo, alunos de baixa renda podem pleitear bolsas de estudo parciais e integrais em instituições de ensino superior privadas. 'É muito frustrante': alunos reclamam de erro no cálculo de renda Adriana enfrenta dificuldades para se inscrever no Prouni Arquivo pessoal Pelo edital do Prouni 2024, há os seguintes critérios de renda: 💰Bolsas integrais (cobrem 100% da mensalidade): o estudante deve ter renda familiar bruta mensal per capita de até 1,5 salário mínimo (R$ 1.412 x 1,5 = R$ 2.118 por pessoa, nos valores de 2024). 💰Bolsas parciais (cobrem 50% da mensalidade): o limite da renda familiar bruta mensal per capita é de 3 salários mínimos (R$ 1.412 x 3 = R$ 4.236 por pessoa, em 2024). De acordo com candidatos, o sistema está levando em conta os valores de referência do salário mínimo de 2023 (R$ 1.320). Com isso, teriam direito às bolsas integrais aqueles participantes cuja renda familiar per capita seja de até R$ 1.980 (R$ 1.320 x 1,5), e às parciais, até R$ 3.960 (R$ 1.320 x 3). Essa falha deixa de fora alunos como Adriana Mazac, de 19 anos, que busca uma bolsa em medicina no Rio de Janeiro: ➡️ A renda familiar per capita da candidata é de R$ 1.996,00. Renda familiar per capita da estudante é de R$ 1.996 Reprodução ➡️Pelos valores de 2024, como ela fica abaixo do patamar de R$ 2.118, teria direito à bolsa integral. ➡️O sistema, porém, só permite que ela se inscreva para bolsas parciais, já que a renda está R$ 16 acima do teto na referência de salário mínimo de 2023 (R$ 1.980). Sistema não deixa que aluna se inscreva para bolsas integrais Reprodução "Estamos ansiosos com o Sisu, e o Prouni acaba sendo nossa segunda chance. Essa ansiedade é frustrante", afirma Adriana. Nas redes sociais, há outros relatos semelhantes: Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Como fazer a inscrição? As inscrições do Prouni começam nesta segunda-feira (29) e vão até quinta-feira (1º). É preciso entrar no Acesso Único (acessounico.mec.gov.br/prouni), utilizando o login gov.br com CPF e senha. Para participar, o candidato deve ter realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 ou 2023, ter obtido média mínima de 450 pontos nas áreas de conhecimento e nota superior a zero na redação. (Veja os critérios detalhados mais abaixo.) 📅 Datas do ProUni 2024 Inscrições: de 29 de janeiro a 1º de fevereiro Resultado da primeira chamada: 6 de fevereiro Resultado da segunda chamada: 27 de fevereiro Manifestação de interesse na lista de espera: 14 e 15 de março Resultado da lista de espera: 18 de março 📝 Como funciona O candidato deve indicar, em ordem de preferência, até duas opções de curso (selecionando a instituição de ensino e o turno). Depois, é necessário marcar se quer participar na modalidade de ampla concorrência ou de cotas. Por fim, precisa monitorar, a cada dia, a nota parcial para aqueles cursos. Se quiser, pode mudar suas escolhas (valerá a última opção marcada antes do fim do período de inscrição). Se o candidato estiver dentro da nota de corte e conseguir uma das vagas ao final do prazo de inscrição, ele constará como pré-selecionado. O que significa ser 'pré-selecionado'? O candidato pré-selecionado ainda não é "dono" da vaga. Ela está reservada para ele, mas, antes de assumi-la, é necessário cumprir com as últimas etapas de seleção. Ainda será preciso comprovar as informações prestadas no ato da inscrição (como a renda familiar per capita e o certificado de conclusão de curso em escola pública, por exemplo). Isso é feito na instituição de ensino na qual o aluno estudará no prazo indicado no edital. Se não houver formação de turma, o aluno perderá a vaga. Poderá tentar participar da segunda chamada e da lista de espera (caso manifeste interesse). Quais são os critérios de desempate? No caso de notas idênticas na média aritmética das notas do Enem, o desempate entre os candidatos será determinado de acordo com a seguinte ordem de critérios: Maior nota na prova de redação Maior nota na prova de linguagens, códigos e suas tecnologias Maior nota na prova de matemática e suas tecnologias Maior nota na prova de ciências da natureza e suas tecnologias Maior nota na prova de ciências humanas e suas tecnologias 📚 Quem pode se inscrever Pode se inscrever o candidato que realizou o Enem 2022 ou 2023 e obteve média mínima de 450 pontos nas áreas de conhecimento e nota superior a zero na redação. Além dos critérios de renda explicados mais acima, é preciso atender a pelo menos um dos pontos abaixo: Ter cursado o ensino médio completo em escola da rede pública; Ter cursado o ensino médio completo em escola privada como bolsista integral; Ter cursado o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em instituição privada, na condição de bolsista integral; Ter cursado o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em instituição privada com bolsa parcial ou sem a condição de bolsista; Ter cursado o ensino médio completo em escola privada com bolsa parcial da respectiva instituição ou sem a condição de bolsista; Ser pessoa com deficiência, na forma prevista na legislação; ou Ser professor da rede pública de ensino, exclusivamente para os cursos de licenciatura e pedagogia, destinados à formação do magistério da educação básica. 👉🏾 Como calcular a renda familiar bruta mensal por pessoa? Para saber se o aluno se encaixa nos critérios de renda, deve somar os salários de todos os que moram com ele e, depois, dividir pelo número de componentes do grupo. Por exemplo: pai (R$ 2,3 mil por mês), mãe (R$ 1,7 mil por mês), candidato do Prouni (sem renda) e irmão mais novo (sem renda). Somando os valores, chega-se ao total mensal de R$ 4 mil. Depois, dividindo pelos 4 membros da família, o resultado é R$ 1 mil. Esse é o valor que deve ser tomado como referência pelo Prouni. Como está abaixo de 1,5 salário mínimo per capita (R$ 2.118), o candidato poderá concorrer à bolsa de estudos integral. 🧾 É possível usar Prouni e Fies ao mesmo tempo? E Prouni e Sisu? Fies e Prouni: Sim. Se o candidato conseguir a bolsa de estudos parcial do Prouni, que cobre apenas 50% da mensalidade, poderá financiar a outra metade pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Sisu e Prouni: Não. O aluno até pode se inscrever nos dois programas, mas precisará escolher apenas um ao efetivar a matrícula. Lembrando que o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) oferece vagas em instituições de ensino públicas, e o Prouni, em particulares.
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29/01 - Prouni 2024: inscrições começam nesta segunda; saiba quem pode pedir bolsa
Programa oferece bolsas de estudo integrais e parciais em instituições particulares de ensino superior. Candidato deve ter feito o Enem em 2022 ou 2023 e ter obtido nota mínima. Inscrições do Prouni do primeiro semestre de 2024 começam nesta segunda-feira (29). Foto: Emily Santos/g1 As inscrições para o processo seletivo do Programa Universidade Para Todos (Prouni) do 1º semestre de 2024 começam nesta segunda-feira (29). Os interessados devem se inscrever até a quinta-feira (1º) pelo portal Acesso Único (acessounico.mec.gov.br/prouni), utilizando o login gov.br com CPF e senha. O Prouni é um programa do Ministério da Educação (MEC) que oferece bolsas de estudo integrais (cobrem 100% da mensalidade) e parciais (50%) em instituições particulares de ensino superior. 👉 Na manhã desta segunda, o site apresentava instabilidade e problemas técnicos. Para se inscrever, o candidato deve ter realizado o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022 ou 2023, ter obtido média mínima de 450 pontos nas áreas de conhecimento e nota superior a zero na redação. (Veja os critérios detalhados mais abaixo.) 📅 Datas do ProUni 2024 Inscrições: de 29 de janeiro a 1º de fevereiro Resultado da primeira chamada: 6 de fevereiro Resultado da segunda chamada: 27 de fevereiro Manifestação de interesse na lista de espera: 14 e 15 de março Resultado da lista de espera: 18 de março 📝 Como funciona O candidato deve indicar, em ordem de preferência, até duas opções de curso (selecionando a instituição de ensino e o turno). Depois, é necessário marcar se quer participar na modalidade de ampla concorrência ou de cotas. Por fim, precisa monitorar, a cada dia, a nota parcial para aqueles cursos. Se quiser, pode mudar suas escolhas (valerá a última opção marcada antes do fim do período de inscrição). Se o candidato estiver dentro da nota de corte e conseguir uma das vagas ao final do prazo de inscrição, ele constará como pré-selecionado. O que significa ser 'pré-selecionado'? O candidato pré-selecionado ainda não é "dono" da vaga. Ela está reservada para ele, mas, antes de assumi-la, é necessário cumprir com as últimas etapas de seleção. Ainda será preciso comprovar as informações prestadas no ato da inscrição (como a renda familiar per capita e o certificado de conclusão de curso em escola pública, por exemplo). Isso é feito na instituição de ensino na qual o aluno estudará no prazo indicado no edital. Se não houver formação de turma, o aluno perderá a vaga. Poderá tentar participar da segunda chamada e da lista de espera (caso manifeste interesse). Quais são os critérios de desempate? No caso de notas idênticas na média aritmética das notas do Enem, o desempate entre os candidatos será determinado de acordo com a seguinte ordem de critérios: Maior nota na prova de redação. Maior nota na prova de linguagens, códigos e suas tecnologias. Maior nota na prova de matemática e suas tecnologias. Maior nota na prova de ciências da natureza e suas tecnologias. Maior nota na prova de ciências humanas e suas tecnologias. 📚 Quem pode se inscrever Pode se inscrever o candidato que realizou o Enem 2022 ou 2023 e obteve média mínima de 450 pontos nas áreas de conhecimento e nota superior a zero na redação. Além disso, é preciso atender a pelo menos um dos pontos abaixo: Ter cursado o ensino médio completo em escola da rede pública; Ter cursado o ensino médio completo em escola privada como bolsista integral; Ter cursado o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em instituição privada, na condição de bolsista integral; Ter cursado o ensino médio parcialmente em escola da rede pública e parcialmente em instituição privada com bolsa parcial ou sem a condição de bolsista; ou Ter cursado o ensino médio completo em escola privada com bolsa parcial da respectiva instituição ou sem a condição de bolsista; Ser pessoa com deficiência, na forma prevista na legislação; ou Ser professor da rede pública de ensino, exclusivamente para os cursos de licenciatura e pedagogia, destinados à formação do magistério da educação básica. 💰 Renda Para concorrer às bolsas integrais, o estudante deve ter renda familiar bruta mensal per capita de até um salário mínimo e meio (R$ 2.118 por pessoa). Para as bolsas parciais, o limite da renda familiar bruta mensal per capita é de três salários mínimos (R$ 4.236 por pessoa). 👉🏾 Como calcular a renda familiar bruta mensal por pessoa? Para saber se o aluno se encaixa nos critérios de renda, deve somar os salários de todos os que moram com ele e, depois, dividir pelo número de componentes do grupo. Por exemplo: pai (R$ 2,3 mil por mês), mãe (R$ 1,7 mil por mês), candidato do Prouni (sem renda) e irmão mais novo (sem renda). Somando os valores, chega-se ao total mensal de R$ 4 mil. Depois, dividindo pelos 4 membros da família, o resultado é R$ 1 mil. Esse é o valor que deve ser tomado como referência pelo Prouni. Como está abaixo de 1,5 salário mínimo per capita (R$ 2.118), o candidato poderá concorrer à bolsa de estudos integral. 🧾 É possível usar Prouni e Fies ao mesmo tempo? E Prouni e Sisu? Fies e Prouni: Sim. Se o candidato conseguir a bolsa de estudos parcial do Prouni, que cobre apenas 50% da mensalidade, poderá financiar a outra metade pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Sisu e Prouni: Não. O aluno até pode se inscrever nos dois programas, mas precisará escolher apenas um ao efetivar a matrícula. Lembrando que o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) oferece vagas em instituições de ensino públicas, e o Prouni, em particulares.
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27/01 - Pé-de-meia: quando começa, como se inscrever e como receber a bolsa do ensino médio
Objetivo é garantir que concluam o ensino médio os estudantes de famílias inscritas no Bolsa Família. Veja como solicitar, os requisitos para receber e a previsão de pagamentos. Governo anuncia valores de programa que cria bolsa contra evasão escolar no ensino médio Alunos de famílias inscritas no Bolsa Família poderão receber, a partir de março deste ano, um incentivo financeiro do governo federal de até R$ 9,2 mil em um formato de "poupança" para que concluam o ensino médio. O dinheiro virá do programa Pé-de-Meia, que vai recompensar estudantes de baixa renda pela matrícula no 1º, 2º e 3º ano, pela frequência nas aulas, pela participação no Enem e pela conclusão do ensino médio. De acordo com o que já foi divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) desde o lançamento na sexta-feira (26), as principais medidas que o aluno e sua família devem tomar é fazer a matrícula em uma escola da rede pública e realizar o Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), além de garantir que o estudante tenha um CPF. Caberá ao MEC definir ou confirmar quais alunos têm situação financeira dentro da faixa alvo do programa. Ainda não foi divulgada a data em que os depósitos ocorrerão a cada mês. "As redes (estaduais) serão responsáveis por captar e informar ao Ministério os dados dos estudantes (pessoais, escolares e aqueles necessários para aberturas das contas). Assim, o MEC filtrará os alunos elegíveis e enviará as folhas de pagamento para a Caixa Econômica Federal, que abrirá as contas e fará os pagamentos e a gestão das poupanças", afirma o MEC. Abaixo, o g1 explica em detalhes os seguintes tópicos: Qual será o valor pago? Quem receberá o valor? Como serão os depósitos e saques? Quais são os requisitos para receber? Como emitir o CPF? Como fazer o Cadastro Único? Alunos da EJA terão direito ao Pé-de-Meia? Pé-de-Meia pode ser somado a outros benefícios sociais? ✅ g1 está nos Canais do WhatsApp; veja como participar 1. Qual será o valor pago? O Pé-de-meia prevê pagar até R$ 9,2 mil para cada estudante que concluir o ensino médio. Sendo assim, o benefício será concedido: Quando aluno se matricular no início do ano: R$ 200, em parcela única; Se o estudante apresentar a frequência escolar adequada (acima de 80% das horas letivas): total de R$ 1,8 mil, que serão pagos em 9 parcelas de R$ 200. Os 10 depósitos mensais (incluindo a matrícula) serão pagas de março a junho e de agosto a dezembro; Não há previsão de pagamentos retroativos: alunos que estão no 3º ou 2º ano não receberão valores referentes a etapas anteriores cursadas em 2023 ou 2022. 💵 Além das parcelas mensais, haverá também um bônus: a cada ano letivo concluído com aprovação, aluno também terá R$ 1 mil depositado em uma poupança. Segundo o MEC, dois terços desse valor poderão ser usados assim que recebidos. "O outro terço ficará guardado para saque quando o estudante se formar na última etapa da educação básica", afirma o MEC. O estudante que fizer o Enem ao final do 3º ano receberá ainda R$ 200 em parcela única. Vale lembrar que alunos de escola pública não pagam a inscrição no Enem no ano em que estiverem concluindo esta etapa do ensino. Como funciona o programa Pé-de-Meia g1 2. Quem receberá o valor? Os valores serão depositados em uma conta em nome do estudante beneficiário, de natureza pessoal e intransferível, que poderá ser do tipo poupança social digital. O benefício é ligado ao aluno: não haverá restrição ao acesso ao benefício para estudantes cujas famílias têm mais de um integrante matriculado no ensino médio. 🗓️ O governo federal afirma que o início dos depósitos na "poupança" está previsto para março, mas não detalhou qual será o dia do depósito. ⚠️ A conta bancária será criada automaticamente pela Caixa Econômica Federal, segundo o governo. Ou seja, não é necessário comparecer à agência bancária, basta incluir o CPF do aluno no ato da matrícula. 3. Como serão os depósitos e saques? Serão duas formas de depósito, com regras de movimentação distintas: ➡️ Na primeira, os depósitos ocorrerão mensalmente, ao longo de cada ano letivo, para alunos que efetivarem a matrícula e comprovarem a frequência mínima nas aulas. Esses valores poderão ser movimentados a qualquer momento, ou seja, sacados, investidos em títulos públicos ou mantidos na poupança. ➡️ Já na segunda, relativa aos bônus pela aprovação no ano letivo e à participação do Enem, os valores só serão transferidos no fim do ensino médio. 4. Quais são os requisitos para receber? Os valores do Programa Pé-de-Meia serão depositados na conta bancária apenas dos estudantes de baixa renda do ensino médio público. O governo definiu o público-alvo como "estudantes de baixa renda matriculados no ensino médio regular das redes públicas e pertencentes a famílias inscritas no Programa Bolsa Família" Para receber, os estudantes devem: ter um CPF; estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico); o sistema já é usado para acesso ao Bolsa Família; estar matriculado no início do ano letivo; alcançar frequência escolar de pelo menos 80% das horas letivas; participar do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). No caso do bônus, é exigido que: não tenham sido reprovados no fim do ano letivo; façam o Enem no fim do 3º ano do ensino médio. 5. Como emitir o CPF? Para receber o benefício, os alunos devem apresentar Cadastro de Pessoas Físicas (CPF). O documento trata-se de "um banco de dados" gerenciado pela Receita Federal, utilizado para vários fins – seja para identificação, declarar Imposto de Renda ou para compras e contratações de serviços. Não há idade mínima para a inscrição e cada pessoa pode se cadastrar apenas uma vez. Ou seja, o número do CPF é único e definitivo para cada um. Para solicitar, basta preencher o formulário online disponibilizado pela Receita Federal. Para cidadão brasileiro residente no país, clique aqui. Para cidadão brasileiro residente no exterior, clique aqui. Para cidadão estrangeiro, clique aqui. ⚠️ O cartão físico do CPF – aquele de plástico azul – não é mais emitido. Os comprovantes de inscrição impressos e o CPF Digital têm o mesmo valor jurídico. Leia também: Quais documentos apresentar para emitir o CPF? 6. Como fazer o Cadastro Único? É preciso que uma pessoa da família procure o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do município onde vive. Essa pessoa, que deve ter pelo menos 16 anos, será responsável por prestar as informações de todos os membros da família. Porém, antes de procurar o Cras, é necessário baixar o App Cadastro Único na loja de aplicativo dos celulares e fazer um pré-cadastro. Esse serviço também está disponível na internet. No momento da inscrição, o representante deve apresentar pelo menos um documento dos seguintes documentos para cada pessoa da família: Certidão de Nascimento; Certidão de Casamento; CPF; Carteira de Identidade – RG; Carteira de Trabalho; Título de Eleitor; Registro Administrativo de Nascimento Indígena (RANI) – somente se a pessoa for indígena. 7. Alunos da EJA terão direito ao Pé-de-Meia? Matriculados na Educação para Jovens e Adultos (EJA) também podem fazer parte do programa, desde que tenham de 19 a 24 anos. No caso deles, o bônus será pago se fizerem o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja). "Os parâmetros para elegibilidade, verificação de condicionalidades, concessão e pagamento dos incentivos aos estudantes matriculados na educação de jovens e adultos (EJA) serão disciplinados em ato do Ministro da Educação", afirmou o governo. 8. O Pé-de-Meia pode ser somado a outros benefícios sociais? ➡️ O dinheiro que será pago aos alunos não entrará no cálculo de renda familiar per capita (ou seja, nenhuma família vai deixar de ter direito ao Bolsa Família por causa da verba depositada pelo Pé-de-Meia). ➡️ O projeto de lei, aprovado em dezembro, proibia que alunos com deficiência pudessem receber ao mesmo tempo o Pé-de-Meia e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). O trecho foi vetado pelo presidente Lula. ➡️ Para famílias de baixa renda formadas apenas pelo estudante, o Pé-de-Meia não poderá ser acumulado com determinados "bônus" do Bolsa Família, como Benefício de Renda de Cidadania, Benefício Complementar, Benefício Primeira Infância e Benefício Variável Familiar. Vídeos Pé-de-Meia: Lula sanciona programa que prevê poupança para alunos do ensino médio
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27/01 - Estudante da rede pública de SP se emociona ao descobrir que foi o primeiro da família aprovado na universidade
Filho de uma diarista e um alterador de mercadorias, Matheus da Silva, de 18 anos, estudou em escola estadual em Santo André, e conquistou nesta sexta (26) uma vaga no curso de estatística da USP, pelo Provão Paulista. 1º da família na faculdade: veja a reação de aluno ao descobrir a aprovação na USP Sozinho em casa, pouco depois de acordar e cheio de ansiedade. Foi assim que Matheus da Silva, estudante de 18 anos de Santo André, na Grande São Paulo, descobriu que foi aprovado em uma vaga para o curso de graduação em estatística no campus Butantã da Universidade de São Paulo (USP), na manhã desta sexta-feira (26), via Provão Paulista. A reportagem do SP2 registrou por videochamada o momento da conquista do jovem (assista no vídeo acima). Consulte a lista de aprovados no Provão Paulista Matrículas dependem da universidade escolhida; veja calendário Antes, ele havia ficado longe das notas mínimas exigidas para garantir a vaga pela Fuvest, pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e pelo processo Enem-USP, no qual a instituição seleciona estudante com base na pontuação do Exame Nacional do Ensino Médio. "Eu fiz a Unesp, a Fuvest o Enem. A Unicamp eu não consegui fazer porque não tive dinheiro para pagar a inscrição", lembra ele. Mesmo com 880 pontos na prova de redação do Enem 2023, Matheus não conseguiu ficar dentro da nota de corte em estatística na sua modalidade do Enem-USP, pela cota de escola pública para pretos, pardos e indígenas. Se inscreva no canal do g1 SP no WhatsApp aqui Por isso, ele acabou optando no Enem-USP pelo curso de geologia, para o qual foi aprovado no resultado divulgado na última quarta (24). Mas, apesar da alegria de ter conseguido uma vaga na faculdade, o sonho dele, de seguir alguma carreira envolvendo matemática aplicada, agora sobrevivia apenas no resultado do Provão Paulista. A escolha da carreira, segundo ele, ocorreu ainda no primeiro ano do ensino médio. "Eu estava pensando em ser engenheiro civil, mas não curti muito a área quando pesquisei. Aí vi que tenho um olhar mais analítico, então pensei: 'matemática aplicada'." Todas as fichas no Provão No novo vestibular da Secretaria Estadual da Educação (Seduc-SP), ele colocou ciências da computação na USP como primeira opção, estatística na USP como a segunda opção e engenharia da computação na Unesp como terceira opção. Escolheu, ainda, o curso tecnológico de sistemas embarcados, na Fatec de Santo André. Na primeira vez que bateu o olho no seu boletim de desempenho, Matheus inclusive achou que não tinha passado. "Nossa, em estatística quase cheguei perto, fiquei na segunda colocação." Passados cerca de 20 segundos, ele chegou até o fim do boletim, onde estava escrito que ele fora convocado para matrícula em sua segunda opção: estatística. Os olhos arregalaram, o sorriso resignado sumiu e ele levou as duas mãos à boca e se afastou do computador. "Não posso acreditar", disse Matheus, que chegou perto para ler de novo a frase. "Convocado para matrícula na segunda opção, como ampla concorrência", leu o estudante em voz alta, engatando com um grito pela mãe. Matheus da Silva, no momento em que descobriu que passou no curso que queria, estatística, na Universidade de São Paulo Reprodução Na manhã desta sexta, o jovem estava sozinho em casa. Sua mãe, diarista, e o pai, que trabalha como alterador de mercadoria em uma empresa, já haviam saído. A irmã mais nova também não estava por lá, e Matheus já começou a planejar os próximos passos. Primeiro, ligar para todo mundo e avisar do sonho realizado. Depois, passar na Escola Estadual Educador Pedro Cia, a escola do Programa de Ensino Integral onde ele cursou o ensino médio e se formou em dezembro, para buscar os documentos de que precisa para fazer sua matrícula na USP na próxima segunda (29). Por fim, retirar na parede do quarto todos os materiais de estudo pré-vestibular que o acompanharam por tanto tempo. Caminho até a aprovação No ensino fundamental, Matheus estudou em outra escola de tempo integral, que era voltada à preparação para o vestibulinho das Etecs. Mas, na Hora H, ele acabou perdendo o prazo para se inscrever. No fim, acabou indo estudar na escola mais próxima, que também era em tempo integral. "Eu ficava pensando que, se eu não conseguisse nem passar no vestibulinho, não iria conseguir passar em vestibular. Aí eu fiquei bem desanimado. E comecei a estudar bastante. Agora estou aqui." (Matheus da Silva, aprovado na USP pelo Provão Paulista) Sua estratégia de aprovação foi aproveitar as oportunidades que a escola oferecia, inclusive a frequência de simulados de redação, que, segundo ele, paralisam toda a escola para garantir a participação dos estudantes. "Eu não estudei de forma tradicional, que é você estudar a teoria e depois aplicar aos exercícios", explicou ele. "Eu fazia os exercícios direto, pegava as questões que estavam erradas e estudava por elas, aí eu aumentava bastante os meus acertos." Aproximação entre escola e universidade Em entrevista ao SP2, o professor Aluisio Segurado, pró-reitor de Graduação da USP, explicou que a universidade está contente com o resultado da primeira edição do Provão Paulista. De acordo com ele, a ideia do novo vestibular é reagir à baixa participação de estudantes de escolas estaduais paulistas nos processos seletivos para o ensino superior. Segurado diz que um levantamento da USP mostrou que, na edição 2023 da Fuvest, apenas 8% dos estudantes da rede estadual participaram das provas. Já no Enem 2022, que deveria ser mais acessível, essa taxa foi de apenas 16%, a segunda pior participação entre todas as redes estaduais e distrital do país. "O grande objetivo é dar mais oportunidades a jovens independentemente da sua origem familiar, da sua situação socioeconômica", explicou Segurado. "E reconhecer os talentos, porque a prova é competitiva e o mérito é sempre imprescindível. Mas que os talentos sejam reconhecidos e que lhes seja dada a oportunidade que merecem para construir um projeto de vida que inclua a USP, a Unicamp e a Unesp como uma possibilidade."
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26/01 - Prazo para matrícula de aprovados no Provão Paulista se encerra nesta quarta; veja calendário
Quem foi convocado em duas vagas só poderá se matricular em uma delas. Matrículas já começam neste sábado (27), no caso dos candidatos convocados para a Unesp, e segunda chamada sai na próxima sexta (2). Os milhares de estudantes de escolas públicas aprovados no Provão Paulista agora têm poucos dias para realizar a matrícula e garantir a vaga de graduação em uma das cinco instituições paulistas de ensino superior. Os resultados foram divulgados na manhã desta sexta-feira (26) e dizem respeito apenas às vagas para início no primeiro semestre letivo de 2024. No total, isso representa 7.623 das 15.369 vagas oferecidas nas provas. O resultado para a entrada no segundo semestre será conhecido em abril. O processo de matrícula é feito de forma virtual, mas no site de cada instituição. Na Universidade Estadual Paulista (Unesp), por exemplo, as matrículas já podem ser feita a partir das 8h deste sábado (27). Veja abaixo as datas e sites para a matrícula, segundo as orientações divulgadas no site oficial: Unesp: das 8h de sábado (27) até quarta (31) no site https://sistemas.unesp.br/calouros/ USP: segunda a quarta-feira (29 a 31 de janeiro) no site https://www5.usp.br/ Fatecs: segunda a quarta-feira (29 a 31 de janeiro) no site https://siga.cps.sp.gov.br/matricula/matricularemota.aspx Unicamp: terça e quarta-feira (30 e 31 de janeiro), segundo as regras da página de instruções de matrícula. No caso da Unicamp, em 30 de janeiro os candidatos aprovados para as cotas étnico-raciais terão entrevista on-line com a Comissão de Averiguação. Univesp: segundo a portaria divugada pela Univesp, neste mês os candidatos aprovados serão convocados via e-mail para realizar a matrícula pelo site. O portal de matrículas da Univesp é https://sei.univesp.br/processoSeletivo/#/. Candidato só pode se matricular em uma vaga Segundo a Secretaria Estadual da Educação (Seduc-SP), caso o estudante tenha sido convocado para duas vagas diferentes, ele só poderá se matricular em uma delas. "O Provão Paulista Seriado buscou proporcionar aos estudantes a oportunidade de escolha após a divulgação dos resultados, evitando eliminações imediatas", explicou a pasta, em nota à TV Globo. "Os candidatos que foram aprovados em duas opções de escolha poderão se matricular em apenas uma delas. Cabe a eles decidir com qual se identificam mais. Uma vez que o estudante confirme a matrícula em uma universidade, será automaticamente eliminado da outra, e a vaga será preenchida por outro aluno do mesmo grupo na próxima chamada." Próximas chamadas A segunda chamada do Provão Paulista será divulgada na próxima sexta (2). Já a terceira será publicada na sexta seguinte, dia 9. Essa é a primeira edição do vestibular realizado pela secretaria e voltado para aumentar a participação de estudantes de escolas públicas, principalmente as da rede estadual paulista, nas universidades do estado. No total, 15 mil vagas serão ofertadas para o primeiro e segundo semestres de 2024. Os resultados divulgados nesta sexta são referentes a 10.232 vagas oferecidas nas cinco instituições: Universidade de São Paulo (USP): 1.500 vagas Universidade Estadual Paulista (Unesp): 934 vagas Universidade Estadual de Campinas (Unicamp): 325 vagas Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp): 2.620 vagas (com início das aulas no segundo semestre) Faculdades de Tecnologia de São Paulo (Fatecs): 4.864 vagas (para início no primeiro semestre) Em abril, um novo processo de escolha de vagas será feito para outras 5.136 vagas com início no segundo semestre. Participação na primeira edição Segundo a Seduc-SP, 386 mil estudantes do terceiro ano do ensino médio estavam inscritos no Provão Paulista. Desse total, 89% eram da rede estadual de ensino, 9% estavam matriculados nas Etecs, as escolas de tecnologia do Centro Paula Souza. O restante foi composto de alunos dos institutos e escolas federais, das redes municipais e estaduais de foram do estado. Cerca de dois terços deles (260 mil) de fato fizeram os dois dias de prova. Mas só 184 mil chegaram a se manter na disputa, selecionando pelo menos uma de 11 opções possíveis de vagas nas instituições participantes, no período entre o início de novembro de o fim de dezembro. Os estudantes que não escolheram vagas acabaram de fora da concorrência. Já entre os aprovados na lista divulgada nesta sexta, a secretaria disse que 74% são estudantes formados em escolas estaduais paulistas. Outros 17% são das Etecs e 9% estudaram nas demais redes públicas de ensino. Provão Paulista em números Lista de aprovados Consulte abaixo todos os nomes convocados na primeira chamada do Provão Paulista, ou clique aqui para conferir. Alunos da rede pública durante Provão Paulista Divulgação Leia também 'Mais difícil do que o Enem': alunos do 3º ano relatam como foi 1º dia de provas Tema da redação vaza na véspera do exame; governo de SP diz que irá investigar Governo de SP nega fraude em vazamento de tema da redação Ao todo, serão divulgadas três chamadas unificadas para as matrículas dos aprovados, com a nota e as opções determinadas pelos estudantes. Todas as matrículas, com exceção da Univesp, são para início das aulas no primeiro semestre deste ano. Na Universidade Virtual do Estado de São Paulo, os cursos terão início no segundo semestre deste ano letivo. O que é o Provão Paulista? O Provão Paulista é um novo vestibular seriado anunciado pelo governo estadual em julho, voltado especificamente para estudantes matriculados na rede pública de ensino. Cinco instituições de ensino paulistas aderiram ao processo seletivo, somando cerca de 15 mil vagas que serão disputadas pelos candidatos. Como se trata de uma prova seriada, os estudantes fazem o vestibular todos os anos ao longo do ensino médio. Isso quer dizer que um aluno que está no primeiro ano em 2023 precisará fazer a prova também em 2024 e 2025. Só então sua nota final, baseada no desempenho das três edições, será calculada para a disputa por uma vaga na graduação. Quem cursa o segundo ano precisará fazer o Provão em 2023 e 2024. Já os que estão no terceiro ano do ensino médio terão apenas as notas desta edição como base de cálculo na concorrência. De acordo com o governo de São Paulo, cerca de 1,2 milhão de alunos se inscreveram para realizar o Provão. Desses, 1,7 mil estudam em outros estados.
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26/01 - Programa Pé de Meia: governo vai pagar R$ 2 mil por ano, além de bônus, a alunos do ensino médio público
Presidente Lula e ministro Camilo Santana dão entrevista coletiva em Brasília. Programa Pé de Meia: governo vai pagar R$ 2 mil por ano, além de bônus, a alunos do ensino médio público Presidente Lula e ministro Camilo Santana dão entrevista coletiva em Brasília. Entrou em vigor nesta sexta-feira (26) a lei que institui o Programa Pé de Meia.. O programa é um incentivo financeiro para que alunos de baixa renda, do ensino médio público, concluam a educação básica.. Em Brasília, o presidente e o ministro da Educação detalham como o programa vai funcionar.
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